Morcegos em áreas urbanas e rurais - Governo do Estado do Pará
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ochas, ocos-de-árvore e edificações, onde formam de pequenas a grandes colônias (500 a 800<br />
indivíduos). São encontra<strong>do</strong>s, geralmente, próximos a cursos d'água, lagos e represas. A coloração de<br />
seus pêlos varia de castanho amarela<strong>do</strong> a alaranja<strong>do</strong>.<br />
Possu<strong>em</strong> como características marcantes as bochechas grandes que lhes confer<strong>em</strong> o aspecto<br />
de um cão "bull<strong>do</strong>g" e o o<strong>do</strong>r nauseante de almíscar. Esse o<strong>do</strong>r forte pode facilitar a localização <strong>do</strong>s<br />
abrigos desses morcegos.<br />
A espécie Noctilio leporinus (60 a 80g de peso) apresenta pernas e artelhos muito longos,<br />
muni<strong>do</strong>s de unhas fortes e curvas utilizadas na apreensão de pequenos peixes, crustáceos e insetos<br />
caí<strong>do</strong>s na superfície d'água. Em algumas regiões <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de São Paulo, há registros da presença<br />
desses morcegos capturan<strong>do</strong> alevinos <strong>em</strong> tanques de piscicultura. Dependen<strong>do</strong> <strong>do</strong> grau de ataques, os<br />
prejuízos pod<strong>em</strong> não ser pequenos. Tanques tela<strong>do</strong>s pod<strong>em</strong> ser uma alternativa para este tipo de<br />
predação e, com certeza, evitaria também outros danos por aves e mamíferos silvestres.<br />
A presença de cidad~s e outros tipos de edificação próximos aos corpos d'água t<strong>em</strong> favoreci<strong>do</strong><br />
as espécies desta família, principalmente N. albiventris (20 a 40g de peso), permitin<strong>do</strong> o aumento de<br />
suas populações. Esta espécie t<strong>em</strong> provoca<strong>do</strong> probl<strong>em</strong>as <strong>em</strong> algumas edificações de usinas<br />
hidrelétricas e cidades ribeirinhas, principalmente nas regiões centro-oeste, norte e nordeste <strong>do</strong> Brasil.<br />
Precisa ser melhor conhecida a interação desta família de morcegos com os seres humanos, para que<br />
se possam tomar medidas eficientes de manejo <strong>do</strong>s probl<strong>em</strong>as provoca<strong>do</strong>s pelas espécies <strong>do</strong> gênero<br />
Noctilio.<br />
7. Família Mormoopidae<br />
É uma família constituída por oito espécies insetívoras, das quais cinco ocorr<strong>em</strong> no Brasil.<br />
Possu<strong>em</strong> porte mediano e peso varian<strong>do</strong> entre 10 e 20g. A coloração <strong>do</strong>s pêlos varia de castanho<br />
escuro ao castanho avermelha<strong>do</strong>. Numa mesma colônia pod<strong>em</strong>os encontrar indivíduos de coloração<br />
diferente e parece não haver relação de cores da pelag<strong>em</strong> com o sexo. Os mormopídeos abrigam-se,<br />
geralmente, <strong>em</strong> cavernas, túneis, minas, ocos-de-árvore e edificações, onde formam de médias a<br />
grandes colônias. Em boa parte <strong>do</strong> ano, os morcegos machos costumam viver <strong>em</strong> locais separa<strong>do</strong>s das<br />
fêmeas, agrupan<strong>do</strong>-se na época <strong>do</strong> acasalamento. É relativamente freqüente capturarmos apenas<br />
morcegos de um <strong>do</strong>s sexos. Porém, coletas sist<strong>em</strong>áticas ao longo <strong>do</strong> ano num da<strong>do</strong> local permit<strong>em</strong><br />
obter indivíduos de ambos os sexos.<br />
A característica mais marcante <strong>do</strong>s mormopídeos são os lábios inferiores provi<strong>do</strong>s de uma<br />
placa com numerosas verrugas.<br />
No Brasil, os mormopídeos têm si<strong>do</strong> encontra<strong>do</strong>s apenas nas <strong>áreas</strong> naturais e, aparent<strong>em</strong>ente,<br />
não representam um probl<strong>em</strong>a para a saúde pública.<br />
IV.8. Família Natalidae<br />
É uma família constituída de cinco espécies insetívoras, das quais apenas uma ocorre no<br />
Brasil. Abriga-se ~m cavernas, minas e ocos-de-árvores, poden<strong>do</strong> formar colônias relativamente<br />
grandes (mais de 100 indivíduos). Apesar disso, é um grupo pouco freqüente na natureza. A coloração<br />
<strong>do</strong>s pêlos varia de castanho amarela<strong>do</strong> a avermelha<strong>do</strong>.<br />
Possu<strong>em</strong> como características marcantes, olhos diminutos, orelhas <strong>em</strong> forma de funil,<br />
m<strong>em</strong>brana interf<strong>em</strong>urallonga e envolven<strong>do</strong> a cauda <strong>em</strong> toda a sua extensão, aparência frágil e porte<br />
pequeno (4 a IOg de peso).<br />
No Brasil, são conheci<strong>do</strong>s registros desta família apenas <strong>em</strong> ambientes naturais.<br />
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