22.08.2013 Views

UnB Nº. 071/PR/05 - CPRM

UnB Nº. 071/PR/05 - CPRM

UnB Nº. 071/PR/05 - CPRM

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

interlaminação arenosa e, de forma esparsa, conglomerados. O ambiente deposicional desta<br />

unidade evolui de um sistema marinho, fácies de plataforma siliciclástica dominada pela ação de<br />

ondas de tempestade, que evoluiu para sistemas transicionais e continentais, fácies de prodelta e<br />

fluvial (Uhlein, 1991; Chiavegatto, 1992; Chiavegatto et al., 1997; Lima, 20<strong>05</strong>).<br />

Na Folha Cavalcante o Grupo Bambuí ocupa apenas uma pequena parte do mapa, no seu extremo<br />

sudeste, onde está representado por ocasionais afloramentos de calcário, que são a continuidade<br />

da Formação Sete Lagoas, exposta na Folha Nova Roma, a leste. Siltitos em poucos afloramentos<br />

são também individualizados pela continuidade dessas rochas na Folha Nova Roma. As unidades<br />

mais superiores do Grupo Bambuí (formações Serra da Saudade e Três Marias) não estão<br />

presentes na área objeto de estudo.<br />

Através do empilhamento dos estratos, a espessura total do Grupo Bambuí nas folhas Monte Alegre<br />

de Goiás e Nova Roma é estimada em 800 metros. O limite inferior do Grupo Bambuí é marcado<br />

por um contato normal, conformidade correlativa, sobre estratos neoproterozóicos da Formação<br />

Jequitaí, e por discordância e por tectônica sobre as unidades paleo-mesoproterozóicas do Grupo<br />

Araí (Figura 21).<br />

3.7.1 Formação Sete Lagoas<br />

A Formação Sete Lagoas está concentrada principalmente do lado oriental das folhas Nova Roma e<br />

Monte Alegre de Goiás. O limite oeste da unidade é feito por contato normal ou falhado com as<br />

unidades paleoproterozóicas de geomorfologia serrana desde a cidade de Campos Belos de Goiás a<br />

norte até a sul da cidade de Nova Roma. No lado ociental, as ocorrências desta formação se<br />

restringem a uma pequena exposição junto a uma falha inversa que a expõe em meio às<br />

formações superiores.<br />

Três conjuntos de litofácies (NP2slm, NP2slc, NP2sld) podem ser reconhecidos dentro da Formação<br />

Sete Lagoas.<br />

Litofácies - NP2slm<br />

A associação NP1slm corresponde à unidade basal e é constituída pela intercalação de margas, siltitos,<br />

siltitos calcíferos e calcários laminados. Afloramentos desta unidade são relativamente raros devido ao<br />

alto grau de alteração das rochas e ao espesso manto de intemperismo que as recobre, normalmente,<br />

caracterizado por um solo de cor vermelha ocre. Às vezes são encontrados na base desta unidade, em<br />

contato normal sobre os diamictitos da Formação Jequitaí (Dardenne et al. 1978a), delgados corpos<br />

lenticulares de dolomitos de cor cinza escuro a branco, normalmente bem recristalizados, de 3 a 7<br />

metros de espessura, interpretados como carbonatos de capa pós-glaciais (cap carbonates),<br />

relacionados à glaciação sturtiana. A espessura desta unidade varia entre 120 a 80 metros.<br />

Litofácies - NP2slc<br />

Calcários laminados, às vezes com aspecto bandado, e calcários argilosos de cor cinza são as<br />

rochas dominantes da unidade intermediária, que é a unidade mais delgada da Formação Sete<br />

Lagoas, com uma espessura variável de 20 a 80 metros. O contato entre a associação basal<br />

(NP2slc) e os calcários laminados e argilosos é aparentemente, gradacional, sendo, portanto,<br />

individualizada pelo domínio do calcário sobre as margas (Figura 22).<br />

Programa Geologia do Brasil – Folhas Cavalcante, Monte Alegre de Goiás, Nova Roma<br />

25

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!