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BANCO ITAU UNIBANCO_Circ. 3477_30062011 - Relações com ...

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Gerenciamento de Riscos – <strong>Circ</strong>ular 3.477<br />

2 o trimestre de 2011<br />

Gerenciamento de Riscos-<br />

<strong>Circ</strong>ular 3.477<br />

1<br />

Itaú Unibanco


Gerenciamento de Riscos – <strong>Circ</strong>ular 3.477<br />

OBJETIVO 4<br />

INTRODUÇÃO 4<br />

1 GERENCIAMENTO DE RISCOS 5<br />

1.1 Controle Centralizado 5<br />

1.2 Estrutura de Comitês 5<br />

Comitê de Gestão de Riscos e de Capital (CGRC) 6<br />

Comissão Superior de Políticas de Risco (CSRisc) 6<br />

Comissão Superior de Tesouraria Institucional (CSTI) 6<br />

Comissão Superior de Tesouraria Institucional - Liquidez (CSTIL) 7<br />

Comissão Superior de Crédito (CSC) 7<br />

Comissão Superior de Auditoria e Gestão de Riscos Operacionais (CSAGRO) 7<br />

Comitê de Auditoria 8<br />

1.3 Risco de Crédito 8<br />

1.4 Risco de Mercado 9<br />

1.5 Risco Operacional 11<br />

1.6 Risco de Liquidez 12<br />

1.7 Risco de Subscrição 12<br />

2 PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA 14<br />

3 PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA EXIGIDO 17<br />

3.1 Risco de Crédito 18<br />

Evolução da Carteira de Crédito 18<br />

Operações de Securitização, Venda ou Transferência de Ativos Financeiros 23<br />

Instrumentos Mitigadores 24<br />

Provisões para Devedores Duvidosos 24<br />

Risco de Crédito de Contraparte 25<br />

Exposições Ponderadas por Fator de Risco (PEPR) 25<br />

3.2 Risco de Mercado 26<br />

Mercado Nacional 26<br />

Mercado Internacional 27<br />

Carteiras de Negociação (Trading) e de Não-Negociação (Banking) – Modelo Regulatório 28<br />

Evolução da Carteira de Negociação (Trading) 28<br />

Evolução da Carteira de Derivativos 28<br />

VaR - Consolidado Itaú Unibanco 29<br />

VaR - Tesouraria Institucional 30<br />

Mesa Banking 30<br />

Mesa Trading 31<br />

VaR - Unidades Externas 33<br />

Análise de Sensibilidade (Carteira Trading e Banking) 34<br />

Backtest 35<br />

3.3 Risco Operacional 37<br />

3.4 Metodologia para Apuração de Riscos Não Abrangidos no PRE 37<br />

3.5 Requisitos de Alocação do Capital Regulatório 38<br />

Basileia II 38<br />

Modelos Internos 38<br />

Itaú Unibanco<br />

2


Gerenciamento de Riscos – <strong>Circ</strong>ular 3.477<br />

Convergência entre Basileia II e Modelos Proprietários 39<br />

Basileia III 39<br />

4 SUFICIÊNCIA DE CAPITAL 40<br />

Itaú Unibanco<br />

3


Gerenciamento de Riscos – <strong>Circ</strong>ular 3.477<br />

Objetivo<br />

O presente documento visa a apresentar as informações do Itaú Unibanco Holding S.A. (Itaú Unibanco)<br />

requeridas pelo Banco Central do Brasil (BACEN) através da <strong>Circ</strong>ular nº 3.477 de 24 de dezembro de 2009,<br />

que dispõe sobre a divulgação de informações referentes à gestão de riscos, ao Patrimônio de Referência<br />

Exigido (PRE) e à adequação do Patrimônio de Referência (PR), estando em conformidade <strong>com</strong> as políticas<br />

internas de divulgação de informações do Itaú Unibanco.<br />

Para informações suplementares às supracitadas neste documento, re<strong>com</strong>endamos a consulta aos demais<br />

relatórios de acesso público disponíveis em www.itau-unibanco.<strong>com</strong>.br/ri.<br />

Introdução<br />

No dia 3 de novembro de 2008, foi constituído o maior conglomerado financeiro privado do Brasil, o Itaú<br />

Unibanco, um dos 10 maiores bancos do mundo em valor de mercado. O Itaú Unibanco surgiu da associação<br />

do Itaú, fundado em 1944 e do Unibanco, fundado em 1924, unindo os valores e princípios adquiridos ao<br />

longo de mais de oito décadas de história.<br />

Através de uma estratégia de negócios segmentada, o Itaú Unibanco atua <strong>com</strong> destaque no Brasil e no<br />

exterior, tendo suas ações negociadas na BM&FBovespa, NYSE (EUA) e BCBA (Argentina), participando de<br />

todas as áreas da atividade econômica e exercendo liderança em diversos segmentos do setor. O Itaú<br />

Unibanco dispõe de estruturas, produtos e serviços desenvolvidos para atender às necessidades específicas<br />

dos mais diversos perfis de clientes, incluindo pessoas físicas e microempresas, pequenas, médias e<br />

grandes empresas, poder público, investidores institucionais, pessoas físicas de alta renda e clientes <strong>com</strong><br />

elevado patrimônio financeiro.<br />

Além disso, o Itaú Unibanco também administra negócios de underwriting, custódia, corretagem de valores<br />

mobiliários, cartões de crédito, consórcios, seguros, capitalização e previdência privada, financiamento de<br />

veículos e operações de financiamentos para não-correntistas das classes econômicas "C" e "D".<br />

A <strong>com</strong>panhia está constantemente <strong>com</strong>prometida <strong>com</strong> as boas práticas de Governança Corporativa,<br />

buscando ser sempre transparente <strong>com</strong> seus diversos públicos estratégicos <strong>com</strong> o objetivo de gerar valor<br />

para seus acionistas. A solidez financeira do conglomerado é reconhecida pela alta capitalização,<br />

lucratividade, liquidez dos ativos, geração de caixa e gestão de riscos. Com um patrimônio líquido de<br />

aproximadamente R$ 66,1 bilhões e um lucro líquido de R$ 7,1 bilhões acumulado até Junho de 2011, fica<br />

assegurada uma relevante base de capital para o Itaú Unibanco, preparando-o para:<br />

• Reforçar o seu suporte às empresas brasileiras em suas operações nacionais e internacionais;<br />

• Expandir a sua atuação no Brasil;<br />

• Apoiar o crescimento das operações de crédito de nossos clientes;<br />

• Competir no mercado internacional;<br />

• Gerar ganho de escala em todos os segmentos de clientes; e<br />

• Explorar sinergias significativas em vários negócios.<br />

A abrangência da rede de atendimento do Itaú Unibanco cobre todas as regiões do território nacional. A<br />

presença e a solidez internacional do Itaú Unibanco refletem-se em sua ampla rede de operações no exterior<br />

demonstrando ser uma empresa <strong>com</strong> objetivos globais e reforçando o suporte às empresas brasileiras em<br />

suas operações internacionais. Para maiores informações sobre a associação Itaú Unibanco, consulte nosso<br />

hot site 1 .<br />

1 http://ww13.itau.<strong>com</strong>.br/PortalRI/HTML/port/hotsite_itau_unibanco/index.htm<br />

4<br />

Itaú Unibanco


Gerenciamento de Riscos – <strong>Circ</strong>ular 3.477<br />

1 Gerenciamento de Riscos<br />

A identificação de riscos tem <strong>com</strong>o objetivo mapear os eventos de risco de natureza interna e externa que<br />

possam afetar as estratégias das unidades de negócio e de suporte e o cumprimento de seus objetivos, <strong>com</strong><br />

possibilidade de impactos nos resultados, no capital e na liquidez do banco.<br />

A gestão de risco é considerada pelo Itaú Unibanco <strong>com</strong>o instrumento essencial para a otimização do uso do<br />

capital e a seleção das melhores oportunidades de negócios, visando a obter a melhor relação Risco x<br />

Retorno.<br />

O gerenciamento de risco no Itaú Unibanco é o processo onde:<br />

• São identificados e medidos os riscos existentes e potenciais das operações do banco;<br />

• São aprovados políticas, procedimentos e metodologias consistentes <strong>com</strong> as orientações do<br />

Conselho de Administração e as estratégias do banco,<br />

• A carteira de risco do banco é administrada vis-à-vis as melhores relações risco-retorno.<br />

Este processo tem um caráter que permeia a totalidade da instituição sendo que a alta administração, por<br />

meio de <strong>com</strong>issões, define os objetivos globais que são repassados sob a forma de metas e limites para as<br />

unidades de negócios gestoras de risco. As unidades de controle, por sua vez, subsidiam a alta<br />

administração, prestando contas dos resultados do monitoramento consolidado dos riscos.<br />

1.1 Controle Centralizado<br />

A estrutura organizacional de gerenciamento de riscos do Itaú Unibanco está de acordo <strong>com</strong> as<br />

re<strong>com</strong>endações do Comitê da Basileia. A estrutura de controle dos riscos de Mercado, Crédito, Liquidez,<br />

Operacional e de Subscrição é centralizada no Itaú Unibanco visando a assegurar que as diversas unidades<br />

do conglomerado estão seguindo as políticas e os procedimentos estabelecidos. O objetivo do controle<br />

centralizado é prover à alta administração uma visão global das exposições do conglomerado aos riscos, de<br />

forma a otimizar e agilizar as decisões corporativas.<br />

Cumpre a essa estrutura gerar a<strong>com</strong>panhamento regulatório das demandas solicitadas à instituição líder do<br />

conglomerado. Assim, o Itaú Unibanco administra sistemas de informática proprietários para <strong>com</strong>pleto<br />

atendimento às normas de reserva de capital para as parcelas de capital, conforme determinações e modelos<br />

do BACEN. Também coordena as ações para verificação da aderência aos requisitos qualitativos e<br />

quantitativos estabelecidos pelas autoridades <strong>com</strong>petentes para observação do capital mínimo exigido.<br />

1.2 Estrutura de Comitês<br />

O Comitê de Gestão de Risco e Capital (CGRC) revisa as políticas de risco e gestão de capital, bem <strong>com</strong>o<br />

supervisiona a administração dos riscos e do capital, submetendo suas conclusões e re<strong>com</strong>endações ao<br />

Conselho de Administração.<br />

A Comissão Superior de Políticas de Risco (CSRisc) é o órgão máximo da estrutura de governança de riscos<br />

no nível executivo, responsável por estabelecer diretrizes consistentes <strong>com</strong> as políticas de gestão de risco<br />

aprovadas pelo Conselho de Administração, aprovando políticas de risco de alto impacto, definindo as<br />

alçadas das Comissões de nível inferior e monitorando as exposições ao risco. Adicionalmente, a alta<br />

administração supervisiona o gerenciamento de riscos em quatro outras Comissões: a Comissão Superior de<br />

Tesouraria Institucional (CSTI) e a Comissão Superior de Tesouraria Institucional - Liquidez (CSTIL), a<br />

Comissão Superior de Crédito (CSC) e a Comissão Superior de Auditoria e Gestão de Riscos Operacionais<br />

(CSAGRO).<br />

• Comissão Superior de Tesouraria Institucional (CSTI) e a Comissão Superior de Tesouraria<br />

Institucional - Liquidez (CSTIL) são responsáveis por avaliar e estabelecer estratégias para os riscos<br />

de mercado e liquidez. A CSTI estabelece os limites de exposição para risco de mercado e os limites<br />

de perda máxima em posições de risco de mercado de acordo <strong>com</strong> as políticas definidas pela<br />

CSRisc. A CSTIL estabelece limites e diretrizes de gestão de liquidez e monitora os níveis de liquidez<br />

atuais e esperados;<br />

Itaú Unibanco<br />

5


Gerenciamento de Riscos – <strong>Circ</strong>ular 3.477<br />

• A Comissão Superior de Crédito (CSC) é responsável pela gestão das exposições a risco de crédito<br />

de grandes empresas, incluindo a aprovação de limites e o estabelecimento de políticas de crédito<br />

para grandes empresas;<br />

• A Comissão Superior de Auditoria e Gestão de Riscos Operacionais (CSAGRO) é responsável por<br />

riscos operacionais e controles internos, incluindo o gerenciamento de riscos associados aos nossos<br />

processos e negócios, a criação de diretrizes para a auditoria interna e o gerenciamento de riscos<br />

operacionais, bem <strong>com</strong>o a avaliação dos resultados dos controles internos e sistemas de<br />

<strong>com</strong>pliance.<br />

Comitê de Gestão de Riscos e de Capital (CGRC)<br />

Com vistas a atender às resoluções do Conselho Monetário Nacional (CMN) e reforçar a estrutura de<br />

controles internos, foi aprovada em 2008 a criação do CGRC, <strong>com</strong>posto por pessoas eleitas anualmente pelo<br />

Conselho de Administração entre os membros desse próprio Conselho, da Diretoria do Itaú Unibanco e de<br />

sociedades controladas e entre profissionais de <strong>com</strong>provado conhecimento na área de gestão de risco e<br />

capital. Compete ao <strong>com</strong>itê:<br />

• Revisar políticas e auxiliar na definição da filosofia geral do conglomerado Itaú Unibanco perante o<br />

risco;<br />

• Propor e discutir procedimentos e sistemas de mensuração e gestão do risco;<br />

• Re<strong>com</strong>endar limites de risco e nível de controle (em nível alto);<br />

• Ser informado sobre melhores práticas em relação a exposições de risco financeiro significativas;<br />

• Ser informado pela Diretoria Executiva sobre temas relevantes de exposição ao risco;<br />

• Receber e analisar relatórios da Diretoria Executiva quanto ao monitoramento, controle e limites de<br />

riscos da sociedade;<br />

• Monitorar a performance do conglomerado Itaú Unibanco frente à exposição ao risco, incluindo<br />

monitoramento de risco de grandes contas;<br />

• Discutir e revisar limites de exposição a risco de crédito, mercado e operacional;<br />

• Discutir as atividades e políticas fiduciárias e de asset management;<br />

• Revisar as posições de liquidez e financiamento das sociedades do conglomerado Itaú Unibanco;<br />

• Discutir e monitorar alocação e estrutura de capital (econômico, regulatórios e rating);<br />

• Re<strong>com</strong>endar limites na alocação de capital considerando o retorno ao risco e assegurando aderência<br />

a exigências regulatórias; e<br />

• Revisar o desempenho e a alocação de capital frente aos níveis de risco.<br />

Comissão Superior de Políticas de Risco (CSRisc)<br />

As reuniões da CSRisc acontecem bimestralmente. As atribuições desta <strong>com</strong>issão são:<br />

• Estabelecer políticas gerais de risco que definem a forma de atuação e alçadas para os fóruns<br />

específicos, gestores de cada tipo de risco;<br />

• Aprovar os procedimentos necessários para o efetivo cumprimento da política e processos definidos;<br />

• Apreciar decisões específicas de grande valor e agregadas aprovadas nas diferentes <strong>com</strong>issões,<br />

seus impactos no capital econômico e enquadramento na política de risco estabelecida;<br />

• Estabelecer limites agregados por tipo de risco;<br />

• Garantir, no tempo, a consistência da gestão de riscos na holding;<br />

• Discutir os pontos de risco mais relevantes e planos para mitigá-los;<br />

• Coordenar a implantação dos instrumentos de gestão de riscos.<br />

Comissão Superior de Tesouraria Institucional (CSTI)<br />

As reuniões desta <strong>com</strong>issão acontecem mensalmente. São suas principais atribuições, discutir e decidir,<br />

dentro da alçada delegada pela CSRisc:<br />

• Os limites de exposição para risco de mercado e os limites de perda máxima das posições (inclusive<br />

em condições de stress para cada um dos tipos de risco) subordinados aos definidos pela CSRisc,<br />

podendo inclusive estabelecer controles e limites adicionais ou <strong>com</strong>plementares, caso necessário;<br />

• As diretrizes de atuação e poderes de decisão delegados ao Comitê Gestor de Tesouraria<br />

Institucional (CGTI);<br />

Itaú Unibanco<br />

6


Gerenciamento de Riscos – <strong>Circ</strong>ular 3.477<br />

• sOs períodos de retenção dos principais tipos de riscos, tendo em vista o tamanho das posições e a<br />

liquidez do mercado;<br />

• As posições sob gestão desta <strong>com</strong>issão;<br />

• Os modelos e procedimentos de controle de risco, inclusive aqueles <strong>com</strong>plementares aos delegados<br />

pela CSRisc;<br />

• Assuntos e limites relacionados ao risco operacional de tesouraria;<br />

• Políticas de stop loss;<br />

• Políticas de incentivo.<br />

Comissão Superior de Tesouraria Institucional - Liquidez (CSTIL)<br />

As reuniões desta <strong>com</strong>issão acontecem mensalmente. São suas principais atribuições:<br />

• Controlar a utilização de limites de liquidez;<br />

• Analisar os níveis de liquidez corrente e futuro e adotar ações destinadas a promover um andamento<br />

seguro e eficiente para os fluxos financeiros da holding;<br />

• Discutir e decidir dentro da alçada delegada pela CSRisc:<br />

− Os níveis máximos de descasamento de liquidez (GAP) para os diversos prazos e moedas,<br />

níveis mínimos de reserva em moeda nacional e estrangeira subordinados aos definidos pela<br />

CSRisc, podendo inclusive estabelecer controles e limites adicionais ou <strong>com</strong>plementares, caso<br />

necessário;<br />

− A política de captação e aplicação no mercado financeiro nacional e internacional;<br />

− Critérios e regras para definição de preços de transferência internos de recursos nas empresas<br />

do conglomerado;<br />

− Estratégias para o financiamento das carteiras do grupo;<br />

− Critérios e modelos para avaliação do risco de liquidez;<br />

− Planos de contingência;<br />

− Assuntos e limites relacionados ao risco operacional de tesouraria.<br />

Comissão Superior de Crédito (CSC)<br />

A CSC reúne-se semanalmente para discutir o risco de crédito a que o conglomerado está exposto.<br />

Destacamos suas principais funções:<br />

• Definir políticas corporativas de crédito e coordenar as normas internas sobre limites de crédito, para<br />

concessão de financiamentos e garantias bancárias;<br />

• Definir alçadas para deferimento de operações de crédito para as demais <strong>com</strong>issões ou <strong>com</strong>itês de<br />

Crédito;<br />

• Fixar limites de crédito e aprovar operações de crédito a clientes ou a grupos econômicos que<br />

excedam as alçadas inferiores de concessão de crédito;<br />

• Analisar casos que recebam parecer contrário de pelo menos um dos membros das <strong>com</strong>issões de<br />

crédito a ela subordinadas, ou casos que, por sua relevância ou por características especiais, aquela<br />

<strong>com</strong>issão decidir por bem submeter a sua apreciação;<br />

• Analisar a qualidade da carteira de crédito consolidada do Itaú Unibanco.<br />

Comissão Superior de Auditoria e Gestão de Riscos Operacionais (CSAGRO)<br />

Essa <strong>com</strong>issão tem por objetivo conhecer os riscos dos processos e negócios do Itaú Unibanco, definir a<br />

política de atuação da Auditoria Interna e as diretrizes para gestão dos riscos operacionais e avaliar os<br />

resultados decorrentes do funcionamento do sistema Itaú Unibanco de Controles Internos e Compliance. A<br />

frequência das suas reuniões é trimestral. Dentre suas atribuições, destacamos:<br />

• Analisar os resultados das auditorias, <strong>com</strong> ênfase nos assuntos relacionados a políticas,<br />

investimentos e estrutura, e estipular e a<strong>com</strong>panhar providências;<br />

• Definir as diretrizes para gestão do risco operacional;<br />

• A<strong>com</strong>panhar o desenvolvimento dos modelos de provisão para perdas e alocação de capital para<br />

risco operacional;<br />

• Analisar os resultados da atividade de Controles Internos, Riscos Operacionais e Compliance Legal.<br />

Itaú Unibanco<br />

7


Gerenciamento de Riscos – <strong>Circ</strong>ular 3.477<br />

Comitê de Auditoria<br />

O Comitê de Auditoria é único para as instituições autorizadas a funcionar pelo BACEN e para as sociedades<br />

supervisionadas pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) que fazem parte do conglomerado<br />

Itaú Unibanco. De acordo <strong>com</strong> seu regulamento interno, aprovado pelo Conselho de Administração, <strong>com</strong>pete<br />

ao Comitê de Auditoria supervisionar:<br />

• Os processos de controles internos e de administração de riscos;<br />

• As atividades da auditoria interna; e<br />

• As atividades das empresas de auditoria independente do conglomerado Itaú Unibanco.<br />

Compete, também, ao <strong>com</strong>itê zelar:<br />

• Pela qualidade e integridade das demonstrações financeiras;<br />

• Pelo cumprimento das exigências legais e regulamentares;<br />

• Pela atuação, independência e qualidade do trabalho das empresas de auditoria independente;<br />

• Pela atuação, independência e qualidade do trabalho de Auditoria Interna; e<br />

• Pela qualidade e efetividade dos sistemas de controle internos e de administração de riscos.<br />

1.3 Risco de Crédito<br />

O risco de crédito é a possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não cumprimento pelo tomador<br />

ou contraparte de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, à desvalorização de<br />

contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou<br />

remunerações, às vantagens concedidas na renegociação e aos custos de recuperação.<br />

Em linha <strong>com</strong> os princípios da Resolução nº 3.721 de 30 de abril de 2009 do CMN, o Itaú Unibanco possui<br />

uma estrutura e uma política de gerenciamento do risco de crédito, aprovada pelo seu Conselho de<br />

Administração, aplicável às empresas e subsidiárias no Brasil e exterior.<br />

O documento que expressa as diretrizes estabelecidas pela política interna de controle de risco de crédito<br />

pode ser visualizado no site www.itau-unibanco.<strong>com</strong>.br/ri, na seção Governança Corporativa, Regulamentos<br />

e Políticas, Relatório de Acesso Público – Risco de Crédito.<br />

A gestão do risco de crédito do Itaú Unibanco objetiva maximizar a relação entre o risco e o retorno de seus<br />

ativos, mantendo-se a qualidade da carteira de crédito em patamares adequados aos segmentos de mercado<br />

em que esteja atuando. A estratégia é voltada para a criação de valor para seus acionistas em níveis<br />

superiores a um valor mínimo de retorno ajustado ao risco de cada negócio.<br />

A governança do gerenciamento de risco de crédito está baseada em órgãos colegiados, subordinados ao<br />

Conselho de Acionistas ou à estrutura executiva do Itaú Unibanco, que atuam primordialmente avaliando as<br />

condições <strong>com</strong>petitivas de mercado, definindo o apetite para risco do conglomerado, revendo práticas de<br />

controle e políticas e aprovando as ações nas respectivas alçadas. Também parte dessa estrutura o<br />

processo de <strong>com</strong>unicação e informação dos riscos, incluindo a divulgação das políticas referentes ao<br />

gerenciamento do risco de crédito.<br />

O controle centralizado do risco de crédito é realizado por uma área executiva independente responsável<br />

pelo controle de riscos, segregada das unidades de negociação e da auditoria interna, conforme exigido pela<br />

regulamentação. Com relação aos processos de controle de risco de crédito, a área centralizada de controle<br />

de riscos possui as seguintes atribuições:<br />

• Elaboração das diretrizes corporativas de controle de risco de crédito;<br />

• Governança do desenvolvimento de modelos;<br />

• Validação dos modelos de crédito;<br />

• Avaliação das políticas de crédito e encaminhamento para aprovação da respectiva alçada;<br />

• Avaliação e aprovação de novos produtos;<br />

• Avaliação do cálculo dos parâmetros de risco e retorno da carteira;<br />

• Definição de regras e a<strong>com</strong>panhamento da provisão para devedores duvidosos;<br />

• Monitoramento consolidado da carteira;<br />

• Cálculo e monitoramento do patrimônio de referência.<br />

Itaú Unibanco<br />

8


Gerenciamento de Riscos – <strong>Circ</strong>ular 3.477<br />

O Itaú Unibanco estabelece sua política de crédito <strong>com</strong> base em fatores internos, <strong>com</strong>o os critérios de<br />

classificação de clientes, desempenho e evolução da carteira, níveis de inadimplência, taxas de retorno e o<br />

capital econômico alocado; e externos, relacionados ao ambiente econômico no Brasil e exterior, incluindo<br />

market share, taxas de juros, indicadores de inadimplência do mercado, inflação e variação do consumo.<br />

O processo centralizado de validação e aprovação das políticas e modelos de crédito do Itaú Unibanco<br />

garante a sincronização das ações de crédito e a otimização das oportunidades de negócios. No varejo, as<br />

decisões são tomadas tendo <strong>com</strong>o base modelos de score, que são continuamente a<strong>com</strong>panhados, por<br />

estrutura independente, avaliando-se o resultado de suas aplicações nas safras de concessão. No atacado,<br />

as propostas de crédito são analisadas caso a caso, utilizando um mecanismo de alçadas que garante a<br />

detalhada observação do risco das operações, bem <strong>com</strong>o a necessária tempestividade e flexibilidade na sua<br />

aprovação. O quadro abaixo demonstra esquematicamente o processo de decisão e monitoramento do<br />

crédito, de acordo <strong>com</strong> os segmentos de negócio do Itaú Unibanco.<br />

1.4 Risco de Mercado<br />

O risco de mercado é a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da flutuação nos valores de<br />

mercado de posições detidas por uma instituição financeira, incluindo os riscos das operações sujeitas à<br />

variação cambial, das taxas de juros, dos preços de ações e dos preços de mercadorias (<strong>com</strong>modities).<br />

A gestão de riscos de mercado é o processo pelo qual a instituição planeja, monitora e controla os riscos de<br />

variações nas cotações de mercado dos instrumentos financeiros, objetivando a otimização da relação riscoretorno,<br />

valendo-se de estrutura de limites, modelos e ferramentas de gestão adequados.<br />

O controle de risco de mercado realizado pelo Itaú Unibanco abrange todos os instrumentos financeiros<br />

constantes nas carteiras das empresas sob sua responsabilidade. Neste sentido, a política de gerenciamento<br />

de risco de mercado do Itaú Unibanco encontra-se em linha <strong>com</strong> os princípios da Resolução nº 3.464 de 26<br />

de junho de 2007 do CMN, constituindo-se um conjunto de princípios que norteiam a estratégia da instituição<br />

no controle e gerenciamento de risco de mercado de todas as unidades de negócio e veículos legais do<br />

conglomerado.<br />

O documento que expressa as diretrizes estabelecidas pela política interna de controle de risco de mercado<br />

pode ser visualizado no site www.itau-unibanco.<strong>com</strong>.br/ri, na seção Governança Corporativa, Regulamentos<br />

e Políticas, Relatório de Acesso Público - Risco de Mercado.<br />

Itaú Unibanco<br />

9


Gerenciamento de Riscos – <strong>Circ</strong>ular 3.477<br />

A estratégia adotada pelo Itaú Unibanco baseia-se no uso abrangente e <strong>com</strong>plementar de métodos, bem<br />

<strong>com</strong>o de ferramentas quantitativas para estimar, monitorar e gerenciar riscos, e nas melhores práticas<br />

adotadas pelo mercado.<br />

Nesse contexto, a estratégia de gerenciamento de risco do Itaú Unibanco visa a balancear os objetivos de<br />

negócio da empresa <strong>com</strong> seu apetite de risco, considerando:<br />

• Conjuntura política, econômica e de mercado;<br />

• Portfólio de risco de mercado da instituição;<br />

• Expertise para atuar em mercados específicos.<br />

O controle de risco de mercado é realizado por área independente das áreas de negócios, responsável por<br />

executar as atividades diárias de mensuração, avaliação e reporte de risco por meio das unidades de<br />

controle estabelecidas nos veículos legais. Além disso, também realiza monitoramento, avaliação e reporte<br />

consolidado das informações de risco de mercado, visando fornecer subsídios para a<strong>com</strong>panhamento das<br />

<strong>com</strong>issões superiores e atendimento aos órgãos reguladores no Brasil e no exterior.<br />

O processo de gestão e controle de risco de mercado é submetido a revisões periódicas, <strong>com</strong> objetivo de<br />

manter-se alinhado às melhores práticas de mercado e aderente aos processos de melhoria contínua no Itaú<br />

Unibanco.<br />

De acordo <strong>com</strong> os critérios de classificação de operações previstos na Resolução nº 3.464, de 26 de junho<br />

de 2007, e na <strong>Circ</strong>ular nº 3.354, de 27 de junho de 2007, do BACEN e no Novo Acordo de Capitais - Basileia<br />

II, os instrumentos financeiros, incluídas todas as operações <strong>com</strong> derivativos, são segregados em carteira de<br />

negociação (trading) e carteira de não-negociação (banking). A mensuração do risco de mercado é realizada<br />

observando esta segregação.<br />

A carteira trading consiste em todas as operações, inclusive derivativos, detidas <strong>com</strong> a intenção de<br />

negociação ou destinadas a hedge de outros instrumentos financeiros desta carteira, e que não tenham<br />

restrição à negociação. São operações destinadas à obtenção de benefícios <strong>com</strong> os movimentos de preços,<br />

efetivos ou esperados no curto prazo, ou realização de arbitragens.<br />

A carteira banking é formada pelas operações não classificadas na carteira trading. Consiste de operações<br />

detidas sem intenção de negociação no curto prazo, e seus respectivos hedges, bem <strong>com</strong>o em operações<br />

destinadas à gestão ativa dos riscos financeiros, que podem ou não ser realizados <strong>com</strong> derivativos.<br />

A instituição realiza hedge de operações de clientes e de posições proprietárias, inclusive de seus<br />

investimentos no exterior, buscando mitigar os riscos derivados das oscilações dos fatores de mercado<br />

relevantes. Derivativos são os instrumentos mais utilizados para a execução destes hedges. Nas situações<br />

em que essas operações se configuram <strong>com</strong>o hedge contábil, gera-se documentação <strong>com</strong>probatória<br />

específica, inclusive <strong>com</strong> o a<strong>com</strong>panhamento contínuo da efetividade do hedge e das demais alterações no<br />

processo contábil.<br />

As exposições a risco de mercado dos produtos, inclusive derivativos, são de<strong>com</strong>postas em fatores de risco.<br />

Um fator de risco refere-se a um parâmetro de mercado cuja variação acarreta impactos no resultado, sendo<br />

os principais fatores de risco mensurados pelo Itaú Unibanco:<br />

• Taxas de Juros: risco de perda das operações sujeitas à variações nas taxas de juros, abrangendo:<br />

− Taxas de juros prefixadas denominadas em real;<br />

− Taxas dos cupons de índices de preços;<br />

− Taxas dos cupons de taxas de juros.<br />

• Taxas de Câmbio: risco de perda das posições em moeda estrangeira, em operações sujeitas à<br />

variação cambial e taxas dos cupons de moedas estrangeiras;<br />

• Ações: risco de perda das operações sujeitas à variação do preço de ações;<br />

• Mercadorias (Commodities): risco de perda das operações sujeitas à variação do preço de<br />

mercadorias.<br />

O processo de gerenciamento de risco <strong>com</strong>eça <strong>com</strong> a determinação dos limites, que são aprovados pelo<br />

CSTI. Os limites de risco de mercado estão estruturados de acordo <strong>com</strong> as diretrizes dadas pela CSRisc,<br />

avaliando-se os resultados projetados do balanço, o tamanho do patrimônio e o perfil de risco de cada<br />

veículo, sendo definidos em termos das medidas de risco utilizadas na gestão.<br />

Itaú Unibanco<br />

10


Gerenciamento de Riscos – <strong>Circ</strong>ular 3.477<br />

Os limites de risco são divididos em superiores e internos, sendo os primeiros monitorados pela área de<br />

controle de risco de mercado e reportados às <strong>com</strong>issões superiores, e os segundos definidos pelas<br />

<strong>com</strong>issões das unidades de controle e monitorados nestas, respeitando os limites superiores previamente<br />

estabelecidos. Ambos os limites são controlados diariamente.<br />

Além do reporte do consumo dos limites estabelecidos, também são reportados a estas <strong>com</strong>issões as demais<br />

medidas de controle de risco de mercado.<br />

As análises do risco de mercado são realizadas <strong>com</strong> base nas seguintes métricas:<br />

• Valor em Risco Estatístico (VaR - Value at Risk): medida estatística que quantifica a perda<br />

econômica potencial máxima esperada em condições normais de mercado, considerando horizonte<br />

de tempo e intervalo de confiança definidos;<br />

• Perdas em Cenários de Estresse (Teste de Estresse): técnica de simulação para avaliação do<br />

<strong>com</strong>portamento dos ativos e passivos do portfólio quando diversos fatores de risco são levados a<br />

situações extremas de mercado (baseadas em cenários prospectivos);<br />

• Alerta de Stop Loss: Perdas efetivas somadas ao prejuízo máximo potencial em cenários otimistas e<br />

pessimistas;<br />

• Resultado a Realizar (RaR): avaliação da diferença entre valor <strong>com</strong> os juros apropriados e valor de<br />

mercado, em cenário normal e em cenários estressados, refletindo assimetrias contábeis. É a<br />

medida de risco utilizada para avaliar gerencialmente o risco da carteira banking.<br />

Adicionalmente às medidas de risco, são analisadas medidas de sensibilidade e de controle de perdas. Entre<br />

elas, inclui-se:<br />

• Análise de Gaps: exposição acumulada, por fator de risco, dos fluxos de caixa, expressos a valor de<br />

mercado, alocados nas datas de vencimento;<br />

• Sensibilidade (DV01): impacto no valor de mercado dos fluxos de caixa, quando submetidos a um<br />

aumento de 1 ponto-base a.a. nas taxas de juros atuais; e<br />

• Perda Máxima (Stop Loss): prejuízo máximo que um portfólio classificado na carteira trading pode<br />

atingir.<br />

1.5 Risco Operacional<br />

O risco operacional consiste na possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou<br />

inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos. Inclui o risco legal,<br />

associado à inadequação ou deficiência em contratos firmados pela instituição, bem <strong>com</strong>o a sanções em<br />

razão de descumprimento de dispositivos legais e a indenizações por danos a terceiros decorrentes das<br />

atividades desenvolvidas pela instituição. Exclui-se desta definição o risco estratégico e o de reputação.<br />

A crescente sofisticação do ambiente e dos negócios bancários e a evolução da tecnologia tornam mais<br />

<strong>com</strong>plexos os perfis de risco das organizações, delineando <strong>com</strong> mais nitidez esta classe de risco, cujo<br />

gerenciamento, apesar de não ser prática nova, requer agora uma estrutura específica, distinta das<br />

tradicionalmente aplicadas aos riscos de crédito e de mercado.<br />

Em linha <strong>com</strong> os princípios da Resolução nº 3.380 de 29 de junho de 2006 do CMN, o Itaú Unibanco definiu<br />

uma política de gerenciamento do risco operacional, aprovada pelo seu Conselho de Administração, e<br />

aplicável às empresas e subsidiárias no Brasil e exterior.<br />

A política constitui um conjunto de princípios, procedimentos e instrumentos que proporcionam uma<br />

permanente adequação do gerenciamento à natureza e <strong>com</strong>plexidade dos produtos, serviços, atividades,<br />

processos e sistemas.<br />

A estrutura formalizada na política prevê os procedimentos para identificação, avaliação, monitoramento,<br />

controle, mitigação e <strong>com</strong>unicações relacionadas ao risco operacional, e os papéis e responsabilidades dos<br />

órgãos que participam dessa estrutura. Uma versão resumida da política pode ser acessada no site<br />

www.itau-unibanco.<strong>com</strong>.br/ri, na seção Governança Corporativa, Regulamentos e Políticas, Relatório de<br />

Acesso Público – Risco Operacional.<br />

Itaú Unibanco<br />

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Gerenciamento de Riscos – <strong>Circ</strong>ular 3.477<br />

1.6 Risco de Liquidez<br />

O risco de liquidez é definido <strong>com</strong>o a ocorrência de desequilíbrios entre ativos negociáveis e passivos<br />

exigíveis - descasamentos entre pagamentos e recebimentos - que possam afetar a capacidade de<br />

pagamento da instituição, levando-se em consideração as diferentes moedas e prazos de liquidação de seus<br />

direitos e obrigações.<br />

O gerenciamento do risco de liquidez busca utilizar as melhores práticas de maneira a evitar escassez de<br />

caixa e dificuldades em honrar os vencimentos a pagar.<br />

O Itaú Unibanco possui estrutura dedicada ao monitoramento, controle e análise do risco de liquidez,<br />

utilizando-se de modelos de projeções das variáveis que afetam o fluxo de caixa e o nível de reserva em<br />

moeda local ou estrangeira.<br />

Além disso, a instituição estabelece diretrizes e limites cujo cumprimento é analisado periodicamente em<br />

<strong>com</strong>itês técnicos e que visam a garantir uma margem de segurança adicional às necessidades mínimas<br />

projetadas. As políticas de gestão de liquidez e os limites associados são estabelecidos <strong>com</strong> base em<br />

cenários prospectivos revistos periodicamente e nas definições da alta administração.<br />

Estes cenários podem ser revistos à luz das necessidades de caixa, em virtude de situações atípicas de<br />

mercado ou decorrentes de decisões estratégicas da instituição.<br />

Em observância às exigências da Resolução 2804 de 21 de dezembro de 2000 do CMN e da <strong>Circ</strong>ular 3393<br />

de 03 de junho de 2008 do BACEN, é enviado mensalmente ao BACEN o Demonstrativo de Risco de<br />

Liquidez (DRL) e periodicamente são elaborados e submetidos à alta administração os seguintes itens para<br />

a<strong>com</strong>panhamento e suporte às decisões:<br />

• Diferentes cenários projetados para a evolução da liquidez;<br />

• Planos de contingência para situações de crise;<br />

• Relatórios e gráficos que descrevem as posições de risco;<br />

• Avaliação do custo de captação e fontes alternativas de captação;<br />

• A<strong>com</strong>panhamento da diversificação de captação através de um controle constante de fontes de<br />

captação, considerando tipo do investidor e prazo, entre outros fatores.<br />

1.7 Risco de Subscrição<br />

O risco de subscrição é o risco oriundo de uma situação econômica adversa que contraria tanto as<br />

expectativas da sociedade seguradora no momento da elaboração de sua política de subscrição quanto às<br />

incertezas existentes na estimação das provisões.<br />

O controle centralizado do risco de subscrição é realizado pela área de controle de riscos segregada das<br />

unidades de negócios e da auditoria interna. É responsabilidade desta área, desenvolver modelos internos de<br />

mensuração de risco de subscrição, bem <strong>com</strong>o gerar condições para validação e controle desses modelos.<br />

Cumpre à área de controle de riscos avaliar as alterações nas políticas e a<strong>com</strong>panhar o desempenho das<br />

carteiras de seguros, previdência e capitalização.<br />

As unidades de negócios devem enquadrar os produtos às exigências legais e normas internas. Cabe a<br />

essas unidades fornecer bases de dados e informações para a elaboração de relatórios gerenciais e estudos<br />

específicos, garantindo a qualidade das informações utilizadas nos modelos de probabilidade e severidade<br />

de sinistros.<br />

Com o objetivo de uniformizar práticas e controles de risco em todo o conglomerado, a área de controle de<br />

riscos estabelece políticas corporativas para nortear as diretrizes institucionais quanto aos temas<br />

relacionados ao risco de subscrição.<br />

A avaliação de novos produtos e propostas de negócio que envolva risco de subscrição garante sua<br />

adequação legal e regulatória, além de estimar a rentabilidade ajustada ao risco. Cada ação <strong>com</strong>ercial é<br />

analisada de acordo <strong>com</strong> o incremento de risco gerado e avaliado pela alçada definida nas políticas internas.<br />

A governança de controle de riscos estabelece limites para os riscos de fronteira entre subscrição e crédito<br />

em linha <strong>com</strong> a Resolução n o 228 de 06 de dezembro de 2010 do Conselho Nacional de Seguros Privados<br />

(CNSP). A política interna define a qualidade do risco de crédito das resseguradoras e os limites de<br />

Itaú Unibanco<br />

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Gerenciamento de Riscos – <strong>Circ</strong>ular 3.477<br />

concentração respeitando a Resolução nº 168 de 17 de dezembro de 2007 do CNSP, seguindo a mesma<br />

governança de crédito do conglomerado.<br />

Itaú Unibanco<br />

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Gerenciamento de Riscos – <strong>Circ</strong>ular 3.477<br />

2 Patrimônio de Referência<br />

O PR utilizado para verificar o cumprimento dos limites operacionais impostos pelo BACEN, consiste no<br />

somatório do Nível I e Nível II, conforme definido nos termos da Resolução nº 3.444 de 28 de fevereiro de<br />

2007 do CMN, onde:<br />

• Nível I: é <strong>com</strong>posto pelo capital social, reservas e lucros retidos;<br />

• Nível II: inclui reservas para reavaliação de ativos e dívida subordinada, e está limitado ao valor do<br />

Capital de Nível I.<br />

De acordo <strong>com</strong> as normas do BACEN, os bancos podem calcular o cumprimento da exigência mínima:<br />

• Com base na consolidação de todas as subsidiárias financeiras regulamentadas pelo BACEN,<br />

inclusive agências e investimentos no exterior (Consolidado Operacional), e<br />

• Com base na consolidação <strong>com</strong>pleta, considerando todas as empresas de propriedade do Itaú<br />

Unibanco, independente de serem ou não regulamentadas pelo BC (Consolidado Econômico-<br />

Financeiro).<br />

Apresentamos na tabela abaixo a <strong>com</strong>posição do capital de Nível I, Nível II e exclusões, conforme<br />

estabelecido na mencionada Resolução:<br />

Os fundos obtidos por meio de emissão de títulos de dívida subordinada e que são considerados capital de<br />

Nível II, para os propósitos do índice de capital em relação aos ativos ponderados de risco, estão descritos<br />

abaixo:<br />

Itaú Unibanco<br />

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Gerenciamento de Riscos – <strong>Circ</strong>ular 3.477<br />

15<br />

Itaú Unibanco


Gerenciamento de Riscos – <strong>Circ</strong>ular 3.477<br />

A movimentação de recursos é livre entre as instituições consolidadas, respeitados os requisitos mínimos de<br />

capital exigidos pelos reguladores locais das subsidiárias no exterior, bem <strong>com</strong>o o requisito mínimo de capital<br />

das sociedades seguradoras, estabelecido pela SUSEP.<br />

O CNSP, a<strong>com</strong>panhando a tendência mundial de fortalecimento do Mercado segurador, divulgou em 06 de<br />

dezembro 2010 a resolução CNSP nº 227 (que revogou as Resoluções nºs 178 de 28 de dezembro de 2007<br />

e 200 de 16 de dezembro de 2008), e a circular nº 411 de 22 de dezembro de 2010. Os normativos dispõem<br />

sobre as regras de capital regulamentar exigido para autorização e funcionamento das sociedades<br />

seguradoras e previdência e as regras de alocação de capital provenientes do risco de subscrição para os<br />

diversos ramos de seguros. Em janeiro de 2011 entrou em vigor a Resolução CNSP nº 228 de 06 de<br />

dezembro de 2010, que dispõe sobre os critérios de estabelecimentos do capital adicional baseado no risco<br />

de crédito das sociedades supervisionadas.<br />

Itaú Unibanco<br />

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Gerenciamento de Riscos – <strong>Circ</strong>ular 3.477<br />

3 Patrimônio de Referência Exigido<br />

Patrimônio de Referência Exigido (PRE) é o patrimônio exigido das instituições financeiras para fazer frente<br />

às exposições inerentes aos riscos das atividades desenvolvidas. A partir de 1º de julho de 2008, a resolução<br />

nº 3.490 de 29 de agosto de 2007 do CMN, que dispõe sobre os critérios de apuração do PRE, passou a<br />

produzir efeitos. Portanto, a partir desta data, o cálculo do capital regulatório da instituição para a cobertura<br />

de risco passou a considerar o somatório das seguintes parcelas para a <strong>com</strong>posição do PRE:<br />

• PEPR = parcela referente a risco de crédito e demais exposições ativas não incluídas nas demais<br />

parcelas;<br />

• PCAM = parcela referente ao risco das exposições em ouro, em moeda estrangeira e em operações<br />

sujeitas à variação cambial;<br />

• PJUR = parcela referente ao risco das operações sujeitas à variação de taxas de juros e<br />

classificadas na carteira trading, na forma da Resolução nº 3.464 de 26 de junho de 2007;<br />

• PCOM = parcela referente ao risco das operações sujeitas à variação do preço de mercadorias<br />

(<strong>com</strong>modities);<br />

• PACS = parcela referente ao risco das operações sujeitas à variação do preço de ações e<br />

classificadas na carteira trading, na forma da Resolução nº 3.464 de 26 de junho de 2007;<br />

• POPR = parcela referente ao risco operacional calculada <strong>com</strong> base no volume de empréstimos das<br />

linhas varejo e <strong>com</strong>ercial, na receita bruta de intermediação financeira e na receita de serviços das<br />

demais linhas de negócios padronizadas, ponderadas por fatores beta.<br />

Para os cálculos das parcelas acima mencionadas, foram observados os procedimentos divulgados pelo<br />

BACEN, por meio das seguintes <strong>Circ</strong>ulares:<br />

• 3.360: 360: exposições ponderadas por fator de risco, <strong>com</strong>preendendo a aplicação de recursos em bens e<br />

direitos e o gasto ou despesa, registrados no ativo, os <strong>com</strong>promissos de crédito, a prestação de aval,<br />

fiança e coobrigação ou qualquer outra modalidade de garantia pessoal, o ganho potencial futuro,<br />

decorrente de operações <strong>com</strong> instrumentos derivativos e os adiantamentos concedidos (PEPR);<br />

• 3.361: 361: exposições sujeitas à variação de taxas de juros prefixadas denominadas em real (PJUR1);<br />

• 3.362: 362: exposições sujeitas à variação da taxa dos cupons de moedas estrangeiras (PJUR2);<br />

• 3.363: 363: exposições sujeitas à variação da taxa dos cupons de índices de preços (PJUR3);<br />

• 3.364: 364: exposições sujeitas à variação da taxa dos cupons de taxa de juros (PJUR4);<br />

• 3.366: 366: exposições sujeitas à variação do preço de ações (PACS);<br />

• 3.368: 368: exposições sujeitas à variação dos preços de mercadorias (PCOM);<br />

• 3.383: cálculo da parcela do PRE referente ao risco operacional (POPR);<br />

• 3.389: exposições em ouro, em moeda estrangeira e em ativos e passivos sujeitos à variação<br />

cambial (PCAM).<br />

Também foram observados os procedimentos definidos através das seguintes Cartas-<strong>Circ</strong>ulares:<br />

• 3.309: esclarece a metodologia utilizada na apuração das volatilidades-padrão e dos multiplicadores<br />

a serem divulgado pelo BACEN para a apuração da PJUR1;<br />

• 3.310: esclarece a metodologia utilizada na apuração das parcelas referentes a risco de mercado;<br />

• 3.315: detalha exemplos de cálculo da parcela de risco operacional seguindo a <strong>Circ</strong>ular 3.383 de 30<br />

de abril de 2008 do BACEN;<br />

• 3.316: 316: detalha a <strong>com</strong>posição do indicador de exposição para cálculo da parcela de risco operacional<br />

seguindo a <strong>Circ</strong>ular 3.383 de 30 de abril de 2008 do BACEN;<br />

• A <strong>Circ</strong>ular nº 3.476 de 24 de dezembro de 2009 do BACEN estabelece que para o Consolidado<br />

Econômico-Financeiro, a partir de 30 de junho de 2010, deve ser incluído um adicional na Parcela de<br />

Risco Operacional – POPR, mediante a utilização de um indicador baseado no resultado de<br />

participações em coligadas e controladas.<br />

Além das circulares acima, as seguintes normas têm impacto relevante nos cálculos e demais processos de<br />

cálculo de adequação de capital:<br />

Itaú Unibanco<br />

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Gerenciamento de Riscos – <strong>Circ</strong>ular 3.477<br />

• Resolução 3.674 de 30 de dezembro 2008 do CMN implantou a possibilidade de acréscimo integral<br />

da provisão adicional ao mínimo definido pela Resolução 2.682 de 21 de dezembro de 1999 do CMN<br />

ao PR, impactando de forma positiva o índice de Basileia. Os efeitos dessa resolução cessaram em<br />

1° de abril de 2010 em decorrência da edição da Res olução 3.825 de 16 de dezembro de 2009;<br />

• <strong>Circ</strong>ular 3.425 de 17 de dezembro de 2008 do BACEN, mudou o fator de ponderação de créditos<br />

tributários decorrentes de diferenças temporárias de 300% para 100% diminuindo consideravelmente<br />

o capital dessas exposições;<br />

• <strong>Circ</strong>ular 3.478 de 24 de dezembro de 2009 do BACEN, estabeleceu os requisitos mínimos e os<br />

procedimentos a serem observados no uso de modelos internos para o cálculo de capital para risco<br />

de mercado.<br />

A tabela abaixo apresenta de forma consolidada a evolução da alocação de capital do Itaú Unibanco e nos<br />

próximos tópicos será demonstrada, de forma detalhada, cada uma das parcelas mencionadas.<br />

3.1 Risco de Crédito<br />

Evolução da Carteira de Crédito<br />

As informações apresentadas nas tabelas seguintes permitem a análise da carteira de crédito e seu<br />

<strong>com</strong>portamento sob diversas óticas: montante das operações em atraso, segregados por faixa de atraso,<br />

exposição dos maiores clientes em relação ao valor total da carteira, exposição segmentada por região<br />

geográfica e setor econômico.<br />

Itaú Unibanco<br />

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Gerenciamento de Riscos – <strong>Circ</strong>ular 3.477<br />

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Gerenciamento de Riscos – <strong>Circ</strong>ular 3.477<br />

Operações de Securitização, Venda ou Transferência de Ativos Financeiros<br />

O Itaú Unibanco possui em sua carteira, títulos e valores mobiliários oriundos de processos de securitização.<br />

A carteira é <strong>com</strong>posta por Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e cotas de Fundos de Investimento<br />

em Direito Creditórios (FIDIC).<br />

Os CRIs são lastreados em recebíveis imobiliários e não possuem subordinação. As cotas de FIDCs são<br />

seniores e lastreadas por recebíveis tais <strong>com</strong>o duplicatas, notas promissórias, etc.<br />

O Itaú Unibanco trata títulos e valores mobiliários oriundos de processos de securitização conforme a<br />

governança de produtos estabelecida, sendo o crédito aprovado nas alçadas <strong>com</strong>petentes. Na tabela abaixo<br />

são apresentados os saldos destas operações.<br />

23<br />

Itaú Unibanco


Gerenciamento de Riscos – <strong>Circ</strong>ular 3.477<br />

A seguir, apresentamos as cessões de crédito sem coobrigação, amparadas no disposto da Resolução nº<br />

2.836 de 30 de maio de 2001 do CMN e o montante das operações de vendas ou transferências de ativos<br />

financeiros, onde a entidade reteve substancialmente os riscos, <strong>com</strong>posto exclusivamente por operações de<br />

crédito e recebíveis cedidos <strong>com</strong> coobrigação, de acordo <strong>com</strong> a Resolução 3.809 de 28 de outubro de 2009<br />

do CMN.<br />

Instrumentos Mitigadores<br />

As garantias são instrumentos que visam a reduzir a ocorrência de perdas em operações dotadas de risco de<br />

crédito, podem ser, dentre outras: garantias pessoais, garantias reais, estruturas jurídicas <strong>com</strong> poder de<br />

mitigação e acordos de <strong>com</strong>pensação. Para que sejam aceitas <strong>com</strong>o instrumentos mitigadores de risco, as<br />

garantias devem ser devidamente formalizadas e controladas, o que inclui a apuração periódica de seu valor<br />

de mercado e o a<strong>com</strong>panhamento do seu grau de suficiência em relação à operação correspondente.<br />

O Itaú Unibanco adota alternativas de mitigação previstas definidos nos artigos 20 a 22 da <strong>Circ</strong>ular nº 3.360<br />

de 12 de setembro de 2007 do BACEN, no cálculo do capital regulatório. Vale ressaltar que operações<br />

<strong>com</strong>promissadas <strong>com</strong> títulos do Tesouro Nacional e operações de crédito garantidas por imóvel ou hipoteca<br />

em 1º grau de imóvel residencial, são consideradas na definição dos ponderadores conforme estabelecido na<br />

referida <strong>Circ</strong>ular.<br />

Provisões para Devedores Duvidosos<br />

Para proteger a instituição contra perdas decorrentes de operações de crédito, o Itaú Unibanco considera<br />

todos os aspectos determinantes do risco de crédito do cliente para definir o nível de provisões adequado ao<br />

risco incorrido em cada operação. Observa-se, para cada operação, a avaliação e classificação do cliente ou<br />

grupo econômico, a classificação da operação e a eventual existência de valores em atraso.<br />

O Itaú Unibanco constitui provisão <strong>com</strong>plementar a mínima requerida pelo BACEN, visando a garantir que o<br />

nível de provisionamento seja <strong>com</strong>patível <strong>com</strong> o modelo de perda esperada adotado na gestão de risco de<br />

crédito da instituição, baseado em modelos internos. Essa provisão é normalmente quantificada em função<br />

do <strong>com</strong>portamento histórico das carteiras de crédito, baseando-se na exposição, probabilidade de default e a<br />

recuperação esperada das operações.<br />

A partir de dezembro de 2010, a provisão para devedores duvidosos passou a refletir o modelo de perda<br />

esperada adotado na gestão do risco de crédito da instituição, baseado no conceito amplo de Basileia II, que<br />

considera inclusive as perdas potenciais para créditos rotativos. A tabela a seguir exibe a movimentação<br />

trimestral dos últimos períodos.<br />

Itaú Unibanco<br />

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Gerenciamento de Riscos – <strong>Circ</strong>ular 3.477<br />

Risco de Crédito de Contraparte<br />

O Itaú Unibanco considera o risco de crédito de contraparte <strong>com</strong>o a possibilidade de não cumprimento, por<br />

determinada contraparte, de obrigações relacionadas à contratação de instrumentos derivativos ou de<br />

financiamento de ativos. Possui natureza bilateral e é função tanto da incerteza do valor de mercado das<br />

operações contratadas <strong>com</strong>o da deterioração da qualidade creditícia da contraparte.<br />

Na tabela abaixo, apresentamos os contratos sujeitos ao risco de crédito da contraparte do Itaú Unibanco.<br />

O Itaú Unibanco não negocia derivativos de crédito para fins de intermediação.<br />

Exposições Ponderadas por Fator de Risco (PEPR)<br />

A parcela exigida para cobertura do risco de crédito é a PEPR. Apresentamos abaixo seus valores<br />

detalhados por fator de ponderação (FPR) e tipo.<br />

Itaú Unibanco<br />

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Gerenciamento de Riscos – <strong>Circ</strong>ular 3.477<br />

3.2 Risco de Mercado<br />

Todo o processo de estratégia de negócios e respectivos impactos sobre o controle de risco de mercado têm<br />

<strong>com</strong>o base a análise dos contextos macroeconômicos dos mercados nacional e internacional, principalmente<br />

dos principais eventos ocorridos recentemente <strong>com</strong>o forma de avaliar os movimentos observados nas<br />

carteiras. Desta forma, as análises macroeconômicas elaboradas pelo Itaú Unibanco são apresentadas<br />

abaixo, seguidas das análises da evolução das carteiras e medidas de risco.<br />

Mercado Nacional<br />

No cenário doméstico, a atividade econômica manteve trajetória de desaceleração, o que contribui para o<br />

controle da inflação. O PIB do segundo trimestre deve registrar alta de 1%, mostrando menor dinamismo<br />

quando <strong>com</strong>parado aos 1,33% registrados no trimestre anterior. O crédito à pessoa física apresentou<br />

crescimento mais modesto ao longo do segundo trimestre ainda em função das medidas macro-prudenciais<br />

do governo. As expectativas dos consumidores e empresários seguem indicando menos otimismo. Os gastos<br />

discricionários do governo vêm mostrando desaceleração, contribuindo para o cenário de atividade mais<br />

fraca.<br />

A produção industrial deve ficar praticamente estável nesse trimestre, registrando leve alta de 0,06%, quando<br />

<strong>com</strong>parada ao primeiro trimestre de 2011 <strong>com</strong> ajuste sazonal. A atividade industrial não apresenta<br />

crescimento significativo desde o segundo trimestre de 2010, refletindo redução do dinamismo por conta de<br />

aumento das importações devido ao câmbio apreciado e da elevada utilização dos fatores de produção.<br />

A inflação apresentou desaceleração em relação ao primeiro trimestre de 2011, seguindo a sazonalidade<br />

mais favorável do segundo trimestre, porém ainda se encontra em patamares elevados. Destacam-se nesse<br />

processo as expectativas de inflação em níveis altos, o mercado de trabalho aquecido e a inércia<br />

inflacionária. O IPCA do segundo trimestre de 2011 registrou alta de 1,40%, sendo que 1,27% em preços<br />

livres, e 1,72% em administrados.<br />

O Banco Central (BC) manteve a estratégia de elevação da taxa de juros para <strong>com</strong>bater a elevação da<br />

inflação, aumentando a taxa Selic para 12,25% em junho, ante 11,75% ao final de março. Dentre os riscos<br />

que o BC aponta para a trajetória prospectiva da inflação estão o repasse das <strong>com</strong>modities, o aperto nos<br />

mercados de fatores de produção — <strong>com</strong> ênfase no mercado de trabalho — e a elevação das expectativas<br />

de inflação. Porém, sua análise sugere que esses riscos se reduziram nos últimos meses, o que vem<br />

melhorando o balanço de riscos para a inflação futura.<br />

O movimento da curva de juros ao longo do segundo trimestre foi de redução da inclinação nos segmentos<br />

curto e médio, uma vez que a expectativa do mercado de elevação dos juros foi concretizada e o ajuste<br />

monetário deu sinais de estar chegando ao fim. No segmento longo, já <strong>com</strong>eça a aparecer uma inclinação<br />

26<br />

Itaú Unibanco


Gerenciamento de Riscos – <strong>Circ</strong>ular 3.477<br />

negativa, incentivada pela possibilidade de que a desaceleração da atividade e a resposta favorável da<br />

inflação permitirão que os juros voltem a cair.<br />

Em dezembro, o CMN adotou medidas macro-prudenciais: (i) elevação do adicional de <strong>com</strong>pulsórios sobre<br />

depósitos à vista e a prazo de 8% para 12%; (ii) aumento do <strong>com</strong>pulsório sobre depósitos a prazo de 15%<br />

para 20%; e (iii) elevação do requerimento de capital de 11% para 16,5% do valor da operação de crédito<br />

para pessoa física <strong>com</strong> prazo superior a 24 meses. Segundo estimativa do BC, a elevação do <strong>com</strong>pulsório<br />

deve gerar o recolhimento de R$ 61 bilhões. O governo elevou o IOF para empréstimos de pessoa física para<br />

3%, ante 1,5%. Essas medidas devem moderar o crescimento da demanda interna graças ao impacto que<br />

elas têm nos volumes de empréstimos.<br />

A taxa de câmbio fechou o segundo trimestre de 2011 em R$ 1,56/US$, abaixo dos R$ 1,63/US$ registrados<br />

em março de 2011. A apreciação da moeda levou as autoridades a intervirem no mercado de câmbio através<br />

de <strong>com</strong>pras de reservas internacionais e de regulação e tributação das operações <strong>com</strong> moeda estrangeira.<br />

O IOF para investimentos em carteira de renda fixa sofreu dois aumentos consecutivos, primeiro para 4% e<br />

depois para 6%. O BC elevou o IOF também para emissões externas de curto prazo (inferiores a 360 dias)<br />

para 6%, ante 0%. Dando continuidade a essas medidas, o BC elevou a taxa do IOF para o endividamento<br />

externo de até 720 dias para 6%, ante 0%.<br />

As reservas internacionais atingiram US$ 333 bilhões em maio de 2011, uma elevação de US$ 25,5 bilhões<br />

em <strong>com</strong>paração <strong>com</strong> fevereiro de 2011, <strong>com</strong> o BC <strong>com</strong>prando US$ 10,4 bilhões no mercado à vista, uma<br />

desaceleração em relação ao ritmo do primeiro trimestre.<br />

No segundo trimestre de 2011, a Bolsa apresentou forte queda de 7,7%, influenciada pela deterioração do<br />

cenário internacional, saída de investidores estrangeiros e a manutenção do processo de elevação da taxa<br />

de juros pelo BC. A<strong>com</strong>panhando esse movimento, a capitalização da Bolsa caiu a 2,4 trilhões de reais,<br />

abaixo dos 2,5 trilhões registrados ao final do primeiro trimestre de 2011. Os lançamentos de novas ações<br />

chegaram a US$ 5,9 bilhões. As emissões de renda fixa chegaram a US$ 12,8 bilhões.<br />

Mercado Internacional<br />

O segundo trimestre de 2011 foi marcado por renovação das dúvidas <strong>com</strong> relação ao ritmo do crescimento<br />

internacional, em especial ao dos Estados Unidos e da China, mantendo baixo o apetite a ativos de risco e<br />

ligados a <strong>com</strong>modities. Problemas fiscais também ganharam destaque no trimestre, principalmente a<br />

elevação do risco de default na Grécia e as dificuldades dos EUA em elevar o seu limite de endividamento<br />

fiscal.<br />

O terremoto e o tsunami que atingiram o Japão tiveram um impacto bastante negativo sobre a atividade do<br />

país em março e abril, mas a perspectiva é de que a recuperação será rápida. O impacto sobre a atividade<br />

econômica mundial foi maior do que o esperado devido ao rompimento da produção de peças,<br />

principalmente para veículos.<br />

O ritmo de crescimento da economia norte-americana surpreendeu negativamente neste segundo trimestre,<br />

afetado pelo desempenho mais fraco do mercado de trabalho, <strong>com</strong> consequências para o crescimento do<br />

consumo. A produção, principalmente de veículos, foi reduzida devido a problemas na cadeia de produção de<br />

peças japonesas, interrompida pelo terremoto. Na Europa as expectativas de crescimento foram frustradas<br />

negativamente, <strong>com</strong> consumo e produção mais fracos do que o esperado no início do segundo trimestre.<br />

Está havendo desaceleração leve na China, decorrente da política do governo de <strong>com</strong>bate à inflação. Preços<br />

de alimentos permanecem elevados. O núcleo da inflação está baixo em termos absolutos, mas alto em<br />

termos históricos. O aperto monetário prossegue (via juros e medidas quantitativas), mas esperamos uma<br />

desaceleração no passo da retirada de estímulos. A política de apreciação gradual do iuan será mantida.<br />

O dólar voltou a se depreciar no segundo trimestre. O índice DXY – índice do valor do dólar em relação às<br />

seis principais moedas - apresentou queda de 2,2% nesse período. Com relação ao euro, a depreciação foi<br />

de 2,6%, levemente superior. A tendência de depreciação do dólar segue impulsionada por fatores de longo<br />

prazo, tais <strong>com</strong>o a necessidade de ajuste do déficit em conta corrente americano e também conjunturais,<br />

<strong>com</strong>o o diferencial corrente da taxa de juros.<br />

A perspectiva de desaceleração da economia global e os problemas fiscais na Europa reduziram o otimismo<br />

das bolsas internacionais, que encerraram o trimestre em leve queda. O S&P 500 caiu 0,55%, e o DAX teve<br />

queda de 1,95% nesse período. A taxa de juros dos títulos do Tesouro de 10 anos caiu para 3,17% ao final<br />

do segundo trimestre, versus 3,47% no fechamento do primeiro trimestre.<br />

27<br />

Itaú Unibanco


Gerenciamento de Riscos – <strong>Circ</strong>ular 3.477<br />

Carteiras de Negociação (Trading) e de Não-Negociação (Banking) – Modelo Regulatório<br />

Para a<strong>com</strong>panhamento regulatório da carteira banking, são gerados, para cada fator de risco relevante, dois<br />

cenários estressados <strong>com</strong> base em retornos históricos dos últimos cinco anos. Estes cenários são aplicados<br />

à exposição em cada fator de risco, calculando o resultado destes choques e tomando-se o pior resultado<br />

para cada fator de risco. No tratamento de carteiras de empréstimos que apresentam liquidações<br />

antecipadas relevantes, o Itaú Unibanco adota modelos estatísticos <strong>com</strong> revisões trimestrais de seus<br />

parâmetros, estimados a partir de suas bases históricas, que aceleram o decaimento dos fluxos de<br />

pagamento originalmente negociados. Para tratar produtos que não possuem vencimento definido, <strong>com</strong>o<br />

depósitos à vista e cadernetas de poupança, é utilizado, por conservadorismo, uma projeção de decaimento<br />

gradual dos recursos, diminuindo seu efeito de hedge em relação ao restante da exposição da instituição.<br />

Com relação à carteira trading, as parcelas PJUR (1, 2, 3 e 4), PCOM e PACS são calculadas conforme as<br />

instruções estabelecidas pelas resoluções do BACEN, citadas anteriormente neste documento.<br />

Apresentamos a seguir a evolução das parcelas referentes a risco de mercado, sendo que as parcelas PJUR<br />

(1, 2, 3 e 4), PCOM e PACS, refletem a carteira trading e a parcela RBAN reflete a carteira banking:<br />

Evolução da Carteira de Negociação (Trading)<br />

A evolução da carteira trading detalhada por fator de risco está tabulada a seguir:<br />

Evolução da Carteira de Derivativos<br />

As posições em derivativos têm <strong>com</strong>o sua principal função minimizar os riscos das posições de banking nos<br />

respectivos fatores de risco. A evolução da carteira de derivativos da instituição, apresentada a seguir, está<br />

detalhada por fator de risco, existência ou não de contraparte central (bolsa ou balcão) e no Brasil ou<br />

exterior:<br />

Itaú Unibanco<br />

28


Gerenciamento de Riscos – <strong>Circ</strong>ular 3.477<br />

VaR - Consolidado Itaú Unibanco<br />

O modelo interno de VaR utilizado pelo Itaú Unibanco considera 1 dia <strong>com</strong>o horizonte de tempo e 99% <strong>com</strong>o<br />

grau de confiança. As volatilidades e correlações são estimadas <strong>com</strong> uma metodologia que confere maior<br />

peso às informações mais recentes.<br />

A tabela a seguir demonstra o VaR Global Consolidado, abrangendo as carteiras do Itaú Unibanco, Banco<br />

Itaú BBA International, Banco Itaú Argentina, Banco Itaú Chile, Banco Itaú Uruguai e Banco Itaú Paraguai. As<br />

carteiras do Itaú Unibanco são segregadas por fator de risco.<br />

O consolidado Itaú Unibanco Holding S. A., mantendo sua gestão conservadora e diversificação do portfólio,<br />

seguiu <strong>com</strong> sua política de operar dentro de limites reduzidos em relação a seu capital e, neste trimestre,<br />

protegeu ainda mais sua exposição pré-fixada, reduzindo seu VaR Global Total quando <strong>com</strong>parado <strong>com</strong> o<br />

trimestre anterior.<br />

Podemos observar que a diversificação dos riscos das unidades de negócios é significativa, permitindo ao<br />

conglomerado manter uma exposição total ao risco de mercado reduzida quando <strong>com</strong>parada a seu capital.<br />

Itaú Unibanco<br />

29


Gerenciamento de Riscos – <strong>Circ</strong>ular 3.477<br />

VaR - Tesouraria Institucional<br />

A Tesouraria Institucional tem sua administração de risco segregada em Mesa Banking e Mesa Trading.<br />

Mesa Banking<br />

A Mesa Banking, <strong>com</strong>posta pelas operações <strong>com</strong>erciais e instrumentos financeiros associados, reduziu o Var<br />

Global do 2º trimestre em <strong>com</strong>paração <strong>com</strong> o trimestre anterior dada a proteção contratada para reduzir o<br />

risco pré-fixado. Uma gestão conservadora da <strong>com</strong>posição do portfólio possibilitou a manutenção do VaR<br />

Global médio em níveis reduzidos se <strong>com</strong>parado ao patrimônio líquido do banco.<br />

Itaú Unibanco<br />

30


Gerenciamento de Riscos – <strong>Circ</strong>ular 3.477<br />

A partir de 1º de maio de 2011, o controle da carteira Overseas passou a ser gerida conjuntamente <strong>com</strong> a<br />

carteira da Mesa Banking, conforme pode ser verificado pelos valores apresentados nos fatores de riscos<br />

Títulos Privados e Soberanos no Exterior e Juros Externos de 30/06/2011.<br />

Mesa Trading<br />

A Mesa Trading da Tesouraria Institucional atua de forma a construir posições <strong>com</strong> o propósito de otimizar o<br />

retorno ponderado pelo risco.<br />

No aprimoramento da gestão de seus ativos, as Mesas Flow e Proprietária foram unificadas, sob a<br />

denominação de Mesa Trading, a partir de 1º de junho de 2011.<br />

O efetivo controle do risco de mercado trouxe conforto à instituição para administrar eficientemente as<br />

alterações de cenários, assim <strong>com</strong>o manter a contínua evolução em termos de diversificação e sofisticação<br />

das operações realizadas.<br />

A Mesa Trading, que busca as melhores oportunidades de mercado externo e interno dentro de limites<br />

preestabelecidos, apresenta uma exposição ao risco bem diversificada.<br />

Neste contexto, os valores de risco assumidos pela Tesouraria Institucional não sofreram alterações<br />

significativas, reforçando a tendência da Instituição em apresentar exposições a risco de mercado<br />

inexpressivas frente ao seu capital, ficando o VaR Global médio no trimestre inferior a 1% do capital de nível I<br />

da instituição.<br />

Itaú Unibanco<br />

31


Gerenciamento de Riscos – <strong>Circ</strong>ular 3.477<br />

32<br />

Itaú Unibanco


Gerenciamento de Riscos – <strong>Circ</strong>ular 3.477<br />

VaR - Unidades Externas<br />

As unidades externas apresentaram, no 2º trimestre quando <strong>com</strong>parado ao primeiro, redução de sua<br />

exposição total a risco de mercado devido às unidades Itaú BBA International, que alterou seu perfil de<br />

portfólio, <strong>com</strong> redução generalizada das exposições aos diversos fatores de risco que <strong>com</strong>põe sua carteira, e<br />

Itaú Chile, <strong>com</strong> a redução das taxas de mercado de longo prazo e das volatilidades dos fatores de risco peso<br />

chileno (CLP) e inflação (UF), conforme apresentado na tabela abaixo:<br />

Itaú Unibanco<br />

33


Gerenciamento de Riscos – <strong>Circ</strong>ular 3.477<br />

Análise de Sensibilidade (Carteira Trading e Banking)<br />

As análises de sensibilidade, aqui apresentadas, são uma avaliação estática da exposição do portfólio e,<br />

portanto, não consideram a capacidade dinâmica de reação da gestão (tesouraria e áreas de controle) que<br />

aciona medidas mitigadoras do risco, sempre que uma situação de perda ou risco elevado é identificada,<br />

minimizando a possibilidade de perdas significativas. Adicionalmente, ressalta-se que os resultados<br />

apresentados não se traduzem necessariamente em resultados contábeis, pois o estudo tem fins exclusivos<br />

de divulgação da exposição a riscos e as respectivas ações de proteção considerando o valor justo dos<br />

instrumentos financeiros, dissociado de quaisquer práticas contábeis adotadas pela instituição.<br />

A carteira trading consiste em todas as operações detidas <strong>com</strong> a intenção de negociação ou destinadas a<br />

hedge de outros instrumentos desta carteira.<br />

Itaú Unibanco<br />

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Gerenciamento de Riscos – <strong>Circ</strong>ular 3.477<br />

A carteira banking é formada pelas operações não classificadas na carteira trading. Consiste de operações<br />

detidas sem intenção de negociação no curto prazo, e seus respectivos hedges, bem <strong>com</strong>o em operações<br />

destinadas à gestão ativa dos riscos financeiros.<br />

Para mensurar estas sensibilidades, são utilizados os seguintes cenários:<br />

• Cenário I: Acréscimo de 1 ponto-base nas curvas de juros pré-fixado, cupom de moedas, inflação e<br />

índices de taxas de juros, e 1 ponto percentual nos preços de moedas e ações, que têm <strong>com</strong>o base<br />

as informações divulgadas pelo mercado (BM&F BOVESPA, Anbima, etc);<br />

• Cenário II: Aplicação de choques de 25%, tanto de crescimento quanto de queda, sobre o cenário de<br />

mercado de fechamento, sendo consideradas as maiores perdas resultantes por fator de risco;<br />

• Cenário III: Aplicação de choques de 50%, tanto de crescimento quanto de queda, sobre o cenário de<br />

mercado de fechamento, sendo consideradas as maiores perdas resultantes por fator de risco.<br />

Backtest<br />

A eficiência do modelo de Value at Risk é <strong>com</strong>provada por técnicas de backtest, onde são <strong>com</strong>parados<br />

perdas e ganhos reais diários <strong>com</strong> a percentagem de casos em que o resultado ficou fora dos limites<br />

preestabelecidos de perda máxima potencial. O número de violações dos limites estabelecidos de VaR deve<br />

ser <strong>com</strong>patível, dentro de uma margem aceitável, <strong>com</strong> a hipótese de intervalos de confiança de 99%. Para os<br />

controles apresentados abaixo, este número de violações deve ser de, no máximo, 7.<br />

Para ilustrar a confiabilidade das medidas de risco geradas pelos modelos usados pelo Itaú Unibanco,<br />

apresentamos os gráficos de backtest dos riscos pré-fixado e cupom cambial dólar das posições banking do<br />

Itaú Unibanco, bem <strong>com</strong>o o backtest da posição total trading, para o período dos últimos doze meses.<br />

Os gráficos demonstram o grau de adequação dos modelos de risco de mercado empregados pela<br />

instituição, apresentando os pares risco (em módulo) x retorno para o período considerado. Como a linha<br />

diagonal representa risco igual ao retorno, todos os pontos que ficam abaixo dela apontam violações ao risco<br />

estimado.<br />

Itaú Unibanco<br />

35


Gerenciamento de Riscos – <strong>Circ</strong>ular 3.477<br />

Para o risco pré-fixado da carteira banking, as perdas financeiras foram maiores que o VaR estimado pelo<br />

modelo em 6 dias no período, ou seja, o intervalo de confiança adotado foi respeitado.<br />

Para o risco cupom de dólar da carteira banking, as perdas financeiras foram maiores que o VaR estimado<br />

pelo modelo em 7 dias no período, ou seja, o intervalo de confiança adotado foi respeitado.<br />

Com relação ao VaR global da carteira trading, não ocorreram perdas financeiras maiores que o VaR<br />

estimado pelo modelo, ou seja, o intervalo de confiança adotado foi respeitado.<br />

Itaú Unibanco<br />

36


Gerenciamento de Riscos – <strong>Circ</strong>ular 3.477<br />

3.3 Risco Operacional<br />

O BACEN publicou em 30 de abril de 2008, a <strong>Circ</strong>ular nº 3.383 e as Cartas-<strong>Circ</strong>ulares nº 3.315 e nº 3.316,<br />

que estabelecem os critérios de apuração da parcela do PRE referente ao risco operacional (POPR), de que<br />

trata a Resolução nº 3.490 de 29 de agosto de 2007 do CMN.<br />

O valor da parcela POPR é calculado semestralmente, <strong>com</strong> informações relativas aos fechamentos das<br />

datas-base 30 de junho e 31 de dezembro e considera os últimos 6 semestres.<br />

A partir de 30 de junho 2010, foi incluída à POPR do Consolidado Econômico-Financeiro uma parcela<br />

adicional apurada mediante a utilização de um indicador baseado no resultado de participações em coligadas<br />

e controladas.<br />

3.4 Metodologia para Apuração de Riscos Não Abrangidos no PRE<br />

O Itaú Unibanco, seguindo re<strong>com</strong>endações de Basileia e as melhores práticas de gestão de risco, possui<br />

modelos internos que capturam os riscos não abrangidos pelas parcelas do PRE.<br />

Os modelos de risco de mercado consideram o risco de perda das posições da carteira não marcada para<br />

negociação. Nosso modelo interno de capital econômico para risco de crédito contempla o risco de<br />

Itaú Unibanco<br />

37


Gerenciamento de Riscos – <strong>Circ</strong>ular 3.477<br />

concentração. Os riscos da carteira de seguros, previdência e capitalização também são mensurados.<br />

Consideramos ainda na gestão, o risco residual relacionado às imperfeições dos processos de modelagem<br />

bem <strong>com</strong>o os impactos em situações de estresse.<br />

Os modelos efetivamente fazem parte da gestão do risco do Itaú Unibanco e são a<strong>com</strong>panhados<br />

mensalmente pelas áreas de riscos e pelas <strong>com</strong>issões e <strong>com</strong>itês responsáveis pela gestão de riscos.<br />

3.5 Requisitos de Alocação do Capital Regulatório<br />

Basileia II<br />

O Acordo de Capitais vigente internacionalmente, conhecido <strong>com</strong>o Basileia II, propõe metodologias de<br />

cálculo de capital mínimo a ser mantido pelas Instituições Financeiras mais sensíveis aos riscos assumidos<br />

do que aquelas utilizadas para Basileia I. Sua divulgação ocorreu em junho de 2004, passando por algumas<br />

revisões desde então, encontrando-se em diferentes estágios de implantação pelo mundo.<br />

No Brasil, os métodos padronizados de cálculo de capital para risco de crédito, mercado e operacional estão<br />

vigentes desde 1º de julho de 2008, enquanto que as abordagens baseadas em modelos internos contam<br />

<strong>com</strong> um cronograma de implantação definido pelo Comunicado 19028, sendo que, no momento, o BACEN,<br />

<strong>com</strong> a colaboração da indústria financeira, está adequando as diretrizes de Basileia II às características e<br />

necessidades do mercado local.<br />

O Itaú Unibanco, ciente de que a implantação plena de Basileia II representa avanços significativos nas<br />

práticas de gestão de riscos e contribui para a manutenção da solidez de todo o sistema financeiro mundial,<br />

vem contribuindo ativamente para o seu aprimoramento e normatização através da participação ativa em<br />

diversos foros representativos, em especial o Institute of International Finance (IIF), Federação Brasileira de<br />

Bancos (Febraban) e BACEN.<br />

O banco entende que a implantação das abordagens avançadas de Basileia II trará benefícios à instituição,<br />

uma vez que promoverá maior alinhamento das exigências regulatórias às práticas de negócio e gestão<br />

internas, já baseadas em modelos sofisticados para identificação, mensuração e monitoramento de riscos.<br />

Recentemente, o BIS publicou o documento “Basel III: A global regulatory framework for more resilient banks<br />

and banking systems”, <strong>com</strong>plementando o Acordo de Basileia II.<br />

Modelos Internos<br />

Mostrando um <strong>com</strong>prometimento integral da alta administração do Itaú Unibanco para atendimento aos<br />

requisitos dos modelos mais avançados, criou-se uma estrutura de governança específica para a<strong>com</strong>panhar<br />

a implantação de Basileia II, na forma de <strong>com</strong>itês que se reúnem periodicamente <strong>com</strong> a participação de todas<br />

as áreas envolvidas nas adequações das estruturas que suportam os padrões de gestão de risco exigidos<br />

pelo Novo Acordo.<br />

O Projeto Basileia II, em consonância <strong>com</strong> o processo de fusão do Itaú e Unibanco, promoveu ainda no<br />

primeiro semestre de 2009 a unificação de conceitos, procedimentos e direcionamento de esforços, a fim de<br />

garantir que as melhores práticas de gestão de riscos fossem adotadas no novo banco.<br />

A estrutura de gerenciamento de riscos também foi revisada, de forma a reafirmar a segregação entre as<br />

atividades de negócio, gestão e controle, assegurando a independência entre as áreas e, consequentemente,<br />

decisões equilibradas <strong>com</strong> relação aos riscos incorridos, atendendo plenamente as exigências da Resolução<br />

3.721 de 30 de abril de 2009 do CMN.<br />

Com o objetivo de garantir os padrões de qualidade para os modelos e processos fundamentais para a<br />

gestão de riscos, o banco conta <strong>com</strong> estruturas independentes de validação de modelos, processos,<br />

governança e tecnologia. Essas áreas têm a responsabilidade de avaliar as metodologias e as práticas<br />

realizadas pela instituição em todas as áreas que contribuem direta ou indiretamente em qualquer etapa dos<br />

processos de crédito, emitindo pareceres e relatórios para as áreas envolvidas e para a alta direção,<br />

contribuindo para a manutenção de sua eficácia.<br />

O projeto de implantação de Basileia II no Itaú Unibanco está estruturado para garantir que essas estruturas<br />

atuem de forma coordenada, <strong>com</strong> metodologias e processos aderentes aos requerimentos de Basileia II e em<br />

Itaú Unibanco<br />

38


Gerenciamento de Riscos – <strong>Circ</strong>ular 3.477<br />

sinergia <strong>com</strong> as necessidades de dados e infraestrutura para implantação do sistema encarregado da<br />

consolidação de informações para calcular o índice de capital para Basileia II.<br />

Convergência entre Basileia II e Modelos Proprietários<br />

O Itaú Unibanco possui histórico de utilização de modelos proprietários, estatísticos ou julgamentais, para<br />

gestão de sua carteira que antecede a própria publicação do Novo Acordo. Esses modelos são<br />

continuamente revisados para manter a eficiência nas decisões estratégicas e de negócio. Dessa forma, os<br />

esforços do Projeto Basileia ocorrem principalmente no sentido de adaptar o que se mostrar necessário aos<br />

padrões e requisitos impostos para utilização no cálculo do capital regulatório, sem, contudo, distanciá-los de<br />

seus principais objetivos de gestão interna.<br />

No risco de crédito, observa-se convergência do modelo interno de alocação de capital às principais<br />

exigências de Basileia II, pela adoção das mesmas premissas básicas de entrada de dados, tais <strong>com</strong>o<br />

classificação interna do cliente, probabilidade de default, taxa de recuperação de créditos vencidos, potencial<br />

de perdas de limites de crédito concedidos e não utilizados, mitigadores de risco e maturidade das<br />

operações.<br />

Quanto ao risco operacional, a partir de 1º de julho de 2008, entrou em vigor a legislação do BACEN<br />

obrigando as instituições financeiras a alocar capital para risco operacional. O Itaú Unibanco optou pela<br />

utilização da Abordagem Padronizada Alternativa e pretende passar a utilizar a Abordagem Avançada de<br />

Mensuração conforme o cronograma regulamentar do BACEN de candidatura à adoção do método<br />

avançado.<br />

Além do capital regulatório e <strong>com</strong> o objetivo de se preparar para implantação do método avançado, o Itaú<br />

Unibanco utiliza modelos gerenciais integrados à gestão e também modelos estatísticos baseados em<br />

distribuições de perdas para avaliação econômica por linha de negócios, permitindo a alocação de capital<br />

para perdas não esperadas.<br />

No risco de mercado, os trabalhos para convergência entre Basileia II e modelos proprietários têm foco<br />

primordial no aprimoramento da governança, da estrutura tecnológica e da qualidade da geração de<br />

informações para controle e gestão. Neste contexto, o Itaú Unibanco busca constantemente aplicar as<br />

melhores práticas de mercado, bem <strong>com</strong>o realizar consultas e visitas junto a instituições internacionais<br />

consideradas <strong>com</strong>o referência, de forma a se adequar às necessidades de controle para dar suporte à<br />

expansão de negócios.<br />

O Itaú Unibanco tem investido para aprimorar a capacidade e robustez de sua plataforma tecnológica de<br />

controle de riscos para suportar o volume e a <strong>com</strong>plexidade crescente de suas operações, bem <strong>com</strong>o as<br />

constantes evoluções nos produtos de tesouraria. Adicionalmente, desenvolve projetos que visam a atender<br />

às re<strong>com</strong>endações do Novo Acordo de Basileia e do BACEN.<br />

Basileia III<br />

Aprovado pelos membros do Comitê de Supervisão Bancária de Basileia durante a reunião do G20 em Seul,<br />

em setembro de 2010, o novo acordo (BIS III) foi firmado para reforçar a solidez das instituições financeiras,<br />

melhorar a capacidade do setor bancário de absorver choques decorrentes de crises e cenários de estresse<br />

observados durante a última crise financeira global, sem que o impacto seja repassado à economia real,<br />

promovendo a resiliência do sistema financeiro. No Brasil, o Comunicado nº 20.615 de 17 de fevereiro de<br />

2011 emitido pelo BACEN, participa ao mercado que a exigência de capital entra em vigor, gradualmente, a<br />

partir de 2013 <strong>com</strong> implantação total em 2019.<br />

O Itaú Unibanco possui participação ativa nas discussões e estudos de Basileia III no Brasil e exterior, junto<br />

ao BACEN e a Federação Brasileira dos Bancos (FEBRABAN).<br />

Itaú Unibanco<br />

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Gerenciamento de Riscos – <strong>Circ</strong>ular 3.477<br />

4 Suficiência de Capital<br />

O Itaú Unibanco mantém níveis adequados de PR frente ao PRE, que é o requisito regulatório mínimo.<br />

Realizamos sistematicamente a <strong>com</strong>paração deste requisito mínimo <strong>com</strong> nossas estimativas internas de<br />

capital econômico requerido e concluímos que o PRE é, em agregado, suficiente frente aos riscos incorridos,<br />

inclusive os não diretamente abrangidos pelas parcelas do PRE.<br />

Visando a garantir a solidez da instituição e a disponibilidade de capital para suportar o crescimento dos<br />

negócios, mantemos níveis de PR bem acima do mínimo, conforme se observa no Índice de Basileia.<br />

Portanto, nossos níveis de capital são mais que suficientes frentes aos riscos.<br />

O índice de imobilização indica o percentual de <strong>com</strong>prometimento do PR <strong>com</strong> o ativo permanente<br />

imobilizado. O Itaú Unibanco está enquadrado no limite máximo de 50% do Patrimônio de Referência<br />

Ajustado, fixado pelo BACEN.<br />

A diferença entre o Índice de Imobilização do Consolidado Operacional e do Econômico-Financeiro decorre<br />

da inclusão de empresas controladas não financeiras que dispõem de elevada liquidez e baixo nível de<br />

imobilização, <strong>com</strong> consequente redução do índice de imobilização do Consolidado Econômico-Financeiro e<br />

possibilitando, quando necessário, distribuição de recursos para as empresas financeiras.<br />

Itaú Unibanco<br />

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