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viajo porque preciso, volto porque te amo um relato intimista ... - pucrs

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acon<strong>te</strong>cimento crítico. (...) A possibilidade de “cruzar fron<strong>te</strong>iras” e de “estar<br />

na fron<strong>te</strong>ira”, de <strong>te</strong>r <strong>um</strong>a identidade ambígua, indefinida, é <strong>um</strong>a<br />

demonstração do cará<strong>te</strong>r “artificialmen<strong>te</strong>” imposto das identidades fixas. O<br />

“cruzamento de fron<strong>te</strong>iras” e o cultivo propositado de identidades ambíguas<br />

é, entretanto, ao mesmo <strong>te</strong>mpo <strong>um</strong>a poderosa estratégia política de<br />

questionamento das operações de fixação de identidade. (SILVA, 2004, p.<br />

89).<br />

Da viagem à Argentina lembro pouco. Tenho alg<strong>um</strong>as lembranças do in<strong>te</strong>rior da<br />

Kombi, da estrada e dos policiais que pediram a minha identificação. Lembro mais da<br />

minha segunda grande viagem. Esta totalmen<strong>te</strong> em solo nacional. Aqui eu não precisava<br />

me identificar, mas minha identidade – RG – <strong>viajo</strong>u junto. E, minha identidade de<br />

viajan<strong>te</strong>, seguiu tomando forma. Eu tinha cinco anos, meus pais tinham acabado de<br />

trocar o nosso fusca por <strong>um</strong> gol branco, zero quilômetros. Fomos meus pais, eu, minha<br />

vó pa<strong>te</strong>rna, a Dona Miguelina, e meu tio ma<strong>te</strong>rno, o tio Fredo, n<strong>um</strong>a viagem de Passo<br />

Fundo no Rio Grande do Sul, r<strong>um</strong>o a Natal no Rio Grande do Nor<strong>te</strong>. Nunca tinha<br />

pensado nisso, mas essa minha “travessia do Brasil” é ainda mais simbólica do que

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