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II Diário <strong>Económico</strong> Segunda-feira 28 Janeiro 2013<br />

PROPRIEDADE INTELECTUAL<br />

Empresas e universidades<br />

apostam cada vez mais<br />

em produtos inovadores<br />

O número de pedidos de patentes em Portugal para protecção de inventos<br />

cresceu 336% em dez anos. Investores independentes lideram o ‘ranking’.<br />

ANTÓNIO DE ALBUQUERQUE<br />

antonio.albuquerque@economico.pt<br />

Onúmero de patentes pedidasemPortugalnãopára<br />

de aumentar. Empresas,<br />

universidades e instituições<br />

de investigação representam<br />

a principal fatia,<br />

mas são os investigadores<br />

independentes que continuam a liderar o<br />

‘ranking’ de pedidos de registo de invenções.<br />

No ano passado foram solicitados 693 pedidos,<br />

dos quais 220 foram feitos pelas empresas,<br />

132 por universidades, 16 por instituições<br />

de investigação e o remanescente por<br />

investigadores independentes, segundo os<br />

números divulgados pelo Instituto Nacional<br />

de Propriedade Intelectual (INPI). E são as<br />

empresas e universidades que lideram o topo<br />

de maiores números de pedidos quando analisamos<br />

os dados de forma mais detalhada. Se<br />

não vejamos. A Universidade do Minho foi a<br />

instituição que mais pedidos (nove no ano<br />

passado) de protecção de produtos inovadores<br />

realizou junto do INPI, seguindo-se a Sodecia<br />

– Centro Tecnológico e depois, com<br />

igual número de patentes (cinco), a Hovione<br />

Farmacêutica, Novadelta – Comércio e Indústria<br />

de Cafés e a Sapec Agro. Um<br />

‘ranking’ que demonstra o caminho que está<br />

a ser seguido tanto pelas universidades como<br />

pelas empresas dos vários sectores de actividade.<br />

E estão todos de acordo. Só com inovação<br />

é que as instituições se podem afirmar<br />

numa economia cada vez mais globalizada.<br />

O reitor da Universidade do Minho, António<br />

Cunha, em declarações ao Diário <strong>Económico</strong>,<br />

enfatiza precisamente este aspecto da internacionalização<br />

como estratégico. “O nosso<br />

objectivo é ser uma referência internacional<br />

com o maior impacto possível no desenvolvimento<br />

sócio-económico” do País. E Peter<br />

Villax, vice-presidente da Pharma and Innovation&Product<br />

Development (I&PD) da Havione<br />

vai mais longe quando questionado sobre<br />

a importância da inovação nas empresas.<br />

“A resposta é tão óbvia que parece mais útil<br />

examinar como é que as empresas vão à falência<br />

se não adoptam inovação em tudo o<br />

que fazem – produtos, procedimentos, operações,<br />

organização, marketing e ciência e<br />

tecnologia” , salienta. Uma opinião partilha-<br />

ANTÓNIO M. CUNHA,<br />

Reitor da Universidade do Minho<br />

PETER VILLAX<br />

Vice-presidente da Pharma<br />

and Innovation&Product<br />

Development (I&PD)<br />

MARCO MIRANDA<br />

‘Innovation Manager’<br />

do Grupo Nabeiro<br />

Top 5<br />

1. Universidade do Minho<br />

2. Sodecia<br />

– Centro Tecnológico<br />

3. Hovione<br />

Farmacêutica<br />

4. Novadelta – Comércio<br />

e Indústria de Cafés<br />

5. Sapec Agro<br />

da por Marco Miranda, ‘innovation manager’<br />

do Grupo Nabeiro que salienta a velocidade<br />

com que os produtos ficam obsoletos. “A inovação<br />

é fundamental no desenvolvimento e<br />

sustentabilidade de uma empresa” numa<br />

economia globalizada “onde as tecnologias<br />

proliferam, os concorrentes se multiplicam e<br />

os produtos se tornam rapidamente obsoletos”.<br />

Aliás, o responsável máximo pela universidade<br />

do Minho não deixa de evidenciar<br />

que hoje em dia os empresários estão mais<br />

sensibilizados e motivados para a importância<br />

da inovação nas respectivas estratégias<br />

empresariais. Contudo, faz um alerta: “Os<br />

mecanismos para a concretização desses<br />

processos de inovação ainda não estão adequadamente<br />

identificados ou assumidos”<br />

pelos empresários.<br />

Crise não inibe reforço<br />

do investimento em inovação<br />

Apesar do corrente ano ser particularmente<br />

difícil para as empresas, a aposta na inovação<br />

não vai diminuir, pelo menos nas organizações<br />

contactadas pelo Diário <strong>Económico</strong>. Peter<br />

Villax confidenciou que a “investigação<br />

paraaprópriaempresarepresenta6%de<br />

vendas, mas com uma grande subida prevista<br />

para 2013-2014”.<br />

António Cunha afirma também que existe<br />

um reforço na aposta na inovação na universidade<br />

do Minho com um investimento superior<br />

a 50 milhões de euros. “Essa aposta é<br />

contínua e vai sendo reforçada pelo número<br />

crescente de ‘spin-offs’ do empreendedorismo<br />

académico. Estamos a fazer dois investimentos<br />

novos: o Centro Clínico Académico,<br />

que foi inaugurado há um ano e corresponde<br />

a uma parceria com o Grupo Mello Saúde; e o<br />

Instituto para a Bio-Sustentabilidade que<br />

corresponde a um investimento superior a<br />

sete milhões de euros e que conta com o<br />

apoio dos fundos comunitários”.<br />

Já Marco Miranda, do Grupo Nabeiro, destaca<br />

a iniciativa Diverge (Centro de Inovação da<br />

empresa) que é “constituída por dez colaboradores,<br />

entre os quais existem designers industriais,<br />

designers gráficos e de comunicação<br />

e engenheiros”, aos quais acresce uma<br />

rede externa colaborativa. ■<br />

MAIS DE 50 MARCAS foram impedidas pelo Facebook<br />

de se registarem em Portugal. Maria Cruz Garcia, agente oficial<br />

de propriedade intelectual da JP Cruz, que mantém<br />

a marca Facebook em vigilância em Portugal, diz que “na maior<br />

parte dos casos conseguimos acordo”, mas que há dois casos<br />

que tiveram de seguir para Tribunal. Entre os nomes<br />

que se tentaram registar está o Facelook e o Facepoker.

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