UnB Nº. 071/PR/05 - CPRM
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abertura de galerias, tendo sido avaliada uma reserva com cerca de 2.500 toneladas de estanho.<br />
Atualmente, nenhum tipo de exploração vem sendo realizado, devido à queda do preço do estanho<br />
na década de 80. As áreas exploradas encontram-se abandonadas e as catas de minério estão<br />
inundadas ou entulhadas com material de rejeito.<br />
As principais concentrações de Sn-Ta estão associadas a pegmatitos e greisens, dispostos segundo<br />
dois lineamentos principais de direção N10-N20E: a) Grotão – Xupé – Manchão das Velhas e b)<br />
Mutuca – Macaúbas – Atoleiro/Zé da Areia. Os minérios ocorrem como veios e sills pegmatíticos,<br />
manchas ou lentes de greisens associadas a pequenos corpos de turmalina granito, representantes<br />
das fácies mais evoluídas da Suíte Aurumina, com idade em torno de 2,0 Ga (Botelho et al., 2006).<br />
Além da cassiterita e da tantalita, os minérios contêm berilo, espodumênio, turmalina e<br />
apatita.<br />
As mineralizações de Sn-Ta da Suíte Aurumina, quando comparadas com as mineralizações<br />
estaníferas mais conhecidas da Província Estanífera de Goiás, relacionadas a granitos intraplaca do<br />
tipo A (Botelho & Moura 1998), têm assinatura distinta, com maior enriquecimento em Ta, Cs, B e<br />
com micas mais ricas em lítio, do tipo lepidolita. Assim os depósitos de Sn-Ta da Suíte Aurumina<br />
estão relacionados a sistema rico em boro, comparável ao sistema granito-pegmatito do tipo LCT<br />
(Li-Cs-Ta) de Cerny (1991) (Pereira 2001).<br />
5.2 Depósitos e Ocorrências Minerais Relacionados ao Rifte Intracontinental<br />
Paleoproterozóico<br />
O principal evento mineralizador associado ao rifte intracontinental na região nordeste de Goiás<br />
está relacionado às intrusões graníticas do tipo A da Suíte Pedra Branca, principalmente aos<br />
granitos PP4γpb2, responsáveis pelos depósitos de estanho mais importantes da Província<br />
Estanífera de Goiás (Figura 46). Não são conhecidos registros de outros bens minerais importantes<br />
relacionados a essa época metalogenética, exceto por relatos de ocorrências de diamante, cuja<br />
origem poderia estar associada a magmatismo do rifte, e de ocorrências de níveis espessos de<br />
hematita maciça, associadas a quartzitos do Grupo Araí, na região de Colinas de Goiás e na Serra<br />
de São Pedro, situada na região entre o Vão das Almas e o Vão do Moleque, na Folha Porto-Real.<br />
Merece ainda destaque, o potencial para gemas, representado por ocorrências de ametista, quartzo<br />
hialino, citrino, e para rochas ornamentais, representado por granitos e rochas vulcânicas<br />
portadores de quartzo azul.<br />
No contexto das folhas Cavalcante, Nova Roma e Monte Alegre de Goiás, o único bem mineral a ser<br />
destacado é o estanho e seus subprodutos como índio, ouro e flúor.<br />
Depósitos de Estanho<br />
Os depósitos de estanho mais importantes da Província Estanífera de Goiás estão associados a<br />
granitos do tipo A, geneticamente relacionados à evolução continental do Rifte Araí e ao<br />
vulcanismo bimodal contemporâneo. Merecem destaque os depósitos hospedados nos maciços<br />
Pedra Branca, na Sub-província Paranã, e Serra Dourada, na Sub-província Tocantins, que foram<br />
alvo de intensa atividade garimpeira, nas décadas de 1970 e 1980, e de empreendimentos<br />
mineiros com instalação de duas minas. No contexto das folhas Cavalcante, Nova Roma e Monte<br />
Alegre de Goiás, depósitos e ocorrências de estanho dessa época metalogenética são encontrados<br />
Programa Geologia do Brasil – Folhas Cavalcante, Monte Alegre de Goiás, Nova Roma<br />
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