Boas Festas! - Post Milenio

Post-Milénio... Às Sextas-feiras, bem pertinho de si!
22 a 28 de Dezembro de 2006
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DESPORTO
COISAS E LOISL
OISAS DO "NOSSO" FUTEBOL
HOJE... E OUTRORA! ALEXANDRE
Os tempos são outros.
A massa
muscular
humana é alvo de tratamento
diferente. A administração
de métodos de treinamento
já pouco ou nada têm a ver
com aqueles que se ministravam
há uns anos. Até no
capítulo técnico, de habilidade
e de execução, se
encontram diferenças.
Antigamente, futebolistas
como Pelé (o melhor de
sempre, digam lá o que disserem),
Maradona,
Eusébio... e muitos outros
que provavelmente
deixaram passar ao lado carreiras
que poderiam ter sido
tão mediáticas como as dos
três futebolistas que mencionámos,
jogavam a toda a
hora e a todo o momento e ai
daqueles que se atrevessem
a substituí-los.
As mentalidades dos
treinadores, hoje, poderão
basear-se no facto de nessa
época os jogadores actuarem
uma vez por semana. No
entanto, e de repente, os
ingleses deram provas de
que jogar-se duas vezes por
semana não causaria quaisquer
dores de cabeça (e passaram
a fazê-lo com regularidade).
Claro, os portugueses
são diferentes. Outras intelectualidades.
Outros
princípios. Só que a massa
humana, essa, não é diferente.
Mais ainda, antigamente,
os jogos eram disputados
por equipas de onze futebolistas
cada... sem direito a
substituições. Quem
começava, tinha que
acabar... e se acontecesse
qualquer lesão de permeio,
as equipas jogavam sem
menos um jogador, ou
menos aqueles que se lesionassem.
Hoje em dia, até se
permitem três substituições,
não só para beneficiar os
mais frágeis, como ainda
para proporcionar alterações
tácticas. Vida facilitada aos
treinadores.
No entanto, hoje só se
fala em "gestão do plantel" e
em "rotatividades".
Aumenta-se o "insuflar" de
situações que servem para
defender determinados erros
de opções, alguns até mesmo
de palmatória.
Quando se prescinde de
um futebolista, por mera
opção, que até é convocado
à Selecção Nacional, e
depois se alega tratar-se da
tal "gestão" a que tanto obriga,
há qualquer coisa que
começa a ter um cheiro
desagradável.
Ainda nos recordamos
dos tempos em que quando
se formava um "onze"... era
tão difícil "roubar" o lugar
fosse a quem fosse. Ou se
jogava bem... sempre, ou se
corria o risco de se passar
para o "banco". Agora, não...
jogar bem, ou jogar mal... dá
sempre para a "rotatividade"
da incompreensível "gestão"
que certos treinadores
alegam ser uma obrigação.
Jogam-se "derbies" e
deixam-se de fora alguns
dos melhores jogadores da
equipa, porque se está em
"gestão", e colocam-se na
equipa inicial executantes
que já à uma mão cheia de
jogos que nem sequer
entraram em campo senão
durante os treinos. E estas
decisões aceitam-se, como
se fossem muito naturais.
Houve um técnico que
revolucionou o futebol português.
Deu pelo nome de
Otto Glória. Nunca, mesmo
nos dias de hoje, utilizaria
tamanhas desculpas (sim,
não são justificações). Que
saudades que temos de técnicos
como Fernando Vaz,
José Maria Pedroto, ou num
plano mais recente, Sven
Goran Eriksson ou Artur
Jorge (durante os seus anos
de glória)... e outros, muitos
de excelente quilate.
O problema será,
provavelmente, o querer
imitar treinadores como José
Mourinho ou Carlos
Queirós, os quais transmitem
a imagem de "gestão"
que se pretende "copiar", só
que nos esquecemos que o
potencial futebolístico das
melhores equipas do mundo,
nada tem a ver com o das
melhores equipas de
Portugal, e mesmo assim,
esses, não prescindem dos
melhores quando é preciso
"resolver".
Dentro desta ordem de
ideias, eis que o F.C.Porto, o
S.L.Benfica e o Sp.Braga,
vão ter que continuar a ter
grandes dores de cabeça
com a "gestão" dos seus
planteis, uma vez que são as
únicas equipas que continuam
no âmbito europeu, mas
Ou se jogava bem... sempre, ou se corria o risco de
se passar para o "banco". Agora, não... jogar bem,
ou jogar mal... dá sempre para a "rotatividade" da
incompreensível "gestão" que certos treinadores
alegam ser uma obrigação.
no entanto (e com muito
pouca gente a compreender),
quando se está perante o
interregno da Europa, também
nós paramos.
A 20 ou 21 de Fevereiro,
o FC Porto-Chelsea. A 14 ou
RIBEIRO FRANCO
15 de Fevereiro, o Braga-
Parma e o Benfica-Dinamo
de Bucareste... e, em vez de
aproveitarmos este período
para a realização de jogos da
Primeira Liga sem acumulações,
não... eis que também
o nosso campeonato vai
parar até ao dia 12 de Janeiro
(quase um mês... de 18 de
Dezembro a 12 de Janeiro).
Sim, só se volta a jogar a 12,
13 e 14 de Janeiro, mas
depois, logo no fim-de-semana
seguinte, mais uma paragem
no fim-de-semana de
21 de Janeiro, para dar lugar
à 5ª eliminatória da Taça de
Portugal. E depois, a 11 de
Fevereiro, mais outra paragem
(6ª Eliminatória da
Taça de Portugal).
Não somos nós os
"doutorados", nem quem
tem os livros, mas não seria
preferível realizar jogos do
campeonato (tantos quantos
possíveis) antes de se
recomeçar as competições
europeias, e quando das
eliminatórias da Taça de
Portugal realizá-las a meio
da semana? Mas, quem
somos nós?
E, como diria um grande
amigo... "o rei continua nu".
Até quando? Pelos vistos,
para continuar "nu" durante
muitos e muitos anos,
porque o desejo de um dos
melhores treinadores portugueses,
nunca mais se concretizará
(e por isso é que ele
optou pelo estrangeiro), nem
as "moscas" mudam, nem o
futebol português consegue
encontrar verniz que o faça
brilhar.
Boas Festas a todos!
Boas
Festas