ricardo aires - novembro 2008 - correo tese - Repositorio.ufc.br - UFC
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RESUMO<<strong>br</strong> />
Introdução. A intolerância a carboidratos, particularmente a lactose, decorre de vários<<strong>br</strong> />
fatores, primordialmente da deficiência de lactase. Fatores genéticos ou ambientais<<strong>br</strong> />
influenciam o desenvolvimento desta intolerância O diagnóstico da hipolactasemia do tipo<<strong>br</strong> />
adulto é habitualmente baseado no teste invasivo de tolerância a lactose, cuja sensibilidade<<strong>br</strong> />
varia de 74-94% e especificidade de 77-96%. Objetivo. Foi utilizado, neste estudo, um teste<<strong>br</strong> />
não invasivo para determinar simultaneamente a integridade da mucosa (presença ou não de<<strong>br</strong> />
lesão), área comprometida (extensão da lesão), permeabilidade da mucosa e integridade<<strong>br</strong> />
enzimática (dissacaridases) da borda em escova do enterócito e a influência da ingestão etílica<<strong>br</strong> />
habitual neste teste. Material e Método. A técnica de cromatografia líquida de alta precisão<<strong>br</strong> />
(HPLC) foi utilizada na determinação da excreção urinária dos açúcares lactose, lactulose,<<strong>br</strong> />
manitol e sacarose. O estudo foi de caso/controle, onde casos eram pacientes com teste de<<strong>br</strong> />
tolerância a lactose com curva plana e controles com teste de tolerância a lactose com curva<<strong>br</strong> />
normal. Foram selecionados 65 pacientes, sendo 31 com teste de tolerância a lactose negativo<<strong>br</strong> />
e 34 com teste positivo. Todos eram adultos, com idade variando de 21 a 68 anos.<<strong>br</strong> />
Resultados. As curvas de excreção da lactulose e do manitol (p=0,3511) não foram, per si,<<strong>br</strong> />
um parâmetro diferencial no diagnóstico de intolerância a lactose. A taxa de excreção<<strong>br</strong> />
lactulose/manitol, contudo, com p=0,0741, apesar do valor marginal, demonstra que este<<strong>br</strong> />
parâmetro é indicativo de alterações na permeabilidade da mucosa induzido pela intolerância<<strong>br</strong> />
a lactose. A análise da curva de ROC (Receiver Operating Characteristic) mostrou para a<<strong>br</strong> />
relação da taxa de excreção lactulose/manitol uma sensibilidade de 61,76% e uma<<strong>br</strong> />
especificidade de 60,00% em um ponto de corte de 0,0015. A curva de excreção da lactose<<strong>br</strong> />
com valor de p=0,1317, não se demonstrou um parâmetro significativo para o diagnóstico de<<strong>br</strong> />
intolerância a lactose. Realizou-se a estratificação da correlação da taxa de excreção<<strong>br</strong> />
lactulose/manitol e da excreção da lactulose para ingestão etílica habitual ou não-ingestão.<<strong>br</strong> />
Quando não há ingestão etílica habitual, a taxa de excreção lactulose/manitol não se mostrou<<strong>br</strong> />
um valor preditivo positivo para intolerância a lactose com valor de p=0,0876. Quando há<<strong>br</strong> />
ingestão etílica habitual, não se mostrou valor preditivo (p=0,2676). Conclusões. Os<<strong>br</strong> />
resultados sugerem que o teste de determinação da excreção urinária de açúcares (manitol,<<strong>br</strong> />
lactose, lactulose e sacarose), in vivo, se mostrou adequado e válido como parâmetro de<<strong>br</strong> />
avaliação funcional da mucosa intestinal. Contudo o teste não é suficientemente sensível e<<strong>br</strong> />
específico para diagnóstico de deficiência de lactose. A ingestão etílica habitual não induz a<<strong>br</strong> />
modificações da barreira funcional intestinal e é incapaz de interferir no resultado do teste<<strong>br</strong> />
diferencial de excreção de açúcares.<<strong>br</strong> />
Palavras-chave: Intolerância à Lactose. Teste de Tolerância a Lactose. Permeabilidade<<strong>br</strong> />
Intestinal.<<strong>br</strong> />
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