UnB Nº. 071/PR/05 - CPRM
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metros de espessura, dentro de siltitos e folhelhos sobrepostos aos diamictitos da Formação<br />
Jequitaí, a qual caracteriza a glaciação homônima no início do Neoproterozóico (Dardenne et<br />
al.1978; 1986). O teor médio do minério de fosforito fica compreendido entre 15 e 17% P2O5, com<br />
um valor máximo de 22% P2O5. O mineral dos fosforitos é a fluorapatita. Essas ocorrências têm<br />
sido afetadas pela alteração laterítica que provocou a formação de um minério terroso, marrom<br />
friável, com desenvolvimento local de crosta silicosa contendo wavelita. Todas essas ocorrências<br />
foram depositadas em depressões do embasamento num ambiente calmo e tranqüilo por águas<br />
provavelmente frias provendo da deglaciação (Dardenne et al.1986).<br />
Atualmente o prolongamento dessas ocorrências de fosforitos nos siltitos da base da Formação<br />
Sete Lagoas e a sua extensão aos dolomitos dessa mesma formação estão sendo investigados por<br />
diversas companhias em função das facilidades de concentração do minério e da boa solubilidade<br />
da apatita, o que permite a utilização do concentrado obtido como fertilizante em natura.<br />
Anomalias de Chumbo e Zinco nos Dolomitos da Formação Sete Lagoas<br />
Os trabalhos de prospecção geoquímica desenvolvidos pela METAGO durante os anos 70 na borda<br />
ocidental do vale do Rio Paranã (METAGO, 1977) colocaram em evidência uma série de<br />
importantes anomalias geoquímicas de chumbo e zinco nas unidades carbonáticas relacionadas à<br />
Formação Sete Lagoas na região de Nova Roma. As anomalias mais significativas, que são plotadas<br />
no mapa geológico, são associadas a falhas de direção NS afetando as brechas dolomíticas da<br />
porção superior da Formação Sete Lagoas ao sul de Nova Roma. Essas anomalias, que atingem<br />
valores da ordem de 2000 a 2500 ppm Zn, se situam no sopé da escarpa dolomítica e são<br />
associadas a dolomitos cinza escuro laminados e a brechas intraformacionais com elementos deste<br />
mesmo dolomito, as quais apresentam um cimento recristalizado (Dardenne et al. 1978).<br />
Tais anomalias indicam a presença de mineralizações que ocorrem na forma de disseminação de<br />
cristais de esfalerita amarelo claro no cimento recristalizado, e que foram encontradas em blocos<br />
soltos no pé da escarpa. Quando alterada, a esfalerita apresenta uma cor alaranjada bastante<br />
característica.<br />
5.4 Rocha Ornamental<br />
Figura 50: Local de retirada de bloco de quartzo –<br />
muscovita milonito para teste de aproveitamento como<br />
rocha ornamental. Fazenda Sobrado, Folha Cavalcante.<br />
Programa Geologia do Brasil – Folhas Cavalcante, Monte Alegre de Goiás, Nova Roma<br />
A exploração de Rocha Ornamental na<br />
região nordeste de Goiás é recente, tendo<br />
sido iniciada com a implantação, em 1998,<br />
de pedreira no Maciço Mangabeira, fora da<br />
área ocupada pelas folhas Cavalcante, Nova<br />
Roma e Monte Alegre de Goiás. No domínio<br />
dessas folhas, prospectos mais recentes<br />
buscam viabilizar a exploração de quartzo –<br />
muscovita milonitos (Figura 50), filonitos e<br />
granitos greisenizados de cor amarela a<br />
verde escura. Outro potencial da área está<br />
nas rochas vulcânicas ácidas e nos granitos<br />
portadores de quartzo azul.<br />
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