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Ética: Protagonismo Juvenil - Portal do Professor - Ministério da ...

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Com base nessa experiência, o Instituto Sou <strong>da</strong> Paz passou a oferecer, a partir de 2003,<br />

uma assessoria aos grêmios estu<strong>da</strong>ntis já constituí<strong>do</strong>s e a mediar o diálogo entre jovens<br />

estu<strong>da</strong>ntes e professores.<br />

Já a professora Patrícia – que não compõe mais o quadro <strong>da</strong> Escola Pastor Cícero<br />

– conseguiu espaço para realizar uma oficina com professores na escola em que está<br />

<strong>da</strong>n<strong>do</strong> aulas agora. A proposta é fazer, nos horários <strong>do</strong> trabalho pe<strong>da</strong>gógico coletivo<br />

(HTPC), ativi<strong>da</strong>des que levem os professores a constituir estratégias para estimular<br />

e viabilizar a participação <strong>do</strong>s estu<strong>da</strong>ntes, sem criar um clima hostil na escola, como<br />

explica Patrícia:<br />

Não adianta tratorar, ser autoritária<br />

e impor determina<strong>da</strong>s questões para<br />

professores e para os alunos. Isso inviabiliza o trabalho, cria indisposição entre<br />

os profissionais e não facilita a vi<strong>da</strong> <strong>do</strong>s jovens. No entanto, é preciso ponderar<br />

os senti<strong>do</strong>s e obrigações <strong>da</strong> escola e produzir consensos em reuniões no conselho. O<br />

que a escola compreende como democracia e participação? Quais são os espaços<br />

de encontro <strong>do</strong>s estu<strong>da</strong>ntes, de organização e de autonomia? Tu<strong>do</strong> isso precisa ser<br />

decidi<strong>do</strong> coletivamente.<br />

Fortalecen<strong>do</strong> o papel <strong>do</strong>s representantes de classe nas Escolas Eulália<br />

Malta e Virgília Rodrigues<br />

O Projeto Culturas Juvenis, Educa<strong>do</strong>res e escola, desenvolvi<strong>do</strong> pela ONG Ação Educativa,<br />

fez uma parceria com as escolas Estaduais Eulália Malta, de Embu <strong>da</strong>s Artes (SP), e Virgília<br />

Rodrigues Alves de Carvalho Pinto, <strong>da</strong> Zona Oeste <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de de São Paulo, visan<strong>do</strong><br />

a desenvolver experiências capazes de tornar a escola um espaço mais significativo para os<br />

jovens. Entre as várias ações realiza<strong>da</strong>s, foi organiza<strong>do</strong> um trabalho de fortalecimento<br />

<strong>da</strong> representação discente. Em 2003, um total de 42 jovens representantes de classe <strong>do</strong><br />

ensino médio <strong>da</strong>s duas escolas participaram de oficinas para discutir a participação <strong>do</strong>s<br />

estu<strong>da</strong>ntes na vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s instituições.<br />

A proposta envolveu uma negociação prévia com a direção, coordenação pe<strong>da</strong>gógica e<br />

professores, a fim de que a iniciativa fosse efetivamente assumi<strong>da</strong> pela equipe, que deveria<br />

estar aberta aos conflitos que poderiam surgir. Uma oficina seria o primeiro passo de um<br />

processo mais amplo, que teria seus maiores desafios depois, no estabelecimento de canais<br />

de diálogo e de uma rotina de comunicação entre representantes e seus representa<strong>do</strong>s, e<br />

entre os representantes e direção, coordenação e professores.<br />

A oficina, com duração de 12 horas, estruturou-se nestes eixos: diagnóstico <strong>do</strong>s processos<br />

de eleição e participação discente no interior <strong>da</strong>s escolas; discussão sobre democracia,<br />

gestão democrática e conceitos de participação; e, por fim, elaboração de propostas para<br />

o fortalecimento <strong>do</strong>s representantes.<br />

Nos primeiros encontros foram levanta<strong>do</strong>s os motivos que fizeram os jovens assumirem<br />

o cargo de representantes, sua percepção no exercício <strong>do</strong> cargo e sua percepção <strong>do</strong> olhar<br />

de seus colegas de classe e <strong>do</strong>s membros <strong>da</strong> equipe técnica <strong>da</strong> escola. Em folhas de sulfite<br />

de cores distintas, os estu<strong>da</strong>ntes responderam individualmente às seguintes perguntas:<br />

Como a coordenação e os professores vêem o representante discente? Como meus colegas<br />

estu<strong>da</strong>ntes vêem o representante? Como eu vejo o papel de representante discente? – as<br />

respostas foram socializa<strong>da</strong>s e expostas em três quadros distintos.<br />

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