cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial (ctbmf) - Hospital ...
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CAPÍTULO 08 - FRATURA DE CÔNDILO MANDIBULAR<br />
Pedro Everton Marques Goes<br />
1. Anamnese:<br />
a. A sequência da anamnese deve seguir o modelo geral descrito no protocolo de internação (página 2) e<br />
aquela presente na ficha de trauma (Anexo 20). Verificar a história de ruídos articulares, limitação de<br />
abertura bucal, sintomatologia pré-auricular e otorragia. Devemos recordar com o paciente como era a<br />
sua oclusão antes da fratura, relatando aspectos de possíveis maloclusões prévias.<br />
2. Exame físico:<br />
a. O exame físico convencional seguirá os passos descritos no protocolo inicial de trauma do complexo<br />
buco-maxilo-facial (página 23).<br />
∗ Obs.: É fundamental preencher adequadamente a ficha de trauma usada no serviço de<br />
CTBMF-HUWC com fins de levantamento de dados.<br />
b. Em virtude da especificidade deste tipo de traumatismos é importante se avaliar os seguintes aspectos:<br />
i. Dor (No ouvido ou Pré-auricular);<br />
ii. Limitação dos movimentos mandibulares (abertura e lateralidade);<br />
iii. Desvio do mento (Para o lado fraturado);<br />
iv. Retroposicionamento mandibular (Fraturas bilaterais)Mordida aberta anterior (Contato prématuro<br />
posterior);<br />
v. Fratura das cúspides vestibulares dos molares superiores.<br />
3. Exames complementares:<br />
a. Exames hematológicos<br />
i. Deve seguir as orientações contidas no protocolo de internação (página 3).<br />
b. Exames por imagem<br />
i. Radiografia panorâmica;<br />
ii. Radiografia PA de mandíbula;<br />
iii. Radiografia Lateral oblíqua de mandíbula (direita e esquerda);<br />
iv. Radiografia AP de côndilos (Imagem reversa de Towne);<br />
v. Tomografia computadorizada em cortes axiais, coronais e sagitais em janela para tecidos duros*<br />
∗ Obs.: A tomografia computadorizada deverá ser solicitada sempre que as radiografias<br />
convencionais não permitirem um diagnóstico adequado do caso, em fraturas com<br />
grandes deslocamentos ou em casos associados a fraturas de terço médio de face.<br />
4. Considerações acerca do tratamento:<br />
a. Os casos poderão ser tratados de forma aberta ou fechada segundo os critérios descritos a seguir.<br />
b. As barras de Erich deverão ser instaladas previamente à realização do procedimento cirúrgico (dia anterior<br />
à <strong>cirurgia</strong>).<br />
c. Acesso cirúrgico x localização:<br />
i. Pré-auricular: será a preferência para as fraturas nas quais se faz necessária uma manipulação<br />
intra-articular.<br />
ii. Retro-mandibular:será a preferência para o processo de manipulação, redução e fixação do<br />
segmento fraturado.<br />
iii. Intra-oral: será o acesso indicado para os casos tratados por <strong>cirurgia</strong> assistida por vídeo.<br />
d. Nas fraturas em crianças é importante:<br />
i. Avaliar a o tipo de dentição.<br />
ii. Ter conhecimento de que a fixação interna adequada, quando empregada, deve ser cercada de<br />
cuidados em virtude da pouca altura da mandíbula, presença de dentes e proximidade do nervo<br />
alveolar inferior.<br />
iii. O tratamento conservador em um paciente portando dentição decídua ou mista pode ser<br />
dificultado em razão da não possibilidade de instalação de barras de Erich.<br />
5. Tratamento Aberto:<br />
a. São indicações absolutas para redução aberta:<br />
i. Deslocamento do côndilo para o interior da fossa craniana média;<br />
Manual de procedimentos do Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial (CTBMF)<br />
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