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Escorço biográfico de Dom Pedro I - Fundação Biblioteca Nacional

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<strong>Escorço</strong> <strong>biográfico</strong> dE dom PEdro i<br />

da fez-se uma experiência muito promissora<br />

<strong>de</strong> extrair um espírito, muito semelhante ao<br />

em Rochefort no navio Tarn , mas a 25, tendo a embarcação sofrido temporal, entrava<br />

em Brest; tornava a partir a 14 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro, para aportar em 9 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1821<br />

a Hampton-Road. Depois disso, parece, Hy<strong>de</strong> <strong>de</strong> Neuville <strong>de</strong>sistiu <strong>de</strong> vir ao Brasil, on<strong>de</strong><br />

não encontraria mais D.João VI, em cuja corte, em Lisboa, exerceu <strong>de</strong>pois suas funções<br />

<strong>de</strong> embaixador. O primeiro-secretário havia alugado um imóvel para alojar a embaixada<br />

em uma das melhores ruas do Rio, e gastou nos preparativos avultada importância,<br />

<strong>de</strong> que só mais tar<strong>de</strong> conseguiu ser reembolsado. Em 1822, o con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Gestas voltava<br />

a França, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> doze anos <strong>de</strong> ausência; ao chegar ali era surpreendido com sua<br />

nomeação para encarregado <strong>de</strong> Negócios e cônsul geral interino no Rio <strong>de</strong> Janeiro, na<br />

vaga do velho coronel Maler, que havia pedido e alcançado sua aposentadoria. A carta<br />

do ministro dos Estrangeiros, viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Montmorency, participando-lhe a nomeação,<br />

cruzou com o <strong>de</strong>stinatário em viagem; e quando ele chegou a Paris, o ministro havia<br />

sido substituído por Chateaubriand. Em Paris, o cônsul geral foi diversas vezes recebido<br />

pelo novo ministro, interessado em <strong>de</strong>senvolver as relações políticas e comerciais entre<br />

França e Brasil. Por Luiz XVIII, em audiência especial, foi recebido em 22 <strong>de</strong> outubro<br />

<strong>de</strong> 1822, para fazer entrega <strong>de</strong> uma carta autógrafa do príncipe regente, a quem o rei,<br />

satisfeito e grato, <strong>de</strong>cidiu enviar o cordão <strong>de</strong> suas Or<strong>de</strong>ns. Chateaubriand encarregou<br />

o cônsul <strong>de</strong> remetê-las a d.<strong>Pedro</strong>, cuja proclamação como imperador acabava <strong>de</strong> ser<br />

conhecida em Paris. A esse tempo era o con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Gestas nomeado titular do Consulado<br />

Geral da França, em caráter efetivo. Mme. De Chateaubriand teve então a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> casar<br />

o con<strong>de</strong> com Mlle. Alexandrine-Françoise du Plessis <strong>de</strong> Parscau, sua sobrinha, filha <strong>de</strong><br />

uma sua irmã. O consórcio foi celebrado em Brest, no dia 12 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1823. Em<br />

8 <strong>de</strong> junho, Luis XVIII recebeu o casal em audiência, nas Tulherias, e dignou-se <strong>de</strong><br />

assinar o contrato matrimonial, o que também fizeram o duque e a duquesa <strong>de</strong> Berry.<br />

Em Brest, a 28 <strong>de</strong> agosto, embarcavam o con<strong>de</strong> e a con<strong>de</strong>ssa para o Brasil, na fragata<br />

La Circé, comandada por um tio da con<strong>de</strong>ssa, o cavaleiro Pierre du Plessis <strong>de</strong> Parscau.<br />

Nas “Notícias Marítimas”, do Diário do Governo, <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1823, lê-se:<br />

“Entradas – dia 13 do corrente – Brest por Rochefort, 63dias. F. francesa La Circé.<br />

Com. o Cavalleiro Duplessis, passageiros o Consul Francez para esta Corte, Mr.Gestas<br />

com sua Família e mais quatro Francezes; esta Fragata segue para Bourbon”. O con<strong>de</strong><br />

e a con<strong>de</strong>ssa foram residir na Tijuca, com a tia Mlle. De Roquefeuil. O Consulado foi<br />

instalado à Rua dos Barbonos, nº 22, on<strong>de</strong> até o ano <strong>de</strong> 1827 figura no Almanaque da<br />

Cida<strong>de</strong> do Rio <strong>de</strong> Janeiro. A habitação da Tijuca era próspera, como <strong>de</strong>screve Maria<br />

Graham. Mlle. De Roquefeuil era amiga da imperatriz d. Leopoldina, que lhe frequentava<br />

a casa, ora sozinha, ora em companhia do imperador, em seus passeios pelas<br />

florestas. Do primeiro filho do casal Gestas, nascido em 17 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1824, <strong>Pedro</strong>-<br />

Marie-Aymar, foram padrinhos os imperantes, explicado assim o seu primeiro prenome.<br />

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