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aula revisao - ILEA

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Elementos e Isótopos<br />

Tabela Periódica dos Elementos<br />

Carta de Nuclídeos<br />

Half-Life<br />

1 – 10 days<br />

10-100 days


Estrutura Nuclear<br />

O núcleo atômico é constituído de A núcleons.<br />

N nêutrons<br />

Z prótons<br />

A número de massa<br />

Z número atômico<br />

A = N + Z


Notação Química<br />

A<br />

Z X<br />

A número de massa<br />

Z número atômico (prótons).<br />

O número de nêutrons é obtido de N = A - Z.<br />

4<br />

2 He<br />

239<br />

94 Pu


Grandezas e Unidades<br />

ENERGIA: Propriedade de um sistema que lhe<br />

permite realizar trabalho, podendo ter várias<br />

formas: térmica, cinética, potencial, química,<br />

elétrica, mecânica, eletromagnética, nuclear...<br />

A unidade de medida de energia do SI é o<br />

Joule, ou seja, o trabalho realizado pela força<br />

constante de 1 Newton, cujo ponto de<br />

aplicação se desloca da distância de 1 metro<br />

na direção da força.<br />

1 cal = 4,18 J<br />

1 eV = 1,6 10 -19 J


Grandezas de Radioatividade<br />

GRANDEZA<br />

ATIVIDADE<br />

CONSTANTE DE<br />

DECAIMENTO OU<br />

DE DESINTEGRAÇÃO<br />

UNIDADE<br />

Becquerel<br />

1Bq = s -1<br />

s -1<br />

DEFINIÇÃO<br />

A = dN / dt<br />

λ = dP/dt<br />

CONSTANTE DE TAXA DE<br />

KERMA NO AR<br />

MEIA -VIDA<br />

m 2 .Gy.Bq.s -1<br />

s, min, h, a<br />

•<br />

Γ δ = d K δ /A<br />

t 1/2 = ln 2/λ<br />

VIDA - MÉDIA<br />

s, min, h,<br />

τ = 1/ λ


Grandezas e Unidades<br />

Atividade (de uma quantidade de radionuclídeo<br />

em um determinado estado de energia em um<br />

instante de tempo) - Grandeza definida por:<br />

A=dN/dt<br />

onde dN é o valor esperado do número de<br />

transições nucleares espontâneas daquele<br />

estado de energia no intervalo de tempo dt.<br />

A unidade do sistema internacional é o<br />

recíproco do segundo (s -1 ) denominado<br />

becquerel (Bq).


Cálculo de Atividade<br />

A atividade de uma amostra contendo material<br />

radioativo é o número de desintegrações que<br />

ocorrem por unidade de tempo nessa amostra<br />

A = dN/dt<br />

sendo proporcional ao número de átomos<br />

radioativos presentes.<br />

A = λ . N<br />

onde λ é a constante de desintegração.


Cálculo de Atividade<br />

dN/dt = - λ . N<br />

dN/N = - λ . dt<br />

∫<br />

dN/N = ∫ - λ . dt<br />

Integrando de N 0 a N e de 0 a t :<br />

ln N – ln N 0 = -λ . (t – 0)<br />

ln (N/N 0 ) = -λ . t<br />

N/N 0 = e -λ . t


Cálculo de Atividade de 1g de 226 Ra<br />

SABE-SE QUE UM ÁTOMO-GRAMA DE QUALQUER<br />

ELEMENTO POSSUI<br />

6,02 . 10 23 ÁTOMOS DESSE ELEMENTO.<br />

ASSIM, PARA UMA AMOSTRA CONTENDO UM GRAMA<br />

DE RÁDIO-226:<br />

(1 átomo-grama de Ra-226 = 226 g)<br />

226 g de Ra-226 6,02 . 10 23 átomos<br />

1 g N<br />

SABENDO-SE O NÚMERO DE ÁTOMOS RADIOATIVOS<br />

NA AMOSTRA, CALCULA-SE SUA ATIVIDADE, EM<br />

DESINTEGRAÇÕES POR SEGUNDO ( Bq )<br />

A = λ . N = (ln 2 / t ½ ) . (1 . 6,02 .10 23 / 226)


Cálculo de Atividade de 1g de 226 Ra<br />

A = λ . N = (ln 2 / t ½ ) x (1 x 6,02 x10 23 / 226)<br />

A MEIA VIDA DO Ra-226 é 1600 anos =<br />

1600 x 365 x 24 x 60 x 60 = 5,04576 x 10 10 s<br />

ENTÃO<br />

A =[ 0,693/ 5,04576x 10 10 ] x [6,02 x 10 23 / 226]<br />

A = 3,67 x 10 10<br />

Observe que 1 Ci = 3,7 x 10 10 Bq


Grandezas e Unidades<br />

Fluência - Grandeza definida por:<br />

φ = dN/da<br />

onde dN é o número de partículas incidentes<br />

sobre uma esfera de secção de área, da.<br />

A unidade é m -2


Grandezas e Unidades<br />

Constante de Decaimento – Grandeza<br />

definida por:<br />

λ = dP/dt<br />

onde dP é a probabilidade de um dado<br />

núcleo sofrer uma transição nuclear<br />

espontânea, de um dado estado de<br />

energia, em um intervalo de tempo dt.<br />

Também conhecida como constante de<br />

desintegração, tem por unidade o s -1 .


Relação entre Constante de<br />

Desintegração e Meia-Vida<br />

Quando N = N 0 /2 t = t 1/2<br />

Então<br />

1/2 = e -λ . t<br />

ln (1/2) = - λ . t 1/2<br />

ln 1 - ln 2 = - λ . t 1/ 2<br />

λ = ln 2 / t 1/2


Grandezas e Unidades<br />

Meia-Vida - Intervalo de tempo necessário<br />

para que o número inicial de núcleos<br />

radioativos de uma amostra, num<br />

determinado estado energético, se reduza<br />

à metade.<br />

t 1/2<br />

= ln 2/λ<br />

A meia-vida é expressa em unidade de<br />

tempo (s, min, h, ou a).


Decaimento Radioativo


Grandezas e Unidades<br />

Vida Média – Corresponde ao inverso da constante de<br />

decaimento e representa a média das durações de<br />

todos os átomos radioativos contidos na amostra<br />

que resulta em:<br />

τ = 1/λ = t 1/2<br />

/ln 2<br />

A vida média é também expressa em unidade de tempo<br />

e é empregada para calcular o número total de<br />

desintegrações de uma fonte radioativa.


GRANDEZAS E UNIDADES<br />

Exemplo de Vida Média<br />

Uma fonte de 1,8 mCi de Rn-222, cuja meia vida é 3,83 dias,<br />

é permanentemente implantada em um paciente.<br />

Determine a radiação emitida.<br />

Vida Média = 1,44 x 3,83 dias = 5,51 dias<br />

A fonte decaindo com uma atividade constante de 1,8 mCi<br />

durante 5,51 dias representaria o mesmo número de<br />

desintegrações que a da fonte decaindo exponencialmente<br />

até ser exaurida.<br />

1,8 mCi x 3,7 10 7 Bq (dps) x 5,51 d x (24 x 60 x 60) s/d =<br />

= 3,17 x 10 13 desintegrações.


Grandezas e Unidades<br />

Exposição – Grandeza definida por:<br />

dQ /dm<br />

onde dQ é o valor absoluto da carga total<br />

de íons de um dado sinal, produzidos no<br />

ar, quando todos os elétrons (negativos e<br />

positivos) liberados pelos fótons no ar em<br />

uma massa dm (devido à interação dos<br />

fótons com o ar), são completamente<br />

freados no ar.


Grandezas e Unidades<br />

Exposição<br />

Esta grandeza só pode ser definida para o<br />

ar e para fótons X ou γ.<br />

A unidade especial Roentgen (R) está<br />

relacionada com a unidade do sistema<br />

Internacional, Coulomb/kg (C/kg) por:<br />

1 R = 2,58 . 10 -4 C/kg


Grandezas e Unidades<br />

Dose - dose absorvida, dose efetiva, dose<br />

equivalente ou dose comprometida,<br />

dependendo do contexto.<br />

Dose absorvida - D - grandeza dosimétrica<br />

fundamental expressa por<br />

D = dε /dm<br />

onde dε é a energia média depositada pela<br />

radiação em um volume elementar de<br />

matéria de massa dm. A unidade SI de<br />

dose absorvida é o joule por quilograma,<br />

denominada gray (Gy). A unidade antiga é<br />

o rad (radiation absorved dose)<br />

1 Gy = 100 rad


Relação entre Dose Absorvida e Exposição<br />

Estudos experimentais mostram ser necessário, em média,<br />

33,8 eV de energia para arrancar um elétron do ar,<br />

produzindo1,6 x10 -19 C.<br />

Por outro lado, 1 R = 2,58x10 -4 C/kg<br />

1,6x10 –19 C – 33,8 eV<br />

1R = 5,386 x10 13<br />

eV/g<br />

Como 1eV = 1,6x10 –12 erg ----><br />

1R = 86,2 erg/g ---><br />

Como 1 rad = 100 erg/g<br />

1R = 0,86 rad ( no ar).<br />

1R ~ 0,96 rad ( no tecido humano).


Grandezas e Unidades<br />

Kerma<br />

( Kinectic energy released per unit mass)<br />

Grandeza expressa por:<br />

K = dE tr<br />

/dm<br />

onde dE tr<br />

é a soma de todas as energias<br />

cinéticas iniciais de todas as partículas<br />

carregadas liberadas por partículas neutras<br />

ou fótons (X e γ), incidentes em um<br />

material de massa dm. A unidade de kerma<br />

é J/kg, ou seja, gray (Gy)


Grandezas e Unidades<br />

kerma<br />

O conceito de kerma engloba a energia<br />

recebida pelas partículas carregadas,<br />

normalmente elétrons de ionização, que<br />

podem dissipá-la nas colisões sucessivas<br />

com outros elétrons ou na produção de<br />

radiação de frenamento (bremsstrahlung).<br />

Assim:<br />

K = K c<br />

+ K r


Grandezas e Unidades<br />

kerma<br />

K c - kerma de colisão, quando a energia é<br />

dissipada localmente, por ionizações ou<br />

excitações;<br />

K r – kerma de radiação, quando a energia<br />

é dissipada longe do local de incidência,<br />

por meio de raios X.


Grandezas e Unidades<br />

kerma<br />

No caso de existir equilíbrio eletrônico, ou seja,<br />

(i)densidade e composição do meio homogêneas,<br />

(ii) campo uniforme de radiação indiretamente<br />

ionizante,<br />

(iii) campos elétricos ou magnéticos homogêneos,<br />

Dose Absorvida = Kerma de Colisão<br />

( D = K c<br />

)


Grandezas e Unidades<br />

Dose Equivalente, H T<br />

• Em proteção radiológica, a grandeza básica é<br />

a dose absorvida média no órgão ou tecido<br />

humano.<br />

• Para um mesmo valor de dose absorvida,<br />

observa-se que algumas radiações são mais<br />

efetivas do que outras em causar efeitos<br />

estocásticos.<br />

• Para levar em consideração esse fato, foi<br />

introduzida uma grandeza mais apropriada, a<br />

dose equivalente.


Grandezas e Unidades<br />

Dose Equivalente - H T<br />

(NN-3.01)<br />

Grandeza expressa por<br />

H T<br />

= D T<br />

w R<br />

onde D T<br />

é dose absorvida média no órgão ou<br />

tecido humano e w R<br />

é o fator de<br />

ponderação da radiação.<br />

A unidade SI de dose equivalente é o joule<br />

por quilograma, denominada sievert (Sv).<br />

1 Sv = 100 rem


Grandezas e Unidades<br />

Fator de Ponderação da Radiação (NN-3.01)<br />

TIPO DE RADIAÇÃO E ENERGIA<br />

W R<br />

FÓTONS DE TODAS AS ENERGIAS<br />

ELÉTRONS DE TODAS AS ENERGIAS<br />

NÊUTRONS: E < 10 keV<br />

PRÓTONS E > 2 MeV<br />

10 keV < E < 100 keV<br />

100 keV < E < 2 MeV<br />

100 keV < E < 20 MeV<br />

E > 20 MeV<br />

PARTÍCULAS ALFA, FRAGMENTOS DE<br />

FISSÃO<br />

1<br />

1<br />

5<br />

10<br />

20<br />

10<br />

5<br />

5<br />

20


Grandezas e Unidades<br />

Dose efetiva, E<br />

Para refletir o detrimento combinado dos<br />

efeitos estocásticos causados pelas doses<br />

equivalentes em todos os órgãos e tecidos<br />

do corpo, a dose equivalente em cada<br />

órgão e tecido é multiplicada pelo<br />

respectivo fator de ponderação do tecido,<br />

w T<br />

, sendo, então, feito o somatório desses<br />

produtos para obter a dose efetiva, E.<br />

E = Σ<br />

T<br />

w T . H T


Fatores de Ponderação dos Tecidos, w T<br />

Tecido ou órgão w T<br />

(NN-3.01)<br />

• Medula óssea (vermelha) 0,12<br />

• Gônadas 0,20<br />

• Cólon 0,12<br />

• Pulmão 0,12<br />

• Estômago 0,12<br />

• Bexiga 0,05<br />

• Mama 0,05<br />

• Fígado 0,05<br />

• Esôfago 0,05<br />

• Tireóide 0,05<br />

• Pele 0,01<br />

• Superfície óssea 0,01<br />

• Restante 0,05*<br />

* glândulas supra-renais, cérebro, intestino grosso superior,<br />

intestino delgado, rins, músculos, pâncreas, baço, timo e<br />

útero.


Doses de Radiação<br />

FONTE<br />

DENTRO OU<br />

FORA DO<br />

CORPO<br />

ENERGIA<br />

NUCLEAR<br />

DOSES<br />

ABSORVIDAS,<br />

D T [Gy]<br />

TECIDOS E<br />

ÓRGÃOS<br />

FATORES DE<br />

PONDERAÇÃO DA<br />

RADIAÇÃO, W R<br />

DOSE<br />

EFETIVA, E [Sv]<br />

E = Σ w T .H T<br />

FATORES DE<br />

PONDERAÇÃO<br />

DOS TECIDOS, w T<br />

DOSES<br />

EQUIVALENTES,<br />

H T [Sv]<br />

TECIDOS E<br />

ÓRGÃOS


Equivalência entre Unidades Antigas e<br />

Unidades do Sistema Internacional<br />

GRANDEZA<br />

EXPOSIÇÃO<br />

DOSE ABSORVIDA<br />

DOSE<br />

EQUIVALENTE<br />

UNIDADE<br />

ANTIGA<br />

1 R<br />

1 rad<br />

1 rem<br />

UNIDADE<br />

SI<br />

2,58 .10 -4<br />

C/kg<br />

0,01 Gy =<br />

= 0,01 J/kg<br />

0,01 Sv =<br />

= 0,01J/kg<br />

PARA FÓTONS: 1R ~1rad = 1 rem no tecido humano


Grandezas e Unidades<br />

Dose Absorvida Comprometida, D(t)<br />

Grandeza expressa por:<br />

t 0 + τ<br />

D(τ) = ∫ [dD(t)/ dt] . dt<br />

t 0<br />

t 0 - instante em que ocorre a incorporação;<br />

dD(t)/dt - taxa de dose absorvida em um tempo t;<br />

t - tempo transcorrido após a incorporação das<br />

substâncias radioativas;<br />

Quando não especificado de outra forma, t tem<br />

o valor de 50 anos para adultos e até a idade<br />

de 70 anos para a incorporação por crianças.


Grandezas e Unidades<br />

Dose Equivalente Comprometida, H T<br />

(τ)<br />

Grandeza expressa por:<br />

t 0 + τ<br />

H T (τ) = ∫ [dH T (t)/dt] . Dt<br />

t 0<br />

t o<br />

- instante em que ocorre a incorporação,<br />

dH T (t) / dt - taxa de dose equivalente no órgão ou<br />

tecido no tempo t<br />

τ - período de tempo transcorrido após a incorporação<br />

das substâncias radioativas.<br />

Quando não especificado de outra forma, t tem o valor de<br />

50 anos para adultos e até a idade de 70 anos para a<br />

incorporação por crianças.


Grandezas e Unidades<br />

Dose Efetiva Comprometida, E(τ )<br />

Grandeza expressa por<br />

E(τ) = ∑ w T . H T (τ)<br />

T<br />

H T (τ) - dose equivalente comprometida no<br />

tecido t no período de integração t;<br />

w T -<br />

fator de ponderação de órgão ou tecido;<br />

Quando não especificado de outra forma, t<br />

tem o valor de 50 anos para adultos e até a<br />

idade de 70 anos para a incorporação por<br />

crianças.


Grandezas e Unidades<br />

Dose Coletiva<br />

Expressão da dose efetiva total recebida por<br />

uma população ou um grupo de pessoas,<br />

definida como o produto do número de<br />

indivíduos expostos a uma fonte de radiação<br />

ionizante, pelo valor médio da distribuição de<br />

dose efetiva desses indivíduos.<br />

A dose coletiva é expressa em pessoa-sievert<br />

(pessoa-Sv).


Grandezas e Unidades<br />

Restrição de Dose<br />

Valor inferior ao limite de dose,<br />

estabelecido pela CNEN como uma<br />

restrição prospectiva nas doses<br />

individuais relacionadas a uma<br />

determinada fonte de radiação ionizante.<br />

Leva em conta a possibilidade de<br />

irradiação de um indivíduo por mais de<br />

uma fonte radioativa e pode ser<br />

considerada como um fator de segurança.


Grandezas e Unidades<br />

Transferência Linear de Energia, TLE<br />

Linear Energy Transfer, LET<br />

TLE - energia média liberada por unidade de<br />

comprimento ao longo do caminho percorrido<br />

por fótons ou partículas no meio irradiado,<br />

normalmente expressa em kev/µm<br />

BAIXO TLE (LET) : RAIOS X, RAIOS γ<br />

ALTO TLE (LET) : PARTÍCULAS α, β, NÊUTRONS,<br />

PRÓTONS, IONS


Mecanismos de Interação das<br />

Radiações Ionizantes com o Tecido<br />

TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA<br />

A ENERGIA ABSORVIDA PELA CÉLULA E A QUALIDADE DA<br />

RADIAÇÃO (ALFA, BETA, GAMA, NÊUTRONS), PARA A MAIORIA<br />

DOS EFEITOS OBSERVADOS, SÃO FATORES IMPORTANTES.<br />

BAIXO TLE : RAIOS X E γ E PARTÍCULAS β TÊM UMA<br />

PROBABILIDADE BAIXA DE INTERAGIR COM OS ÁTOMOS DO<br />

MEIO IRRADIADO<br />

EFEITOS PEQUENOS E ISOLADOS, DE TAL<br />

FORMA QUE O REPARO MOLECULAR É POSSÍVEL<br />

ALTO TLE: PARTÍCULAS PESADAS (α, PRÓTONS , NÊUTRONS)<br />

LIBERAM SUA ENERGIA AO LONGO DE UMA TRAJETÓRIA MAIS<br />

CURTA<br />

MUITOS EVENTOS DE IONIZAÇÃO COM ALTA<br />

PROBABILIDADE DE EFEITOS DANOSOS


Grandezas e Unidades<br />

Eficácia Biológica Relativa, EBR<br />

Relative Biological Efficiency, RBE<br />

Quando a qualidade da radiação muda (por<br />

exemplo, raios x para nêutrons) o efeito<br />

biológico causado por uma mesma dose de<br />

radiação não é necessariamente o mesmo.<br />

EBR : razão entre a dose de radiação de<br />

referência, que produz um determinado efeito<br />

biológico, e a dose de radiação em estudo,<br />

necessária para produzir o mesmo efeito.<br />

Quando o valor de EBR de uma radiação é<br />

comparado com o de outra , temos:<br />

EBR 1 /EBR 2 = D 2 /D 1


Efeitos Biológicos das Radiações Ionizantes<br />

RADIAÇÃO<br />

CÉLULA NORMAL<br />

REPARO BEM<br />

SUCEDIDO<br />

DANO NO<br />

DNA<br />

MORTE CELULAR<br />

REPARO MAL<br />

SUCEDIDO<br />

CÂNCER


Efeitos Biológicos das Radiações<br />

PRODUÇÃO DE ELÉTRONS HIDRATADOS E<br />

RADICAIS LIVRES<br />

IONIZAÇÃO DA MOLÉCULA D’ÁGUA<br />

hν<br />

H 2<br />

O H 2<br />

O + + ε - H 2<br />

O + + ε - (aq)<br />

H 2<br />

O + •OH + H +<br />

FORMAÇÃO DE RADICAIS LIVRES<br />

hν<br />

H 2<br />

O H 2<br />

O* H • + • OH<br />

Os principais produtos resultantes da irradiação da água<br />

pura tendem a reagir com as bases nitrogenadas do<br />

DNA (Adenina, Guanina, Citosina e Timina) ou, na<br />

ausência destas, entre si, conforme se segue:<br />

ε - (aq) + ε - (aq) + 2 H 2<br />

O → 2 H 2<br />

+ OH -<br />

H • + H • → H 2<br />

• OH + • OH → H 2<br />

O 2<br />

H • + • OH → H 2<br />

O


Efeitos Biológicos das Radiações Ionizantes<br />

EFEITOS<br />

EFEITOS DETERMINÍSTICOS<br />

EFEITOS<br />

ESTOCÁSTICOS<br />

DOSE DE RADIAÇÃO


CLASSIFICAÇÃO DOS EFEITOS BIOLÓGICOS<br />

Os efeitos biológicos classificam-se quanto:<br />

1°- A DOSE ABSORVIDA<br />

• ESTOCÁSTICO;<br />

• DETERMINISTICO.<br />

• IMEDIATOS;<br />

2°- AO TEMPO DE MANIFESTAÇÃO<br />

• TARDIOS OU<br />

RETARDADOS.<br />

3°- AO NÍVEL DE DANO<br />

• SOMÁTICO;<br />

• GENÉTICOS.


Efeitos Estocásticos e<br />

Efeitos Determinísticos<br />

EFEITOS ESTOCÁSTICOS:<br />

A PROBABILIDADE DE<br />

OCORRÊNCIA É FUNÇÃO DA<br />

DOSE.<br />

NÃO EXISTE LIMIAR<br />

DE DOSE.<br />

HÁ CHANCE DE QUE<br />

CERTOS EFEITOS SE<br />

MANIFESTEM DEPOIS DE UM<br />

PERÍODO DE TEMPO LONGO.<br />

QUANDO AS GÔNODAS<br />

SÃO IRRADIADAS, PODEM<br />

LEVAR À ALTERAÇÃO DO<br />

MATERIAL HEREDITÁRIO<br />

CONTIDO NOS GAMETAS.<br />

EFEITOS DETERMINÍSTICOS:<br />

SURGEM NUM CURTO ESPAÇO<br />

DE TEMPO (DIAS, HORAS,<br />

MINUTOS) A PARTIR DE UM<br />

VALOR DE DOSE LIMIAR.<br />

SUA GRAVIDADE É FUNÇÃO<br />

DO AUMENTO DESSA DOSE<br />

SÃO ATRIBUÍDOS À MORTE<br />

CELULAR OU À PERDA DE<br />

CAPACIDADE DE REPOSIÇÃO DE<br />

CÉLULAS DE VIDA BIOLÓGICA<br />

RELATIVAMENTE CURTA E QUE<br />

DEVEM SE MANTER EM ESTADO<br />

DE REPRODUÇÃO.<br />

(CÉLULAS: DA PELE E DAS CAMADAS<br />

INTERNAS DE TECIDOS, DA MEDULA<br />

ÓSSEA, DA LINHAGEM GERMINATIVA)


Efeitos Estocásticos<br />

Cancer de tireóide diagnosticado até 1998 entre<br />

crianças de 0-17 anos na data do axidente de<br />

Chernobyl<br />

Number<br />

300<br />

250<br />

200<br />

150<br />

100<br />

50<br />

Belarus<br />

Russian Federation<br />

Ukraine<br />

Total<br />

0<br />

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998<br />

Year


Síndrome Aguda da Radiação<br />

HEMATOPOIÉTICA (LEVE/MODERADA/SEVERA)<br />

GASTROINTESTINAL - CERCA DE 85% DE MORTALIDADE<br />

NEUROVASCULAR - 100% LETAL<br />

LESÃO LOCALIZADA<br />

1 O GRAU - VERMELHIDÃO<br />

2 O GRAU - BOLHA<br />

3 O GRAU - ÚLCERA/NECROSE


Detrimento à Saúde Devido aos<br />

Efeitos Estocásticos<br />

Detrimento pode ser melhor pensado como sendo<br />

a probabilidade da radiação causar um nível de<br />

dano total julgado como equivalente a uma morte<br />

que leva a uma perda de expectativa de vida de<br />

15 anos.<br />

Coeficientes nominais de fatalidade e detrimento<br />

são empregados para determinar os fatores de<br />

ponderação de tecidos, fatores esses usados para<br />

o cálculo de doses equivalentes e doses efetivas.


FATOR DE QUALIDADE E TLE<br />

TIPO DE RADIAÇÃO<br />

RAIOS-X, RAIOS GAMA, ELÉTRONS<br />

PRÓTONS DE ALTA ENERGIA<br />

NÊUTRONS DE ENERGIA<br />

DESCONHECIDA<br />

PARTÍCULAS ALFA<br />

Q<br />

1<br />

10<br />

20<br />

20<br />

TLE NA ÁGUA (MeV/µm)<br />

< 10<br />

10 – 100<br />

> 100<br />

Q<br />

1<br />

0,32.L – 2,2<br />

300/L 1/2


EBR x TLE<br />

TLE médio na água em KeV/µ m.<br />

EBR<br />

3,5 ou menos 1<br />

3,5 a 7,0 1 a 2<br />

7,0 a 23,0 2 a 5<br />

23,0 a 53,0 5 a 10<br />

53,0 a 175,0 10 a 20<br />

INICIALMENTE ESTABELECEU-SE O VALOR DO FATOR DE QUALIDADE Q A PARTIR DOS<br />

VALORES DE LET NA ÁGUA (ICRP-26), MAS DEVIDO AS INCERTEZAS ASSOCIADAS, ESTE FATOR<br />

FOI SUBSTITUÍDO POR UM NOVO, CONHECIDO COMO FATOR DE PESO DA RADIAÇÃO WR (ICRP-<br />

60). OS VALORES DE WR PARA UM DETERMINADO TIPO E ENERGIA DE RADIAÇÃO FORAM<br />

SELECIONADOS PARA SEREM REPRESENTATIVOS DOS VALORES DE RBE EM PRODUZIR<br />

EFEITOS ESTOCÁSTICOS A BAIXAS DOSES.


Meia-Vida Biológica e Meia-Vida Efetiva<br />

O intervalo de tempo necessário para que o organismo elimine<br />

metade de uma substância ingerida ou inalada é chamado meia-vida<br />

biológica t b e o efeito combinado com a meia-vida física t do<br />

radionuclídeo é chamada meia vida efetiva t ef e é dada pela equação<br />

abaixo:<br />

t ef = [t b . t 1/2 ]/ ( t b + t 1/2 )<br />

Para o I-131 a sua meia vida biológica é igual a 138 dias e sua meia<br />

vida física igual a 8,1 dias, resultando portanto em uma meia vida<br />

efetiva de 7,6 dias.<br />

Um outro conceito importante chama-se vida média e é definida<br />

como a média das durações de todos os átomos radioativos contidos na<br />

amostra que resulta em:<br />

t ed = t 1/2 /ln (2) = 1/λ


Medindo o Dano Causado pela Radiação<br />

A quantificação do dano causado pela radiação<br />

em células vivas, tecidos e organismos é<br />

geralmente expressa através de<br />

curvas dose-efeito


Medindo o Dano Causado pela Radiação<br />

Exemplo<br />

Expor cultura de células a doses<br />

crescentes de radiação e medir o número<br />

de células sobreviventes<br />

dose 1<br />

dose 2<br />

células<br />

dose 3<br />

dose 4


Medindo o Dano Causado pela Radiação<br />

1<br />

Fração<br />

Sobrevivente<br />

.1<br />

.01<br />

.001<br />

0 1 2 3 4 5<br />

Dose (Gy)<br />

6


Medindo o Dano Causado pela Radiação<br />

Fração de Células Sobreviventes<br />

1<br />

0.1<br />

0<br />

Millar et al.<br />

Raios-X<br />

4<br />

He<br />

1 2 3 4 5 6 7<br />

Dose (Gy)<br />

Observações<br />

• Raios-X<br />

Moderadamente<br />

Efetivos<br />

Efeito Curvilíneo<br />

com a Dose<br />

• Partículas Alfa<br />

Muito Efetivas<br />

Efeito Linear com a Dose


Medindo o Dano Causado pela Radiação<br />

Observações:<br />

10 1<br />

V79 cells<br />

• A Efetividade<br />

Biológica da<br />

Radiação é<br />

dependente<br />

da sua<br />

Energia<br />

surviving fraction<br />

10 0<br />

10 -1<br />

10 -2<br />

0.28 keV<br />

C K X-rays<br />

Raios-X<br />

Energéticos<br />

10 -3<br />

1.5 keV Al K<br />

X-rays<br />

Prise, Folkard & Michael, 1989<br />

Goodhead and Nikjoo, 1989<br />

10 -4 0 4 8 12<br />

Dose (Gy)


Transferência Linear de Energia<br />

Radiação LET (keV µm -1 )<br />

250kVp raios-X<br />

raios γ<br />

prótons<br />

nêutrons<br />

partículas α<br />

íons pesados<br />


Interação do Elétron com o DNA


Efeito do LET na Sobrevivência das Células


Eficácia cia Biológica Relativa<br />

Ln (S)<br />

Ombro da curva indica<br />

reparo celular a baixas doses<br />

Sem ombro – Não háh<br />

reparo celular<br />

Nêutrons<br />

Fótons Gama<br />

Efeitos<br />

Mesmo Efeito Biológico<br />

Doses Diferentes de 2<br />

tipos de radiação<br />

D n<br />

Dose<br />

D γ


Eficácia cia Biológica Relativa e<br />

Fator de Qualidade<br />

( Efeito )<br />

Biológico da Radiação Y para uma Dose Z<br />

Efeito Biológico de Raios X de 250 kVp, , para uma Dose Z<br />

Radiação<br />

Fator de Qualidade (Q)Q<br />

fóton,<br />

β 1<br />

próton, nêutron 10<br />

alfa 20


Relação entre TLE(LET) e EBR (RBE)<br />

RBE (arb. units)<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

raios γ<br />

raios X<br />

prótons, nêutrons<br />

partículas α<br />

íons pesados<br />

1 10 100 1000<br />

LET / keV µm -1


Razão de Intensificação do Oxigênio (OER)


Efeito Oxigênio


Efeito<br />

Oxigênio


Efeito<br />

Oxigênio


Erro X Incerteza<br />

ERRO: DIFERENÇA ENTRE O VALOR MEDIDO E O<br />

“VALOR VERDADEIRO”<br />

INCERTEZA: É A QUANTIFICAÇÃO DA DÚVIDA<br />

SOBRE O RESULTADO DA MEDIÇÃO.<br />

A incerteza de uma medição não é outra coisa<br />

senão sua qualidade.<br />

Em linguagem corriqueira, isso pode ser<br />

expresso por “mais ou menos”


Incerteza<br />

DESVIO PADRÃO<br />

n<br />

s 2 = [ Σ ( x i<br />

– x m<br />

) 2 /(n-1)]<br />

1<br />

x m<br />

- média aritmética de n resultados<br />

considerados<br />

x i<br />

- resultado de i-ésima medição


Excesso de nêutrons


Excesso de prótons


Excesso de prótons


Energia Residual


Interação da Radiação


Interação da Radiação Eletromagnética<br />

com a Matéria<br />

As radiações eletromagnéticas ionizantes<br />

podem penetrar em um material, percorrendo<br />

grandes espessuras antes de sofrer a primeira<br />

interação.<br />

Este poder de penetração depende da<br />

probabilidade ou secção de choque de<br />

interação para cada tipo de evento que pode<br />

absorver ou espalhar a radiação incidente.


Interação da Radiação Eletromagnética<br />

com a Matéria<br />

Os principais modos de interação, excluindo as<br />

reações nucleares, são:<br />

- efeito fotoelétrico,<br />

- efeito Compton e<br />

- produção de pares.


Efeito Fotoelétrico<br />

O efeito fotoelétrico é caracterizado pela<br />

transferência total da energia da radiação<br />

X ou gama (que desaparece) a um único<br />

elétron orbital, que é expelido com uma<br />

energia cinética E c bem definida.


Efeito Compton<br />

Este efeito, ao contrário do fotoelétrico,<br />

ocorre com elétrons livres ou fracamente<br />

ligados aos átomos.<br />

O fóton incidente transfere parte de sua<br />

energia para o elétron, continuando sua<br />

sobrevivência dentro do material em outra<br />

direção com outra energia.


Formação de Par<br />

Predominante para altas energias.<br />

Ocorre quando fótons de energia superior a<br />

1,022 MeV passam perto de núcleos de<br />

número atômico elevado, interagindo com o<br />

forte campo elétrico nuclear.<br />

Nesta interação a radiação desaparece e dá<br />

origem a um par elétron-pósitron.


Formação de Par<br />

As duas partículas transferem a sua energia<br />

cinética para o meio material, sendo que o<br />

pósitron volta a se combinar com um elétron<br />

do meio e dá origem a 2 fótons, cada um com<br />

energia de 511 keV.


Atenuação da Radiação


Atenuação da Radiação<br />

O camada semi-redutora (CSR) é definida<br />

como a espessara necessária para atenuar o<br />

feixe de radiação pela metade, ela é dada<br />

por:<br />

CSR = ln 2/µ<br />

O coeficiente de atenuação linear é resultado<br />

da soma dos coeficientes de atenuação<br />

linear de cada uma dos efeitos de interação<br />

descritos anteriormente.


Atenuação da Radiação


Interação de Partículas Carregadas<br />

Partículas carregadas interagem com a<br />

matéria através da força elétrica e podem<br />

perder energia devido a:<br />

– Excitação<br />

– Ionização<br />

– Perda radioativa (Bremsstrahlung)


Interação de Partículas Carregadas<br />

O elétron segue caminhos tortuosos na<br />

matéria, resultado de sua pequena massa<br />

A partícula α segue caminhos menos<br />

tortuosos, resultado de sua grande massa


Interação de Nêutrons com a Matéria<br />

Como nêutrons não são partículas<br />

carregadas, eles não interagem através<br />

da força elétrica, conseqüentemente não<br />

“sentem” a presença dos elétrons”.<br />

Eles podem interagir com os núcleo dos<br />

átomos, os núcleos então podem liberar<br />

partículas carregadas que causam<br />

excitação ou ionização.


Interação de Nêutrons com a Matéria


Radiação Beta<br />

Radiação beta (β) é o termo usado para<br />

descrever elétrons (negatrons e pósitrons) de<br />

origem nuclear, carregados positiva (β+) ou<br />

negativamente (β-).<br />

Sua emissão constitui um processo comum em<br />

núcleos de massa pequena ou intermediária,<br />

que possuem excesso de nêutrons ou de<br />

prótons em relação à estrutura estável<br />

correspondente.


Emissão β -<br />

Quando um núcleo tem excesso de nêutrons em<br />

seu interior e, portanto, falta de prótons, o<br />

mecanismo de compensação ocorre através da<br />

transformação de um nêutron em um próton<br />

mais um elétron, que é emitido no processo de<br />

decaimento.<br />

0<br />

1 n —> + 1p + - 0e + ν*


Emissão β +<br />

Essa emissão provém da transformação de um<br />

próton em um nêutron.<br />

+<br />

1 p —> 0 1 n + + 0 e + ν


Captura Eletrônica<br />

Em alguns núcleos, a transformação do próton<br />

em nêutron ao invés de ocorrer por emissão de<br />

um pósitron, se processa pela captura de um<br />

elétron orbital.<br />

+<br />

1 p + - 0 e —> 0 1 n + ν


Radiação Alfa<br />

Quando o número de prótons e nêutrons é<br />

elevado, o núcleo pode se tornar instável devido<br />

à repulsão elétrica entre os prótons, que pode<br />

superar a força nuclear atrativa, de alcance<br />

restrito, da ordem do diâmetro nuclear. Nesses<br />

casos pode ocorrer a emissão pelo núcleo de<br />

partículas constituídas de 2 prótons e 2 nêutrons<br />

(núcleo de 4 He), que permite o descarte de 2<br />

cargas elétricas positivas (2 prótons) e 2<br />

nêutrons, num total de 4 nucleons, e grande<br />

quantidade de energia.


Equação da Transformação<br />

no Decaimento Alfa<br />

A Z X —> A-4 Z-2Y + 4 2He + energia<br />

239 94 Pu —> 235 92U + 4 2He + 5,2 MeV<br />

ENERGIA DA RADIAÇÃO ALFA<br />

A emissão representa transições com<br />

energias bem definidas e, portanto, com<br />

valores discretos (não contínuo).


Emissão Gama<br />

Quando um núcleo decai por emissão de<br />

radiação alfa ou beta, geralmente o núcleo<br />

residual tem seus nucleons fora da<br />

configuração de equilíbrio, ou seja, estão<br />

alocados em estados excitados.<br />

Assim para atingir o estado fundamental,<br />

emitem a energia excedente sob a forma de<br />

radiação eletromagnética, denominada<br />

radiação gama (γ).


Radiações Diretamente Ionizantes<br />

No processo de transferência de energia de uma<br />

radiação incidente para a matéria, as radiações<br />

que têm carga, como elétrons, partículas e<br />

fragmentos de fissão, atuam principalmente por<br />

meio de seu campo elétrico e transferem sua<br />

energia para muitos átomos ao mesmo tempo, e<br />

são denominadas radiações diretamente<br />

ionizantes.


Radiações Indiretamente Ionizantes<br />

As radiações que não possuem carga, como as<br />

radiações eletromagnéticas e os nêutrons, são<br />

chamadas de radiações indiretamente<br />

ionizantes, pois interagem individualmente<br />

transferindo sua energia para elétrons, que irão<br />

provocar novas ionizações.


Coeficiente de Atenuação<br />

Linear Total, µ<br />

I=I o e -µx<br />

µ é a probabilidade do feixe sofrer atenuação<br />

devido a eventos de espalhamento Compton,<br />

absorção fotoelétrica ou formação de pares,<br />

sendo denominado de Coeficiente de Atenuação<br />

Linear Total.<br />

µ = µ c + µ f + µ p


Alcance de Partículas Carregadas<br />

em um Material (“Range”)<br />

Com as constantes colisões e eventual<br />

emissão de radiação de frenamento, as<br />

partículas carregadas penetram num meio<br />

material até que sua energia cinética entre<br />

em equilíbrio térmico com as partículas do<br />

meio, estabelecendo um alcance R no meio<br />

absorvedor, após um percurso direto ou em<br />

zig-zag.


ALCANCE ALFA E BETA<br />

Curvas de alcance em função da energia.


DETECTORES DE RADIAÇÃO<br />

A DETECÇÃO DAS RADIAÇÕES É<br />

BASEADA NA INTERAÇÃO QUÍMICA<br />

OU FÍSICA DAS RADIAÇÕES COM A<br />

SUBSTÂNCIA SENSÍVEL DO<br />

DETETOR


DETECTORES A GÁS<br />

A PROBABILIDADE DE INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO COM O<br />

GÁS, RESULTANDO NA FORMAÇÃO DE PARES DE ÍONS,<br />

VARIA COM O CAMPO ELÉTRICO APLICADO<br />

(OU DIFERENÇA DE POTENCIAL APLICADA) AO GÁS<br />

DENTRO DO VOLUME SENSÍVEL DO DETECTOR.<br />

RESPOSTA DO DETECTOR A GÁS EM FUNÇÃO DA<br />

TENSÃO APLICADA


DETECTORES A GÁS<br />

I - REGIÃO INICIAL NÃO PROPORCIONAL<br />

Os pares de íons formados sofrem um processo de recombinação,<br />

devido à baixa diferença de potencial.<br />

II - REGIÃO DE SATURAÇÃO DE ÍONS ⇒ CÂMARA DE IONIZAÇÃO<br />

Todos os íons formados são coletados<br />

III - REGIÃO PROPORCIONAL ⇒ DETECTOR PROPORCIONAL<br />

Os elétrons acelerados têm energia suficiente para criar novos<br />

pares de íons, ocorrendo uma multiplicação, que é linearmente<br />

proporcional ao número de pares de íons gerados pela radiação<br />

primária (aquela que se quer medir).


DETECTORES A GÁS<br />

IV - REGIÃO DE PROPORCIONALIDADE LIMITADA:<br />

A multiplicação de íons passa a ser não linear<br />

V-REGIÃO GEIGER MÜLLER ⇒ DETECTOR GEIGER MÜLLER<br />

A carga espacial criada pelos íons positivos no catodo<br />

interrompe o processo de multiplicação. O sinal independe da<br />

energia da radiação (o número de pares de íons criados são<br />

da mesma ordem de grandeza).<br />

VI – REGIÃO DE DESCARGA CONTÍNUA<br />

Surgimento de centelhas.


DETECTORES À CINTILAÇÃO<br />

BANDA DE CONDUÇÃO<br />

Sítios Especiais Criados por Ativadores<br />

FÓTON DE CINTILAÇÃO<br />

Estado Fundamental do Ativador<br />

BANDA DE VALÊNCIA<br />

Exemplo: NaI (Tl)


DETECTORES À CINTILAÇÃO<br />

FOTOMULTIPLICADORA<br />

SUA FUNÇÃO BÁSICA NUM SISTEMA DE DETEÇÃO QUE<br />

EMPREGA CINTILADORES(CRISTAIS DETECTORES) É<br />

COLETAR A LUZ PRODUZIDA E TRANSFORMÁ-LA EM<br />

PULSOS DE CORRENTE ELÉTRICA<br />

FOTOCATODO<br />

DINODOS<br />

(DE 8 A 10)


MONITORAÇÃO PESSOAL<br />

FILME<br />

DOSIMÉTRICO<br />

TLD


MONITORAÇÃO PESSOAL<br />

CANETAS DOSIMÉTRICAS<br />

0 - 200 mRAD<br />

0 - 5 RAD<br />

CARREGADOR<br />

0 - 50 RAD<br />

0 - 200 RAD


TIPOS DE MONITORAÇÃO<br />

LEVANTAMENTO RADIOMÉTRICO<br />

O levantamento radiométrico é bastante eficaz para se<br />

encontrar fontes perdidas ou pontos de contaminação no<br />

campo ou instalações. Este método consiste em varrer<br />

toda a área que se supõe está contaminada ou exposta a<br />

uma fonte radioativa<br />

•Escolher um monitor bastante sensível<br />

•Dividir a área mentalmente em quadrantes<br />

•Medir a radiação de fundo em um local fora<br />

da área isolada, e assumir este valor como<br />

sendo zero<br />

•Iniciar o levantamento com a parte sensível<br />

do detetor elevado a 45º do solo<br />

•Ir passando pelos quadrantes lentamente até<br />

que toda área tenha sido monitorada


TIPOS DE MONITORAÇÃO<br />

MONITORAÇÃO DE SUPERFÍCIES<br />

•Escolher um monitor que possua sonda<br />

para contaminação de superfície<br />

•Dividir a superfície mentalmente em<br />

quadrantes<br />

•Iniciar o levantamento com a sonda<br />

detectora a 5 cm da superfície<br />

•Medir a radiação de fundo em um local<br />

afastado da superfície contaminada, e<br />

assumir este valor como sendo zero<br />

•Ir passando pelos quadrantes<br />

lentamente até que seja completada a<br />

monitoração de toda a superfície

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