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aula_7_Anomalias_geo..

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<strong>Anomalias</strong> <strong>geo</strong>químicas<br />

parte 1<br />

Cap. 11, 12, 14, 15 - Rose,<br />

Hawkes and Webb (1979)<br />

Cap. 8 – Licht, 1998


Anomalia <strong>geo</strong>quimica<br />

• Anomalia, por definição, é um desvio da<br />

norma (Rose, Hawkes and Webb, 1979)


Distribuição <strong>geo</strong>química dos<br />

elementos<br />

Rochas, solos, outros materiais.<br />

• Somatório dos processos de<br />

movimentação dos materiais, reflete:<br />

• Presença de certos litotipos<br />

• Processos hipogênicos (hidrotermalismo),<br />

• Processos superficiais (Intemperismo,<br />

erosão),<br />

• Processos pedogenéticos


Modelo simplificado do processo de formação dos principais tipos de<br />

<strong>Anomalias</strong> <strong>geo</strong>químicas de ambiente supergênico.<br />

O objetivo principal da prospecção<br />

<strong>geo</strong>química é a identificação de feições ou<br />

modelos relacionados às mineralização !!!!


Distribuição <strong>geo</strong>química dos<br />

elementos<br />

• Clarke – teor médio de um elemento em um<br />

corpo qualquer; por exemplo, a crosta ou a<br />

litosfera.(“datum global”)<br />

Idéia original é que seria fixado como o nível<br />

do mar para a topografia. Seria ótimo!<br />

• Teor de fundo (background) – teor médio de<br />

um elemento em materiais <strong>geo</strong>lógicos não<br />

mineralizados.


Cr<br />

Teor de fundo<br />

• Faixa de variação<br />

de teores<br />

• Varia amplamente<br />

com os litotipos<br />

• Pien, > Cr, Ni, Co<br />

• Granitos > Li, Rb<br />

• Varia mais<br />

intensamente ainda<br />

com a pedogênese<br />

Ni<br />

Cu<br />

Co<br />

Perfil <strong>geo</strong>lógico-<strong>geo</strong>químico na área<br />

de Piên, Paraná (CPRM, 1980).<br />

Granito Básica Ultrabásica aluvião


Granitóides da Antiforme Setuva<br />

1000<br />

Nb<br />

SiO2 x Nb<br />

Syn-COLG<br />

Pos-COLG<br />

WPG<br />

60<br />

100<br />

50<br />

40<br />

Rb<br />

Nb<br />

30<br />

Série1<br />

20<br />

10<br />

10<br />

0<br />

60,00 65,00 70,00 75,00 80,00<br />

SiO2<br />

1<br />

VAG<br />

ORG<br />

1 10 100 1000<br />

Y+Nb<br />

SiO 2<br />

Pearce


Médias e amplitudes dos teores dos principais elementos<br />

Menores em rochas normais


Amplitude da variação dos elementos maiores e traços no solo. (Fletcher, 1981).


Anomalia<br />

• Desvio da normalidade<br />

Anomalia Geoquímica<br />

• Desvio dos padrões <strong>geo</strong>químicos normais


Anomalia Geoquímica<br />

• Teores anormalmente altos ou baixos de<br />

um elemento ou combinação de<br />

elementos, ou<br />

• Uma distribuição espacial anormal de um<br />

elemento ou combinação de elementos<br />

(em um tipo de amostra particular, em um<br />

ambiente específico, determinado por uma<br />

técnica analítica específica (Govett, 1983).


Tipo<br />

• Fração granulométrica<br />

• Suspensóides<br />

• Folha<br />

• Caule<br />

• Pêlo<br />

• Pele<br />

• Vísceras<br />

• Poeira


Tipos de anomalias<br />

• Lito<strong>geo</strong>químicas - rocha<br />

• Pedo<strong>geo</strong>químicas – solos<br />

• Hidro<strong>geo</strong>químicas – superficiais e<br />

subterrâneas<br />

• Bio<strong>geo</strong>químicas – seres vivos<br />

• Atmo<strong>geo</strong>químicas - gases<br />

• Relativas aos sedimentos de drenagem


<strong>Anomalias</strong> <strong>geo</strong>químicas<br />

Relacionadas a mineralização<br />

• Depósito mineral é um fenômeno anormal da<br />

natureza, sendo considerado uma anomalia<br />

<strong>geo</strong>química.<br />

• Significativas (positivas) – relacionadas com<br />

mineralizações e com teores maiores que os<br />

teores de fundo.<br />

• <strong>Anomalias</strong> não-significativas - <strong>Anomalias</strong> não<br />

relacionadas com a mineralização.


Limiar (threshold)<br />

• Valor acima do qual uma determinada<br />

amostra é considerada anômala.<br />

• Limiar é o limite superior das variações do<br />

teor de fundo (russos).


• Limiares local e regional<br />

são de grande auxílio na<br />

prospecção:<br />

• alvos para trabalho de<br />

detalhe imediatos<br />

Pb<br />

• áreas para novas<br />

amostragem<br />

Limiar<br />

regional<br />

Limiar<br />

Limiar<br />

Local<br />

Teor de fundo<br />

regional<br />

Comparação do teor de fundo regional com o Membro Vargas com o<br />

teor de fundo da jazida Santa Maria (Licht, 2000)


Contraste<br />

C = T/F<br />

C = T/L<br />

• Onde:<br />

C=contraste<br />

T= teor anômalo<br />

F=teor de fundo<br />

L=limiar<br />

O contraste (C) de uma anomalia<br />

(T) expressa a sua intensidade,<br />

sob a forma de uma razão que a<br />

relaciona com o teor de fundo (F)<br />

ou limiar (L).<br />

Identificar qual o valor de referência...


<strong>Anomalias</strong> não-relacionadas a<br />

depósitos minerais<br />

• Litotipos com altos teores de fundo<br />

• Contaminação antrópica<br />

• Erros de amostragem<br />

• Erros analíticos


1. Litotipos com altos teores de fundo<br />

Pb<br />

ppm<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

18<br />

Pb<br />

29<br />

13<br />

Jazida<br />

Santa Maria<br />

Teores de fundo em Pb de três unidades litoestratigráficas<br />

diversas na região das minas do camaquã, CBC.<br />

Outros elementos ocorrem nos litotipos de alto teor de fundo,<br />

em associações diferentes dos corpos mineralizados.


1. Litotipos com altos teores de fundo<br />

- Ultramáficas (peridotitos, serp, kimberlitos):<br />

>> Cr, Co, Ni, Mg ⇒ com intemperismo?<br />

• esmectita no solo (alta CTC)<br />

• vegetação atrofiada por carência em K.


1. Outros litotipos com altos teores de<br />

fundo a serem lembrados<br />

- Folhelhos negros >> As, Cu, Pb, Mo, Ag, V, U, Zn.<br />

- Fosforita >> P, V, U, Mo, Zn<br />

- Carbonatito >> P, Ti, Zr, Nb, ETR.<br />

- Rochas básicas >> Fe, Ti, Cu.<br />

Intemperismo de: r. carbonatadas<br />

folhelhos py<br />

-Problema do pH: em ambiente alcalino x ácido


2. Erros de amostragem<br />

• Muito difícil de discriminar ou prevenir.<br />

• Pessoal pouco capacitado.<br />

• Enriquecimento natural de metais:<br />

– M. O. em horizonte rico em humus<br />

– Horizonte limonítico de solos podzólicos<br />

– Materiais clásticos com elevado CTC.<br />

– Enriquecimento de metais em zona de surgência


2. Erros de amostragem<br />

Amostragem de solo<br />

coletadas em<br />

profundidade<br />

constante e<br />

principalmente no<br />

horizonte A (Elliot, in:<br />

Licht, 2000)<br />

Amostragem no<br />

horizonte A


2. Erros de amostragem<br />

Amostragem de solo<br />

em profundidade<br />

constante e no<br />

horizonte correto;<br />

(Elliot, in: Licht,<br />

2000)<br />

Re-amostragem<br />

no horizonte B


3. Contaminação Antrópica<br />

• Rejeitos de minas<br />

• Rejeitos de operações de fundição ►<br />

• Fertilizantes<br />

• Pesticidas<br />

• Defensivos agrícolas ricos em metais<br />

• Fumaças industriais e residenciais<br />

• Efluentes líquidos<br />

• Resíduos sólidos


3. Contaminação Antrópica<br />

• Dispersão pode ocorrer por:<br />

• Movimento gravitacional de partículas sólidas por<br />

ar ou solução aquosa:<br />

– Ambiente clástico - forma compostos diferentes<br />

– Hidromórfico<br />

– biogênico<br />

Difícil identificar se o metal teve origem<br />

Natural ou artificial.<br />

• As anomalias antrópicas, por fornos de fundição, jogadas como<br />

fertilizante atingem poucos metros abaixo da superfície. 40m.


3.Contaminação Antrópica<br />

A fonte da contaminação é restrita aos<br />

ambientes superficiais!<br />

Contaminação ao<br />

longo do leito de uma<br />

ferrovia abandonada<br />

e que serviu ao<br />

transporte de<br />

concentrado de cobre<br />

das minas de<br />

Camaquã (RS). Notar<br />

o alinhamento de<br />

pontos anômalos<br />

seguindo o traçado<br />

da estrada. (Licht,<br />

2000) . ◄


4. Erros analíticos<br />

• <strong>Anomalias</strong> sem qualquer significado.<br />

• Valores erráticos isolados são suspeitos<br />

– Re-analisar pela mesma técnica e no mesmo<br />

laboratório.<br />

• Método de proteção:<br />

Sistema de análise duplicada de amostras<br />

padrão, aleatoriamente distribuída no lote.


Anomalia no ambiente<br />

supergênico


1. Forma das feições anômala<br />

2. Na cobertura residual<br />

3. Na cobertura transportada<br />

Anomalia<br />

de solo<br />

4. Nas águas naturais<br />

<strong>Anomalias</strong> hidro<strong>geo</strong>químicas<br />

5. Nos sedimentos de drenagem


• Clásticas<br />

<strong>Anomalias</strong> no ambiente<br />

supergênico<br />

• Hidromórficas<br />

• Biogênicas<br />

Singenética<br />

• Hidromórficas<br />

• Biogênicas<br />

epigenética


Padrões<br />

1. Sobrejacente – em cima da anomalia –<br />

por sobrecarga de sedimento<br />

• Halos – sobrejacente simetricamente<br />

distribuído sob a fonte.<br />

2. Deslocada - assimetria<br />

• Leque –movimento direcionado a partir da<br />

fonte gera assimetria<br />

• Cauda – canal restrito<br />

3. Contraste - Intensa ou difusa


Classificação:<br />

Sobrecarga residual<br />

Relação à fonte:<br />

Posição?<br />

Formato?<br />

Sobrecarga residual<br />

Em relação teores:<br />

Intensidade (contraste)<br />

Intensa? Difusa?<br />

Homogênea?<br />

Heterogênea?<br />

aluvião<br />

Feições singenéticas<br />

clásticas


Forma das Feições anômalas<br />

Feições epigenéticas em sobrecarga transportada<br />

biogênicas<br />

hidromórficas<br />

- Dispersão tipo cauda linear –<br />

fluxo canalizado (drenagem)<br />

Dispersão subterrânea – forma<br />

de leque


Padrões de dispersão em rios

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