O mundo visual da bailarina: percepção-ação durante a ... - USP
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XI Congresso Ciências do Desporto e Educ<strong>ação</strong> Física<br />
dos países de língua portuguesa<br />
O <strong>mundo</strong> <strong>visual</strong> <strong>da</strong> <strong>bailarina</strong>: <strong>percepção</strong>-<strong>ação</strong> <strong>durante</strong> a pirouette<br />
Introdução<br />
A execução de giros é considera<strong>da</strong> uma tarefa complexa no ballet<br />
clássico. A pirouette, defini<strong>da</strong> pelo método <strong>da</strong> Royal Academy of<br />
Dancing, é o ato de rodopiar ou girar rapi<strong>da</strong>mente; é uma volta<br />
completa do corpo ao redor do eixo longitudinal, sobre apenas um<br />
pé (ROSAY,1980). A força necessária para este giro é obti<strong>da</strong> através <strong>da</strong><br />
combin<strong>ação</strong> <strong>da</strong> flexão dos joelhos, de movimento de braços, e uma<br />
estratégia particular de movimento <strong>da</strong> cabeça. “Marcar a cabeça”<br />
significa que a <strong>bailarina</strong> escolhe um ponto fixo à frente e, ao ro<strong>da</strong>r a<br />
cabeça, mantém seu olhar fixo sempre naquele ponto de referência;<br />
nesta técnica, o olhar é o último elemento, após o tronco e a cabeça,<br />
a abandonar a direção deste ponto de referência e o primeiro a se<br />
encontrar nesta direção novamente, enquanto tronco e cabeça ain<strong>da</strong><br />
completam o giro. Este movimento muito rápido <strong>da</strong> cabeça<br />
aparentemente é parte de uma estratégia que possibilita maior<br />
estabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s informações proprioceptivas e visuais, minimizando<br />
as possíveis interferências causa<strong>da</strong>s pelo seu movimento (RODRIGUES,<br />
VICKERS & WILLIAMS, 2002).<br />
Há literatura restrita sobre o papel e as características <strong>da</strong> visão em<br />
<strong>da</strong>nçarinos, embora inform<strong>ação</strong> <strong>visual</strong> seja crucial para eles se<br />
orientarem e adequarem suas posições no espaço, garantindo a<br />
performance adequa<strong>da</strong> junto aos colegas na coreografia. O papel <strong>da</strong><br />
inform<strong>ação</strong> <strong>visual</strong> em ações dos bailarinos não está suficientemente<br />
esclarecido e necessita ser melhor estu<strong>da</strong>do; em particular, a rel<strong>ação</strong><br />
entre aquisição de inform<strong>ação</strong> <strong>visual</strong> (através de movimentos dos<br />
olhos e <strong>da</strong> cabeça) e estabili<strong>da</strong>de postural em <strong>bailarina</strong>s experientes<br />
será o foco central deste estudo. Especificamente, no primeiro<br />
experimento deste estudo estão em discussão a utiliz<strong>ação</strong> pelas<br />
<strong>bailarina</strong>s de um mecanismo de fix<strong>ação</strong> prolonga<strong>da</strong> anterior ao início<br />
<strong>da</strong> <strong>ação</strong> (chamado de “Olho Quieto”), como característica necessária<br />
à performance bem sucedi<strong>da</strong> <strong>da</strong> pirouette. Esta proposta teórica ain<strong>da</strong><br />
não foi testa<strong>da</strong> em situações de ballet, no geral, nem de giros, em<br />
particular. Adicionalmente, a estratégia de “marcar a cabeça”,<br />
Discussão<br />
Experimento 1<br />
Longo períodos de fix<strong>ação</strong>, mensurados através <strong>da</strong> variável<br />
OQ (olho quieto), estariam, segundo a hipótese de VICKERS<br />
(1996), relacionados à boa quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> execução. Com rel<strong>ação</strong><br />
ao teste <strong>da</strong> referi<strong>da</strong> hipótese, a Tabela 1 mostra os coeficientes<br />
Sérgio Tosi RODRIGUES<br />
Departamento de Educ<strong>ação</strong> Física, Universi<strong>da</strong>de Estadual Paulista, Bauru, São Paulo, Brasil<br />
possivelmente associa<strong>da</strong> ao referido mecanismo, será estu<strong>da</strong><strong>da</strong> para<br />
averiguar a ordem de aparecimento e a dur<strong>ação</strong> dos giros do olhar,<br />
cabeça e tronco <strong>da</strong>s <strong>bailarina</strong>s. Em suma, busca-se o aprofun<strong>da</strong>mento<br />
de nosso entendimento sobre a rel<strong>ação</strong> entre aquisição de inform<strong>ação</strong><br />
<strong>visual</strong> e controle motor através do estudo <strong>da</strong> pirouette do ballet.<br />
Um segundo aspecto de interesse no presente trabalho refere-se<br />
a como as <strong>bailarina</strong>s experientes alcançam altíssimos níveis de<br />
performance, particularmente com rel<strong>ação</strong> aos movimentos de olhos,<br />
cabeça e tronco, que possibilitam a aquisição de inform<strong>ação</strong> <strong>visual</strong>.<br />
Durante o processo de aprendizagem <strong>da</strong>s <strong>bailarina</strong>s, como elas obtem<br />
inform<strong>ação</strong> relevante sobre os ajustes em seus próprios movimentos?<br />
A demonstr<strong>ação</strong>, um recurso pe<strong>da</strong>gógico muitíssimo utilizado nas<br />
aulas de Educ<strong>ação</strong> Física, é uma possível maneira de oferecer<br />
informações sobre a <strong>ação</strong> a ser aprendi<strong>da</strong>. Mas como a demonstr<strong>ação</strong><br />
é percebi<strong>da</strong>? A demonstr<strong>ação</strong> contém muita inform<strong>ação</strong> e nem to<strong>da</strong>s<br />
são capta<strong>da</strong>s pelo aprendiz; quais informações visuais que garantem<br />
a aprendizagem observacional efetivamente? As características<br />
específicas dos componentes individuais de um padrão de<br />
movimento, na maioria <strong>da</strong>s vezes, não são utiliza<strong>da</strong>s pelas pessoas<br />
para julgar este movimento; ao contrário, as pessoas captam apenas<br />
as informações referentes às relações invariantes entre os diferentes<br />
componentes. A técnica de pontos de luz, cria<strong>da</strong> por JOHANSSON<br />
(1973), preserva as características invariantes do movimento de<br />
um modelo de vídeo através <strong>da</strong> coloc<strong>ação</strong> de luzes ou pontos<br />
brilhantes em suas articulações. Neste contexto, o segundo<br />
experimento deste estudo, utilizando a tarefa <strong>da</strong> pirouette do ballet,<br />
preocupou-se em testar a hipótese segundo a qual a<br />
aprendizagem observacional será efetiva tanto para os aprendizes<br />
que observarem um vídeo que contenha a imagem total de um<br />
modelo <strong>durante</strong> a performance motora, quanto para os<br />
aprendizes que observarem somente o movimento dos pontos<br />
de luz colocados no corpo deste mesmo modelo<br />
de correl<strong>ação</strong> de Pearson obtidos entre to<strong>da</strong>s as variáveis<br />
dependentes do estudo. A estabili<strong>da</strong>de postural <strong>durante</strong> a<br />
execução, representa<strong>da</strong> pelas variáveis de oscil<strong>ação</strong> do tronco e<br />
cabeça (OAPc, OMLc, OAPt e OMLt), apresentou pequena<br />
correl<strong>ação</strong> negativa com a variável OQ, com coeficientes abaixo<br />
de 0,03, conforme mostra a TABELA 1.<br />
Mesa Redon<strong>da</strong><br />
Controle Motor<br />
Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.20, p.103-06, set. 2006. Suplemento n.5. • 103
XI Congresso Ciências do Desporto e Educ<strong>ação</strong> Física<br />
dos países de língua portuguesa<br />
TABELA 1 - Coeficientes de correl<strong>ação</strong> de Pearson entre to<strong>da</strong>s as variáveis envolvi<strong>da</strong>s no estudo.<br />
Dolhar Dcabeça Dtronco Dif_Tro_cab OMLt OAPt OMLc OAPc<br />
OQ 0,04 0,21 0,29 0,02 0,18 0,21 0,19 0,06<br />
Dolhar - 0,18 0,09 0,09 0,12 0,21 0,21 0,38<br />
Dcabeça - 0,15 0,74 0,41 0,04 0,34 0,03<br />
Dtronco - 0,55 0,13 0,17 0,07 0,24<br />
Dif_Tro_cab - 0,26 0,15 0,24 0,18<br />
OMLT - 0,11 0,93 0,01<br />
OAPT - 0,09 0,84<br />
OMLC - 0,15<br />
OAPC -<br />
Semelhantemente, as outras variáveis dependentes (dur<strong>ação</strong> dos<br />
giros do olhar, cabeça e tronco e diferença de dur<strong>ação</strong> entre giros do<br />
tronco e cabeça), que caracterizaram aspectos temporais <strong>da</strong> execução<br />
do giro, também mostraram-se com coeficientes de correl<strong>ação</strong> muito<br />
baixos com a variável OQ. Os resultados, de modo geral, indicam<br />
ausência de associ<strong>ação</strong> entre a dur<strong>ação</strong> <strong>da</strong>s fixações no início do giro<br />
(OQ) e qualquer <strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s temporais e espaciais referentes à<br />
quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> execução. Cabe salientar, no entanto, que os valores de<br />
OQ foram relativamente altos, enquanto as medi<strong>da</strong>s de oscil<strong>ação</strong><br />
corporal (OAPc, OMLc, OAPt e OMLt) foram razoavelmente<br />
reduzi<strong>da</strong>s (TABELA 2), atestando o nível habilidoso <strong>da</strong> execução de<br />
<strong>bailarina</strong>s com, em média, mais de uma déca<strong>da</strong> de prática no ballet.<br />
Um segundo aspecto em questão neste estudo foi a vali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s<br />
dicas ofereci<strong>da</strong>s pelos profissionais de ballet, especificamente<br />
com rel<strong>ação</strong> ao comportamento de “marcar a cabeça”. Sobre<br />
este aspecto, foi constatado que houve diferença significativa<br />
entre as durações dos giros do olhar, cabeça e tronco, como<br />
ensinado por eles, no sentido de um sequenciamento claro <strong>da</strong>s<br />
partes do corpo envolvi<strong>da</strong>s no giro. A ordem de início dos giros<br />
foi consistentemente a do tronco, cabeça e olhar; o término do<br />
giro obedeceu ordem inversa. Foi observado que o giro do olhar<br />
Experimento 2<br />
De acordo com as notas <strong>da</strong>s <strong>bailarina</strong>s experientes atribuí<strong>da</strong>s<br />
às participantes (FIGURA 1), o efeito <strong>da</strong> prática desta habili<strong>da</strong>de<br />
referiu-se à fase inicial <strong>da</strong> aprendizagem <strong>da</strong> pirouette ao longo <strong>da</strong>s<br />
tentativas. Apesar <strong>da</strong>s notas de ambos os grupos serem<br />
relativamente baixas se compara<strong>da</strong>s à nota “10” <strong>da</strong> modelo<br />
(estabeleci<strong>da</strong> como referência para a avali<strong>ação</strong>), consolidou-se<br />
uma curva de melhoria <strong>da</strong> performance. Esta curva corrobora<br />
as idéias de HORN, WILLIAMS e SCOTT (2002) referentes aos efeitos<br />
<strong>da</strong> modelagem. Segundo estes autores, quando a aprendizagem<br />
requer um novo padrão de coorden<strong>ação</strong>, como no caso do<br />
presente estudo, as informações dos modelos de vídeos são<br />
efetivas; no entanto, se a aprendizagem requer um novo padrão<br />
de controle <strong>da</strong> habili<strong>da</strong>de, presumivelmente a ocorrer de modo<br />
104 • Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.20, p.103-06, set. 2006. Suplemento n.5.<br />
tem dur<strong>ação</strong> menor que os giros <strong>da</strong> cabeça e do tronco (TABELA<br />
2). Na condição com inform<strong>ação</strong> <strong>visual</strong> disponível, os giros <strong>da</strong> cabeça<br />
tiveram dur<strong>ação</strong> menor que os do tronco (diferença tronco-cabeça<br />
maior), o que ocorre niti<strong>da</strong>mente em menor escala na condição sem<br />
inform<strong>ação</strong> <strong>visual</strong> disponível (diferença tronco-cabeça menor).<br />
TABELA 2 -<br />
Média (erro padrão) <strong>da</strong>s variáveis utiliza<strong>da</strong>s<br />
no estudo nas condições com e sem<br />
inform<strong>ação</strong> <strong>visual</strong> disponível.<br />
Variáveis Com Visão<br />
Sem<br />
Visão<br />
D ur<strong>ação</strong><br />
do<br />
giro<br />
do<br />
olhar<br />
. 45(<br />
0,<br />
03)<br />
* Diferença significativa entre as condições (p < 0,05)<br />
0 -<br />
D ur<strong>ação</strong><br />
do<br />
giro<br />
<strong>da</strong><br />
cabeça*<br />
. 57(<br />
0,<br />
04)<br />
D ur<strong>ação</strong><br />
do<br />
giro<br />
do<br />
tronco<br />
. 49(<br />
0,<br />
05)<br />
O lho<br />
Quieto<br />
. 87(<br />
0,<br />
11)<br />
0 0.<br />
91(<br />
0,<br />
06)<br />
1 1.<br />
50(<br />
0,<br />
07)<br />
1 -<br />
D iferenç<br />
a entre<br />
giros<br />
do<br />
tronco<br />
e cabeça*<br />
. 92(<br />
0,<br />
06)<br />
O scil<strong>ação</strong><br />
antero-posterio<br />
r <strong>da</strong><br />
cabeça*<br />
. 64(<br />
0,<br />
74)<br />
O scil<strong>ação</strong><br />
antero-posterio<br />
r do<br />
tronco*<br />
. 13(<br />
0,<br />
64)<br />
0 0.<br />
58(<br />
0,<br />
07)<br />
9 13.<br />
17(<br />
1,<br />
20)<br />
7 9.<br />
60(<br />
0,<br />
76)<br />
O scil<strong>ação</strong><br />
médio-<br />
lateral<br />
<strong>da</strong><br />
cabeça<br />
0.<br />
11(<br />
0,<br />
80)<br />
O scil<strong>ação</strong><br />
médio-<br />
lateral<br />
do<br />
tronco<br />
. 55(<br />
0,<br />
77)<br />
1 12.<br />
12(<br />
0,<br />
84)<br />
7 8.<br />
30(<br />
0,<br />
58)<br />
subsequente, as informações dos modelos de vídeos não serão<br />
efetivas. A dur<strong>ação</strong> dos giros <strong>da</strong>s participantes de ambos os<br />
grupos ao longo <strong>da</strong>s tentativas (FIGURA 2) também foi um<br />
dos indicativos <strong>da</strong> fase inicial de aprendizagem alcança<strong>da</strong> pelas<br />
aprendizes. A diminuição do tempo de execução dos giros<br />
também demonstrou uma curva de aprendizagem, aproximando<br />
a dur<strong>ação</strong> dos giros dos grupos com a dur<strong>ação</strong> do giro <strong>da</strong> modelo.<br />
Esta redução indicou melhoria de performance em ambos os<br />
grupos. Tanto o vídeo completo, como o vídeo de pontos de<br />
luz, mantiveram as informações precisas e efetivas sobre o tempo<br />
de execução <strong>da</strong> pirouette e as participantes de ambos os grupos<br />
foram capazes de captar estas informações do vídeo diretamente<br />
e a<strong>da</strong>ptá-las às suas ações.
FIGURA 1 -<br />
FIGURA 2 -<br />
Dur<strong>ação</strong> (s)<br />
1.9<br />
1.8<br />
1.7<br />
1.6<br />
1.5<br />
1.4<br />
1.3<br />
Conclusões<br />
Avali<strong>ação</strong> global <strong>da</strong> performance (+/- DP)<br />
3,5<br />
3,0<br />
2,5<br />
2,0<br />
1,5<br />
1,0<br />
0,5<br />
0,0<br />
Aquisição Vídeo<br />
Aquisição Pontos<br />
Retenção Vídeo<br />
Retenção Pontos<br />
20 40 60 80 100 120 140 160 Ret<br />
Tentativas<br />
20 40 60 80 100 120 140 160 Ret<br />
Tentativas<br />
XI Congresso Ciências do Desporto e Educ<strong>ação</strong> Física<br />
dos países de língua portuguesa<br />
Média <strong>da</strong>s notas <strong>da</strong><strong>da</strong>s por três <strong>bailarina</strong>s experientes às execuções <strong>da</strong>s participantes ao longo <strong>da</strong>s tentativas.<br />
Aquisição Vídeo<br />
Aquisição Pontos<br />
Retenção Vídeo<br />
Retenção Pontos<br />
Resultado <strong>da</strong> dur<strong>ação</strong> do giro na análise de ca<strong>da</strong> tentativa dos grupos de vídeo e pontos de luz.<br />
No experimento 1, embora a forte associ<strong>ação</strong> entre OQ e<br />
controle postural tenha sido demonstra<strong>da</strong>, o sucesso e a quali<strong>da</strong>de<br />
<strong>da</strong> performance <strong>da</strong> pirouette do ballet são altamente dependentes<br />
<strong>da</strong>s estratégias de aquisição de inform<strong>ação</strong> <strong>visual</strong>. Primeiramente,<br />
to<strong>da</strong>s as execuções foram caracteriza<strong>da</strong>s por um longo período<br />
de OQ, evidenciando que a inform<strong>ação</strong> adquiri<strong>da</strong> neste período<br />
é necessária para ações tão refina<strong>da</strong>s. A retira<strong>da</strong> <strong>da</strong> inform<strong>ação</strong><br />
<strong>visual</strong> prejudicou significativamente as oscilações ânteroposteriores,<br />
no eixo mais instável para a execução, pois os pés<br />
estão direcionados lateralmente na fase de prepar<strong>ação</strong>. A níti<strong>da</strong><br />
seqüência de aparecimento dos giros do tronco, cabeça e olhar,<br />
assim como suas respectivas durações decrescentes, mostram a<br />
vali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s instruções dos profissionais <strong>da</strong> área, favorecendo a<br />
utiliz<strong>ação</strong> <strong>da</strong> estratégia de “marcar a cabeça”.<br />
Mesa Redon<strong>da</strong><br />
Controle Motor<br />
Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.20, p.103-06, set. 2006. Suplemento n.5. • 105
XI Congresso Ciências do Desporto e Educ<strong>ação</strong> Física<br />
dos países de língua portuguesa<br />
No experimento 2, a hipótese segundo a qual os participantes,<br />
<strong>durante</strong> a fase inicial <strong>da</strong> aprendizagem, melhorariam a<br />
performance nesta tarefa tanto por receberem inform<strong>ação</strong> de<br />
modelo através de pontos de luz como por receberem<br />
inform<strong>ação</strong> de modelo completo (vídeo comum) não foi<br />
confirma<strong>da</strong>. Por um lado as avaliações de <strong>bailarina</strong>s experientes<br />
Referências<br />
HORN, R.P.; WILLIAMS, A.M.; SCOTT, A.M. Learning from demonstration: the role of <strong>visual</strong> search during observational<br />
learning from video and point-light models. Journal of Sport Sciences, v.20, p.253-69, 2002.<br />
JOHANSSON, G. Visual perception of biological motion and a model for its analysis. Perception & Psychophysics, v.14, p.201-11, 1973.<br />
RODRIGUES, S.T.; VICKERS, J.N.; WILLIAMS, A.M. Head, eye and arm coordination in table tennis. Journal of Sports Sciences,<br />
v.20, n.3, p.187-200, 2002..<br />
ROSAY, M. Dicionário de ballet. Rio de Janeiro: Nórdica, 1980.<br />
VICKERS, J.N. Visual control when aiming at a far target. Journal of Experimental Psychology: Human Perception and<br />
Performance, v.22, n.2, P.342-54, 1996.<br />
Agradecimentos<br />
Gostaria de agradecer imensamente ao trabalho de Marcela Ferracioli de Castro e Renata Alvares Denardi, e ao CNPq e a<br />
FAPESP pelas respectivas bolsas (PIBIC e IC - processo 04/10193-1), assim como ao Prof. Ms. Rodrigo Ferreira Carvalho (CTI /<br />
UNESP - Bauru), pela assistência computacional.<br />
106 • Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.20, p.103-06, set. 2006. Suplemento n.5.<br />
mostram superiori<strong>da</strong>de do grupo de vídeo sobre o grupo de<br />
pontos de luz na execução <strong>da</strong> habili<strong>da</strong>de estu<strong>da</strong><strong>da</strong>. Por outro<br />
lado, há uma diversi<strong>da</strong>de de resultados que mostram semelhança<br />
entre os dois grupos nesta fase inicial <strong>da</strong> aprendizagem, muito<br />
embora as 160 tentativas não tenham sido suficientes para<br />
caracterizar melhoria em algumas <strong>da</strong>s variáveis adota<strong>da</strong>s.