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MOACyR FENElON - Instituto Moreira Salles

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fundada em 1941, foi possível com o concurso<br />

de amigos como Alinor Azevedo e Arnaldo<br />

de Farias e com o apoio financeiro dos irmãos<br />

José Carlos e Paulo Burle.<br />

Mais conhecida hoje como a companhia que<br />

consolidou a chanchada, a Atlântida manteve<br />

o perfil diferenciado proposto por Fenelon<br />

com muita dificuldade e o abandonou<br />

progressivamente após sua saída em 1948.<br />

Houve resistências a um tipo de cinema em<br />

princípio menos comercial e também às suas<br />

vagas simpatias socialistas, que em verdade<br />

nunca redundaram em algo como um cinema<br />

militante ou engajado politicamente. As produções<br />

de caráter mais social que produziu e<br />

dirigiu como É proibido sonhar (1944), Gente<br />

honesta (1944), Vidas solidárias (1945) e Sob a<br />

luz do meu bairro (1946), revelaram-se melodramas<br />

entremeados com números musicais e<br />

cujos enredos exploravam aqui e ali a crônica<br />

de costumes da baixa classe média. Fenelon<br />

ainda produziu e dirigiu Fantasma por acaso<br />

(1946), filme que lançou ao estrelato o cômico<br />

Oscarito, seu maior sucesso comercial e único<br />

título que sobreviveu deste período, e Asas do<br />

Brasil (1948), último trabalho na Atlântida.<br />

A saída traumática levou-o à criação de nova<br />

companhia, a Cine Produções Fenelon, que<br />

em associação com a Cinédia foi a responsável<br />

pela produção de cinco títulos: Obrigado doutor,<br />

Poeira de estrelas, Estou aí?, O homem que<br />

passa e Todos por um. A interrupção dos trabalhos<br />

de estúdio da companhia de Adhemar<br />

Gonzaga em 1950 e a venda de seus terrenos<br />

determinou o fim da parceria. Fenelon associou-se<br />

então ao empresário e político Rubens<br />

Berardo, fundando em 1951 a Flama Filmes,<br />

onde realizou como produtor e/ou diretor sete<br />

filmes: Dominó negro, A inconveniência de ser<br />

esposa, Milagre de amor, Falso detetive, Com o<br />

diabo no corpo, Tudo azul e Agulha no palheiro.<br />

Destes conjuntos perderam-se completamente<br />

Todos por um e Falso detetive e vários outros<br />

filmes encontravam-se incompletos em alguma<br />

medida, sendo o caso mais grave o de O<br />

homem que passa, cujo som se perdeu inteiramente.<br />

Os únicos títulos que haviam passado<br />

por processo de duplicação e/ou restauração<br />

recente eram Tudo azul e Agulha no palheiro,<br />

aquele geralmente considerado o melhor filme<br />

de Fenelon como diretor e este o filme de<br />

transição para o cinema moderno brasileiro<br />

Moacyr Fenelon

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