SoundRecover - Phonak
SoundRecover - Phonak
SoundRecover - Phonak
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
<strong>SoundRecover</strong><br />
A Compressão de Frequência exclusiva da <strong>Phonak</strong>!<br />
Perguntas e Respostas sobre as aplicações e benefícios.<br />
Introdução<br />
Inovações importantes sempre trazem consigo dúvidas, polêmicas<br />
e questionamentos. Quem não se lembra das várias<br />
questões referentes aos primeiros aparelhos digitais, algorítmos<br />
de redução de ruído, a possibilidade de manipulação de<br />
compressão, entre outros. Estas questões quando debatidas<br />
com ética e princípios científicos valorizam e aperfeiçoam as<br />
novas tecnologias.<br />
Este é o caso da Compressão de Frequência, uma grande<br />
inovação, resultado de um complexo processo de desenvolvimento<br />
tecnológico, que utilizou vultosos investimentos em<br />
pesquisa e que tem trazido importantes benefícios para muitos<br />
pacientes.<br />
O objetivo deste informe é explicar seus princípios, funcionamento<br />
e benefícios, e eliminar eventuais dúvidas a respeito.<br />
Nesse informe você vai ler sobre:<br />
1 - O que é <strong>SoundRecover</strong>?<br />
2 - Como o <strong>SoundRecover</strong> é ajustado?<br />
3 - Qual a importância das frequências altas?<br />
4 - Qual a importância da largura da banda (faixa) de frequência de um<br />
aparelho auditivo?<br />
5 - O <strong>SoundRecover</strong> é necessário se o aparelho auditivo já possui uma<br />
banda de frequência estendida?<br />
6 - <strong>SoundRecover</strong> e as perdas severas e profundas.<br />
7 - <strong>SoundRecover</strong> e as perdas leves e moderadas.<br />
8 - <strong>SoundRecover</strong> e as crianças.<br />
9 - Há benefícios para os usuários em situações ruidosas?<br />
10 - Os sons com <strong>SoundRecover</strong> parecem distorcidos ou não naturais?<br />
11 - Quanto tempo leva a aclimatização ao <strong>SoundRecover</strong>?<br />
12 - O <strong>SoundRecover</strong> e privação auditiva.<br />
13 - Como verificar o funcionamento e efetividade do <strong>SoundRecover</strong>?<br />
14 - Há alguma contra-indicação do uso do <strong>SoundRecover</strong>?<br />
15 - Conclusões.
1 - O que é <strong>SoundRecover</strong>?<br />
Um dos maiores desafios enfrentados por deficientes auditivos<br />
é a falta de percepção de sons de frequências altas. Essas<br />
frequências são particularmente importantes para a compreensão<br />
da fala e esta falta de percepção pode causar:<br />
• Dificuldade em reconhecer certos sons da fala como consoantes<br />
fricativas /f/, /s/, e /sh/.<br />
• Dificuldade em ouvir e identificar sons agudos como o canto<br />
dos pássaros, alarmes e alguns sons musicais.<br />
• Dificuldade para crianças em aprender a produzir sons da<br />
fala com predominância de frequências altas.<br />
• Dificuldade para adultos em manter a qualidade da fala.<br />
Ciente destes desafios, a <strong>Phonak</strong>, em colaboração com o Prof.<br />
Hugh McDermott da Universidade de Melbourne na Austrália,<br />
desenvolveu um inovador algorítmo de compressão de frequência<br />
não-linear e o batizou de <strong>SoundRecover</strong>. Esse algorítmo<br />
comprime sons de frequências altas, para uma faixa de<br />
frequência mais baixa onde há maior sensibilidade auditiva<br />
e capacidade de distinguir sons. Este algorítmo exclusivo da<br />
<strong>Phonak</strong> estende efetivamente a faixa audível sem produção<br />
de distorções. Frequências abaixo do ponto de compressão<br />
(limiar de compressão de frequência) são mantidas e apenas<br />
as frequências altas são comprimidas.<br />
As figuras ao lado mostram, de uma forma visual, como é<br />
a percepção do som com audição normal, com uma perda<br />
auditiva, a percepção com aparelho auditivo convencional e a<br />
percepção com aparelho auditivo com a atuação da compressão<br />
de frequência.<br />
Desde seu desenvolvimento, o <strong>SoundRecover</strong> tem sido cuidadosamente<br />
avaliado em crianças e adultos, disponibilizando<br />
vários estudos com evidências de benefícios para usuários de<br />
todas as idades e graus de perda auditiva.<br />
Referências:11,12,13,16, 23<br />
Figura 1: Analogia: Audição normal<br />
Figura 2: Analogia: Perda auditiva<br />
Figura 3: Analogia: Amplificação padrão<br />
Figura 4: Analogia: Amplificação com <strong>SoundRecover</strong><br />
2- Como o <strong>SoundRecover</strong> é ajustado?<br />
<strong>SoundRecover</strong> é ativado e ajustado automaticamente no iPFG<br />
(software de programação dos aparelhos auditivos <strong>Phonak</strong>),<br />
com base no audiograma do paciente e fórmula de prescrição.<br />
Ele também pode ser facilmente modificado de modo a otimizar<br />
os benefícios da adaptação, ou até mesmo desligado.<br />
Para adultos, tanto o limiar auditivo nas frequências específicas<br />
quanto a configuração audiométrica como um todo são<br />
2<br />
considerados. Para perda auditiva de grau leve ou configuração<br />
plana, frequências relativamente altas são selecionadas<br />
para frequência de corte. Para perda auditiva de grau severo<br />
ou configuração em rampa acentuada, frequências de corte<br />
mais baixas são selecionadas. A razão de compressão de<br />
frequência é obtida a partir da frequência de corte. A razão<br />
de compressão determina efetivamente a concentração da
compressão de frequência aplicada acima da frequência de<br />
corte. Por exemplo, frequências de corte mais baixas utilizam<br />
razões de compressão elevadas e resultam em compressão<br />
de frequência mais forte, pois uma extensa área de frequência<br />
de entrada é comprimida em uma determinada faixa de<br />
frequência de saída.<br />
3 - Qual a importância das frequências altas?<br />
É particularmente importante para deficientes auditivos<br />
perceber e distinguir sons de alta frequência com facilidade<br />
e precisão. Estes sinais contêm informações sobre a fala que<br />
beneficiam a inteligibilidade. A percepção clara de tais sons<br />
também propicia dicas valiosas de localização e benefícios<br />
para a produção da fala. Quando um ouvinte está tentando<br />
entender a fala em um ambiente ruidoso, estes sinais<br />
acústicos são particularmente importantes pois eles são<br />
menos suscetíveis ao mascaramento pelos componentes de<br />
frequência baixa dos tipos mais comuns de ruídos.<br />
Para percebermos a fala de maneira audível e inteligível, necessitamos<br />
perceber sons cujo espectro é caracterizado por<br />
formantes localizados em regiões de frequência mais alta/<br />
mais aguda. Um exemplo simples e prático é o fato de, no<br />
português, diferenciarmos o plural com o acréscimo do /s/<br />
ao final das palavras.<br />
O fonema /s/ tem seus formantes na região de 4.000 a 6.000Hz<br />
e ainda contém muita informação por volta de 10.000Hz.<br />
Crianças mais novas em fase de desenvolvimento de linguagem<br />
beneficiam-se da capacidade de ouvir sons da fala de<br />
frequência alta que eles estão tentando produzir.<br />
Referências: 2, 9,14,15,16, 20, 23<br />
4 - Qual a importância da largura da banda (faixa)<br />
de frequência de um aparelho auditivo?<br />
Largura de banda = capacidade de carregar uma informação<br />
/ gama de frequências<br />
No passado, a limitação da largura da banda de frequência<br />
alta em aparelhos auditivos analógicos geralmente era<br />
resultado da performance eletroacústica. Com aparelhos<br />
auditivos de alta potência especificamente, era muito difícil<br />
obter níveis de saída adequados para frequências acima de<br />
4.000Hz. Recentemente, entretanto, com o avanço da tecnologia<br />
empregada no desenvolvimento de novos receptores,<br />
as limitações da largura de banda agora são impostas por<br />
outros fatores.<br />
Em todos os aparelhos auditivos digitais, há um limite absoluto<br />
para largura da banda, resultado direto do processo<br />
de amostragem. A amostragem é necessária para converter<br />
os sinais sonoros na entrada do aparelho auditivo em uma<br />
transmissão separada de representações digitais. A taxa de<br />
amostragem deve ser alta o suficiente para assegurar que o<br />
sinal acústico continuamente variável seja representado no<br />
processador digital com fidelidade adequada. A seleção da<br />
taxa de amostragem é baseada num princípio fundamental<br />
de processamento digital do sinal que diz que a frequência<br />
mais alta que pode ser representada adequadamente após a<br />
amostragem é pouco menos da metade da taxa de amostragem.<br />
Para ouvintes com audição normal, o limite máximo de<br />
frequência é geralmente considerado 20.000Hz, assim a taxa<br />
de amostragem necessária é mais de 40.000Hz. Na verdade,<br />
para um som digital gravado usando o formato padrão de um<br />
disco compacto (CD) é usada uma amostragem de 44.100 Hz.<br />
Infelizmente, o uso de taxas de amostragem relativamente<br />
alta pode ter efeitos colaterais indesejados. O processador de<br />
sinal digital dentro de um aparelho auditivo moderno é programado<br />
para modificar os sinais sonoros a uma taxa igual<br />
ou proporcional a taxa de amostragem. Um efeito prático<br />
desta relação é que taxa de amostragem mais elevada gera<br />
maior consumo de energia, reduzindo a vida útil da bateria.<br />
Projetistas de aparelhos auditivos digitais enfrentam um dilema<br />
complicado: ampliar a largura da banda do aparelho<br />
significa reduzir a vida útil da bateria. Consequentemente é<br />
comum para aparelhos auditivos que a taxa de amostragem<br />
seja aproximadamente 20.000Hz. Esta escolha significa que<br />
o limite máximo da largura de banda em termos de som produzido<br />
pelo aparelho auditivo deve ser de aproximadamente<br />
10.000Hz. Em alguns aparelhos, a taxa de amostragem pode<br />
ser de até 16.000 Hz, resultando em uma largura de banda<br />
acústica de menos de 8.000Hz.<br />
Referências: 15<br />
5 - O <strong>SoundRecover</strong> é necessário se o aparelho<br />
auditivo já possui uma banda de frequência<br />
estendida?<br />
Sim. A maioria dos aparelhos auditivos modernos possuem<br />
uma banda larga de resposta, entretanto, devido a limitações<br />
do receptor, alcançar audibilidade acima de 6.000Hz é muito<br />
difícil mesmo para perdas leves. O <strong>SoundRecover</strong>, junto<br />
com aparelhos da banda larga garante a audibilidade para<br />
frequências altas.<br />
3
6 - <strong>SoundRecover</strong> e as perdas severas e profundas<br />
A grande parte dos deficientes auditivos tem maior dificuldade<br />
para ouvir sons de frequências altas do que sons de frequências<br />
baixas. Tradicionalmente, quanto maior a perda auditiva,<br />
maior ganho deve ser aplicado àquela frequência. Entretanto,<br />
para algumas pessoas, a sensibilidade auditiva é tão baixa<br />
para frequências altas que não é possível suprir ganho suficiente<br />
e atingir a audibilidade. Além disto, mesmo quando os<br />
sons se tornam audíveis, eles podem não ser discriminados<br />
ou reconhecidos. Tais problemas de percepção são geralmente<br />
resultado de danos irreversíveis no ouvido interno.<br />
Qualquer pessoa com uma perda auditiva deveria perceber a<br />
fala de maneira clara e fácil. Perceber a fala significa reconhecimento,<br />
detecção e compreensão.<br />
Comprimir as frequências altas e deslocá-las para uma área<br />
adjacente, mais baixa, onde há resposta, é a única maneira de<br />
tornar audíveis os sons de alta frequência para portadores de<br />
perdas auditivas severa-profundas.<br />
Referências: 5,17,20,21,27<br />
7 -<strong>SoundRecover</strong> e as perdas leves e moderadas<br />
Como já foi mencionado, os aparelhos auditivos possuem limitações<br />
para deixar sons de alta frequência audíveis causada<br />
pela condução do estímulo até o conduto (resistores e receptores)<br />
além da própria limitação do amplificador do AASI.<br />
O <strong>SoundRecover</strong> minimiza a limitação física dos receptores<br />
tornando os sons de alta frequência audíveis. Portanto, mesmo<br />
portadores de perdas leves e moderadas se beneficiam do<br />
<strong>SoundRecover</strong>.<br />
A faixa de frequência tem uma grande dependência da intensidade<br />
sonora. Para obtermos a mesma sensação auditiva<br />
ao longo das diversas frequências, a intensidade necessária é<br />
diferente. Por exemplo, se escutamos um som de 1.000 Hz a<br />
60dB NPS, para percebermos um som de 20Hz na mesma intensidade,<br />
precisamos que ele seja apresentado a 100dB NPS.<br />
Vários estudos mostram essa relação e ainda mostram uma<br />
diminuição da percepção de frequências agudas com o avanço<br />
da idade. Percepção das frequências até 2.000Hz não sofrem<br />
alteração com o passar dos anos, mas acima dessa frequência<br />
há comprovadamente uma necessidade de níveis de intensidade<br />
mais elevados para que haja audibilidade, conforme vamos<br />
avançando na idade. Isso é um fenômeno natural, ocorre<br />
tanto para indivíduos que não possuem uma perda auditiva e<br />
é mais sensível àqueles que possuem uma alteração.<br />
Quando o <strong>SoundRecover</strong> é usado em perdas leves, a frequência<br />
de corte é alta, dessa forma somente sons de alta frequência<br />
são afetados. Sons estes que de outra forma não seriam<br />
audíveis. Isto efetivamente aumenta a banda de percepção<br />
do aparelho auditivo. O mínimo grau de compressão nestes<br />
casos oferece uma audibilidade adicional sem impactar na<br />
qualidade sonora.<br />
Figura 6 e 7: Os resultados da adaptação de dois aparelhos auditivos de acordo<br />
com a fórmula DSL v5.0a (cruzes verdes), para o audiograma (curva vermelha)<br />
mostrado acima. O aparelho auditivo da <strong>Phonak</strong> (curva verde) teve o<br />
<strong>SoundRecover</strong> desativado. A curva amarela mostra os resultados obtidos com<br />
aparelhos auditivos de outro fabricante que afirma ser de banda larga.<br />
Figura 8: como para a Figura 7, mas para um sinal consistindo de um ruído<br />
de banda estreita concentrado em 6.3 kHz, a curva azul mostra o efeito da<br />
ativação do <strong>SoundRecover</strong> em um aparelho auditivo <strong>Phonak</strong>.<br />
Sem o <strong>SoundRecover</strong> (curva verde), só é possível atingir uma audibilidade<br />
marginal para este sinal, e o aparelho concorrente (curva amarela) atinge<br />
seu pico abaixo do limiar auditivo e portanto não oferece audibilidade nenhuma.<br />
Note que os parâmetros de adaptação de cada aparelho auditivo<br />
permanecem como descritos na Figura 7, com ajuste fino para o maior ganho<br />
de frequência alta. Com o <strong>SoundRecover</strong> ativado, o sinal teste é amplificado<br />
pelo aparelho auditivo <strong>Phonak</strong> a níveis claramente audíveis (curva<br />
azul). Para saber mais detalhes sobre como conduzir e interpretar este procedimento<br />
no Verifit, desenvolvido para verificar a performance de aparelhos<br />
auditivos com tecnologia de deslocamento de frequência, consulte o<br />
documento “Guidelines for fitting hearing instruments with <strong>SoundRecover</strong>”<br />
(Orientações para adaptação de aparelhos auditivos com <strong>SoundRecover</strong>)<br />
disponível em www.phonakpro.com/soundrecover.<br />
Referências: 3, 1, 14, 15,19<br />
4
8 - <strong>SoundRecover</strong> e as crianças.<br />
Vários estudos foram realizados com crianças e os resultados<br />
obtidos de detecção e discriminação de fala mostraram uma<br />
melhora significativa quando <strong>SoundRecover</strong> estava ativado.<br />
A melhora percebida foi vista principalmente em relação ao<br />
reconhecimento de consoantes e de plural, sendo que, no<br />
que diz respeito a vogais, nenhuma mudança foi observada.<br />
Observou-se também uma melhora na produção de fala das<br />
crianças após o uso do <strong>SoundRecover</strong> pois podem reproduzir<br />
os sons que passam a escutar.<br />
Referências: 6, 20, 22, 23, 24, 25, 27<br />
9- Há benefícios para os usuários em situações<br />
ruidosas?<br />
Há estudos na área científica que observaram benefício objetivo e<br />
subjetivo com a utilização do <strong>SoundRecover</strong> em situações silenciosas<br />
e ruidosas.<br />
O Oldenburger Satztest (OLSA), um teste de sentença no ruído,<br />
mostrou que os pacientes que utilizam o aparelho auditivo com o<br />
<strong>SoundRecover</strong> ativado, obtém uma melhora em média de 1,3dB no<br />
SRT com um ruído competitivo apresentado à 65dB, comparados ao<br />
aparelho auditivo convencional.<br />
Quando um ouvinte está tentando entender a fala em um ambiente<br />
ruidoso, as frequências altas são particularmente importantes pois<br />
são menos suscetíveis ao mascaramento pelos componentes de frequência<br />
baixa dos tipos mais comuns de ruídos. Com o <strong>SoundRecover</strong><br />
mais frequências altas são percebidas.<br />
Utilizando-se questionários de avaliação subjetiva observou-se que<br />
a satisfação com o <strong>SoundRecover</strong> em ambientes ruidosos é observada<br />
após um período de aclimatização médio de 2 semanas de uso.<br />
Indicando assim, que para uma situação ruidosa a satisfação terá<br />
relação direta com a aclimatização do paciente.<br />
Referências: 18<br />
10 - Os sons com <strong>SoundRecover</strong> parecem distorcidos<br />
ou não naturais?<br />
A qualidade da maioria dos ajustes possíveis com <strong>SoundRecover</strong> é<br />
muito boa como pode julgar qualquer pessoa que tenha audição<br />
normal. Mas quem tem audição normal já tem audição para<br />
as frequências altas, diferente de uma pessoa com perda auditiva.<br />
Portanto é importante lembrar que o padrão de qualidade<br />
de uma pessoa com audição normal e uma pessoa com<br />
perda auditiva é diferente. Deve-se comparar o som com aparelho<br />
auditivo sem e com <strong>SoundRecover</strong>. Quando há muita<br />
compressão de frequência, a percepção será diferente, pois<br />
haverá mais sons de alta frequência que não eram percebidos<br />
antes. Várias pesquisas mostram que <strong>SoundRecover</strong> oferece<br />
uma ótima qualidade sonora.<br />
11 - Quanto tempo leva a aclimatização ao<br />
<strong>SoundRecover</strong>?<br />
Os estudos tem mostrado que há um alto índice de aceitação<br />
espontânea ao <strong>SoundRecover</strong>. Em alguns casos a melhora<br />
pode ser verificada imediatamente, outros casos requerem 4<br />
a 8 semanas.<br />
Referências: 3, 4, 5, 8, 11, 20, 21, 23<br />
12 - O <strong>SoundRecover</strong> e privação auditiva.<br />
A finalidade do <strong>SoundRecover</strong> é prover acesso para as tão<br />
importantes frequências altas essenciais para o desenvolvimento<br />
de fala, vital para crianças, e importante para os<br />
adultos no que diz respeito a discriminação e manutenção<br />
da própria fala.<br />
<strong>SoundRecover</strong> não reduz a faixa de sons que podem ser percebidos,<br />
pelo contrário, a faixa aumenta, pois os componentes<br />
de alta frequência tornam-se mais audíveis e podem ser discriminados.<br />
Sem <strong>SoundRecover</strong> esses sons de alta frequência<br />
não seriam audíveis portanto o perigo das consequências da<br />
privação auditiva, como uma diminuição do índice percentual<br />
do reconhecimento de fala, é maior quando o <strong>SoundRecover</strong><br />
não é usado.<br />
Com relação ao uso do <strong>SoundRecover</strong> em bebês, vários líderes<br />
internacionais na área de Audiologia Pediátrica foram consultados<br />
, entre eles Prof. Richard Seewald, Prof. Susan Scollie,<br />
Dr. Patrícia Roush, Andréa Bohnert, Prof. Jace Wolfe. Todos<br />
concordaram que o <strong>SoundRecover</strong> é benéfico para crianças<br />
de todas as idades desde o primeiro dia, com o monitoramento<br />
e acompanhamento usual.<br />
Os depoimentos dos profissionais estão disponíveis em<br />
www.youtube.com/phonakpediatrics<br />
Mas é importante ressaltar que caso o profissional acredite<br />
que sem o <strong>SoundRecover</strong> o usuário se beneficiará de altas<br />
frequência e não quer utilizá-lo, é possível desligar esse recurso.<br />
Os aparelhos auditivos <strong>Phonak</strong> possuem a mais alta<br />
tecnologia e os mais variados recursos que podem ser habilitados<br />
ou não de acordo com as necessidades individuais.<br />
Há estudos sendo realizados no sentido de investigar o efeito<br />
na Plasticidade Auditiva com a utilização do <strong>SoundRecover</strong>.<br />
Referências: 26<br />
5
13 - Como verificar o funcionamento e<br />
efetividade do <strong>SoundRecover</strong>?<br />
Como qualquer outro recurso e ajustes, é importante verificar<br />
o aparelho auditivo com <strong>SoundRecover</strong> para garantir que estamos<br />
atingindo os objetivos. Veja a seguir o passo-a-passo da<br />
verificação ou o documento original no site.<br />
A verificação da regulagem X alvo é essencial no processo de<br />
adaptação do aparelho auditivo e é importante estarmos atentos<br />
para as mudanças que ocorrem quando usamos o <strong>SoundRecover</strong>.<br />
A verificação não fornece apenas a segurança de que os sons<br />
de alta frequência da fala estão audíveis, mas também permite<br />
que você otimize a regulagem do aparelho para que obtenha os<br />
melhores resultados possíveis.<br />
Passo 1: Desligar o <strong>SoundRecover</strong><br />
Passo 4: Verificar se os valores de ganho e MPO coincidem<br />
com o alvo<br />
Usando um sinal de fala modulado, repita a verificação com<br />
um sinal de entrada de 60/65 dB e verifique se a curva acima<br />
da frequência de corte foi deslocada para a esquerda e está<br />
dentro de uma área audível. Os resultados acima da frequência<br />
de corte não devem ser interpretados.<br />
Passo 5: Avaliar a audibilidade<br />
Sons de fala de alta frequência atingem uma frequência mais<br />
baixa com o <strong>SoundRecover</strong>, causando uma mudança na percepção<br />
do pitch. O som do /s/ e /sh/ podem parecer diferentes,<br />
mas podem ser distinguíveis. Sons de vogais devem continuar<br />
identificáveis e claros.<br />
Ajuste fino avançado:<br />
É importante que o paciente consiga distinguir o som do /s/ e<br />
do /sh/. Verifique se o paciente é capaz de escutar sons de alta<br />
frequência com /s/ e/ou /sh/. Se nenhuma melhora na inteligibilidade<br />
de fala for notada, aumente a região que a compressão<br />
de frequência atuará, na tela de “Ajuste fino manual”.<br />
Figura 9<br />
Passo 2: Observe as curvas de ganho e MPO<br />
No equipamento de mensuração in-situ, usando um sinal de<br />
entrada de 60/65dB com sua fórmula de ajuste, observe os<br />
valores de ganho e MPO e o alvo.<br />
Passo 3: Ligar o <strong>SoundRecover</strong><br />
Figura 10<br />
6<br />
Figura 11<br />
Se a resposta de frequência do aparelho for muito parecida<br />
com o <strong>SoundRecover</strong> ligado ou desligado, ou o paciente reportar<br />
que não consegue notar melhora significativa na audibilidade<br />
de frequências altas, você pode aumentar a Compressão<br />
de frequência.<br />
Viva-voz / teste na banda específica de frequência de fala:<br />
Para ajudar a verificar se é possível que o paciente distingua<br />
o som do /s/ do som do /sh/ um teste a viva-voz pode ser utilizado.<br />
Dependendo do equipamento de mensuração in-situ,<br />
é possível utilizar testes que utilizam banda de frequência específica<br />
de fala na verificação. Comparando os picos das altas<br />
frequências dos sons de /s/ e /sh/ é possível avaliar o nível de<br />
audibilidade. Se os sons de /s/ e /sh/ estiverem audíveis, mas
não distinguíveis entre eles, diminua o <strong>SoundRecover</strong>.<br />
As figuras a seguir, foram obtidas do Audioscan Verifit, mas<br />
os princípios podem ser aplicados para qualquer sistema de<br />
verificação.<br />
Figura 12<br />
Uma vez que o som do /s/ e o som do /sh/ tornem-se audíveis<br />
e distinguíveis, alguns ajustes finos podem ser necessários.<br />
É importante assegurar que o paciente passou pelo processo<br />
de aclimatização com o <strong>SoundRecover</strong> antes do ajuste fino.<br />
O processo de aprendizagem ou reaprendizagem dos sons<br />
acontece no Sistema Auditivo Central e o tempo necessário<br />
para adaptação a estes novos sons pode variar de pessoa para<br />
pessoa. O aumento na inteligibilidade de fala pode levar de<br />
uma semana a meses.<br />
Referências: 7, 8, 26<br />
14 - Há alguma contra-indicação do uso do<br />
<strong>SoundRecover</strong>?<br />
O <strong>SoundRecover</strong> foi largamente testado e não oferece nenhum<br />
risco a audição de nenhum indivíduo, idosos, adultos<br />
ou crianças. Pelo contrário, com a verificação apropriada, o<br />
<strong>SoundRecover</strong> oferece vantagens significativas para seus<br />
usuários como mostram os vários estudos realizados.<br />
• Aceitação espontânea da amplificação através do <strong>SoundRecover</strong>;<br />
• Rápida aclimatização.<br />
Diversos estudos confirmam que a inteligibilidade da fala é<br />
frequentemente melhorada, tanto no silêncio quanto no ruído,<br />
com o uso do <strong>SoundRecover</strong>, e que a qualidade sonora<br />
do processamento é prontamente aceita (Glista et al, 2009,<br />
Wolfe et al, 2009).<br />
Demonstrou-se que estes benefícios não são limitados a uma<br />
faixa etária específica, grau de perda auditiva ou configuração<br />
audiométrica.<br />
Apesar de todos os benefícios encontrados nos estudos realizados<br />
e na experiência do dia-a-dia, se necessário, o <strong>SoundRecover</strong><br />
pode ser desligado sem comprometer o funcionamento e a qualidade<br />
dos aparelhos auditivos.<br />
Todos os estudos conduzidos estão à disposição no site:<br />
www.phonak.com.br, na área para profissionais. Você também<br />
pode acessar a completa bibliografia na página da internet:<br />
www.phonak.com/soundrecover (textos em inglês).<br />
Qualquer dúvida estamos a disposição para atendê-lo pelo<br />
telefone 0800-701-8105<br />
e pelo e-mail: sac.brasil@phonak.com<br />
É a discussão saudável a respeito de inovações que trazem<br />
benefícios a todos, usuários e profissionais.<br />
15 - Conclusões.<br />
Evidências clínicas com o <strong>SoundRecover</strong>:<br />
• Melhora nos limiares de detecção de fala, e também melhora<br />
nos escores de reconhecimento de consoante e plural;<br />
• A percepção das vogais não é significativamente alterada;<br />
• Melhora significativa em entonação e qualidade da voz;<br />
• Melhor audição para sons agudos e melhor entendimento<br />
da fala (especialmente em falantes com vozes mais agudas<br />
como mulheres e crianças, pessoas com fala suave/fraca, e<br />
sons de frequência alta como /s/ ou /f/);<br />
• Redução da microfonia;<br />
7
<strong>SoundRecover</strong><br />
Referências:<br />
1. Bagatto M, Scollie S, Glista D, Pasa V, Seewald R (2008) Case study outcomes of hearing<br />
impaired listeners using nonlinear frequency compression technology. Audiology<br />
Online, March.<br />
2. Bohnert, A.; Nyffeler, M.; Keilmann, A. (2010). Advantages of a non-linear frequency<br />
compression algorithm in noise. European Archives of Otorhinolaryngology, February.<br />
3.Boretzki, M.; Kegal, A. (2009). The benefits of nonlinear frequency compression for<br />
people with mild hearing loss. Audiology Online November 2009.<br />
4. Dewald N (2009) Experiences with a wide application of <strong>SoundRecover</strong>, non-linear<br />
frequency compression. Audiology Online, October.<br />
5. Glista, D.; Scollie, S.; Bagatto, M.; Seewald, R. ; Parsa, V.; Johnson, A. 2009. Evaluation<br />
of nonlinear frequency compression: Clinical outcomes. International Journal of Audiology,<br />
48(9): 632-44 http://www.dslio.com/pages/display/publications/<br />
6. Glista, D.; Scollie, S.; Polonenko, M.; and Sulkers , J. (2009). A Comparison of Performance<br />
in Children with Nonlinear Frequency Compression Systems. The Hearing<br />
Review, November 2009. www.hearingreview.com<br />
7. Glista, D.; and Scollie, S. (2009) Pediatric verification considerations for instruments<br />
with <strong>SoundRecover</strong> (non-linear frequency compression) using the latest AudioScan<br />
Verifit Tests. Available on www.phonak.com/soundrecover<br />
8. Glista, D.; and Scollie, S. (2009). Modified Verification Approaches for Frequency Lowering<br />
Devices. Audiology Online, November 2009<br />
9. Kegel A, Boretzki M (2009) Nutzen von <strong>SoundRecover</strong> für Menschen mit einer milden<br />
Hörminderung. Hörakustik August . McDermott HJ, Glista D (2007) <strong>SoundRecover</strong>: A<br />
breakthrough in enhancing intelligibility. Background Story, <strong>Phonak</strong> AG.<br />
10. Kuk F. Critical Factors in Ensuring Efficacy of Frequency Transposition. Retirado de<br />
http://www.avrsono.com/publications/hearingreview_H0102F04.htm<br />
11. Kuk, Korhonen, Peeters, Keenan, Jessen e Andersen. (2006). Linear frequency transposition:<br />
Extending the audibility of high frequency information. The hearing review,<br />
Outubro. Retirado de http://www.hearingreview.com/issues/articles/2006-10_08.asp<br />
12. McDermott, H.J., V.P. Dorkos, M.R. Dean, e T.Y. Ching, Improvements in speech perception<br />
with use of the AVR TranSonic frequency-transposing hearing aid. J Speech<br />
Lang Hear Res, 1999.42(6):p. 1323-35.<br />
13. McDermott, H.J. e M.R. Knight, Preliminary results with the AVR Impact frequencytransposing<br />
hearing aid. J Am Acad Audiol, 2001. 12(3): 121-7.<br />
14. McDermott HJ (2010). The benefits of nonlinear frequency compression for a wide<br />
range of hearing losses. Audiology Online, January.<br />
15. McDermott (2010). Background Story. <strong>SoundRecover</strong>: The importance of wide perceptual<br />
bandwidth. www.phonak.com/soundrecover<br />
16. Moore, B.C.J. Dead Regions in the cochlea: Conceptual foundations, diagnosis and<br />
clinical applications, Ear Hear. 25:98-116 (2004)<br />
17. Nyffeler M (2008) The Naída power hearing instrument family – field test results<br />
demonstrate better speech clarity – unparalleled in its class. Audiology Online, September.<br />
18. Nyffeler M (2008) Study finds that non-linear frequency compression boosts speech<br />
intelligibility. Hear J 61(12): 22-26.<br />
19. Robinson DW, Dadson RS (1957) Threshold of hearing and equal-loudness relations<br />
for pure tones, and the loudness function. J Acous Soc Am 29:1284-1288<br />
20. Simpson, A., A.A. Hersbach, e H.J. McDermott, Improvements in speech perpection<br />
with an experimental nonlinear frequency compression hearing device. International<br />
Journal of Audiology, 2005. 44(5): p.281-92<br />
21. Simpson, A., A.A. Hersbach, e H.J. McDermott, Frequency-compression outcomes<br />
in listeners with steeply sloping audiograms. International Journal of Audiology, 2006.<br />
45:p. 619-29.<br />
22. Stelmachowicz, P., Hoover, B., Lewis, D.K., Pittman, A. (2000). The relation between<br />
stimulus context, speech audibility and perception for normal-hearing and hearing-impaired<br />
children. Journal of Speech, Language and Hearing Research, 43 (4), 902-914.<br />
23. Stelmachowicz, P., Pittman, A., Hoover, B., Lewis, D. (2002). Aided perception of the<br />
/s/ and /z/ by hearing-impaired children. Ear and Hearing, 23 (4), 316-324.<br />
24. Stelamchowicz, P.G., Pediatric Amplification: Past, present and future. In <strong>Phonak</strong><br />
Hearing Systems 3rd Conference, 2004. Chicago, E.U.A.<br />
25. Stelmachowicz, P.G., Pittman, A.L., Hoover, B.M., Lewis, D.E., Moeller, M.P. (2004). The<br />
importance of High Frequency Audibility in the Speech and Language Development<br />
of Children with Hearing Loss. Archives of Otolarygology – Head & Neck Surgery, 130,<br />
556-562.<br />
26. Willot, J. F. Physiological plasticity in the auditory system and its possible relevance<br />
to hearing aid use, deprivation effects, and acclimatization. Ear Hear. 1996. Jun, 17<br />
(suppl 3) : 66S-77S<br />
27. Wolfe J, Caraway T, John A, Schafer E, & Nyffeler M. (2009). Initial experiences with<br />
nonlinear frequency compression for children with mild to moderately severe hearing<br />
loss. The Hearing Journal 62(9): 32-35<br />
Centro Empresarial de São Paulo<br />
Av. Maria Coelho Aguiar, 215<br />
Bl. A - 4º andar - Cj. 02 e 03<br />
Cep: 05804-900 - Jd. São Luís<br />
São Paulo - SP<br />
Tel: (11) 3747-7111<br />
www.phonak.com.br<br />
sac.brasil@phonak.com