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Parecer do Dr. Frederico Price Grechi, da Comissão Permanente de ...

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<strong>de</strong>legar consiste em atribuir<br />

priva<strong>do</strong> (pessoa natural ou jurídica) ou público.<br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> própria <strong>da</strong> administração a<br />

(...). A atuação funcional <strong>do</strong> titular é legitima<strong>da</strong> nos limites <strong>do</strong>s po<strong>de</strong>res<br />

outorga<strong>do</strong>s pela <strong>de</strong>legação, subordina<strong>da</strong> ou não a zonas territoriais.<br />

Estassão<br />

impostas, por exemplo, aos registra<strong>do</strong>res civis <strong>de</strong> pessoas naturais e aos <strong>de</strong><br />

imóveis, cujas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s são exercíveis exclusivamente na área terrisoriais<br />

cria<strong>da</strong> pela divisão interna <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> ou <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral".<br />

A propósito<br />

<strong>da</strong> in<strong>de</strong>pendência <strong>do</strong>s notários e registra<strong>do</strong>res, ensina Luiz Guilherme<br />

Loureiro (Op..Cit., pp. 3-4):<br />

"0 notário e registra<strong>do</strong>r são profissionais in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> obediência<br />

apenas à lei e aos regulamentos edita<strong>do</strong>s pelo Po<strong>de</strong>r Judiciário ..Assim, por<br />

exemplo, o registra<strong>do</strong>r po<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve exercer a qualificação registral <strong>de</strong> um<br />

man<strong>da</strong><strong>do</strong> judicial e <strong>de</strong> títulos <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Público, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> recusar o seu<br />

registro se não estiver presente alguma formali<strong>da</strong><strong>de</strong> ou requisito extrínseco<br />

previsto em lei. Vale dizer, este profissional <strong>do</strong> direito é <strong>do</strong>ta<strong>do</strong> <strong>de</strong> liber<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>cisória, sem nenhum tipo <strong>de</strong> condicionamento, seja <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m política,<br />

econômica ou administrativa. O único limite é a or<strong>de</strong>m jurídica, que disciplina.<br />

entre outras matérias, o exercício <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, os limites <strong>de</strong> suas atribuições<br />

e os <strong>de</strong>veres a observar. Destarte, ele não é subordina<strong>do</strong> ao Po<strong>de</strong>r Judiciário.<br />

Este po<strong>de</strong>r tem apenas a atribuição constitucional <strong>de</strong> fiscalizar a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

notarial e <strong>de</strong> registro. O po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> fiscalização <strong>do</strong> Judiciário abrange o po<strong>de</strong>r<br />

norrnativo, vale dizer, <strong>de</strong> editar normas regula<strong>do</strong>ras <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> notarial e <strong>de</strong><br />

registro, visan<strong>do</strong> sua harmonização e aprimoramento técnico. Tais normas,<br />

que são <strong>de</strong> observância obrigatória pelos notários e registra<strong>do</strong>res, geralmente<br />

vêm estabeleci<strong>da</strong>s pelas correge<strong>do</strong>rias gerais <strong>de</strong> justiça <strong>do</strong>s respectivos<br />

Esta<strong>do</strong>s. Da mesma forma, o notário e registra<strong>do</strong>r são livres para contratar<br />

prepostos e exercer a gerência administrativa e financeira <strong>do</strong>s serviços que<br />

lhe foram <strong>de</strong>lega<strong>do</strong>s pelo Esta<strong>do</strong>, caben<strong>do</strong>-Ihes estabelecer normas,<br />

condições e obrigações, relativas à atribuição <strong>de</strong> funções e <strong>de</strong> remuneração<br />

<strong>de</strong> seus prepostos, sem necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> homologação ou autorização judicial"<br />

(grifou-se).<br />

No tocante ao princípio <strong>da</strong> legali<strong>da</strong><strong>de</strong> ou <strong>da</strong> legitimi<strong>da</strong><strong>de</strong>, a exemplo <strong>do</strong> Direito alemão,<br />

leciona Afranio <strong>de</strong> Carvalho que "a vali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> inscrição <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>da</strong> vali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong><br />

negócio jurídico que lhe dá origem e <strong>da</strong> facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> disposição <strong>do</strong> alienante. (...) A<br />

inscrição não passa uma esponja no passa<strong>do</strong>, não torna líqui<strong>do</strong> o <strong>do</strong>mínio ou outro<br />

qualquer direito real. (...) O exame prévio <strong>da</strong> legali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s títulos é que visa a<br />

estabelecer a correspondência constante entre a situação jurídica e a situação<br />

registraI,.<strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que o público possa confiar plenamente no registro. {...]". (Registro<br />

<strong>de</strong> Imóveis. 4ª ed. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Forense, 1998, pp. 223-224).<br />

Em complemento à in<strong>de</strong>pendência <strong>do</strong>s notários e registra<strong>do</strong>res, cuja ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> jurídica<br />

profissional está diretamente disciplina<strong>da</strong> pela or<strong>de</strong>m jurídica, que estabelece os

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