KELLY CRISTINA CANCELA INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA E DO ...
KELLY CRISTINA CANCELA INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA E DO ...
KELLY CRISTINA CANCELA INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA E DO ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
de diferentes tamanhos das espécies Quercus ilex, P. pinea, P. pinaster e P.<br />
sylvestris. As sementes de menor tamanho de todas as espécies mostraram maior<br />
necessidade de fertilização que as sementes maiores, segundo os autores. Em todas<br />
as espécies existiu, ainda, uma correlação entre os resultados em viveiro e em<br />
campo. Tanto em viveiro quanto em campo as diferenças no desenvolvimento de<br />
plantas fertilizadas e não fertilizadas foi significativo, mas nem sempre os<br />
tratamentos que consistiram em doses maiores de adubação foram superiores aos<br />
tratamentos com doses menores, como foi o caso para P. pinaster. A nutrição das<br />
mudas é uma prática comum em muitos viveiros. O estado nutricional da muda afeta<br />
de maneira determinante a resistência das plantas ao estresse, às enfermidades e<br />
aos processos fisiológicos e, indiretamente, aos processos morfológicos, os quais<br />
determinam o estado das plantas antes de serem conduzidas para o plantio<br />
(SUTTON, 1979; ROOK, 1991).<br />
Alguns estudos, no entanto, contrariam a teoria de que sementes maiores<br />
originam mudas mais vigorosas, como por exemplo, o trabalho de CLAIR e A<strong>DA</strong>MS<br />
(1991), com famílias de Douglas-fir, onde as correlações entre peso da semente e<br />
tamanho da muda foram positivas, porém não particularmente fortes e tenderam a<br />
diminuir com o tempo em viveiro. De modo geral, a diferença é usualmente mais<br />
pronunciada nos estádios inicias do desenvolvimento da muda, porém tende a se<br />
tornar menor e pode desaparecer após uma ou mais estações de crescimento<br />
segundo SCHMIDT (2000b). MORGENSTERN (1969) encontrou inicialmente forte<br />
correlação entre o tamanho da semente, germinação e características de<br />
crescimento da muda (comprimento de raiz, altura da parte aérea e presença de<br />
acículas secundarias, por exemplo) para Picea mariana. Constatou, entretanto, que a<br />
importância do tamanho da semente diminuiu dentro de dois anos, aumentando<br />
neste período a importância da temperatura e do comprimento do dia no<br />
desenvolvimento da muda.<br />
No estudo conduzido por DEMERRITT Jr e HOCKER Jr (1975) com P.<br />
strobus o peso da semente influenciou positivamente o tamanho e o peso de mudas<br />
semeadas diretamente no solo. Aos dois anos de idade, os dados indicaram a<br />
possibilidade de ser selecionar as sementes maiores visando a obtenção de mudas<br />
maiores por semeadura direta. O mesmo resultado não foi obtido em viveiro, onde as<br />
variáveis avaliadas das mudas não apresentaram correlação com o peso da semente<br />
42