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Igor Alves Dantas de Oliveira Prof - Faap

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Rodriguez <strong>de</strong> Barrio, Manuel Go<strong>de</strong>d, Andrés Saliquet e Franco, aos fins <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1936,<br />

com a participação <strong>de</strong> José Sanjurjo 30 como chefe do movimento e <strong>de</strong> Emilio Mola 31 como<br />

responsável pela organização do movimento. As negociações para convencer a Falange e os<br />

carlistas a aceitarem os propósitos militares não foram fáceis. A gran<strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> esteve em<br />

estabelecer um consenso do que seria feito após o triunfo do movimento militar apoiado pelos<br />

setores civis. Os generais não visavam acabar com a República, apenas queriam organizar a<br />

<strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m que eles consi<strong>de</strong>ravam que a Frente Popular havia provocado na política espanhola,<br />

além <strong>de</strong> manter um caráter conservador na Espanha. Os falangistas, apesar <strong>de</strong> não<br />

posicionarem claramente seus interesses, <strong>de</strong>sejavam colocar em prática uma revolução<br />

nacional-sindicalista. Já os carlistas, acreditavam que seria interessante substituir a República<br />

por uma organização corporativista. Foi então que Sanjurjo <strong>de</strong>cidiu acabar com a discussão e<br />

prorrogar para <strong>de</strong>pois da conclusão do triunfo o <strong>de</strong>bate sobre quais seriam as provisões<br />

tomadas no novo regime (REDONDO, 1984, p. 318).<br />

A implementação <strong>de</strong> uma revolução através das Cortes não seria suficiente para dar<br />

inicio a um levante militar. Porém, o fracasso da Frente Popular em controlar os militantes e<br />

<strong>de</strong> estabelecer um governo estável fez com que os socialistas se dividissem. Indalecio Prieto 32 ,<br />

lí<strong>de</strong>r dos mo<strong>de</strong>rados, não se entendia com Largo Caballero e o resultado <strong>de</strong>ssa <strong>de</strong>sunião foi<br />

<strong>de</strong>vastador, já que reuniu um governo fraco com forte retórica. Esta retórica assustou as<br />

classes médias e os oficiais do Exército quando a juventu<strong>de</strong> da Frente Popular e os anarquistas<br />

iniciaram invasões camponesas e greves nas fábricas. Os militantes esquerdistas li<strong>de</strong>raram a<br />

violência que era rebatida, duramente, pelas gangues fascistas (JOHNSON, 1990, pp. 272-<br />

273).<br />

A violência das gangues piorou no mês <strong>de</strong> junho. José Maria Gil Robles 33 , ministro da<br />

Guerra, alertou as Cortes sobre as atrocida<strong>de</strong>s que estavam ocorrendo na Espanha. Nada foi<br />

feito e o fracasso por parte do governo em interferir na situação <strong>de</strong>u aos militares o apoio civil<br />

que buscavam para tomar o po<strong>de</strong>r. O fato <strong>de</strong>terminante para o levante ocorreu no dia 11 <strong>de</strong><br />

30<br />

J. Sanjurjo (1872 – 1936). Militar espanhol que participou ativamente do golpe militar <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> julho. Morto<br />

em 1936, vítima <strong>de</strong> um aci<strong>de</strong>nte aéreo.<br />

31<br />

E. Mola (1887 – 1937). Militar espanhol que organizou o golpe militar 18 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1936. Nascido em Cuba,<br />

quando a ilha ainda era província espanhola, e morto em 1937, vítima <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte aéreo.<br />

32<br />

I. Prieto (1883 – 1962). Político socialista e jornalista espanhol. Membro ativo do PSOE, foge para o exílio<br />

após a vitória <strong>de</strong> Franco, morrendo no México em 1963.<br />

33<br />

J.M. Gil Robles (1898 – 1980). Político espanhol que ocupou o cargo <strong>de</strong> Ministro da Guerra durante a Guerra<br />

Civil Espanhola.<br />

42

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