Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
A FAMÍLIA <strong>FORLI</strong><<strong>br</strong> />
Mapa da Itália <strong>com</strong> destaque da Toscana e símbolo da Toscana.<<strong>br</strong> />
Notar que a Itália tem a forma de uma bota. Na ponta da bota está a Sicília<<strong>br</strong> />
e a ilha grande que está a esquerda, no Mar Tirreno é a Sardenha.<<strong>br</strong> />
1
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
A FAMÍLIA <strong>FORLI</strong><<strong>br</strong> />
Foto: tio Bruno, Nono e Plinio<<strong>br</strong> />
Titulo: A Família Forli<<strong>br</strong> />
Livro eletrônico em A4, arial, 10.<<strong>br</strong> />
02 de fevereiro de 2002<<strong>br</strong> />
Editor: Plínio Tomaz<<strong>br</strong> />
Autor: Eng Plínio Tomaz<<strong>br</strong> />
Revisão: Eng Plínio Tomaz<<strong>br</strong> />
Composição e diagramação: Eng Plínio Tomaz<<strong>br</strong> />
ISBN:<<strong>br</strong> />
2
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Plínio Tomaz, 2005<<strong>br</strong> />
3
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Introdução<<strong>br</strong> />
O Sr. Giuseppe Forli ou José Forli, foi o meu avô por parte da<<strong>br</strong> />
minha mãe. As crianças o chamavam de nònno. Desde criança<<strong>br</strong> />
aprendemos a cantar as músicas italianas de guerra e<<strong>br</strong> />
tradicionais.<<strong>br</strong> />
Era freqüente o nònno se sentar e contar as suas<<strong>br</strong> />
intermináveis estórias das guerras que tinha participado, sendo<<strong>br</strong> />
que todos ficávamos ouvindo atentamente.<<strong>br</strong> />
Gostaria de ter escrito um livro da vida do nònno quando o<<strong>br</strong> />
mesmo estava vivo. Escrevo estas <strong>br</strong>eves informações colhidas<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> minha mãe Eugênia, Tia Nina e Tio Ivo. Li alguns livros em<<strong>br</strong> />
inglês e português para melhor entender a história da Itália, e<<strong>br</strong> />
dar aos nossos parentes uma visão da região onde nossos<<strong>br</strong> />
parentes moraram.<<strong>br</strong> />
Não pode deixar de lado, a influência do fascismo so<strong>br</strong>e a<<strong>br</strong> />
família, que foi a causa da mudança para o Brasil. O Tio Olivo,<<strong>br</strong> />
mais conhecido <strong>com</strong>o Tio Ivo, me forneceu vários livros so<strong>br</strong>e a<<strong>br</strong> />
Itália, sendo que o agradeço muito e inúmeras informações das<<strong>br</strong> />
pesquisas que ele fez so<strong>br</strong>e a família na embaixada Italiana em<<strong>br</strong> />
São Paulo.<<strong>br</strong> />
É interessante observar a ascensão social da família, que de<<strong>br</strong> />
camponeses hoje são praticamente de profissionais liberais.<<strong>br</strong> />
Guarulhos, 02 de fevereiro de 2002<<strong>br</strong> />
Plínio Tomaz<<strong>br</strong> />
4
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Os Etruscos<<strong>br</strong> />
A origem da família Forli está localizada na Toscana, parte<<strong>br</strong> />
norte da Itália, muito importante na formação da raça italiana<<strong>br</strong> />
onde habitavam os Etruscos.<<strong>br</strong> />
Nesta região da Toscana, era chamada de Etrúria pelos<<strong>br</strong> />
romanos. Nela viveram os Etruscos.<<strong>br</strong> />
Os Etruscos vieram para a Itália 1200 aC, sendo a sua<<strong>br</strong> />
origem bastante controvertida. Uma delas é descendência dos<<strong>br</strong> />
antigos troianos, pois segundo o historiador grego do quinto<<strong>br</strong> />
século Heródoto, os Lídios tinham emigrado para a Itália, vindo<<strong>br</strong> />
da Ásia Menor, para escapar da fome e dele se originou os<<strong>br</strong> />
Etruscos.<<strong>br</strong> />
A língua falada pelos Etruscos não é de maneira nenhuma<<strong>br</strong> />
uma língua indo-européia, e sim a língua grega falado na Ilha de<<strong>br</strong> />
Lemnos, que fica em frente a antiga cidade de Tróia nos períodos<<strong>br</strong> />
pré-gregos. Os gregos chamavam os Etruscos de Tirrenos, isto é,<<strong>br</strong> />
habitantes da Tirrênia e <strong>com</strong>o os etruscos dominavam a região<<strong>br</strong> />
do mar em frente a Toscana juntamente <strong>com</strong> os Cartagineses, daí<<strong>br</strong> />
o nome de Mar Tirreno.<<strong>br</strong> />
Os Romanos os chamavam de Etruscos ou Tusci (daí o nome<<strong>br</strong> />
mais tarde de Toscana). Após os romanos dominarem os<<strong>br</strong> />
Etruscos, a região por eles habitada recebeu o nome de Etrúria,<<strong>br</strong> />
sendo mais tarde chamada de Toscana.<<strong>br</strong> />
5
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Os Etruscos tinham conhecimento bem profundo de<<strong>br</strong> />
engenharia de construção de drenagens, estradas e edifícios. As<<strong>br</strong> />
casas eram feitas de madeira e tijolos de barro, <strong>com</strong> dois<<strong>br</strong> />
pavimentos e <strong>com</strong> telhados de duas águas. As cidades construídas<<strong>br</strong> />
pelos Etruscos eram cuidadosamente planejadas, sendo o<<strong>br</strong> />
arruamento feito em malhas ortogonais, a exemplo das cidades<<strong>br</strong> />
modernas.<<strong>br</strong> />
O alfabeto Etrusco é bem semelhante ao alfabeto romano,<<strong>br</strong> />
que dele se originou. Segundo Malet e Isaac,1942, os etruscos<<strong>br</strong> />
embora tivessem vindo da região da Grécia, não se pareciam <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
os gregos e nem <strong>com</strong> os latinos. Os etruscos eram baixos, obesos,<<strong>br</strong> />
fortes, nariz curvo, peito largo, cor morena e cabelos ondulados.<<strong>br</strong> />
Os Etruscos adoravam vários deuses, mas o principal era<<strong>br</strong> />
uma tríade de deuses, que foram também adotados pelos<<strong>br</strong> />
romanos: Júpiter, Juno e Minerva.<<strong>br</strong> />
Os Etruscos cremavam os corpos dos mortos e enterravam<<strong>br</strong> />
as cinzas, costume também mais tarde adotado pelos romanos.<<strong>br</strong> />
Para prever o futuro retiravam o fígado de animais e faziam as<<strong>br</strong> />
previsões, sendo também este costume adotado pelos romanos.<<strong>br</strong> />
Faziam sacrifícios humanos para agradar os deuses e faziam os<<strong>br</strong> />
prisioneiros de guerra a lutarem em duelos mortais, que também<<strong>br</strong> />
foi adotado pelos romanos.<<strong>br</strong> />
As porcelanas etruscas eram principalmente importadas da<<strong>br</strong> />
Grécia sendo algumas feitas por eles. Trabalhavam <strong>com</strong> metais<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> bastante perfeição. Toda a arte etrusca era influenciado<<strong>br</strong> />
pelos Gregos, mas mesmo assim os etruscos acabaram produzindo<<strong>br</strong> />
estilos <strong>com</strong>pletamente diferentes e originais.<<strong>br</strong> />
Os etruscos viviam da agricultura, caça e pesca bem <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />
da exploração de depósitos minerais <strong>com</strong>o co<strong>br</strong>e, ferro e pedras<<strong>br</strong> />
6
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
de construção. Tinham <strong>com</strong>ercio alem dos gregos <strong>com</strong> os Fenícios<<strong>br</strong> />
e <strong>com</strong> os Cartagineses.<<strong>br</strong> />
Uma elite rígida, controlava toda a sociedade etrusca. Os<<strong>br</strong> />
líderes carregavam <strong>com</strong>o símbolo do poder, feixes de varas<<strong>br</strong> />
(fasci, daí surgiu o nome fascismo), costume esse também<<strong>br</strong> />
adotado pelos romanos.<<strong>br</strong> />
Cada cidade Etrusca era independente uma da outra, mas<<strong>br</strong> />
eram ligadas uma as outras através da Liga Etrusca, onde faziam<<strong>br</strong> />
reuniões em tempos e lugares <strong>com</strong>binados.<<strong>br</strong> />
No sexto século aC os etruscos dominaram Roma e quase<<strong>br</strong> />
toda a Itália, sendo a primeira tentativa de unificação. A cidade<<strong>br</strong> />
de Roma teve três reis etruscos, que foram Lucius Tarquinius<<strong>br</strong> />
Priscus (616-579 aC), Servius Tullius (578-535 aC) e Tarquinius<<strong>br</strong> />
Superbus (534-510 aC).<<strong>br</strong> />
Varias foram as construções dos etruscos em Roma, tais<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o o Fórum Romano, os templos dedicados a deusa Diana, a<<strong>br</strong> />
Júpiter e outros. Em 506 aC os etruscos foram derrotados pelos<<strong>br</strong> />
romanos, sendo que daí <strong>com</strong>eçou o declínio dos Etruscos na Itália.<<strong>br</strong> />
Em 474 aC os etruscos perderam o poder naval na batalha<<strong>br</strong> />
de Cumae. Em 265 aC os etruscos perderam a sua última cidade<<strong>br</strong> />
para os romanos. A região então ocupada pelos etruscos passouse<<strong>br</strong> />
a chamar Etrúria.<<strong>br</strong> />
7
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Os Romanos<<strong>br</strong> />
O período dos romanos pode ser dividido em três fases: na<<strong>br</strong> />
primeira fase temos a era monárquica que se deu em 510 aC. A<<strong>br</strong> />
segunda a fase é da república em 509 a 31 aC e a terceira fase é<<strong>br</strong> />
o Império que se deu de 31 aC a 476 aD, quando acabou<<strong>br</strong> />
finalmente o domínio romano.<<strong>br</strong> />
Os romanos são demais conhecidos e formaram o maior<<strong>br</strong> />
império do mundo. Os historiadores modernos ainda hoje<<strong>br</strong> />
examinam as causas da queda do império romano, para servir de<<strong>br</strong> />
lição aos governos atuais. Os romanos dominaram todo o águas<<strong>br</strong> />
banhadas pelo Mar Mediterrâneo, que era chamado por eles de<<strong>br</strong> />
Mare Nostrum.<<strong>br</strong> />
Os aquedutos romanos sempre foram o<strong>br</strong>as que<<strong>br</strong> />
impressionaram a humanidade. Existem aquedutos <strong>com</strong> cerca de<<strong>br</strong> />
80 quilômetros de <strong>com</strong>primento, sendo parte em túneis, e parte<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e arcos feito de pedras.<<strong>br</strong> />
As estradas romanas eram famosas. Havia estradas de<<strong>br</strong> />
norte a sul de toda a Itália.<<strong>br</strong> />
8
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
A Língua Italiana<<strong>br</strong> />
As línguas faladas na Europa e na Ásia são denominados de<<strong>br</strong> />
línguas indo-européias. Assim o inglês, russo, albanês, grego,<<strong>br</strong> />
hindi, persa, armênio ou curdo são línguas indo-européias.<<strong>br</strong> />
As línguas indo-européias são divididas em quatro grandes<<strong>br</strong> />
grupos: helênico, românico, germânico e céltico.<<strong>br</strong> />
No grupo helênico temos o grego, que é a língua oficial da<<strong>br</strong> />
Grécia. No grupo românico temos as línguas derivadas do romano,<<strong>br</strong> />
que são o italiano, o sardo , o francês, o espanhol, o catalão, o<<strong>br</strong> />
galego, o aranês e o português.<<strong>br</strong> />
No grupo germânico temos o inglês, o alemão, o neerlandês,<<strong>br</strong> />
o luxemburguês, o dinamarquês e o feróico,.<<strong>br</strong> />
No grupo céltico temos o irlandês e o galês.<<strong>br</strong> />
Nos interessa é a Itália, pais <strong>com</strong> cerca de 60 milhões de<<strong>br</strong> />
habitantes, cuja língua oficial é o italiano, que é a língua falada na<<strong>br</strong> />
Toscana.<<strong>br</strong> />
O interessante é saber que o dialeto é uma língua. Na<<strong>br</strong> />
Itália temos os dialetos piemontês, lombardo, genovês,<<strong>br</strong> />
veneziano, emiliano-espanhol, marquesão, úm<strong>br</strong>io, toscano,<<strong>br</strong> />
romanesco, a<strong>br</strong>uzo, napolitano, salentino, cala<strong>br</strong>ês, siciliano e<<strong>br</strong> />
sardo.<<strong>br</strong> />
O grandes divulgadores da linguagem toscana foram os<<strong>br</strong> />
italianos Jacopo da Lentini, Petrarca, Tasso e Michelângelo.<<strong>br</strong> />
Dante Alligieri que escreveu a Divina Comedia, juntamente <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />
poeta Petrarca, foram os responsáveis pela divulgação do toscano<<strong>br</strong> />
por toda a Itália.<<strong>br</strong> />
No século XVI a cultura italiana tornou-se européia. Era<<strong>br</strong> />
sinal de refinamento e distinção falar-se o italiano. Assim a<<strong>br</strong> />
rainha da Inglaterra Elisabeth escrevia facilmente em italiano. O<<strong>br</strong> />
escritor francês Montaigne que esteve nos Bagni de Luca,<<strong>br</strong> />
escreveu seu diário em italiano.<<strong>br</strong> />
9
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
É interessante se ver na Itália, que para designar o termo<<strong>br</strong> />
menino se usam diferentes palavras. Em Nápoles usa-se o termo<<strong>br</strong> />
guaglione e na Toscana, bimbo.<<strong>br</strong> />
Fala-se a palavra menino<<strong>br</strong> />
Cit<<strong>br</strong> />
Bagai<<strong>br</strong> />
Toso ou putelo<<strong>br</strong> />
Burdel<<strong>br</strong> />
Bimbo<<strong>br</strong> />
Quatraro<<strong>br</strong> />
Guaglione<<strong>br</strong> />
Picciotto ou caruso<<strong>br</strong> />
Falado na região de<<strong>br</strong> />
Piemonte<<strong>br</strong> />
Lombardia<<strong>br</strong> />
Veneza<<strong>br</strong> />
Emília<<strong>br</strong> />
Toscana<<strong>br</strong> />
A<strong>br</strong>uzos<<strong>br</strong> />
Nápoles<<strong>br</strong> />
Sicília<<strong>br</strong> />
A palavra melancia também possui vários nomes diferentes.<<strong>br</strong> />
Na Toscana chama-se popone, zatta ou co<strong>com</strong>ero. Lem<strong>br</strong>o bem<<strong>br</strong> />
que a Eugênia ria muito dos co<strong>com</strong>eros nos filmes italianos. Na<<strong>br</strong> />
região de Genova, chama-se pateca ou zucca pateca. No sul da<<strong>br</strong> />
Itália, chama-se melone dácqua ou cetriolo.<<strong>br</strong> />
Em 1991 foi feito pesquisa na Itália que indicou que 85%<<strong>br</strong> />
dos Italianos abandonaram o dialeto local e falam a língua oficial,<<strong>br</strong> />
que é o toscano. Onde mais falam os dialetos são na região de<<strong>br</strong> />
Vêneto, na Sicília, na Campânia, nos A<strong>br</strong>uzos e na Sardenha.<<strong>br</strong> />
Em 1875 <strong>com</strong>eçou a imigração de italianos para o Brasil e<<strong>br</strong> />
hoje há cerca de 60 milhões de italianos e descendentes em<<strong>br</strong> />
terras <strong>br</strong>asileiras.<<strong>br</strong> />
10
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Artistas, Poetas, Inventores e Escritores da Toscana<<strong>br</strong> />
Na região da Toscana nasceu Machiavelli (1469-1527) que<<strong>br</strong> />
inspirado em Cesare Borgia escreveu em 1532 o livro Il Principe.<<strong>br</strong> />
Quem quiser entender os políticos <strong>br</strong>asileiros têm que ler o livro<<strong>br</strong> />
“O Príncipe” de Maquiavel.<<strong>br</strong> />
Galileo Galilei viveu em 1534-1642 foi professor na<<strong>br</strong> />
Universidade de Pisa e realizou suas experiências so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />
lançamentos dos corpos na Torre de Pisa, desbancando as<<strong>br</strong> />
teorias de Aristóteles. Fez suas observações so<strong>br</strong>e o pêndulo da<<strong>br</strong> />
igreja e fez as suas teorias que revolucionaram toda a física no<<strong>br</strong> />
mundo, observando o movimento uniforme das manchas solares,<<strong>br</strong> />
dando origem as leis fundamentais da física, conforme afirma<<strong>br</strong> />
Eisntein.<<strong>br</strong> />
Viveram grandes artistas <strong>com</strong>o Michelangelo Buonarroti,<<strong>br</strong> />
Raphael, Giotto, Donatello, Leonardo da Vinci e poetas <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />
Petrarca (1304-1374). Muitos não sabem que Camões imitou<<strong>br</strong> />
Francesco Petrarca.<<strong>br</strong> />
O mais famoso soneto da língua portuguesa ‘Alma minha<<strong>br</strong> />
gentil que te partiste...ӎ uma copia do soneto de Petrarca que<<strong>br</strong> />
está no livro Le Rime di Francesco Petrarca, que <strong>com</strong>prei na<<strong>br</strong> />
Italia e que diz “Questa anima gentil che si diparte...”<<strong>br</strong> />
11
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Cidades Importantes na Toscana<<strong>br</strong> />
As cidades mais importantes na Toscana, são: Florença que<<strong>br</strong> />
é praticamente a capital, Pisa, cuja universidade é das mais<<strong>br</strong> />
antigas da Itália, Luca, Viaregio, e finalmente Castelnuovo, onde<<strong>br</strong> />
se originou a família Forli.<<strong>br</strong> />
Il Risorgimento<<strong>br</strong> />
Para se entender bem a região onde moraram a família Forli<<strong>br</strong> />
e demais famílias italianas, não se pode fugir de se falar no Il<<strong>br</strong> />
Risorgimento.<<strong>br</strong> />
No século dezenove surge na Itália um movimento de<<strong>br</strong> />
unificação do povo italiano, chamado Il Risorgimento, que seria<<strong>br</strong> />
um novo despertar da Itália. Para se ter uma idéia da importância<<strong>br</strong> />
do Risorgimento, o chanceler da Áustria, o príncipe Metternich<<strong>br</strong> />
afirmou categoricamente: A Itália não existe.<<strong>br</strong> />
Foram fundadas sociedades secretas semelhantes a<<strong>br</strong> />
maçonaria, que muito lutaram pela unificação da Itália. Três<<strong>br</strong> />
delas são bastantes importantes: A sociedade secreta Adelfia no<<strong>br</strong> />
norte da Itália, a Guélfia nos estados dominados pelo Papa e os<<strong>br</strong> />
Carbonari ao Sul. Dentre os Carbonari se destaca o seu maior<<strong>br</strong> />
expoente: Garibaldi. Os dias de submissão dos italianos aos povos<<strong>br</strong> />
estrangeiros estava chegando ao fim.<<strong>br</strong> />
Giuseppe Mazzini (1805-1872) é considerado o pai da nação<<strong>br</strong> />
italiana. Mazzini criou o movimento a Jovem Itália, entrando para<<strong>br</strong> />
o mesmo o destemido Garibaldi, que foi forçado ao exílio e veio<<strong>br</strong> />
para o Brasil.<<strong>br</strong> />
Garibaldi nasceu em Nice em 4 de julho de 1807, que hoje<<strong>br</strong> />
pertence a França, mas naquele tempo pertencia ao Piemonte,<<strong>br</strong> />
12
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
fazendo parte portanto da Itália. Em 1835 foi para o Rio de<<strong>br</strong> />
Janeiro. No Rio Grande do Sul lutou a favor dos revolucionários<<strong>br</strong> />
contra o governo <strong>br</strong>asileiro e foi derrotado. Amasiou-se <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />
<strong>br</strong>asileira Anita Garibaldi <strong>com</strong> quem teve três filhos.<<strong>br</strong> />
Lutou pela independência de Santa Catarina. Trabalhou em<<strong>br</strong> />
Montevidéu no Uruguai <strong>com</strong>o vendedor. Depois foi para New<<strong>br</strong> />
York, China, Austrália e enfim voltou para a Itália, onde fez um<<strong>br</strong> />
grupo de voluntários denominados “ Il Mille” isto é, “Os mil” e<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> eles <strong>com</strong>eçou a unificação da Itália, <strong>com</strong> a campanha de “Um<<strong>br</strong> />
Milhão de Rifles”.<<strong>br</strong> />
Em 1860 Garibaldi desembarcou em Marsala <strong>com</strong> 1.000<<strong>br</strong> />
voluntários. Palermo se rendeu e a Sicília caiu e assim conquistou<<strong>br</strong> />
em seguida Nápoles, oferecendo metade do reino a Vittorio<<strong>br</strong> />
Emanuele do Piemonte. Anita Garibaldi morreu de exaustão na<<strong>br</strong> />
Itália e depois Garibaldi teve mais duas mulheres. Em 1861<<strong>br</strong> />
Vittorio Emanuele foi aclamado rei da Itália.<<strong>br</strong> />
Garibaldi foi ajudado também pelo céle<strong>br</strong>e Conde Camillo di<<strong>br</strong> />
Cavour (1810-1861), que foi primeiro ministro do Piemento.<<strong>br</strong> />
Cavour garantiu que a Casa de Savóia governasse a nova Itália.<<strong>br</strong> />
Foi ele quem lançou o nome Risorgimento<<strong>br</strong> />
Em 20 de setem<strong>br</strong>o de 1870 a cidade eterna (Roma) foi<<strong>br</strong> />
incorporada a Italia, terminando por fim a reunificação italiana.<<strong>br</strong> />
Garibaldi morreu em 2 de junho de 1982, tendo tempo de ver<<strong>br</strong> />
realizado o trabalho que ele tinha <strong>com</strong>eçado.<<strong>br</strong> />
13
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Primeira Guerra Mundial<<strong>br</strong> />
Em 1911 a 1912 a Itália conquistou a Líbia no norte da<<strong>br</strong> />
África. Em 1915 a Itália entrou na Primeira Guerra Mundial. Em<<strong>br</strong> />
1917 a Itália é derrotada na batalha de Caporetto, quando os<<strong>br</strong> />
austríacos e alemães invadiram a Italia e somente pararam no Rio<<strong>br</strong> />
Piave, sendo que no folclore popular havia a canção popular “ Il<<strong>br</strong> />
Piave mormorò...non passa lo straniero” .<<strong>br</strong> />
No outono de 1918 a Itália e as forças aliadas vencem as<<strong>br</strong> />
tropas da Áustria nas batalhas de Piave e de Vittorio Veneto.<<strong>br</strong> />
Em 1919 Mussolini <strong>com</strong>eça a organizar os grupos<<strong>br</strong> />
fascistas. Em 1922 Mussolini marcha so<strong>br</strong>e Roma e toma o poder<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> Primeiro Ministro. Em 1924 Matteoti é assassinado por<<strong>br</strong> />
Mussolini e causa um grande para o mesmo.<<strong>br</strong> />
Na primeira guerra mundial a Itália mobilizou 5 milhões de<<strong>br</strong> />
italianos sendo que morreram 700.000, um custo muito alto para<<strong>br</strong> />
a Itália. Pelo tratado de Versalhes em janeiro de 1920 a Itália<<strong>br</strong> />
conseguiu somente a passagem de Brenner e algum território no<<strong>br</strong> />
norte da África, preparando o ambiente para uma nova guerra,<<strong>br</strong> />
recebendo muito pouco do que tinha sido prometida a ela.<<strong>br</strong> />
14
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Família Forli<<strong>br</strong> />
Giuseppe Forli meu avô do lado materno, Sr. Giuseppe Forli, nasceu no<<strong>br</strong> />
dia 5 de fevereiro de 1890 e morreu em 22 de junho de 1989, <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
mais de 99 anos de idade.<<strong>br</strong> />
Nasceu em Cerretoli (leia-se Cherretoli em português), que<<strong>br</strong> />
é uma espécie de distrito de Castelnuovo da Garfagnana na<<strong>br</strong> />
região da Toscana, Itália. Vi uma espécie de diploma da Scuola<<strong>br</strong> />
Elementare mista di Cerretoli di Comune di Castelnuovo, datada<<strong>br</strong> />
de do ano de 1898.<<strong>br</strong> />
Era alto, forte, <strong>com</strong> boa visão, aspecto bonito e olhos azuis.<<strong>br</strong> />
Aos 19 anos de idade foi para a guerra. Lutou durante dois anos<<strong>br</strong> />
em Trípoli, Líbia na África, onde lutou do lados dos italianos, na<<strong>br</strong> />
arma da artilharia.<<strong>br</strong> />
Contava que na África, os inimigos cortavam o saco dos<<strong>br</strong> />
soldados italianos e penduravam em estacas, nos caminhos que os<<strong>br</strong> />
soldados italianos iam passar, <strong>com</strong> objetivo de impor o terror.<<strong>br</strong> />
15
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Na fotografia acima estão os pais do Sr. Giuseppe Forli. De pé, da esquerda<<strong>br</strong> />
para a direita, estão a Tia Angelina, Tio Pedro e Tia Maria. Sentados estão<<strong>br</strong> />
Anunciata Rossini e Domenico Forli, respectivamente mãe e pai do Sr.<<strong>br</strong> />
Giuseppe Forli. Foto tirada na Itália.<<strong>br</strong> />
Residência do Sr. Giuseppe Forli e Maria Favali Forli<<strong>br</strong> />
Tinham um sitio localizado no bairro de Cerretoli, que<<strong>br</strong> />
pertencia a cidade de Castelnuovo, a qual pertencia a província de<<strong>br</strong> />
Luca na Toscana, Itália.<<strong>br</strong> />
A residência feita de paredes grossas de pedra tinha<<strong>br</strong> />
aproximadamente 500 anos, sendo várias vezes reformada. A<<strong>br</strong> />
Eugênia Forli contava que no porão viam-se armaduras e <strong>br</strong>asões<<strong>br</strong> />
estranhos que não sabiam de quem eram. Provavelmente seriam<<strong>br</strong> />
dos espanhóis que dominaram a Toscana numa certa época.<<strong>br</strong> />
O Élio Mesquita e a Neusa estiveram em Cerretoli, tiraram<<strong>br</strong> />
fotografias e a Leticia Forli Neves, fez vários quadros so<strong>br</strong>e o<<strong>br</strong> />
bairro de Cerretoli. O Giuseppe Forli era agricultor e plantava<<strong>br</strong> />
uva e batatas, que era uma tradição na família.<<strong>br</strong> />
Acima está a fotografia da família Favali. Em pé e da esquerda para a<<strong>br</strong> />
direita estão a Tia Mariana e o marido. Sentados estão Lepanto, neto da Tia<<strong>br</strong> />
Mariana, Angela Iacupini (mãe da Sra. Maria Favali) e Palmiro Favali (pai da<<strong>br</strong> />
16
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Sra. Maria Favali), Rita e a menina Nice. Mais abaixo em primeiro plano<<strong>br</strong> />
estão a prima Ola e a Tia Ancilla.<<strong>br</strong> />
Garfagnana<<strong>br</strong> />
Segundo estimativas da família Forli e Favali, estão na<<strong>br</strong> />
região de montanhas denominada Garfagnana, na Toscana, há<<strong>br</strong> />
mais de 700 anos, remontando o inicio de 1200 a 1300. Segundo o<<strong>br</strong> />
Tio Ivo, pesquisas que foram feitas por parentes nossos na<<strong>br</strong> />
Itália, afirmam que a origem mais longa da família está num povo<<strong>br</strong> />
habitante do sul da França. Pelo que vemos, a família não tem<<strong>br</strong> />
nenhuma descendência dos Etruscos.<<strong>br</strong> />
Quartel General na Segunda Guerra: casa onde nasceu o<<strong>br</strong> />
Giuseppe Forli<<strong>br</strong> />
Conta-se que a casa onde nasceu o Sr. Giuseppe Forli eram<<strong>br</strong> />
uma espécie de fortaleza de pedra, um castelo talvez, sendo que<<strong>br</strong> />
na Segunda guerra mundial, os alemães estabeleceram o quartel<<strong>br</strong> />
general naquela casa. Ficava em Cherotoli.<<strong>br</strong> />
Famílias rivais: Forli e Favali- Festa de Tiro de La Forma<<strong>br</strong> />
As famílias Forli e Favali eram praticamente os fundadores<<strong>br</strong> />
de Cerretoli e disputavam a liderança no bairro de Cerretoli.<<strong>br</strong> />
Havia uma tradicional festa onde tinha um concurso de Tiro de La<<strong>br</strong> />
Forma, ou seja um concurso de queijo. Esta festa era feita<<strong>br</strong> />
depois das festas de maio. Vinham pessoas de todos os bairros<<strong>br</strong> />
vizinhos, <strong>com</strong>o Palorosso, Rontan, Pugnamella, Previ, Gragnanela e<<strong>br</strong> />
outras.<<strong>br</strong> />
17
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Na festa de Tiro de La Forma, os queijos de cada família<<strong>br</strong> />
que disputavam os prêmios, eram enrolados numa faixa de panos<<strong>br</strong> />
e depois eram rolados <strong>com</strong>o bola numa quadra de bocha.<<strong>br</strong> />
Conta-se que os queijos da família Forli eram mais duros e<<strong>br</strong> />
rolavam melhor no chão, ganhando sempre os prêmios, e que os<<strong>br</strong> />
queijos da família Favali eram moles e que<strong>br</strong>avam, e eram<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>idos na hora pelos presentes. No fim todos os queijos eram<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>idos juntamente <strong>com</strong> os vinhos e jogava-se a vontade a<<strong>br</strong> />
denominada mòrra (jogo em que o parceiro procura adivinhar a<<strong>br</strong> />
soma dos dedos abertos do adversário).<<strong>br</strong> />
Festas de Màggio (maio)<<strong>br</strong> />
Como os italianos da Toscana tiveram contados <strong>com</strong> os<<strong>br</strong> />
mouros, embora não foram dominados por eles, haviam festas de<<strong>br</strong> />
concurso de música no estilo mourisco, isto é, árabe. O Sr.<<strong>br</strong> />
Giuseppe era quase sempre o vencedor, nos desafios, que eram<<strong>br</strong> />
chamados de Stornèllo (<strong>com</strong>posição poética de caracter popular),<<strong>br</strong> />
pois tinha uma boa voz.<<strong>br</strong> />
18
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Terras <strong>com</strong>unitárias- La Selve<<strong>br</strong> />
Haviam terras <strong>com</strong>unitárias onde varias famílias plantavam.<<strong>br</strong> />
Havia uma especialidade nas terras. Numa só tinha oliveiras, para<<strong>br</strong> />
fazer depois o azeite de olivas. Noutra se plantavam uvas, para<<strong>br</strong> />
se produzir o vinho. Noutras se plantavam castanhas, para se<<strong>br</strong> />
fazer depois a farinha de castanha, ou seja a polenta de Nêccio.<<strong>br</strong> />
Distâncias<<strong>br</strong> />
Devido a importância de Florence podemos ter as distâncias<<strong>br</strong> />
em quilômetros das seguintes cidades:<<strong>br</strong> />
Viareggio 97 km<<strong>br</strong> />
Pisa 83 km<<strong>br</strong> />
Lucca 71 km<<strong>br</strong> />
Siena 66 km<<strong>br</strong> />
Perugia 154 km<<strong>br</strong> />
Os Rossini<<strong>br</strong> />
O pai do Giuseppe Forli, Sr. Domênico Forli era casado <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
Sra. Anunciata Rossini Forli. Esta família era possuidora de<<strong>br</strong> />
muitas terras. As mesmas foram vendidas, dado algum dinheiro<<strong>br</strong> />
para as filhas e filhos e o grosso do dinheiro foi todo depositado<<strong>br</strong> />
no Banco Monte Carlo, o qual faliu deixando a família da<<strong>br</strong> />
Anunciata Rossini em situação desesperadora, ficando<<strong>br</strong> />
praticamente po<strong>br</strong>es, indo o pai da Anunciata morar em casa de<<strong>br</strong> />
parentes.<<strong>br</strong> />
19
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
A que<strong>br</strong>adeira de bancos na Itália provavelmente se deu em<<strong>br</strong> />
1921, onde houve uma serie de falências de bancos e po<strong>br</strong>eza<<strong>br</strong> />
total na Itália, sendo que daí fortificou o crescimento do Partido<<strong>br</strong> />
Nacional Fascista que cresceu de 50.000 mem<strong>br</strong>os para 500.000<<strong>br</strong> />
mem<strong>br</strong>os em 1922. Em 29 de outu<strong>br</strong>o de 1922 Benito Mussolini<<strong>br</strong> />
assume o poder na Itália.<<strong>br</strong> />
Os pais do Sr. Giuseppe Forli<<strong>br</strong> />
Os pais do Sr. Giuseppe Forli eram Giuseppe Forli, isto é, o<<strong>br</strong> />
mesmo nome e Adriana Bernardini. Tiveram os seguintes filhos:<<strong>br</strong> />
Virginia, Maria, Rachele, Zita e Tereza e os irmãos: Domenico,<<strong>br</strong> />
Eufrásio e Rocco.Não se sabe o resto da descendência.<<strong>br</strong> />
Os pais da Maria Favali Forli<<strong>br</strong> />
Eram Palmiro Favali e Angela Iacupini.<<strong>br</strong> />
.<<strong>br</strong> />
Nomes <strong>com</strong>pridos<<strong>br</strong> />
Os nomes dos italianos eram bem <strong>com</strong>pridos e <strong>com</strong>plicados,<<strong>br</strong> />
sendo constantemente esquecidos, e adotados o nome do<<strong>br</strong> />
passaporte <strong>br</strong>asileiro. Assim o nome o Olivo é Olivo Mariano<<strong>br</strong> />
Otávio Favali Forli e da Eugênia é Eugênia Solferino alguma coisa<<strong>br</strong> />
mais Favali Forli. Do Bruno era Bruno Florêncio alguma coisa mais<<strong>br</strong> />
Favali Forli. O nome mais curto é da Leticia que nasceu no Brasil,<<strong>br</strong> />
Leticia Forli,<<strong>br</strong> />
Batalha de Caporetto<<strong>br</strong> />
20
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Na Batalha de Caporetto, os alemães e austríacos<<strong>br</strong> />
prenderam 300.000 soldados italianos e mataram 30.000. As<<strong>br</strong> />
pontes do Rio Piave, foram dinamitadas para que os alemães e<<strong>br</strong> />
austríacos não passassem. Prejudicou também os italianos, que<<strong>br</strong> />
muitos tentaram atravessar a nado o rio, e morreram congelados.<<strong>br</strong> />
Existe uma musica que diz Sur la Ponte de Bassano noi le<<strong>br</strong> />
dare la mano, se refere a uma ponte que foi destruída e que<<strong>br</strong> />
estava so<strong>br</strong>e o rio Piave. O Sr. Giuseppe foi preso e enviado a<<strong>br</strong> />
Alemanha onde trabalhou em minas de carvão. Contava também<<strong>br</strong> />
que dos 300.000 soldados aprisionados, somente 2.000 voltaram.<<strong>br</strong> />
Campo de concentração na Alemanha<<strong>br</strong> />
Mesmo após o armistício, o Giuseppe ainda era prisioneiro,<<strong>br</strong> />
e os mesmos eram o<strong>br</strong>igados a engraxar as metralhadores,<<strong>br</strong> />
canhões e demais armas dos alemães para serem enterrados.<<strong>br</strong> />
A graxa era um óleo amarelo, retirado da queima dos<<strong>br</strong> />
soldados prisioneiros de guerra. O Giuseppe falava que na<<strong>br</strong> />
próxima guerra, os alemães iriam perder. O Giuseppe chegou ao<<strong>br</strong> />
ponto de roubar rabanete nas plantações dos alemães. Iam se<<strong>br</strong> />
arrastando no meio da noite, para roubar e <strong>com</strong>er os rabanetes.<<strong>br</strong> />
Os soldados alemães ficavam atentos <strong>com</strong> armas de longo alcance<<strong>br</strong> />
para matar aqueles que roubavam os rabanetes.<<strong>br</strong> />
O Giuseppe contava também que os soldados alemães eram<<strong>br</strong> />
muito bons e falavam que suas mulheres e crianças passavam<<strong>br</strong> />
fome também. O Giuseppe aprendeu assim o alemão. A família do<<strong>br</strong> />
Giuseppe e Maria eram de camponeses, embora eles tivessem<<strong>br</strong> />
suas terras não <strong>com</strong>unitárias, não eram ricos.<<strong>br</strong> />
21
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Na região <strong>com</strong>iam muita farinha de castanha, a chama<<strong>br</strong> />
polenta de Neccio e polenta feita de fubá, isto é de milho. Estas<<strong>br</strong> />
eram enviadas através da cruz vermelha para o Sr. Giuseppe na<<strong>br</strong> />
Alemanha. Como os alemães não gostavam de polenta de Neccio e<<strong>br</strong> />
de fubá, não roubavam a <strong>com</strong>ida, sendo esta uma das razões que o<<strong>br</strong> />
Sr. Giuseppe consegui so<strong>br</strong>eviver.<<strong>br</strong> />
Os italianos ricos que mandavam melhores <strong>com</strong>idas, eram<<strong>br</strong> />
roubadas pelos soldados alemães e os donos das <strong>com</strong>idas,<<strong>br</strong> />
morriam de fome. Por falar em polenta de Neccio, quando era<<strong>br</strong> />
pequeno e ia fazer <strong>com</strong>pra na loja de ferragens do Poli, o velho<<strong>br</strong> />
Poli, Italiano, me chamava de Polenta de Neccio, devido aos<<strong>br</strong> />
parentes serem da Toscana e de minhas faces serem bem<<strong>br</strong> />
rosadas.<<strong>br</strong> />
Medalhas militares do Sr. Giuseppe Forli<<strong>br</strong> />
O Sr. Giuseppe Forli conforme documento que verifiquei<<strong>br</strong> />
datado de 10 de agosto de 1916 era sargento da artilharia de<<strong>br</strong> />
montanha (Caporale maggiore) do III Regimento de Artilharia de<<strong>br</strong> />
Montanha do Exército Italiano (III Reggimenti Artigleria<<strong>br</strong> />
Montagna).<<strong>br</strong> />
Num documento datado de 7 de fevereiro de 1933 o Sr.<<strong>br</strong> />
Giuseppe foi autorizado pelo Presidente da Itália a usar a<<strong>br</strong> />
Medalha da Guerra de 1915- 1918.<<strong>br</strong> />
Em 30 de junho de 1971 o Sr. Giuseppe recebeu uma<<strong>br</strong> />
medalha em forma de cruz, uma outra medalha circular e um<<strong>br</strong> />
diploma, nomeando-o Cavaleiro da Ordem Vitorio Veneto<<strong>br</strong> />
(Cavaliere dell’Ordine di Vittorio Venetto). Creio ser esta a maior<<strong>br</strong> />
honra recebida em vida pelo Sr. Giuseppe Forli.<<strong>br</strong> />
22
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Guerra na Líbia<<strong>br</strong> />
Depois da guerra da Líbia, voltou para Itália, onde continuou<<strong>br</strong> />
a trabalhar no seu sitio. Em 1915 foi novamente para a guerra<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o soldado de terceira categoria, ainda na artilharia de<<strong>br</strong> />
montanha. O Giuseppe conheceu a sua filha Eugênia, somente<<strong>br</strong> />
quando a mesma tinha 5 anos de idade.<<strong>br</strong> />
Trégua de Natal<<strong>br</strong> />
O Sr. Giuseppe contava sempre uma historia referente a<<strong>br</strong> />
trégua no Natal. Durante os <strong>com</strong>bates <strong>com</strong> os austríacos, na linha<<strong>br</strong> />
de frente, no dia de Natal não havia disparos de tiros, os<<strong>br</strong> />
soldados saiam para se cumprimentar, desejar feliz natal, <strong>com</strong>er<<strong>br</strong> />
alguma coisa e beber vinho. No dia seguinte a luta continuava.<<strong>br</strong> />
23
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Fuzilamento<<strong>br</strong> />
O sr. Giuseppe também me contou, que durante uma<<strong>br</strong> />
campanha militar, os soldados receberam ordem para descansar e<<strong>br</strong> />
deviam voltar em determinada hora. Aconteceu que um seu amigo,<<strong>br</strong> />
atrasou-se e quando o mesmo chegou, foi feito pelo oficial um<<strong>br</strong> />
pelotão de fuzilamento, sendo o mesmo executado em seguida.<<strong>br</strong> />
Daí partiram novamente para as batalhas.<<strong>br</strong> />
Árvore genealógica da Eugênia Forli Tomaz<<strong>br</strong> />
Eugênia Forli Tomaz<<strong>br</strong> />
Itália<<strong>br</strong> />
01/11/1916<<strong>br</strong> />
José Forli<<strong>br</strong> />
Maria Favali Forli<<strong>br</strong> />
Itália<<strong>br</strong> />
Itália<<strong>br</strong> />
05/01/1890 10/07/1891<<strong>br</strong> />
Domênico Forli<<strong>br</strong> />
e<<strong>br</strong> />
Anunciata Rossini<<strong>br</strong> />
Itália<<strong>br</strong> />
Palmiro Favali<<strong>br</strong> />
e<<strong>br</strong> />
Angela Iacupini<<strong>br</strong> />
Itália<<strong>br</strong> />
Giuseppe Forli<<strong>br</strong> />
e<<strong>br</strong> />
Adriana Bernardini<<strong>br</strong> />
Filhos: Virginia, Maria, Rachele, Zita, Tereza, Domênico, Eufrásio<<strong>br</strong> />
e Rocco.<<strong>br</strong> />
24
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Gripe Espanhola<<strong>br</strong> />
Durante a gripe espanhola, a esposa do Giuseppe, Maria<<strong>br</strong> />
Favali Forli, trabalhou <strong>com</strong>o enfermeira voluntária, juntamente<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> o médico dr. Santini, existindo uma praça em Castelnuovo<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> seu nome.<<strong>br</strong> />
O medico dr. Santini a cavalo juntamente <strong>com</strong> dona Maria<<strong>br</strong> />
que ia a pé, visitavam todos os doentes da gripe espanhola.<<strong>br</strong> />
Aplicavam injeções e limpavam a boca dos doentes.<<strong>br</strong> />
Parece que Deus os ajudou, pois ninguém de suas famílias<<strong>br</strong> />
ficaram doentes. O pai da nona, o Palmiro Favali, era bacharel em<<strong>br</strong> />
contabilidade.<<strong>br</strong> />
Vinda para o Brasil<<strong>br</strong> />
Em 1922 <strong>com</strong> seu dinheiro veio para o Brasil sozinho, sendo<<strong>br</strong> />
a viagem paga pelo seu pai. No dia 4 de maio de 1924, chegaram<<strong>br</strong> />
ao porto da cidade de Santos no Brasil de navio, cujo embarque<<strong>br</strong> />
se deu no Porto de Geneva na Itália. Vieram <strong>com</strong>o imigrantes, a<<strong>br</strong> />
esposa, Maria Favali Forli e os filhos italianos Bruno, Olivo e<<strong>br</strong> />
Eugênia.<<strong>br</strong> />
A filha mais nova, Leticia Forli, nasceu no Brasil mais tarde.<<strong>br</strong> />
Parece que a Maria Favali Forli adivinhava que viria nova guerra,<<strong>br</strong> />
pois Mussolini tinha ascendido ao poder e não queriam que seus<<strong>br</strong> />
filhos morressem na próxima guerra, que realmente se deu em<<strong>br</strong> />
1939-1945.<<strong>br</strong> />
A primeira idéia da Maria Favali Forli era ir para os Estados<<strong>br</strong> />
Unidos, mas devido a tia do Giuseppe, a Virgínia que morava em<<strong>br</strong> />
25
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
São Paulo, a mesma mandou uma carta de chamada e foram para o<<strong>br</strong> />
Brasil. A Maria Favali Forli tinha outra irmã chamada Eugênia que<<strong>br</strong> />
morava no Brasil e se acidentou e não tratou-se e morreu quando<<strong>br</strong> />
estava grávida de 7 meses e enterrada do cemitério do Araçá em<<strong>br</strong> />
São Paulo.<<strong>br</strong> />
Brasil<<strong>br</strong> />
No Brasil a família Forli chegou no dia 1º de dezem<strong>br</strong>o que é<<strong>br</strong> />
o dia de Santo André, o padroeiro da cidade de Castelnuovo de<<strong>br</strong> />
Garfagnana. No dia 25 de janeiro de 1922 chegou a capital de<<strong>br</strong> />
São Paulo, justo no dia do seu aniversario e ficou cerca de 15<<strong>br</strong> />
dias na casa da Virgínia que morava em Santana. Mas os<<strong>br</strong> />
imigrantes não podiam ficar na capital, tinham que ir para o<<strong>br</strong> />
interior.<<strong>br</strong> />
Daí foram para o interior do Estado de São Paulo, na cidade<<strong>br</strong> />
de Monte Alegre do Sul, onde moravam dois irmãos da Maria<<strong>br</strong> />
Favali, o<<strong>br</strong> />
Guelfo e Aladino, que tinham vindo bem antes e já estavam<<strong>br</strong> />
estabelecidos. O Sr. Giuseppe foi trabalhar <strong>com</strong> os parentes.<<strong>br</strong> />
Depois de cumpridos os quatro anos que os imigrantes eram<<strong>br</strong> />
sujeitos, voltaram para a capital de São Paulo e foram morar em<<strong>br</strong> />
Vila Prudente durante dois anos.<<strong>br</strong> />
Foram depois para o Jaçanã onde nasceu Leticia Forli, que é<<strong>br</strong> />
a única <strong>br</strong>asileira. Foram novamente para Santana e depois para<<strong>br</strong> />
Vila Galvão e um pouco mais tarde, foram morar um lugar<<strong>br</strong> />
denominado Montebelo, o qual se localiza perto de<<strong>br</strong> />
Itaquaquecetuba.<<strong>br</strong> />
Depois mudaram para Vila Galvão em Guarulhos na Rua Doze<<strong>br</strong> />
de Maio esquina <strong>com</strong> Praça Santos Dumont, onde hoje existe um<<strong>br</strong> />
Posto de Gasolina.<<strong>br</strong> />
26
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Em Vila Galvão, o Sr. Giuseppe <strong>com</strong>prou uma vaca, mas ela<<strong>br</strong> />
foi roubado, <strong>com</strong>prado em seguida uma ca<strong>br</strong>a, que fornecia três<<strong>br</strong> />
litros de leite por dia. Nesta época o Sr. Giuseppe trabalhava na<<strong>br</strong> />
empresa de cereais do Gianini & Santini Companhia Ltda<<strong>br</strong> />
Importadores e Exportadores, localizada na Rua Paula Souza em<<strong>br</strong> />
São Paulo.<<strong>br</strong> />
A Eugênia Forli então <strong>com</strong> 18 anos e meio em 1935<<strong>br</strong> />
encontrou <strong>com</strong> o Sr. Egisto Thomaz que tinha 24 anos, no Clube<<strong>br</strong> />
Independência na Rua Maria Prima de Jesus em Vila Galvão,<<strong>br</strong> />
Guarulhos.<<strong>br</strong> />
Fotografia tirada em 4 de maio de 1924 para o passaporte para o Brasil, quando a Eugenia tinha 8<<strong>br</strong> />
anos.<<strong>br</strong> />
O sr. Giuseppe chegou a montar um armazém em Gopouva,<<strong>br</strong> />
mas perdeu tudo, pois seus clientes trabalhavam em uma<<strong>br</strong> />
27
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
indústria, e todos morreram tuberculosos, levando o sr. Giuseppe<<strong>br</strong> />
a falência.<<strong>br</strong> />
Na Vila Augusta, o sr. Giuseppe juntamente <strong>com</strong> o sr. Bruno<<strong>br</strong> />
montaram um Bar na Av. Guarulhos. O dinheiro para o<<strong>br</strong> />
empreendimento foi fornecido pelo Bruno e emprestado pelo sr.<<strong>br</strong> />
José Lourenço Neves, pai do Abílio Lourenço Neves.<<strong>br</strong> />
Cometa Halley<<strong>br</strong> />
O <strong>com</strong>eta Halley aparece visível na terra de 76 em 76 anos.<<strong>br</strong> />
Em 1910 na Itália o Giuseppe Forli viu o <strong>com</strong>eta Halley pela<<strong>br</strong> />
primeira vez e depois o viu novamente no Brasil. Lem<strong>br</strong>ava que<<strong>br</strong> />
tinha uma cauda enorme e que era camponês na época. A cauda<<strong>br</strong> />
co<strong>br</strong>ia todo o céu <strong>com</strong> cerca de um quilômetro de <strong>com</strong>primento,<<strong>br</strong> />
muito <strong>br</strong>ilhante, toda <strong>br</strong>anca, <strong>com</strong>o se fosse um algodão e foi um<<strong>br</strong> />
espetáculo maravilhoso.<<strong>br</strong> />
Na época não sabia o que era e depois, falaram que era o<<strong>br</strong> />
Cometa Halley e que significava o aparecimento de más noticias.<<strong>br</strong> />
Coincidência ou não, depois disto, em 1915 houve a guerra da<<strong>br</strong> />
Itália <strong>com</strong> a Turquia e o Giuseppe teve de ir lutar na cidade de<<strong>br</strong> />
Trípoli na Líbia (norte da África). Veio o fascismo e mais tarde<<strong>br</strong> />
houve a primeira guerra mundial, onde ele também foi lutar.<<strong>br</strong> />
Foi feito prisioneiro e contava que quando chegou ao campo<<strong>br</strong> />
de concentração na Alemanha pesava 90 kg e quando saiu pesava<<strong>br</strong> />
50 kg.<<strong>br</strong> />
Tia Virgínia<<strong>br</strong> />
A Virgínia Forli nasceu em 1868 era tia do Giuseppe Forli e<<strong>br</strong> />
morava em Santana na Capital do Estado de São Paulo. Era<<strong>br</strong> />
casada <strong>com</strong> Otávio Santarnechi, que era um grande proprietário<<strong>br</strong> />
28
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
de terras em São Paulo e Guarulhos. Otávio Santarnechi formou<<strong>br</strong> />
sociedade informal <strong>com</strong> Giuseppe Forli e <strong>com</strong>pram terras em<<strong>br</strong> />
Guarulhos em Gopouva e na rua Nossa Senhora Mãe dos Homens<<strong>br</strong> />
em Guarulhos.<<strong>br</strong> />
Na Rua Nossa Senhora Mãe dos Homens,130 a parte<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>prada meio a meio do Santarnechi e do Giuseppe tinha 100<<strong>br</strong> />
metros de frente para a avenida e <strong>com</strong> 120m de profundidade,<<strong>br</strong> />
fazendo divisa <strong>com</strong> o córrego existente. Nestas terras eram<<strong>br</strong> />
feitas plantações e formavam vinhedos, <strong>com</strong> casas simples e<<strong>br</strong> />
arruamento nos vinhedos. Plantavam também ameixeiras e demais<<strong>br</strong> />
frutas. Quando veio a segunda guerra mundial, os italianos não<<strong>br</strong> />
podiam vender os seus bens.<<strong>br</strong> />
Havia uma casa grande de propriedade do Giuseppe Forli e<<strong>br</strong> />
Santarnechi que ficava no bairro de Gopouva, na esquina da Rua<<strong>br</strong> />
José Maurício de Oliveira <strong>com</strong> a Av. Emílio Ribas. Mais tarde<<strong>br</strong> />
toda a propriedade da esquina foi derrubada e se encontra até<<strong>br</strong> />
hoje sem construção. Neste local o sr. Giuseppe Forli tinha<<strong>br</strong> />
também um armazém.<<strong>br</strong> />
29
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Fotografia tirada quando a Eugenia tinha 12 anos.<<strong>br</strong> />
Aconteceu que sem falar para ninguém, o Otávio<<strong>br</strong> />
Santarnechi vendeu tudo ilegalmente e se mudou para São Paulo,<<strong>br</strong> />
ficando <strong>com</strong> todo o dinheiro e deixando o sr. Giuseppe sem casa<<strong>br</strong> />
para morar e sem o seu armazém.<<strong>br</strong> />
A Virgínia era muito ruim também. Porém Deus foi justo<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> Santarnechi. Costumava levar uma grande quantidade de<<strong>br</strong> />
dinheiro em seus bolsos enormes das calças. Foi assaltado e levou<<strong>br</strong> />
uma grande surra, foi estrangulado e morto. Em seguida jogaram<<strong>br</strong> />
gasolina so<strong>br</strong>e o mesmo e atearam fogo. Ambos estão enterrados<<strong>br</strong> />
no Cemitério da Quarta Parada em São Paulo Capital.<<strong>br</strong> />
30
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
O Sr. Giuseppe Forli <strong>com</strong> seu amigo Já<strong>com</strong>o que depois voltou para a<<strong>br</strong> />
Itália e não mais retornou ao Brasil.<<strong>br</strong> />
Dia do armistício<<strong>br</strong> />
Sempre em que era <strong>com</strong>emorado o dia do armistício da<<strong>br</strong> />
primeira guerra mundial, o sr. Giuseppe, punha o seu melhor<<strong>br</strong> />
terno, um chapéu, colocava as suas medalhas de guerra, e ia a<<strong>br</strong> />
igreja para rezar.<<strong>br</strong> />
O sr. Giuseppe tinha um amor in<strong>com</strong>um a natureza. Gostava<<strong>br</strong> />
das plantas, acreditava em Deus e Jesus Cristo.<<strong>br</strong> />
31
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Rato<<strong>br</strong> />
Um dia na Rua Diogo de Faria, onde o Sr. Bruno Forli tinha<<strong>br</strong> />
um terreno bem grande, vi o sr. Giuseppe matar um rato grande<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> um revolver cali<strong>br</strong>e 38 de cano longo, <strong>com</strong> um único tiro. Isto<<strong>br</strong> />
mostra a pontaria e a precisão do tiro do antigo sargento da<<strong>br</strong> />
artilharia de montanha na Itália, que era o melhor atirador e<<strong>br</strong> />
nunca usou óculos. Normalmente nem precisava de binóculos.<<strong>br</strong> />
Lem<strong>br</strong>o que ele mostrou orgulhosamente, o rato morto pendurado<<strong>br</strong> />
pelo rabo.<<strong>br</strong> />
Duque, o cachorro do Giuseppe<<strong>br</strong> />
O sr. Giuseppe tinha um cachorro, baixo, preto, viralata,<<strong>br</strong> />
chamado Duque, que estava sempre junto dele e o a<strong>com</strong>panhava<<strong>br</strong> />
por todo o lado.<<strong>br</strong> />
Casamento do Egisto <strong>com</strong> Eugênia e a Padaria Barão<<strong>br</strong> />
A Eugênia Forli casou-se <strong>com</strong> Egisto Thomaz e montaram a<<strong>br</strong> />
padaria Barão, que além de fazer pães fazia também sequilhos de<<strong>br</strong> />
polvilhos. Antes do casamento a Eugênia morava em Guarulhos no<<strong>br</strong> />
bairro de Vila Galvão, na Rua Doze de Maio esquina <strong>com</strong> a Praça<<strong>br</strong> />
Santos Dumont, onde hoje existe um posto de gasolina Texaco.<<strong>br</strong> />
32
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Durante a guerra de 1939-1945 a padaria não tinha farinha<<strong>br</strong> />
para trabalhar e somente polvilho, <strong>com</strong> o qual se fazia sequilhos.<<strong>br</strong> />
O sequilho necessitava de açúcar. Uma vez conta Dona Eugênia<<strong>br</strong> />
Forli Tomaz que o sr. Egisto Thomaz tinha <strong>com</strong>prado açúcar, mas<<strong>br</strong> />
houve denuncia na prefeitura e o prefeito Dr. Heitor Maurício de<<strong>br</strong> />
Oliveira, veio <strong>com</strong> quatro policiais e requisitou todo o açúcar.<<strong>br</strong> />
O Egisto vendia polvilho a granel e <strong>com</strong> isto ganhava<<strong>br</strong> />
dinheiro. Tinha bastante estoque de polvilho quando a guerra<<strong>br</strong> />
acabou, sendo necessário levar vários caminhões de polvilho e<<strong>br</strong> />
jogá-los no Rio Tietê na região de São Miguel Paulista. Foi um<<strong>br</strong> />
prejuízo imenso.<<strong>br</strong> />
Na fotografia acima em pé e da esquerda para a direita estão, o Olivo Mariano<<strong>br</strong> />
Forli, o Bruno Forli, Sr. Egisto Tomaz e Eugênia Forli Tomaz. Sentados estão o Sr. Giuseppe<<strong>br</strong> />
Forli, Leticia Forli e Maria Favali Forli. Fotografia tirada na Rua Doze de maio esquina <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
Praça Santos Dumont em Vila Galvão em Guarulhos.<<strong>br</strong> />
Vendedor de ovos para a padaria Barão: Kida<<strong>br</strong> />
Por incrível que pareça, lem<strong>br</strong>o quando o Kida ia vender ovos<<strong>br</strong> />
na Padaria Barão, que se localizava na Rua João Gonçalves n° 12<<strong>br</strong> />
no centro de Guarulhos. Os ovos naturais eram fornecidos por<<strong>br</strong> />
uma família de japoneses chamados Kida.<<strong>br</strong> />
33
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
O Egisto e a Eugênia tinham inclusive batizado um filho do<<strong>br</strong> />
Kida, o Hélio. Lem<strong>br</strong>o que o meu pai o Egisto, <strong>com</strong>unicou ao Kida<<strong>br</strong> />
que tinham jogado uma bomba atômica no Japão. O mesmo não<<strong>br</strong> />
falou nada, ficando <strong>com</strong> cara de <strong>br</strong>avo e nunca mais apareceu na<<strong>br</strong> />
Padaria Barão.<<strong>br</strong> />
Egisto, candidato a vereador<<strong>br</strong> />
O Egisto foi candidato a vereador pelo partido dos<<strong>br</strong> />
integralistas, o famoso PRP (Partido de Representação Popular).<<strong>br</strong> />
Perdeu é claro, pois nem a sua irmã a Nair votou nele.<<strong>br</strong> />
A Nair disse para a minha mãe Eugênia que ficou bastante<<strong>br</strong> />
sentida de o Egisto levá-la num dia de chuva para votar e ela<<strong>br</strong> />
votou em outro que era amigo do marido dela. Lem<strong>br</strong>o que<<strong>br</strong> />
arranjei uma escada e colocava os cartazes do meu pai nos postes<<strong>br</strong> />
nas vizinhanças da minha casa.<<strong>br</strong> />
34
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Dr. Noronha<<strong>br</strong> />
O Dr. Noronha, advogado era um grande amigo do Egisto,<<strong>br</strong> />
principalmente quando eles participaram do movimento<<strong>br</strong> />
integralista de Plínio Salgado. Lem<strong>br</strong>o-me muitas vezes que o Dr.<<strong>br</strong> />
Noronha vinha aos domingos na minha casa tocar piano e ficava<<strong>br</strong> />
impressionado do Egisto tocar violão e piano somente de ouvido.<<strong>br</strong> />
Integralistas no Rio de Janeiro<<strong>br</strong> />
O Egisto e Eugênia estiveram no Rio de Janeiro em<<strong>br</strong> />
passeatas integralistas <strong>com</strong> a camisa verde. Por sorte não<<strong>br</strong> />
estavam naquele trem cheio de integralistas, no qual foram<<strong>br</strong> />
colocadas varias bombas. A Eugênia lem<strong>br</strong>a a participação do<<strong>br</strong> />
Miguel Reale e do Plínio Salgado.<<strong>br</strong> />
Peso das crianças<<strong>br</strong> />
A Neusa, a Sônia e o Plínio, respectivamente nasceram <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
4,6kg, 4,0kg e 5,0 kg. Dona Eugênia tinha facilidade no parto,<<strong>br</strong> />
mas tinha constantes hemorragias, que parece ser mal<<strong>br</strong> />
hereditário.<<strong>br</strong> />
35
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Curitiba<<strong>br</strong> />
Em Curitiba mora a Terezinha Trevisani que é neta da<<strong>br</strong> />
Anunciata Rossini, mãe do sr. Giuseppe Forli. O interessante é<<strong>br</strong> />
que o filho da Terezinha, estava fazendo curso de física nuclear<<strong>br</strong> />
na Polônia e visitando Cerretoli, viu os túmulos da família Forli e<<strong>br</strong> />
daí localizou minha mãe em Guarulhos.<<strong>br</strong> />
Frio<<strong>br</strong> />
A nona Maria Favali Forli não gostava do frio de São Paulo.<<strong>br</strong> />
Logo que chegou ao Brasil em Monte Alegre do Sul, pegou a<<strong>br</strong> />
doença denominado maleita e nunca mais ficou <strong>com</strong> saúde<<strong>br</strong> />
perfeita. Estava sempre doente. Minha mãe Eugênia acha que se<<strong>br</strong> />
tivesse ido para a Bahia, teria durado mais tempo.<<strong>br</strong> />
Bruno Forli<<strong>br</strong> />
O tio Bruno foi um dos mais antigos motoristas de taxi de<<strong>br</strong> />
Guarulhos, profissão esta que ele se orgulhava. Começou a<<strong>br</strong> />
trabalhar em 1951 <strong>com</strong> seu Nash Ambassador, quando eu lem<strong>br</strong>o<<strong>br</strong> />
que nesta data meu pai <strong>com</strong>prou um furgão Chevrolet para<<strong>br</strong> />
trabalhar na fá<strong>br</strong>ica de entrega de biscoito.<<strong>br</strong> />
Era um Chevrolet novinho em folha, ano 1951.<<strong>br</strong> />
O Bruno achava que sua profissão era uma espécie de<<strong>br</strong> />
sacerdócio. Era <strong>com</strong>o se fosse um serviço público e importante<<strong>br</strong> />
para a <strong>com</strong>unidade. Costumava contar o elevado número de<<strong>br</strong> />
pessoas que ajudou a salvar as vidas <strong>com</strong> seu taxi.<<strong>br</strong> />
36
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Fotografia do Bruno <strong>com</strong> seu Nash Ambassador 1951 em frente a<<strong>br</strong> />
antiga Delegacia de Guarulhos. Aos fundos vê-se os mastros da<<strong>br</strong> />
Delegacia de Policia.<<strong>br</strong> />
O Bruno <strong>com</strong>eçou <strong>com</strong> um taxi novo em folha, um “Nash<<strong>br</strong> />
Ambassador” importado dos Estados Unidos no ano 1951, que era<<strong>br</strong> />
uma loucura para época, onde não havia quase nenhuma rua<<strong>br</strong> />
pavimentada em Guarulhos.<<strong>br</strong> />
Lem<strong>br</strong>o-me quando o tio Bruno antes de <strong>com</strong>prar o carro,<<strong>br</strong> />
mostrava para mim as fotografias coloridas do carro importado.<<strong>br</strong> />
Era a sua paixão.<<strong>br</strong> />
Achavam que o tio Bruno tinha ficado louco, mas logo<<strong>br</strong> />
quando viram que ele tinha uma grande quantidade de fregueses,<<strong>br</strong> />
ele foi imitado.<<strong>br</strong> />
Naquele tempo não havia táximetro, havia corridas. Era<<strong>br</strong> />
feito um acerto de preço para se levar a um local. Os motoristas<<strong>br</strong> />
tinham bastante lucro e não era perigoso trabalhar nem durante<<strong>br</strong> />
o dia e nem a noite. Assaltos e roubos não existiam.<<strong>br</strong> />
Em 1964 do tio Bruno inovou novamente. Colocou em<<strong>br</strong> />
Guarulhos o primeiro taxi mirim, que co<strong>br</strong>ava a metade do preço.<<strong>br</strong> />
Acharam novamente que ele estava louco, mas logo todos estavam<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> taxis mirins.<<strong>br</strong> />
Foi <strong>com</strong> o tio Bruno que aprendi a mergulhar. Uma vez por<<strong>br</strong> />
semana ia nadar no Rio Baquirivu, onde pulava no rio, de cima de<<strong>br</strong> />
37
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
uma ponte, no chamado bairro da setes pontes, onde hoje está o<<strong>br</strong> />
Parque Cecap. O tio Bruno nadava muito bem, e foi um dos<<strong>br</strong> />
melhores nadadores que vi até hoje.<<strong>br</strong> />
A família da Neusa<<strong>br</strong> />
A professora Neusa Thomaz casou-se <strong>com</strong> o engenheiro<<strong>br</strong> />
civil Élio de Castro Mesquita. Tiveram quatro filhos: Hélio (<strong>com</strong><<strong>br</strong> />
H), Maria Isabel, Maria Eugênia e Cláudio os quais formaram<<strong>br</strong> />
outras famílias.<<strong>br</strong> />
A psicóloga Maria Isabel Thomaz Mesquita casou-se <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />
engenheiro químico Ézio Alves de Siqueira e têm os filhos<<strong>br</strong> />
Mateus e Tiago.<<strong>br</strong> />
A fisioterapeuta Maria Eugenia Thomaz Mesquita casou-se<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> o engenheiro civil Airton Rabello e têm os seguintes filhos:<<strong>br</strong> />
Elisa, Otávio e Pedro.<<strong>br</strong> />
O engenheiro civil Cláudio Thomaz Mesquita casou-se <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />
Renata e têm os seguintes filhos: Érica e Fernanda.<<strong>br</strong> />
O administrador de empresas Hélio de Castro Tomaz<<strong>br</strong> />
Mesquita casou-se <strong>com</strong> a economista Gisele e tem dois filho, o<<strong>br</strong> />
Hélio e o Victor.<<strong>br</strong> />
Elio de Castro Mesquita<<strong>br</strong> />
Em 1941 a família do Elio de Castro Mesquita, <strong>com</strong> seu pai<<strong>br</strong> />
Otávio e Dona Maria e seus cinco irmãos mudaram-se para<<strong>br</strong> />
38
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Guarulhos, vindo da cidade de Duartina no Estado de São<<strong>br</strong> />
Paulo.<<strong>br</strong> />
Foram morar no bairro do Taboão na fazenda Bela Vista do<<strong>br</strong> />
seu avo, que corresponde hoje ao Jardim Bela Vista<<strong>br</strong> />
aproximadamente.<<strong>br</strong> />
Lem<strong>br</strong>o-me bem da sede da fazenda, pois uma vez fomos<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> toda a família do meu pai para um festa caipira. Foi uma bela<<strong>br</strong> />
festa.<<strong>br</strong> />
Algumas vezes tive oportunidade de juntamente <strong>com</strong> o Elio<<strong>br</strong> />
Mesquita, ir caçar <strong>com</strong> uma Winchester cali<strong>br</strong>e 22 na Fazenda<<strong>br</strong> />
Bela Vista. Fomos andando dando tiros pela fazenda até chegar a<<strong>br</strong> />
Vila Florida onde terminava a fazenda. Era enorme. Mais tarde<<strong>br</strong> />
tudo foi loteado. So<strong>br</strong>e a caça, não matamos nenhum passarinho.<<strong>br</strong> />
O irmão mais velho, o Carlito montou um pequeno negocio na<<strong>br</strong> />
Rua D. Pedro II junto a Av. Monteiro Lobato. Mais tarde o seu<<strong>br</strong> />
tio João Marques Luiz veio para Guarulhos e <strong>com</strong>praram um<<strong>br</strong> />
armazém grande e tradicional da época, que era a Casa Poli,<<strong>br</strong> />
localizada na Rua D. Pedro II <strong>com</strong> a Rua Felicio Marcondes.<<strong>br</strong> />
Vendia de tudo, até gasolina. A nova loja adquirida passou<<strong>br</strong> />
então ao controle dos Marques e Mesquitas <strong>com</strong> bastante<<strong>br</strong> />
sucesso.<<strong>br</strong> />
Como naquele tempo não tinha cursos ginasial e colegial em<<strong>br</strong> />
Guarulhos, era <strong>com</strong>um ir-se a capital de São Paulo. O mais<<strong>br</strong> />
freqüente era estudar o ginasial na Penha no Ateneu Rui Barbosa.<<strong>br</strong> />
Juntamente <strong>com</strong> o Milton Mesquita, o Elio fez o ginasial no<<strong>br</strong> />
Ateneu Rui Barbosa e depois foi estudar o curso colegial, o<<strong>br</strong> />
denominado cientifico, no Colégio Paulistano. O Elio se formou<<strong>br</strong> />
engenheiro civil na Escola Politécnica, o Milton formou-se<<strong>br</strong> />
advogado e Paulo dentista.<<strong>br</strong> />
Os costumes do Elio <strong>com</strong>o todos de antigamente era<<strong>br</strong> />
freqüentar o Cine República e ao Clube Recreativo que ficava na<<strong>br</strong> />
Rua D. Pedro II. Aliás tudo que existia ficava na Rua. D. Pedro<<strong>br</strong> />
II.<<strong>br</strong> />
39
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Meu pai tinha a Padaria Barão na Rua João Gonçalves,12 e o<<strong>br</strong> />
Bar Barão na Rua D. Pedro II. Lá que o Elio fez amizade <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />
Egisto Thomaz e conheceu sua filha a Neusa que tinha cerca de<<strong>br</strong> />
14 anos de idade. O Elio acabou casando <strong>com</strong> a Neusa, sem nunca<<strong>br</strong> />
ter a formalidade de a pedir em casamento.<<strong>br</strong> />
Era <strong>com</strong>um nestes tempos as andadas dos jovens aos bares<<strong>br</strong> />
Record e Ponto Chic, todos na Rua D. Pedro II.<<strong>br</strong> />
Lem<strong>br</strong>o uma <strong>br</strong>incadeira que o Elio fez na época <strong>com</strong> um<<strong>br</strong> />
amigo seu o ” Bugio”. Foi assim.<<strong>br</strong> />
O Elio tinha uma amigo que estava estudando arte<<strong>br</strong> />
dramática que era o Francisco Negrão e que morava em frente ao<<strong>br</strong> />
Fórum atual.<<strong>br</strong> />
O Chico <strong>com</strong>o era conhecido, tinha muito medo de<<strong>br</strong> />
assom<strong>br</strong>ação, pois em frente a sua casa era tudo mata virgem.<<strong>br</strong> />
Naquele tempo tínhamos medo de assom<strong>br</strong>ação, hoje dos homens.<<strong>br</strong> />
Como todos sabiam disto, o Elio <strong>com</strong>binou <strong>com</strong> o seu amigo<<strong>br</strong> />
Bugio para dar um susto no Chico Negrão, imitando uma<<strong>br</strong> />
assom<strong>br</strong>ação fazendo barulho no mato em frente, quando o<<strong>br</strong> />
mesmo chegasse a sua casa. Foi tudo <strong>com</strong>binado e ficaram todos<<strong>br</strong> />
esperando no Ponto Chic na rua D. Pedro II o desfecho.<<strong>br</strong> />
Acontece que quem veio correndo que nem louco para o bar<<strong>br</strong> />
foi o Bugio, pois o Elio muito maldosamente tinha acertado <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />
Chico da <strong>br</strong>incadeira, e o Chico tinha trazido um revolver <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
balas de festim para assustar a assom<strong>br</strong>ação. Até hoje o Bugio<<strong>br</strong> />
não fala mais <strong>com</strong> o Elio.<<strong>br</strong> />
Quando foi inaugurado o escritório do Elio Mesquita, estava<<strong>br</strong> />
eu lá na fotografia histórica juntamente <strong>com</strong> o Adair, um na<<strong>br</strong> />
máquina de escrever e outro na prancheta. Eu fazia desenho,<<strong>br</strong> />
topografia e datilografia e varria também o escritório. Fazíamos<<strong>br</strong> />
de tudo.<<strong>br</strong> />
O Elio era um engenheiro bastante <strong>com</strong>petente e teve<<strong>br</strong> />
sucesso imediato. Trabalhávamos muito no escritório e aparecia<<strong>br</strong> />
serviço de todo o lado.<<strong>br</strong> />
40
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Lem<strong>br</strong>o-me bem quando o Elio me ensinou a trabalhar <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />
Teodolito marca Vasconcelos, aparelho para medir terrenos,<<strong>br</strong> />
muito usado antigamente. Aprendi <strong>com</strong> o Elio a parte pratica e a<<strong>br</strong> />
parte teórica.<<strong>br</strong> />
Em pouco tempo já fazia sozinho os cálculos <strong>com</strong>plicados de<<strong>br</strong> />
topografia. Também pudera, o Elio tinha escrito uma apostila<<strong>br</strong> />
imensa so<strong>br</strong>e topografia de um professor que tinha o mesmo<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>enome Mesquita, mas que não era da família.<<strong>br</strong> />
Lem<strong>br</strong>o uma vez quando estava ajudando o Elio a arrumar os<<strong>br</strong> />
livros do falecido pai Otávio Braga de Mesquita.<<strong>br</strong> />
Fiquei impressionado de ver a quantidade de livros e títulos.<<strong>br</strong> />
Nunca tinha visto tantos livros na casa de uma pessoa e títulos<<strong>br</strong> />
tão diferentes. Fiquei admirando ainda mais o Sr. Otávio, que foi<<strong>br</strong> />
um homem admirável e correto. É bem merecida que a maior<<strong>br</strong> />
avenida no Bairro do Taboão, traga o seu nome.<<strong>br</strong> />
O Elio foi juntamente <strong>com</strong>igo, um dos fundadores da<<strong>br</strong> />
Associação dos Engenheiros Arquitetos e Agrônomos de<<strong>br</strong> />
Guarulhos em 1967.<<strong>br</strong> />
O escritório do Elio, a Gabarito Engenharia de Avaliações e<<strong>br</strong> />
Perícia fica situado na Rua Felicio Marcondes, 67 no centro de<<strong>br</strong> />
Guarulhos, quase bem em frente ao Estúdio Fotográfico do<<strong>br</strong> />
Massami Kishi.<<strong>br</strong> />
O Elio de Castro Mesquita é um homem bastante<<strong>br</strong> />
inteligente, serio e honesto. Uma das pessoas mais equili<strong>br</strong>adas<<strong>br</strong> />
que conheci. É justo e trabalhador. Honra muito bem a família<<strong>br</strong> />
Mesquita e o município de Guarulhos. É sem duvida nenhuma o<<strong>br</strong> />
maior perito na Região da Grande são Paulo.<<strong>br</strong> />
Muitas vezes já ouvi mencionar o seu nome <strong>com</strong> elogios a<<strong>br</strong> />
sua pessoa, sem saberem que era meu cunhado.<<strong>br</strong> />
Na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo onde<<strong>br</strong> />
estudou engenharia civil, foi colega e contemporâneo de pessoas<<strong>br</strong> />
importantes <strong>com</strong>o o Paulo Maluf, Mário Covas , Carlos Zara e<<strong>br</strong> />
João Oswaldo Leiva. Ouviu palestra histórica na Poli do Carlos<<strong>br</strong> />
41
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Lacerda, após o m esmo ser baleado na perna por atentado no<<strong>br</strong> />
tempo de Getúlio Vargas.<<strong>br</strong> />
O Elio fez uma escolinha de admissão ao ginásio, na qual eu<<strong>br</strong> />
estudei, para entrar no ginásio. Lem<strong>br</strong>o-me que não paguei nada,<<strong>br</strong> />
pois o Elio namorava <strong>com</strong> minha irmã Neusa. Davam aulas o<<strong>br</strong> />
próprio Elio, o Hernani, a Ivete.<<strong>br</strong> />
Depois <strong>com</strong> um grupo formado <strong>com</strong> Haroldo Novak,<<strong>br</strong> />
professor Mário, professor Aldo e Clair Martins e professor<<strong>br</strong> />
Hernani, montaram uma escolinha que foi o em<strong>br</strong>ião da famosa<<strong>br</strong> />
Escola Monteiro Lobato que existiu em Guarulhos, em local ao<<strong>br</strong> />
lado da igreja Matriz de Guarulhos.<<strong>br</strong> />
O Elio dedicou-se tanto ao ensino escolar, que acabou<<strong>br</strong> />
perdendo um ano na escola Politécnica. Minha irmã teve então que<<strong>br</strong> />
esperar mais um ano para se casar.<<strong>br</strong> />
42
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
A família do Plínio<<strong>br</strong> />
O engenheiro civil Plínio Tomaz, cujo Tomaz não tem “h”<<strong>br</strong> />
conforme consta no registro de nascimento, casou-se <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />
professora Edith Rehse e têm três filhos: Plínio Augusto<<strong>br</strong> />
Rehse Tomaz, Luciana Rehse Tomaz e Fabiana Rehse Tomaz.<<strong>br</strong> />
Eu Plínio Tomaz estudei no Grupo Escolar Capistrano de<<strong>br</strong> />
A<strong>br</strong>eu, que fica perto da Praça Getúlio Vargas. Lem<strong>br</strong>o-me que<<strong>br</strong> />
as ruas eram todas de terra e ia para a escola, jogando bolinha<<strong>br</strong> />
de vidro pelas ruas.<<strong>br</strong> />
Quem me levou pela primeira vez no grupo escolar foi o<<strong>br</strong> />
Willy Frantzen, eletricista e alemão. Fui juntamente <strong>com</strong> o seu<<strong>br</strong> />
filho o Martim e o seu so<strong>br</strong>inho o Mauro Trevisan (Pinduca).<<strong>br</strong> />
Quando chegamos em frente a escola ele parou e nos deu a<<strong>br</strong> />
seguinte re<strong>com</strong>endação: “Quando quiserem ir ao banheiro<<strong>br</strong> />
levantem a mão”. Só isso.<<strong>br</strong> />
Minha mãe Eugênia falou que <strong>com</strong> três meses de aula, eu já<<strong>br</strong> />
lia tudo que existia na Padaria e na Fá<strong>br</strong>ica de Biscoitos do meu<<strong>br</strong> />
pai.<<strong>br</strong> />
Acho que a maior alegria na minha vida, foi quando aprendi a<<strong>br</strong> />
ler, e pude saber o nome dos sacos de polvilhos, farinhas e<<strong>br</strong> />
demais materiais usados na Padaria.<<strong>br</strong> />
Terminado o Grupo Escolar no Capistrano de A<strong>br</strong>eu, cursei<<strong>br</strong> />
o ginásio no mesmo local, agora denominado Ginásio Conselheiro<<strong>br</strong> />
Crispiniano.<<strong>br</strong> />
As ruas eram iluminadas por lâmpadas incandescentes de<<strong>br</strong> />
pequena potência e mal iluminavam as ruas e outras nem<<strong>br</strong> />
lâmpadas existiam. No ginásio tínhamos medo de passar perto<<strong>br</strong> />
do Cemitério. Geralmente evitávamos o lugar, devido ao medo e<<strong>br</strong> />
só tínhamos coragem, quando em grupo.<<strong>br</strong> />
43
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Quando a noite víamos um homem vindo em nossa direção,<<strong>br</strong> />
ficávamos sem medo. Antigamente tínhamos medo de<<strong>br</strong> />
assom<strong>br</strong>ação, hoje temos medos dos homens.<<strong>br</strong> />
Após o ginásio fui estudar na Penha no Ateneu Rui Barbosa.<<strong>br</strong> />
Prestei vestibular em três faculdades: Politécnica, Mackenzie<<strong>br</strong> />
e Faculdade Católica. Passei nas três.<<strong>br</strong> />
Lem<strong>br</strong>o que meu pai falou em qual queria estudar. Queria ir no<<strong>br</strong> />
Mackenzie, que era mais fácil, estilo americano, <strong>com</strong> muitas<<strong>br</strong> />
festas, e teria carona para isso <strong>com</strong> um vizinho. Mas <strong>com</strong>o não<<strong>br</strong> />
tínhamos dinheiro, tive que ir estudar na Escola Politécnica. Não<<strong>br</strong> />
me arrependi.<<strong>br</strong> />
Formei-me <strong>com</strong> bastante dificuldades financeiras, mas<<strong>br</strong> />
consegui passar direto todos os anos, em todos os exames na<<strong>br</strong> />
Escola Politécnica.<<strong>br</strong> />
Da Politécnica quando sai no dia 15 de novem<strong>br</strong>o de 1966<<strong>br</strong> />
estava formado engenheiro civil. Fui para casa e fui convidado a<<strong>br</strong> />
trabalhar na Prefeitura Municipal de Guarulhos, onde me<<strong>br</strong> />
aposentei no SAAE em 1996, 30 anos depois.<<strong>br</strong> />
Tive poucos empregos na vida.<<strong>br</strong> />
Primeiro aos 11 anos <strong>com</strong>o Office-boy <strong>com</strong> o tio Abílio, Depois<<strong>br</strong> />
trabalhei na Padaria Barão do meu pai. Mais tarde trabalhei <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
Elio de Castro Mesquita e depois no SAAE de Guarulhos.<<strong>br</strong> />
Atualmente trabalho no Ministério de Minas e Energia no<<strong>br</strong> />
Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e ocupando<<strong>br</strong> />
o cargo de Diretor de Exploração Mineral.<<strong>br</strong> />
44
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Fotografia tirada em 1940. Eu estava na barriga da minha mãe<<strong>br</strong> />
conforme se pode ver.<<strong>br</strong> />
O dentista Plínio Augusto Rehse Tomaz que é casado <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />
médica Ana Claudia Scimini. Possuem duas filhas, a Thaís e a<<strong>br</strong> />
Ana Carolina. O dr. Plínio Augusto fez curso de pós graduação<<strong>br</strong> />
em Saúde Pública, Administração Hospitalar e Marketing.<<strong>br</strong> />
Lançou em 24 de setem<strong>br</strong>o de 1999 o seu livro de Marketing<<strong>br</strong> />
para Dentistas.<<strong>br</strong> />
Atualmente estuda também Teologia, enquanto dá palestras de<<strong>br</strong> />
auditoria odontológica. Está escrevendo um livro de Marketing<<strong>br</strong> />
para Dentistas que está para ser impresso.<<strong>br</strong> />
A administradora de empresa Luciana Rehse Tomaz casouse<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> o administrador de empresa Ivanésio Rodrigues Carrilho.<<strong>br</strong> />
Possuem dois filhos, a Beatriz e o Lucas.<<strong>br</strong> />
45
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
A nutricionista e cantora Fabiana Rehse Tomaz está casada<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> o cantor Jorge Imamura, que tem a filha Yasmin Tomaz<<strong>br</strong> />
Imamura.<<strong>br</strong> />
46
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
A Sonia<<strong>br</strong> />
A pedagoga Sônia embora tivesse vários namorados durante<<strong>br</strong> />
sua mocidade, não se casou. Dedicou sua vida praticamente ao<<strong>br</strong> />
trabalho, trabalhando em dois empregos por dia, manhã, a tarde.<<strong>br</strong> />
É bastante espiritualista, pois além de católica, lê livros<<strong>br</strong> />
espíritas, gnósticos, teosóficos e outros. A Sônia faz parte<<strong>br</strong> />
essencial do povo Brasileiro, que não se fanatiza por nada,<<strong>br</strong> />
segundo lí nos livros da Escola Superior de Guerra do Brasil.<<strong>br</strong> />
O <strong>br</strong>asileiro é católico, espirita kardecista, macumbeiro,<<strong>br</strong> />
mas não se fanatiza por nada. Aqui no Brasil nunca daria certo um<<strong>br</strong> />
fascismo ou um <strong>com</strong>unismo.<<strong>br</strong> />
Neste ponto, os <strong>br</strong>asileiros são <strong>com</strong>o os Ingleses, ninguém<<strong>br</strong> />
conseguem que eles se fanatizem. O exemplo oposto são os<<strong>br</strong> />
Alemães e Japoneses.<<strong>br</strong> />
A simpática Genoveva<<strong>br</strong> />
Quando tinha meus quinze anos de idade uma vez fui <strong>com</strong> dona Eugênia ao<<strong>br</strong> />
bairro da Mooca visitar sua a sempre simpática Genoveva, que era prima do<<strong>br</strong> />
Sr. Giuseppe Forli.<<strong>br</strong> />
Fomos bem recebidos e conheci seu filho único Aldo Forli Scocatti que fazia<<strong>br</strong> />
então a escola de oficiais do exército da reserva do Brasil, o conhecido<<strong>br</strong> />
CPOR. Lem<strong>br</strong>o-me que o Aldo me deu um Smoking usado, que servia para as<<strong>br</strong> />
antigas e badaladas festas de formaturas. Aliás foi o único Smoking que<<strong>br</strong> />
tive.<<strong>br</strong> />
47
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
O Aldo Forli Scocatti formou-se em odontologia e foi um<<strong>br</strong> />
dos maiores cirurgiões do Brasil. Além do seu consultório de<<strong>br</strong> />
odontologia, o Aldo era o dentista da seleção <strong>br</strong>asileira.<<strong>br</strong> />
A<strong>com</strong>panhou a seleção <strong>br</strong>asileira por mais de 25 anos. O<<strong>br</strong> />
dentista Plínio Augusto Rehse Tomaz viu há pouco tempo, uma<<strong>br</strong> />
matéria publicada no jornal especializado dos dentistas, artigo<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e o Aldo Forli Scocatti, considerando-o um dos maiores<<strong>br</strong> />
cirurgiões que o Brasil já teve.<<strong>br</strong> />
Fotografia: Aparece de pé no centro a mãe do Aldo a Prima<<strong>br</strong> />
Genoveva. Sentados ao centro está o Aldo, que está rindo e sua<<strong>br</strong> />
esposa, ladeado pelo Tio Ivo e pelo Sr. Giuseppe Forli. De costas<<strong>br</strong> />
está o Baccelli que lutou também na Primeira Guerra Mundial <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
os Italianos.<<strong>br</strong> />
48
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
O Aldo era importante também na maçonaria em São Paulo,<<strong>br</strong> />
onde fez amizades <strong>com</strong> o engenheiro Facchini, que também era<<strong>br</strong> />
maçom e que construiu o aeroporto militar de Cumbica em<<strong>br</strong> />
Guarulhos em 1941 durante a Segunda Guerra Mundial.<<strong>br</strong> />
O dr. Facchini era primo do meu pai Egisto Thomaz. Foi ele<<strong>br</strong> />
que <strong>com</strong> os projeto dos americanos, construiu a Base Área de<<strong>br</strong> />
Cumbica. Mais tarde o dr. Faccini fez parte da <strong>com</strong>issão que<<strong>br</strong> />
construiu o Aeroporto Internacional de Guarulhos.<<strong>br</strong> />
Igreja de Cerretoli<<strong>br</strong> />
A tia Nina sempre me lem<strong>br</strong>a de colocar no livro da família a informação que<<strong>br</strong> />
quem construiu a Igreja de Cerretoli foi o sr. Domenico, pai do sr. Giuseppe<<strong>br</strong> />
Forli.<<strong>br</strong> />
A família do Tio Ivo<<strong>br</strong> />
O Olivo Forli ou seja o tio Ivo <strong>com</strong>o é conhecido tem o<<strong>br</strong> />
colegial <strong>com</strong>pleto e casou-se <strong>com</strong> a Ana Neves, conhecida <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />
tia Nita.<<strong>br</strong> />
O tio Ivo tem duas filhas, a Gelse Marina Forli que tem<<strong>br</strong> />
duas filhas a Adriana Forli de Almeida e a Beatriz Forli de<<strong>br</strong> />
Almeida. Ambas são advogadas. A Gelse Marina Forli tem o<<strong>br</strong> />
colegial <strong>com</strong>pleto.<<strong>br</strong> />
A advogada Rita Valeria Forli casou-se <strong>com</strong> o Antônio<<strong>br</strong> />
Terranova e tem três filhos advogados: Daniel Forli Terranova,<<strong>br</strong> />
Gustavo Forli Terranova e Fábio Forli Terranova.<<strong>br</strong> />
O tio Ivo estudou no Seminário dos Padres Jesuítas em<<strong>br</strong> />
Nova Friburgo no Estado do Rio de Janeiro, onde adquiriu grande<<strong>br</strong> />
parte da sua cultura. A vida do tio Ivo sempre foi difícil.<<strong>br</strong> />
É fácil imaginar o sofrimento do tio Ivo, que não queria ser<<strong>br</strong> />
agricultor, que eram os nossos descendentes na Itália. O tio Ivo<<strong>br</strong> />
queria ser médico, mas não tinha os recursos para isso e não<<strong>br</strong> />
49
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
contou também <strong>com</strong> o auxilio dos parentes, embora tivesse<<strong>br</strong> />
parentes ricos <strong>com</strong>o o tio Aladino. Quem conversar um pouco <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
o tio Ivo poderá notar que o mesmo lê muito e que se tivesse tido<<strong>br</strong> />
uma oportunidade na vida, teria sido um homem muito importante<<strong>br</strong> />
na medicina.<<strong>br</strong> />
Fotografia: Em pé da esquerda para a direita estão: Eugênia Forli Tomaz, Sônia, Giuseppe Forli, tia<<strong>br</strong> />
Nina, Rita Valeria Forli, tia Anita e agachados estão Gelse Marina Forli e tio Ivo.<<strong>br</strong> />
O tio Ivo conta que além dos problemas financeiros teve<<strong>br</strong> />
problemas raciais.<<strong>br</strong> />
Assim quando estudada no curso Anglo Latino localizado na<<strong>br</strong> />
capital de São Paulo, teve problemas <strong>com</strong> um professor de<<strong>br</strong> />
química Simão Fainguemboim que era judeu.<<strong>br</strong> />
O mesmo implicava sempre <strong>com</strong> o tio Ivo, pelo fato de ele<<strong>br</strong> />
ser italiano, e do fato que a Italia era fascista e estava em<<strong>br</strong> />
guerra.<<strong>br</strong> />
50
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Num dia houve discussão so<strong>br</strong>e o assunto e o tio Ivo<<strong>br</strong> />
acabou falando o que não devia e foi reprovado no exame oral.<<strong>br</strong> />
Coisas de guerra, que hoje ninguém entende.<<strong>br</strong> />
O Simão Fainguemboim nunca poderia ter imaginado que os<<strong>br</strong> />
pais do tio Ivo praticamente fugiram da Itália por causa do<<strong>br</strong> />
fascismo do Mussolini e mesmo no Brasil o tio Ivo estava sendo<<strong>br</strong> />
punido por isto.<<strong>br</strong> />
O interessante é que anos mais tarde quando eu fiz um<<strong>br</strong> />
cursinho para engenharia no Anglo Latino, no mesmo lugar em que<<strong>br</strong> />
tio Ivo estudou, o professor de química era ainda o Simão<<strong>br</strong> />
Fainguemboim.<<strong>br</strong> />
Tive aulas <strong>com</strong> ele e ele ensinava muito bem. Aliás muitos<<strong>br</strong> />
outros professores do cursinho também eram judeus, mas todos<<strong>br</strong> />
bons professores. Os ressentimentos da segunda grande guerra<<strong>br</strong> />
já tinham passado.<<strong>br</strong> />
A família da Leticia Forli<<strong>br</strong> />
A tia Nina, isto é, a Leticia Forli é casada <strong>com</strong> o ex-vereador<<strong>br</strong> />
de Guarulhos sr. Abílio Lourenço Neves. Tiveram dois filhos.<<strong>br</strong> />
O advogado José Lourenço Neves Neto é casado <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
Berenice Turri em 15 de dezem<strong>br</strong>o 1971 e tem os filhos, o<<strong>br</strong> />
administrador de empresas Rodrigo Turri Neves e fisioterapeuta<<strong>br</strong> />
Ana Leticia Turri Neves. O José Lourenço Neves é conhecido<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o Netinho.<<strong>br</strong> />
Lem<strong>br</strong>o-me uma passagem interessante. Uma vez em<<strong>br</strong> />
frente a igreja da Praça do Rosário o Netinho e o Gino Panochia<<strong>br</strong> />
estavam <strong>br</strong>incando de mocinho e bandido e discutiram o Gino<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>eçou a agredir o Netinho. Dei uma surra no Gino Panochia que<<strong>br</strong> />
ele nunca mais se esqueceu. Sempre que encontrava o Gino<<strong>br</strong> />
51
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Panochia, ele me lem<strong>br</strong>ava da surra merecida que eu dera nele.<<strong>br</strong> />
Disse que tinha mudado o <strong>com</strong>portamento depois daquela surra.<<strong>br</strong> />
A minha mãe sempre falava desde pequeno que a família<<strong>br</strong> />
Turri na Italia era uma família muito rica e importante, na região<<strong>br</strong> />
onde ela morava. A Berenice Turri é descendente daquela família.<<strong>br</strong> />
O economista Luiz Antônio Lourenço Neves é casado <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />
bióloga Virgilia Aparecida Penna e tem dois filhos o Thiago Penna<<strong>br</strong> />
Neves e a Karina Penna Neves. A Virgilia é bióloga da Sabesp e<<strong>br</strong> />
por sinal um grande bióloga. Esteve em 1998 fazendo palestra no<<strong>br</strong> />
Peru so<strong>br</strong>e saneamento básico.<<strong>br</strong> />
Abílio Lourenço Neves (16/2/1921 a 21/01/2002)<<strong>br</strong> />
O tio Abílio pertence a uma classe esquecida de políticos<<strong>br</strong> />
honestos. Era vereador de Guarulhos quando o cargo não era<<strong>br</strong> />
remunerado e quando os vereadores eram so<strong>br</strong>etudo homens<<strong>br</strong> />
idealistas. O tio Abílio foi candidato a prefeito de Guarulhos.<<strong>br</strong> />
Lem<strong>br</strong>o bem da alegria do meu pai, o Egisto Thomaz quando<<strong>br</strong> />
a<strong>com</strong>panhava o tio Abílio nos <strong>com</strong>ícios. Muitas vezes eu embora<<strong>br</strong> />
pequeno ia <strong>com</strong> meu pai aos <strong>com</strong>ícios do tio Abílio.<<strong>br</strong> />
O pai do tio Abílio, português de nascença, chamava-se José<<strong>br</strong> />
Lourenço Neves. Consta que o so<strong>br</strong>enome verdadeiro era Fidalgo,<<strong>br</strong> />
mas <strong>com</strong>o ele dizia: “somos de família po<strong>br</strong>e e não temos nada de<<strong>br</strong> />
no<strong>br</strong>e”. Daí adotou o so<strong>br</strong>enome da mãe, que é “Neves”. Existe<<strong>br</strong> />
uma rua na Vila Florida em Guarulhos, que tem o seu nome.<<strong>br</strong> />
Para sua so<strong>br</strong>evivência José Lourenço Neves <strong>com</strong>eçou a fa<strong>br</strong>icar<<strong>br</strong> />
caixões de defunto na Vila Augusta. Sob a sua casa em frente a<<strong>br</strong> />
Indústria Reisa, ficava a sua fá<strong>br</strong>ica. A uns cem metros mais ou<<strong>br</strong> />
menos do mesmo lado da Av. Guarulhos e perto da antiga Estrada<<strong>br</strong> />
de Ferro Sorocabana, ficava a sala de vendas dos caixões <strong>com</strong> os<<strong>br</strong> />
mostruários a vista.<<strong>br</strong> />
52
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
O sr. José Lourenço Neves teve oito filhos, três homens e<<strong>br</strong> />
cinco mulheres. Toda a família trabalhava na confecção dos<<strong>br</strong> />
caixões e dos enfeites necessários aos mesmos. Assim o tio<<strong>br</strong> />
Abílio, confeccionava os enfeites para o velório. Fa<strong>br</strong>icava<<strong>br</strong> />
fitas <strong>com</strong>o se fosse um tecelão. Isto o tio Abílio fez até a<<strong>br</strong> />
idade de 23 anos, quando resolveu a<strong>br</strong>ir negocio por conta<<strong>br</strong> />
própria. Montou então uma Auto Escola, a primeira de<<strong>br</strong> />
Guarulhos e que teve o nome de “Neves”.<<strong>br</strong> />
Localizava-se na esquina da Rua Sete de Setem<strong>br</strong>o <strong>com</strong> a Rua<<strong>br</strong> />
Felicio Marcondes, perto do atual estúdio fotográfico do<<strong>br</strong> />
Massami Kishi e da Imobiliária do dr. Élio de Castro Mesquita.<<strong>br</strong> />
Havia muita procura para se conseguir uma carta de habilitação<<strong>br</strong> />
de motorista, sendo que o próprio Abílio ensinava a dirigir o<<strong>br</strong> />
veiculo e os examinadores para prova final vinham da capital<<strong>br</strong> />
São Paulo. O escritório funcionou durante cinco anos, sendo<<strong>br</strong> />
que após isto montou um escritório “Despachante Neves” na<<strong>br</strong> />
Rua D. Pedro II n.º 15, que ficava em frente ao melhor alfaiate<<strong>br</strong> />
de Guarulhos, o Clovis e próximo a Igreja Nossa Senhora da<<strong>br</strong> />
Conceição, no trecho da Rua D. Pedro II entre a Praça em<<strong>br</strong> />
frente a Igreja e a Rua Felicio Marcondes.<<strong>br</strong> />
O escritório ficava praticamente numa relíquia histórica. As<<strong>br</strong> />
paredes de taipa tinham espessura de praticamente uns 80 cm<<strong>br</strong> />
53
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
e o prédio era velhíssimo. Infelizmente mais tarde foi<<strong>br</strong> />
derrubado e demolido <strong>com</strong>o praticamente toda a historia de<<strong>br</strong> />
Guarulhos. Em Guarulhos não existem prédios históricos, foram<<strong>br</strong> />
todos demolidos.<<strong>br</strong> />
Era <strong>com</strong>um nos finais do anos os lojistas de cada lado da Rua D.<<strong>br</strong> />
Pedro II, se enfrentarem num futebol amistoso. O lado direito<<strong>br</strong> />
contra o lado esquerdo. Os jogos eram feitos em Vila Augusta<<strong>br</strong> />
no campo do União Vila Augusta Futebol Clube.<<strong>br</strong> />
O Abílio sempre foi um ótimo jogador de futebol e jogou de<<strong>br</strong> />
1945 a 1970 no União Vila Augusta <strong>com</strong>o centro médio ou<<strong>br</strong> />
quarto zagueiro <strong>com</strong>o dizem hoje. Lem<strong>br</strong>o-me de ver <strong>com</strong>o o tio<<strong>br</strong> />
Abílio jogava bem e que o time tinha ótimos jogadores <strong>com</strong>o o<<strong>br</strong> />
Durval, o Jura e outros.<<strong>br</strong> />
Em Guarulhos havia um campo de futebol onde existe hoje a<<strong>br</strong> />
Praça Getúlio Vargas. Lá jogava o time de Guarulhos, que era o<<strong>br</strong> />
Paulista, famoso na época. No bairro do Macedo existia outro<<strong>br</strong> />
time de futebol e eram freqüentes as disputas e as <strong>br</strong>igas,<<strong>br</strong> />
principalmente <strong>com</strong> times de futebol de fora, <strong>com</strong>o o Guapira.<<strong>br</strong> />
O tio Abílio fez testes para jogar no Palmeiras, Corinthians,<<strong>br</strong> />
Portuguesa de Desportos e no Ipiranga, só que o seu pai falava<<strong>br</strong> />
que futebol não dava futuro e que se ele quisesse seguir a<<strong>br</strong> />
carreira do futebol que saísse de casa. Então pensando em<<strong>br</strong> />
arrumar uma profissão e não <strong>br</strong>igar <strong>com</strong> a família, o tio Abílio<<strong>br</strong> />
largou a idéia do futebol profissional, dedicando-se ao trabalho<<strong>br</strong> />
e ao futebol amador, sem <strong>com</strong>promisso.<<strong>br</strong> />
O Abílio gostava alem de futebol de política. Foi eleito duas<<strong>br</strong> />
vezes pelo Partido Social Progressista (PSP) sendo que atuou<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o vereador no período de 1950 a 1962. Como vereador fez<<strong>br</strong> />
de tudo para ajudar as pessoas, se interessava por elas e<<strong>br</strong> />
queria melhorar a cidade. Os recursos de Guarulhos eram<<strong>br</strong> />
pequenos e o vereador não ganhava salários. Havia ainda o<<strong>br</strong> />
idealismo que aos poucos estava sendo abandonado e já estava<<strong>br</strong> />
54
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
surgindo a corrupção, <strong>com</strong> a qual o tio Abílio, não concordava e<<strong>br</strong> />
por isso acabou abandonando a política.<<strong>br</strong> />
Em 1959 o tio Abílio foi nomeado Juiz de Paz função que<<strong>br</strong> />
exerceu por 3 anos.<<strong>br</strong> />
O prédio da Câmara Municipal de Guarulhos estava localizado<<strong>br</strong> />
na Rua D. Pedro II, em prédio construído pelo meu tio Mário<<strong>br</strong> />
Boari Tamassia. Foi o maior prédio de Guarulhos e o mais alto.<<strong>br</strong> />
Tinha três pavimentos, no térreo ficava a padaria Tupã do meu<<strong>br</strong> />
tio Vaz e em cima tinha varias salas de escritório e no segundo<<strong>br</strong> />
andar estava toda a Câmara Municipal que tinha poucos<<strong>br</strong> />
funcionários, que todos conheciam.<<strong>br</strong> />
Mais tarde foi construído o paço municipal na Praça Getúlio<<strong>br</strong> />
Vargas e bem mais tarde o Paço Municipal se mudou para o<<strong>br</strong> />
Jardim Bom Clima onde desta até hoje e a Câmara Municipal se<<strong>br</strong> />
mudou para a Praça Getúlio Vargas, sendo presidente da<<strong>br</strong> />
Câmara o vereador Enio Máximo Gonçalves e o tio Abílio,<<strong>br</strong> />
secretario.<<strong>br</strong> />
Lem<strong>br</strong>o de um <strong>com</strong>ício grande do tio Abílio em Vila Galvão,<<strong>br</strong> />
quando o mesmo era candidato a prefeito, onde o mesmo fazia<<strong>br</strong> />
o discurso numa sacada de um prédio onde hoje é as casas<<strong>br</strong> />
pernambucanas na Rua 7 de Setem<strong>br</strong>o <strong>com</strong> a Rua Maria Eugênia<<strong>br</strong> />
da Silva. Tinha bastante gente e o tio Abílio foi bastante<<strong>br</strong> />
aplaudido.<<strong>br</strong> />
O tio Abílio infelizmente perdeu as eleições. Ganhou o<<strong>br</strong> />
Reinando Poli, que depois era conhecido <strong>com</strong>o “Reinaldo, o<<strong>br</strong> />
Mole”, que mais uma vez deixou a cidade parada. Nada<<strong>br</strong> />
trouxeram para Guarulhos e a cidade continuou enclausurada e<<strong>br</strong> />
dominada pelas grandes famílias, que não queriam o progresso<<strong>br</strong> />
de Guarulhos.<<strong>br</strong> />
Da mesma maneira que quando De Gaule visitou o Brasil e teria<<strong>br</strong> />
dito que “O Brasil não é um pais serio”, as famílias ricas de<<strong>br</strong> />
Guarulhos e donas do poder teriam tido a idéia de colocar uma<<strong>br</strong> />
55
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
porteira na entrada de Guarulhos, que naquele tempo era uma<<strong>br</strong> />
ponte de madeira que ficava no bairro da Ponte Grande e a<<strong>br</strong> />
Penha de França. Na verdade a porteira fisicamente não foi<<strong>br</strong> />
instalada, mas continuou a existir na imaginação das pessoas.<<strong>br</strong> />
Aos onze anos de idade, fui trabalhar <strong>com</strong>o office boy no<<strong>br</strong> />
escritório do tio Abílio, o Despachante Neves, que ficava na Rua<<strong>br</strong> />
D. Pedro II. Era o maior escritório despachante de Guarulhos.<<strong>br</strong> />
No almoço todos os escritórios fechavam. Incentivado pelo<<strong>br</strong> />
Tio Abílio fiz um curso de três meses de datilografia na Penha. O<<strong>br</strong> />
escritório do Tio Abílio era bastante movimentado, é <strong>com</strong>o se<<strong>br</strong> />
fosse um ponto político de encontro e fofocas da época.<<strong>br</strong> />
Lá eu conheci pessoas importantes da política dos esportes<<strong>br</strong> />
e da sociedade Guarulhense.<<strong>br</strong> />
O Moisés José Zeraibe, que foi presidente da Câmara dos<<strong>br</strong> />
Vereadores e Vice Prefeito, era funcionário do tio Abílio e eu<<strong>br</strong> />
trabalhei <strong>com</strong> ele alguns anos.<<strong>br</strong> />
O Moisés era muito cobiçado pelas mulheres e<<strong>br</strong> />
freqüentemente ia de ônibus ou de carro atrás de uma delas,<<strong>br</strong> />
deixando a chave do escritório para eu fechar. Dava inveja de<<strong>br</strong> />
ver <strong>com</strong>o as mulheres solteiras e bonitas paqueravam o Moisés e<<strong>br</strong> />
ele não perdia nada. Era honestíssimo, talvez a pessoa mais<<strong>br</strong> />
honesta e correta que conheci.<<strong>br</strong> />
O tio Abílio me levou pela primeira vez a um estádio de<<strong>br</strong> />
futebol, ao Pacaembu para ver um jogo decisivo.<<strong>br</strong> />
O tio Abílio é daquele tipo raro de homens políticos que são<<strong>br</strong> />
honestos. Na família todos o respeitam e o admiram. Mais tarde<<strong>br</strong> />
o tio Abílio transferiu o escritório da Rua D. Pedro II para a Rua<<strong>br</strong> />
Luiz Faccini, onde funciona até o presente momento sob a<<strong>br</strong> />
condução do Luiz Antônio Lourenço Neves.<<strong>br</strong> />
Em entrevista ao Jornal de Guarulhos de 17 de janeiro de<<strong>br</strong> />
1988, o tio Abílio disse que a instalação da Via Dutra e do<<strong>br</strong> />
Aeroporto Internacional de Guarulhos é que trouxeram uma<<strong>br</strong> />
grande expansão do município.<<strong>br</strong> />
56
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Luiz Antônio Lourenço Neves<<strong>br</strong> />
O casal Ana Letícia Forli e Abílio Lourenço Neves tiveram<<strong>br</strong> />
dois filhos, um deles o José Lourenço Neves Neto (Netinho) e o<<strong>br</strong> />
Luiz Antônio Lourenço Neves (Luizinho).<<strong>br</strong> />
Sempre achei que quem ensinou o Luiz Antônio a andar fui<<strong>br</strong> />
eu. A tia Nina estava sempre na casa da minha avó, e lá eu botava<<strong>br</strong> />
um pano amarrado na barriga do Luizinho e o ensinava a andar.<<strong>br</strong> />
Todos achavam gozado de <strong>com</strong>o eu insistia em que o<<strong>br</strong> />
Luizinho andasse. Ele me chamava carinhosamente de “Pinha”. Era<<strong>br</strong> />
o meu primo.<<strong>br</strong> />
Quando o Elio Mesquita estava fazendo uma pista de<<strong>br</strong> />
concreto para uma fá<strong>br</strong>ica de blocos de concreto em sociedade<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> o tio Ivo, que era a moda da época e que <strong>com</strong> um Jeep Ford<<strong>br</strong> />
percorria o terreno para <strong>com</strong>pactá-lo. O Luizinho viu tudo e<<strong>br</strong> />
pouco tempo depois, já estava dirigindo o Jeep <strong>com</strong> toda<<strong>br</strong> />
segurança. Todos confiavam e nele e era praticamente um<<strong>br</strong> />
menino.<<strong>br</strong> />
O Luiz Antônio casou no dia 8 de outu<strong>br</strong>o 1977 <strong>com</strong> Virgilia<<strong>br</strong> />
Aparecida Penna e o seu casamento foi uma bela festa, o mais<<strong>br</strong> />
bonito que já vi. Todos elegantemente trajados foram a Igreja<<strong>br</strong> />
Nossa Senhora da Esperança em São Paulo. Os padrinhos do Luiz<<strong>br</strong> />
Antônio, foram José Lourenço Neves Neto e esposa, Antônio Luiz<<strong>br</strong> />
Terranova e esposa, Haroldo Novak e esposa, Plínio Tomaz e<<strong>br</strong> />
esposa, Fausto Miguel Martelo. Da noiva os padrinhos foram<<strong>br</strong> />
Wagner Penna e esposa, Rafael Buonano Silva e Maria José<<strong>br</strong> />
Penna, Josué Penna Júnior e Maria Lúcia Gomes.<<strong>br</strong> />
As alianças foram conduzidos pelo jovem Plínio Augusto<<strong>br</strong> />
Rehse Tomaz (Plininho) que tinha então 8 anos de idade, que foi o<<strong>br</strong> />
pequeno príncipe.<<strong>br</strong> />
57
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Toda a família estava lá, inclusive o sr. José Forli, Bruno<<strong>br</strong> />
Forli e pessoa ligada a família <strong>com</strong>o Ga<strong>br</strong>iel Sayago, Túlio<<strong>br</strong> />
Martelo e amigos <strong>com</strong>o o deputado estadual Antônio Salim Curiati<<strong>br</strong> />
e o prefeito de Taquarituba, Luiz Ferreira Neto.<<strong>br</strong> />
A lua de mel do Luiz Antônio foi a das melhores da família,<<strong>br</strong> />
que tinha visto então, motivo pelo qual estou detalhando mais.<<strong>br</strong> />
O Luiz Antônio e a Virgilia fizeram um tour por toda a<<strong>br</strong> />
América do Sul, visitando Foz do Iguaçu, Buenos Aires,<<strong>br</strong> />
Bariloche, Mar del Plata, Santiago no Chile e outros pontos<<strong>br</strong> />
turísticos.<<strong>br</strong> />
O pai da Virgilia, o Sr. Josué Penna So<strong>br</strong>inho, foi<<strong>br</strong> />
farmaceutico e vereador na cidade de Taquarituba. Era casado<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> Valdelina Rodrigues e tiveram tres filhos: Vagner, Virgilia e<<strong>br</strong> />
Junior. O interessante que o Josue e Valdelina se casasram no<<strong>br</strong> />
dia 16 de junho de 1945, isto é, no mês dia em que seu casou a<<strong>br</strong> />
Leticia <strong>com</strong> o Abilio Lourenço Neves.<<strong>br</strong> />
O Thiago Penna Neves, filho do Luiz Antonio <strong>com</strong> Virgilia,<<strong>br</strong> />
será engenheiro de produção e a Karina Penna Neves, será futura<<strong>br</strong> />
advogada.<<strong>br</strong> />
58
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Rodolfo Turri<<strong>br</strong> />
O Netinho <strong>com</strong>o eu o chamo, é advogado e casou-se <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />
professora e Diretora Aposentada da Prefeitura Municipal de<<strong>br</strong> />
Guarulhos Berenice Turri, filha do Rodolfo Turri e da Iracy<<strong>br</strong> />
Bresser Corrêa Turri.<<strong>br</strong> />
O Rodolfo Turri tinha uma loja de materiais de construção<<strong>br</strong> />
na Rua D. Pedro II e tocava na famosa Banda Lira de Guarulhos<<strong>br</strong> />
de 1943 a 1956.<<strong>br</strong> />
Era <strong>com</strong>um nas quermesses, procissões e nas festas de<<strong>br</strong> />
Bonsucesso, ver-se a figura imponente do Rodolfo Turri tocando<<strong>br</strong> />
o seu pistão A Banda Lira <strong>com</strong> seus 15 músicos eram a alegria das<<strong>br</strong> />
festas de Guarulhos de antigamente. Todos os elementos da<<strong>br</strong> />
banda eram conhecidos assim <strong>com</strong>o todas as músicas que seriam<<strong>br</strong> />
tocadas.<<strong>br</strong> />
O Rodolfo Turri era homem bastante simples e era <strong>com</strong>um<<strong>br</strong> />
nos fins da tarde, vê-lo percorrendo as ruas de Guarulhos <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
um filão de pão em baixo dos <strong>br</strong>aços, do mesmo modo <strong>com</strong>o fazem<<strong>br</strong> />
os franceses e um charuto na outra mão.<<strong>br</strong> />
59
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Rodolfo Turri juntamente dona Iracy Bresser Corrêa Turri<<strong>br</strong> />
tiveram os seguintes filhos: Maria Aparecida, Marilena, Berenice,<<strong>br</strong> />
Marli, Wilson, Djalma, Roberto Antônio e Dagner Geraldo. A<<strong>br</strong> />
Maria conhecida <strong>com</strong>o Meire casou <strong>com</strong> um primo do Egisto<<strong>br</strong> />
Thomaz, o Godofredo Froner, que foi o primeiro diretor da<<strong>br</strong> />
Câmara Municipal de Guarulhos. A Berenice <strong>com</strong>o foi dito, casou<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> o meu primo, o Netinho.<<strong>br</strong> />
O Tio Guelfo<<strong>br</strong> />
A minha avó Maria Favali Forli tinha dois irmãos italianos que<<strong>br</strong> />
também vieram para o Brasil. Tio Aladino morava em Monte<<strong>br</strong> />
Alegre do Sul no Estado de São Paulo, que era o tio rico da<<strong>br</strong> />
família e o tio Guelfo morava em Guarulhos, que era o tio po<strong>br</strong>e.<<strong>br</strong> />
Lem<strong>br</strong>o-me bem do tio Guelfo que era pessoa muito boa e lutava<<strong>br</strong> />
muito para seu sustento. Sempre vinha visitar minha avó a Maria<<strong>br</strong> />
Favali Forli, sua irmã.<<strong>br</strong> />
Nunca vi o tio Aladino fazer uma visita. Nunca me lem<strong>br</strong>o de<<strong>br</strong> />
ter ouvido que o tio Aladino tinha ajudado o tio Guelfo alguma<<strong>br</strong> />
vez.<<strong>br</strong> />
O tio Guelfo Aldo Favali morava próximo ao antigo ponto de<<strong>br</strong> />
ônibus da Avenida Guarulhos denominado “seção” no bairro da<<strong>br</strong> />
Ponte Grande.<<strong>br</strong> />
Era casado <strong>com</strong> Ottilia Manso Favali e tiveram muitos<<strong>br</strong> />
filhos: Orlando Favali, Palmiro Favali, Eugênia Favali (Nega),<<strong>br</strong> />
Yolanda Favali (Nene), Leonis Favali (Nice), Olivio Favali e Dirlei<<strong>br</strong> />
Favali.<<strong>br</strong> />
O Orlando Favali teve os filhos Altibano, Mariselma e<<strong>br</strong> />
Rosana. O Orlando uma vez trabalhou na Padaria Barão do meu<<strong>br</strong> />
pai. Meu pai o Egisto Thomaz gostava muito do Orlando, fez<<strong>br</strong> />
60
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
inclusive um lugar para ele morar na Padaria. O Orlando namorava<<strong>br</strong> />
e fui ao seu casamento. O Orlando sempre foi um entendido em<<strong>br</strong> />
pães e até hoje trabalha em padarias.<<strong>br</strong> />
O Palmiro Favali teve os filhos Vera Lúcia, Sueli e Simone<<strong>br</strong> />
que é solteira. A Vera Lúcia tem uma filha chamada Amanda. A<<strong>br</strong> />
Sueli tem um filho chamado Rodrigo. O Palmiro sempre vinha as<<strong>br</strong> />
festas grandes da família feitas na casa da Neusa. O Palmiro<<strong>br</strong> />
sempre foi bastante simpático e além disto era palmeirense,<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o todos nós.<<strong>br</strong> />
A Eugênia Favali (Nega) tem quatro filhos: Margareth,<<strong>br</strong> />
Beth, Aldo e Edson.<<strong>br</strong> />
A Yolanda e o Dirley não tem filhos.<<strong>br</strong> />
A Leonis Favali (Nice) tem três filhos. A Jurema, o Palmiro<<strong>br</strong> />
e Altibano e a Suzi e Gloriete. A Jurema por sua vez tem três<<strong>br</strong> />
filhos: Carlos Júnior, Mércia que é bióloga e Carlos. O Altibano<<strong>br</strong> />
tem quatro filhos: Eduardo, Patrícia, Katia e Fabiana. A Suzi tem<<strong>br</strong> />
duas filhas, a Beatriz e Paloma. A Glonete tem três filhos, o<<strong>br</strong> />
Cláudio, Marcos e Aliganse.<<strong>br</strong> />
É difícil de não se esquecer da simpatia da Nice, da Nega,<<strong>br</strong> />
do Orlando e Palmiro, aqueles <strong>com</strong> quem mais tive contato. Isto<<strong>br</strong> />
prova que a raiz da família na Itália é muito boa. Temos uma<<strong>br</strong> />
família de pessoas trabalhadoras e honestas. A família do Tio<<strong>br</strong> />
Guelfo é um exemplo para todos.<<strong>br</strong> />
61
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Tio Aladino<<strong>br</strong> />
O tio Aladino era irmão da nona ou seja a sra. Maria Favali<<strong>br</strong> />
Forli. Era bem mais alto do que seu irmão o tio Guelfo.<<strong>br</strong> />
O tio Aladino morava em Monte Alegre do Sul e era o mais<<strong>br</strong> />
rico da família. Contavam-se estórias so<strong>br</strong>e o tio Aladino, que são<<strong>br</strong> />
dignas de novelas de televisão.<<strong>br</strong> />
Uma das estórias interessantes é que a mulher do tio<<strong>br</strong> />
Aladino fugiu de casa e sumiu. O tio Aladino então arranjou outra<<strong>br</strong> />
mulher e foi ao juiz solicitar a anulação do casamento, pois a<<strong>br</strong> />
mulher tinha desaparecido estando possivelmente morta.<<strong>br</strong> />
Faltavam uns dois dias para vencer o prazo de a mulher se<<strong>br</strong> />
apresentar, para que fosse invalidado o casamento, quando dois<<strong>br</strong> />
moradores de Monte Alegre do Sul foram passear na cidade do<<strong>br</strong> />
Rio de Janeiro e a noite em visita a uma casa noturna,<<strong>br</strong> />
encontraram a mulher do tio Aladino, trabalhando lá. Contaram<<strong>br</strong> />
para ela o que estava acontecendo, e ela se apresentou o juiz em<<strong>br</strong> />
Monte Alegre do Sul e o novo casamento não foi realizado.<<strong>br</strong> />
Uma outra estória do tio Aladino, é que sendo muito rico e<<strong>br</strong> />
não sei quais os verdadeiros motivos, <strong>com</strong>prou três fazendas de<<strong>br</strong> />
café em nome de um seu amigo.<<strong>br</strong> />
O tio Aladino, foi um grande exportador de café em grãos<<strong>br</strong> />
para o exterior. Acontece que de repente sem mais sem menos, o<<strong>br</strong> />
seu amigo morreu. Após o enterro o tio Aladino foi falar <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />
mulher dele so<strong>br</strong>e a situação das três fazendas e ela lhe disse<<strong>br</strong> />
maliciosamente que não sabia de nada e que as três fazendas<<strong>br</strong> />
eram dos seus filhos.<<strong>br</strong> />
62
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Tio Aladino perdeu as três fazendas. Mas Tio Aladino<<strong>br</strong> />
mesmo assim, devia ter algum dinheiro escondido e em poucos<<strong>br</strong> />
meses estava rico de novo.<<strong>br</strong> />
Lem<strong>br</strong>o-me que ia <strong>com</strong> o tio Bruno e minha mãe Eugênia para<<strong>br</strong> />
Monte Alegre do Sul varias vezes. O tio Bruno ia sempre<<strong>br</strong> />
dirigindo orgulhosamente seu carro importado chamado Nash<<strong>br</strong> />
Ambassador, <strong>com</strong> placa de carro de aluguel da praça de<<strong>br</strong> />
Guarulhos.<<strong>br</strong> />
O Tio Aladino sempre nos recebeu muito bem. Sua mulher<<strong>br</strong> />
chamava-se Clarice e tinha uma filha chamada Rosa, um pouco<<strong>br</strong> />
mais velha do que eu, que era muito boazinha.<<strong>br</strong> />
Lem<strong>br</strong>o mais tarde que recebemos em Guarulhos a visita da<<strong>br</strong> />
filha do tio Aladino que estava já casada. Tinha uma casa grande<<strong>br</strong> />
numa esquina. Em baixo ficava o seu enorme armazém que vendia<<strong>br</strong> />
praticamente um pouco de tudo. Em frente havia uma escola.<<strong>br</strong> />
Lem<strong>br</strong>o que tio Aladino falou de mim para as crianças da<<strong>br</strong> />
escola e veio um monte de meninas da escola me ver no Armazém.<<strong>br</strong> />
Fugi de medo.<<strong>br</strong> />
Tia Ancilla<<strong>br</strong> />
A Tia Ancilla é irmã da Maria Favali Forli. Casou-se <strong>com</strong> um<<strong>br</strong> />
fa<strong>br</strong>icante de tratores na Itália, um homem muito bom e muito<<strong>br</strong> />
rico, quando tinha cerca de quarenta anos.<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
63
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Da esquerda para direita estão: Leticia, Neusa, Élio, Olivo, Anita, Edith, Plínio, Eugênia, Abílio<<strong>br</strong> />
ao fundo e Sônia. As crianças são Maria Isabel e Maria Eugênia.<<strong>br</strong> />
64
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Domenico Forli e<<strong>br</strong> />
Anunciata Rossini<<strong>br</strong> />
(Itália)<<strong>br</strong> />
Giusepe Forli era irmão de<<strong>br</strong> />
Domenico. Casou <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
Adriana Bernardino e teve<<strong>br</strong> />
os filhos: Virginia, Maria,<<strong>br</strong> />
Rachele, Zita, Domenico,<<strong>br</strong> />
Eufrasio e Rocco. A<<strong>br</strong> />
Genoveva é filha do Rocco<<strong>br</strong> />
Angelo<<strong>br</strong> />
(não temos os<<strong>br</strong> />
nomes dos<<strong>br</strong> />
filhos)<<strong>br</strong> />
Italia<<strong>br</strong> />
Dino,<<strong>br</strong> />
que morreu<<strong>br</strong> />
moço.<<strong>br</strong> />
Giuseppe<<strong>br</strong> />
Forli<<strong>br</strong> />
Brasil<<strong>br</strong> />
(meu avo)<<strong>br</strong> />
Pedro<<strong>br</strong> />
Maura, Maria Tereza,<<strong>br</strong> />
Giuseppe, Dina, Dino<<strong>br</strong> />
Itália<<strong>br</strong> />
Maria<<strong>br</strong> />
Cuja<<strong>br</strong> />
filha era<<strong>br</strong> />
Maria<<strong>br</strong> />
Palmiro Favali casado<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> Angela Iacupini<<strong>br</strong> />
(Italia)<<strong>br</strong> />
Maria<<strong>br</strong> />
Favali<<strong>br</strong> />
Eugênia. Faleceu<<strong>br</strong> />
no Brasil. Não teve<<strong>br</strong> />
filhos.<<strong>br</strong> />
Mariana casou <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
Lepanto e teve os<<strong>br</strong> />
filhos: Nice e Rita<<strong>br</strong> />
(Italia)<<strong>br</strong> />
Ancilla<<strong>br</strong> />
não teve<<strong>br</strong> />
ffilhos<<strong>br</strong> />
(Italia)<<strong>br</strong> />
Aladino veio<<strong>br</strong> />
para o Brasil e<<strong>br</strong> />
casou <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
Clarisse e teve a<<strong>br</strong> />
filha Rosa.<<strong>br</strong> />
Guelfo casou no Brasil <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
Ottilia Manco e teve os filhos:<<strong>br</strong> />
Orlando, Palmiro, Eugenia<<strong>br</strong> />
(Nega), Yolanda (Nene),<<strong>br</strong> />
Leonis(Nice),Elirio, Dirlei<<strong>br</strong> />
(solteira)<<strong>br</strong> />
Orlando teve os<<strong>br</strong> />
filhos Altibano,<<strong>br</strong> />
Marisselma e<<strong>br</strong> />
Rosana<<strong>br</strong> />
Palmiro teve as filhas<<strong>br</strong> />
Vera Lucia, Sueli e<<strong>br</strong> />
Simone<<strong>br</strong> />
65<<strong>br</strong> />
Leonis (Nice)<<strong>br</strong> />
teve os filhos:<<strong>br</strong> />
Jurema,<<strong>br</strong> />
Palmiro,<<strong>br</strong> />
Altibano,<<strong>br</strong> />
Suzi e<<strong>br</strong> />
Eugenia (Nega) teve os<<strong>br</strong> />
Filhos Margareth, Aldo,<<strong>br</strong> />
Edson e Beth.
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Giuseppe Forli (nascido aos 05/01/1890) e<<strong>br</strong> />
Maria Favali (nascido a 10/7/1891) se<<strong>br</strong> />
casaram na Itália e tiveram os seguintes<<strong>br</strong> />
filhos:Eugenia, Bruno, Olivo e Letícia.<<strong>br</strong> />
Eugenia Forli casou<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> Egisto Thomaz<<strong>br</strong> />
e teve os filhos<<strong>br</strong> />
Plínio, Sonia e<<strong>br</strong> />
Neusa.<<strong>br</strong> />
Olivo Mariano Otavio Forli<<strong>br</strong> />
casou <strong>com</strong> Ana Neves ( tia<<strong>br</strong> />
Anita) e teve os filhos, Gelse<<strong>br</strong> />
Maria Forli e Rita Valeria.<<strong>br</strong> />
Bruno Forli morreu<<strong>br</strong> />
solteiro<<strong>br</strong> />
Letícia Forli<<strong>br</strong> />
casou <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
Abílio<<strong>br</strong> />
Lourenço<<strong>br</strong> />
Neves e teve os<<strong>br</strong> />
filhos Jose<<strong>br</strong> />
Lourenço e<<strong>br</strong> />
Luiz Antônio.<<strong>br</strong> />
66
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Eugenia Forli casou <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
EgistoThomaz<<strong>br</strong> />
Neusa Thomaz casou <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
Élio Mesquita e teve os<<strong>br</strong> />
filhos Helio, Maria Isabel,<<strong>br</strong> />
Maria Eugenia e Cláudio.<<strong>br</strong> />
Plínio Tomz casou <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
Edith Rehse e teve os<<strong>br</strong> />
filhos Plínio Augusto,<<strong>br</strong> />
Luciana e Fabiana<<strong>br</strong> />
Sonia Thomaz<<strong>br</strong> />
ficou solteira<<strong>br</strong> />
O Helio filho casou <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
Gisele e teve os filhos<<strong>br</strong> />
Helio e Victor.<<strong>br</strong> />
A Maria Isabel casou <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
Ezio Alves de Siqueira e<<strong>br</strong> />
teve os filhos Matheus e<<strong>br</strong> />
Tiago.<<strong>br</strong> />
A Maria Eugenia casou<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> Airton Rabelo e teve<<strong>br</strong> />
os filhos Elisa, Otávio e<<strong>br</strong> />
Pedro.<<strong>br</strong> />
O Cláudio casou <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />
Renata e teve os filhos<<strong>br</strong> />
Erica e Fernanda<<strong>br</strong> />
O Plinio Augusto casou <strong>com</strong> Ana<<strong>br</strong> />
Claudia Scimini e teve duas filhas:<<strong>br</strong> />
Thais Scimini Tomaz e Ana<<strong>br</strong> />
Carolina Scimini Tomaz.<<strong>br</strong> />
A Luciana casou <strong>com</strong> Ivanésio<<strong>br</strong> />
Rodrigues Carrilho e tem os filhos<<strong>br</strong> />
Beatriz Carrilho Tomaz e Lucas<<strong>br</strong> />
Carrilho Tomaz.<<strong>br</strong> />
A Fabiana casou-se <strong>com</strong> Jorge<<strong>br</strong> />
Imamura e tem a filha Yasmin<<strong>br</strong> />
67
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Olivo Mariano Otavio Forli<<strong>br</strong> />
casou <strong>com</strong> Ana Neves (tia<<strong>br</strong> />
Anita)<<strong>br</strong> />
Gelse Marina Forli<<strong>br</strong> />
casou <strong>com</strong> Edmir de<<strong>br</strong> />
Almeida e teve as<<strong>br</strong> />
Filhas Adriana Forli<<strong>br</strong> />
de Almeida e Marina<<strong>br</strong> />
Forli de Almeida<<strong>br</strong> />
Rita Valeria Forli casou <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
Antonio Terranova e teve os<<strong>br</strong> />
filhos Daniel Forli Terranova,<<strong>br</strong> />
Gustavo Forli Terranova e<<strong>br</strong> />
Fabio Forli Terranova.<<strong>br</strong> />
68
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Leticia Forli casou <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
Abilio Lourenço Neves<<strong>br</strong> />
José Lourenço Neves Neto<<strong>br</strong> />
(Netinho) casou <strong>com</strong> Berenice<<strong>br</strong> />
Turri e tem os filhos Ana<<strong>br</strong> />
Leticia Turri Neves e Rodrigo<<strong>br</strong> />
Turri Neves.<<strong>br</strong> />
Luiz Antonio Neves (Luizinho) casou <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
Virgilia Aparecida Penna e teve os filhos<<strong>br</strong> />
Thiago Penna Neves e Karina Penna Neves<<strong>br</strong> />
69
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
Bibliografia<<strong>br</strong> />
BROOK-SHEPHERD, GORDON. The Austrians. New York: Carrol<<strong>br</strong> />
& Graf Publishers, 1996, ISBN 0-7867-0520-5, 483 p.<<strong>br</strong> />
DUMAS, ALEXANDRE. Memórias de Garibaldi. São Paulo: L&PM,<<strong>br</strong> />
1998, 262 p. ISBN 85.254.0881-6.<<strong>br</strong> />
FOLHA DE SÃO PAULO. Itália-guia. 1 a ed. São Paulo: Folha da<<strong>br</strong> />
Manhã, 1998, 671 p., ISBN 85-7402-022-2.<<strong>br</strong> />
HOLMES, GEORGE. The Oxford Illustrated History of Italy.<<strong>br</strong> />
New York: Oxford University Press, 1997, 386 p., ISBN 0-19-<<strong>br</strong> />
820527-9.<<strong>br</strong> />
LINTNER, VALERIO. A Traveller´s History of Italy. 4 a ed. New<<strong>br</strong> />
York, Interlink Books, 1997, 287 p. ISBN 1-56656-258-9.<<strong>br</strong> />
MALET, ALBERTO e ISAAC, J.. Curso de Historia Universalpara<<strong>br</strong> />
uso de la enseñanza media. Buenos Aires: Li<strong>br</strong>eria Hachette,<<strong>br</strong> />
1942.<<strong>br</strong> />
PETRARCA, FRANCESCO. Le rime di Francesco Petrarca. Milano:<<strong>br</strong> />
Editore Ulrico Hoepli, 1991, ISBN 88-203-1862-8, 633 p.<<strong>br</strong> />
POLI, CONSTANZA. Tuscany- places and history. Verona: White<<strong>br</strong> />
Star, 1997, 135 p, ISBN 1-55670-533-6.<<strong>br</strong> />
REICH, WILHEM. Psicologia de massas do Fascismo. 2 a ed. São<<strong>br</strong> />
Paulo: Martins Fontes, março 1988, 369 p.<<strong>br</strong> />
70
“A Familia Forli”<<strong>br</strong> />
Eng Plínio Tomaz 2455-0149 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
02 fevereiro/2002<<strong>br</strong> />
TRINDADE, HÉLGIO. Integralismo, o fascismo <strong>br</strong>asileiro na<<strong>br</strong> />
década de 30. São Paulo: EDUSP, 1972.<<strong>br</strong> />
WALTER, HENRIETTE. A Aventura das Línguas no Ocidenteorigem,<<strong>br</strong> />
história e geografia. São Paulo: Agência Siciliana de<<strong>br</strong> />
Livros, 1997, 427 p. ISBN 85-354-0029-X.<<strong>br</strong> />
JORNAL DE GUARULHOS. Sala de Visita- Elio de Castro<<strong>br</strong> />
Mesquita, 19 a 20 de dezem<strong>br</strong>o de 1987.<<strong>br</strong> />
JORNAL DE GUARULHOS. Sala de Visita- Rodolfo Turri. 22 e<<strong>br</strong> />
23 de outu<strong>br</strong>o de 1988.<<strong>br</strong> />
JORNAL DE GUARULHOS. Sala de Visita- Abílio Lourenço<<strong>br</strong> />
Neves. 16 e 17 de janeiro de 1988.<<strong>br</strong> />
JORNAL DE GUARULHOS. Casamento em São Paulo de Virgilia e<<strong>br</strong> />
Luiz Antônio.<<strong>br</strong> />
FOLHA METROPOLITANA. Giuseppe Forli viu o <strong>com</strong>eta em 1910<<strong>br</strong> />
e está feliz por vê-lo de novo. 15 e 16 de dezem<strong>br</strong>o 1985.<<strong>br</strong> />
JORNAL DE GUARULHOS. Taxista mais antigo da cidade,<<strong>br</strong> />
aposentado. 25 de julho de 1983.<<strong>br</strong> />
JORNAL DE GUARULHOS. Bruno Forli, deste o tempo dos<<strong>br</strong> />
carros de aluguel. Sem data.<<strong>br</strong> />
JORNAL OLHO VIVO. O Homem que viu o Cometa e seus<<strong>br</strong> />
presságios. 8 de dezem<strong>br</strong>o de 1985.<<strong>br</strong> />
71