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Autopar Diferentes 207 HB Automec Ano 2 - Reparação Automotiva

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<strong>Ano</strong> II | Edição 24 | Maio 2010 | Distribuição Nacional | R$ 5,00 | WWW.REPARACAOAUTOMOTIVA.COM.BR<br />

Principais parceiras das seguradoras, oficinas independentes são estimuladas a investir em qualidade. A tendência é essa parceria ser<br />

bem mais duradoura. Atualmente, a frota nacional segurada corresponde a 30% do total. São milhares de veículos que contam com<br />

oficinas credenciadas, quando necessitam de reparos. Pág. 8<br />

<strong>207</strong> <strong>HB</strong><br />

Na seção Perfil deste mês, para adequar-se<br />

à realidade brasileira, o compacto<br />

da Peugeot, <strong>207</strong> <strong>HB</strong>, recebeu<br />

nova identidade visual, ajustes no<br />

motor, câmbio e suspensões.<br />

Pág. 12<br />

<strong>Automec</strong><br />

Entre os dias 27 de abril e 1º de maio,<br />

aconteceu a 2ª edição da <strong>Automec</strong><br />

Pesados & Comerciais. Segundo a<br />

organização, a feira reuniu 480 marcas<br />

e recebeu 28.517 pessoas.<br />

Pág. 28<br />

<strong>Ano</strong> 2<br />

Consolidado, o jornal Reparação<br />

<strong>Automotiva</strong> chega à sua 24ª edição<br />

como uma das principais fontes de<br />

informação de empresários e<br />

profissionais do setor.<br />

Pág. 14<br />

<strong>Autopar</strong><br />

Além de eventos para reparadores,<br />

<strong>Autopar</strong> 2010 garante também maior<br />

fluxo de indústrias expositoras no<br />

Expotrade, em Pinhais, Curitiba (PR),<br />

de 9 a 12 de junho de 2010.<br />

Pág. 6<br />

<strong>Diferentes</strong><br />

Eles são diferentes nos preços, dimensões,<br />

motorização e na hora de<br />

realizar revisões e reparos. Corsa<br />

Sedan e Symbol competem no segmento<br />

de sedãs compactos Premium.<br />

Pág. 32<br />

Nesta edição, em comemoração ao<br />

seu segundo aniversário, dicas da<br />

ACA, NGK, Fernando Calmon,<br />

Senai, Alapa, Brasil Automático,<br />

Taranto e Controil.<br />

Pág. 15<br />

Editorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4<br />

Lançamentos - Volkswagen . . . . . . . . .23<br />

Artigos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24/34<br />

Lançamento - Fiat . . . . . . . . . . . . . . . .25<br />

Mural . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .26<br />

Lançamento - Audi . . . . . . . . . . . . . . .31


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4<br />

EDITORIAL<br />

Evoluindo a informação<br />

Maio de 2010 - Edição 24<br />

Ojornal Reparação <strong>Automotiva</strong> chega à sua 24ª<br />

edição consolidado como uma das principais<br />

fontes de informação de empresários e profissionais<br />

do mercado de reparação. Chegar a esse patamar, sem<br />

dúvida, não foi fácil. No entanto, com uma linguagem<br />

apropriada e assuntos de interesse de seu leitor, conquistou<br />

seu espaço.<br />

E por falar em assuntos de interesse, nossa reportagem<br />

de capa desta edição fala da parceria das seguradoras<br />

com oficinas independentes, fator que tem as estimulado<br />

a investir em qualidade. A tendência é essa parceria<br />

ser bem mais duradoura. Atualmente, a frota nacional<br />

segurada corresponde a 30% do total. São milhares de<br />

veículos que contam com oficinas credenciadas, quando<br />

necessitam de reparos, e, cada vez mais, as seguradoras<br />

buscam incrementar a terceirização, já que ela é um fator<br />

redutor de preço de peças e mão-de-obra.<br />

Em Comparativo, Chevrolet Corsa Sedan e Renault<br />

Symbol competem no segmento de sedãs compactos<br />

Premium. Eles são diferentes nos preços, dimensões,<br />

motorização e na hora de realizar revisões e reparos. Já<br />

em Perfil, o compacto da Peugeot, <strong>207</strong> <strong>HB</strong>, recebeu<br />

nova identidade visual, ajustes no motor, câmbio e suspensões<br />

para adequar-se à realidade brasileira.<br />

Como Lançamentos, versão Ecomotion do Geração<br />

4 e Seleção para o Geração 5, Golf 2.0 automático são as<br />

principais novidades da linha 2011 VW. Nova carroceria,<br />

novos motores e várias possibilidades de personalização,<br />

assim é o modelo compacto que a Fiat acaba de lançar no<br />

país. Audi A5 Sportback, com visual de cupê, reúne o<br />

conforto de um sedã, a praticidade de uma station wagon<br />

e desempenho de esportivo, pois acelera de 0 a 100 km/h<br />

em 7,4 segundos.<br />

Também nesta edição a cobertura da 2ª edição da<br />

<strong>Automec</strong> Pesados & Comerciais, acontecida de 27 de<br />

abril a 1º de maio, na cidade de São Paulo. Segundo a<br />

organização do evento, a feira reuniu 480 marcas, entre<br />

nacionais e internacionais, e recebeu a visita de 28.517<br />

pessoas. E as expectativas da edição 2010 da <strong>Autopar</strong>, que<br />

ocorrerá de 9 a 12 de junho, no Pavilhão do Expotrade,<br />

em Curitiba, no Paraná, e terá, além de eventos para<br />

reparadores, maior fluxo de indústrias expositoras.<br />

É por essas e outras que o objetivo do jornal em se<br />

tornar referência no setor de reparação automotiva está<br />

cada dia mais próximo. É esperar para conferir.<br />

O Editor<br />

Prána Criação<br />

www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

Diretor Executivo<br />

Bernardo Henrique Tupinambá<br />

Diretor Financeiro<br />

Salvador do Nascimento Carvalho<br />

Diretor Comercial<br />

Edio Ferreira Nelson<br />

ANO II - NÀ 24 - MAIO DE 2010<br />

www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

twitter.com/reparacao<br />

Editor executivo<br />

Bernardo Henrique Tupinambá<br />

Editor-chefe<br />

Silvio Rocha<br />

editor@reparacaoautomotiva.com.br<br />

Editor<br />

Edison Ragassi<br />

ragassi@pranaeditora.com.br<br />

Redação<br />

Fabiana Pimentel<br />

redacao@reparacaoautomotiva.com.br<br />

Departamento de Arte<br />

arte@reparacaoautomotiva.com.br<br />

Supervisor de Arte<br />

Clayton Adjair<br />

Assistente de Arte<br />

Erika Takahara<br />

Diagramador<br />

Adriano Siqueira<br />

Fotografia<br />

José Nascimento<br />

Saulo Mazzoni<br />

Departamento Comercial<br />

comercial@reparacaoautomotiva.com.br<br />

Diretor Comercial<br />

Edio Ferreira Nelson<br />

edio@pranaeditora.com.br<br />

Gerente Comercial<br />

Richard Fabro Faria<br />

richard@pranaeditora.com.br<br />

Executivos de Contas<br />

Rosa Souza<br />

rosa@pranaeditora.com.br<br />

Marcello Nestor da Costa<br />

marcello@pranaeditora.com.br<br />

Assistente Comercial<br />

Cintia Nunes<br />

Internet<br />

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Aryel Tupinambá<br />

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Assinaturas<br />

Telefone: 11 5084-1090<br />

contato@reparacaoautomotiva.com.br<br />

Financeiro<br />

Mariza de Oliveira Neto<br />

mariza@reparacaoautomotiva.com.br<br />

Assistente Administrativo<br />

Tatiane Nunes Garcia<br />

Impressão<br />

Prol Editora Gráfica<br />

Jornalista Responsável<br />

Silvio Rocha – MTB: 30375<br />

Colaboradores<br />

Arthur Henrique S. Tupinambá / Carlos Napoletano Neto<br />

Fauzi Timaco Jorge / Ingo Hoffmann<br />

Jeison Cocianji / Karin Fuchs<br />

Reparação <strong>Automotiva</strong> é uma publicação mensal da Prána Editora &<br />

Marketing Ltda. com distribuição nacional dirigida aos profissionais<br />

automotivos e tem o objetivo de trazer referências ao mercado, para<br />

melhor conhecimento de seus profissionais e representantes.<br />

Apoios e Parcerias<br />

Os anúncios aqui publicados são de responsabilidade exclusiva<br />

dos anunciantes, inclusive com relação a preço e qualidade.<br />

As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores.<br />

Atendimento ao Leitor<br />

Fone: 11 5084-1090<br />

contato@reparacaoautomotiva.com.br<br />

Prána Editora & Marketing Ltda. - Jornal Reparação <strong>Automotiva</strong><br />

Rua Pedro de Toledo, 129 - 10À andar<br />

CEP 04039-030 - Vila Clementino - São Paulo - SP


a<br />

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6<br />

Maio de 2010 - Edição 24<br />

www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

FEIRAS E EVENTOS<br />

Negócios do sul<br />

Além de eventos para reparadores, <strong>Autopar</strong> 2010<br />

garante também maior fluxo<br />

de indústrias expositoras no Expotrade<br />

FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />

Texto: Fabiana Pimentel<br />

AUTOPAR 2008<br />

Mal nos despedimos da<br />

2ª <strong>Automec</strong> Pesados &<br />

Comerciais e já pensamos<br />

como será a próxima feira<br />

do ano. De 9 a 12 de junho, no<br />

Pavilhão da Expotrade, em<br />

Curitiba, no Paraná, acontece a<br />

edição 2010 da <strong>Autopar</strong>.<br />

A menos de um mês da feira<br />

paranaense, organizada pela<br />

Diretriz, o mercado cria sua<br />

expectativa em relação ao novo<br />

palco de negócios. Com abordagem<br />

na região Sul do País, a feira<br />

permite que não só profissionais<br />

da região, mas de outras, possam<br />

realizar bons relacionamentos<br />

dentro desse período.<br />

Nesta edição, a previsão é de<br />

superar a anterior, de 2008, ou<br />

seja, ultrapassar a marca de 40<br />

mil profissionais do setor, oriundos<br />

de todas as regiões do Brasil<br />

e de países da América do Sul,<br />

Paraguai, Bolívia e Chile. Além<br />

disso, a feira, que possui uma<br />

área de 30 mil m², já está totalmente<br />

tomada e possui lista de<br />

espera, no caso de alguma desistência.<br />

“Deveremos superar a<br />

casa das 500 indústrias com<br />

representatividade dentro da<br />

C˘SSIO ANDRÉ DRESCH,<br />

DA DIRETRIZ<br />

feira. O que representa algo em<br />

torno de 50% de crescimento em<br />

relação ao evento de 2008. O que<br />

torna a <strong>Autopar</strong> um dos mais significativos<br />

eventos de reparação e<br />

reposição automotiva da América<br />

do Sul”, explica o diretor da<br />

Diretriz, Cássio André Dresch.<br />

Além dos estandes brasileiros, a<br />

feira também reservou espaço para<br />

empresários de outros países. “Já<br />

temos registrado cinco países:<br />

China, Taiwan, Itália, Argentina e<br />

Japão, que já têm presenças asseguradas<br />

de tecnologia a serem<br />

disponibilizadas, principalmente<br />

no universo da reparação automotiva”,<br />

afirma Dresch.<br />

Em relação às expectativas, o<br />

diretor é otimista, pois acredita que<br />

a <strong>Autopar</strong> seja um símbolo da<br />

recuperação do setor automotivo.<br />

Já em relação à edição anterior,<br />

Dresch diz que a edição 2010 está<br />

ainda mais focada. “Observamos, e<br />

até mesmo por uma determinação<br />

da comissão organizadora, uma<br />

presença mais forte da indústria,<br />

observamos um afastamento gradativo<br />

das distribuidoras do cenário<br />

da exposição para que pudéssemos<br />

abrir mais espaço para as<br />

indústrias participarem. Vemos<br />

atualmente a mudança do perfil,<br />

dessa forma atenderá melhor às<br />

necessidades dos visitantes de todo<br />

Brasil e fora dele”, enfatiza.<br />

PARA O REPARADOR<br />

Diversas ações estão sendo elaboradas<br />

para o reparador, em especial,<br />

as do Sindirepa-PR, que acaba<br />

de comemorar seus 25 anos com a<br />

inauguração de uma unidade do<br />

Senai no bairro Boqueirão, no<br />

Paraná. Além disso, a entidade<br />

também busca melhorar o setor de<br />

reparação com alguns projetos,<br />

entre eles, a ação conjunta com a<br />

Abrive para buscar ações no<br />

Condefat, verba do FAT, para uma<br />

linha de financiamento para consertos<br />

e serviços em nível Brasil,<br />

com juro equivalente ao do cartão<br />

BNDES. “Além do financiamento,<br />

também temos um projeto de lei<br />

que vincula o seguro desemprego à<br />

qualificação profissional. Se o cidadão<br />

for demitido por falta de qualificação,<br />

para receber o seguro<br />

desemprego ele deverá passar por<br />

um treinamento de no mínimo<br />

meio expediente por dia”, conta o<br />

presidente do Sindirepa-PR,<br />

Wilson Bill.<br />

A inauguração da nova unidade<br />

do Senai trouxe ainda mais<br />

oportunidades para os reparadores<br />

da região, além de facilitar o acesso<br />

à escola. “Pegamos uma região<br />

com maior concentração de oficinas,<br />

que é o bairro Boqueirão. O<br />

local fica a uma quadra de um terminal<br />

de ônibus, o que facilita a<br />

locomoção. No primeiro<br />

momento se criou 2 mil m², mas<br />

já estamos construindo outro<br />

pavilhão com 2 mil m². Hoje passam<br />

mil alunos por dia e terminando<br />

a expansão esse número vai<br />

dobrar, além do<br />

colégio Sesi, que<br />

terá cursos de ensino<br />

médio e receberá<br />

500 alunos”, conta o<br />

presidente.<br />

Na <strong>Autopar</strong>, o<br />

Sindirepa-PR divulgará<br />

serviços direcionados<br />

ao setor,<br />

como qualificação, consultoria,<br />

implantação do programa de<br />

gerenciamento de resíduos, entre<br />

outros. “Durante o dia vamos<br />

levar alunos do Sesi para feira,<br />

menores de 16 anos, com o intuito<br />

de despertar o interesse pela<br />

qualificação profissional e pelo<br />

setor automotivo. No período das<br />

19h às 21h faremos mini-palestras<br />

FOTO: ROGÉRIO THEODOROVY<br />

técnicas para 30 pessoas.<br />

Convidamos fabricantes para<br />

ministrarem palestras de 30 minutos<br />

para discutir problemas do diaa-dia.<br />

Além disso, o Sebrae também<br />

estará presente prestando<br />

consultoria, e também teremos<br />

um agente do cartão BNDES,<br />

para incentivar o empresário da<br />

reparação a investir na melhoria da<br />

oficina”, explica Bill.<br />

Com estande conjunto com o<br />

Sindirepa, o Senai também separou<br />

ações especiais para o reparador.<br />

“Quando se fala diretamente<br />

das ações do Senai, nós vamos<br />

levar informações sobre os cursos<br />

que vamos disponibilizar até o<br />

final do ano, os cursos de qualificação<br />

e aperfeiçoamento, além de<br />

levar material explicativo sobre a<br />

inspeção veicular, especificamente<br />

sobre emissões de gases para alertar<br />

o público para futuras exigências<br />

nesse sentido. Também teremos<br />

palestras para futuros potenciais<br />

alunos do curso de reparação<br />

do Senai”, conta o coordenador de<br />

educação da unidade Senai<br />

Boqueirão, Otavio Derenievicki.<br />

SINDIREPA-PR: 25 ANOS<br />

SERVIÇO:<br />

<strong>Autopar</strong> 2010<br />

De 9 a 12 de junho de 2010<br />

Expotrade – Pinhais – Curitiba/PR<br />

Rodovia Dep. João Leopoldo<br />

Jacomel, 10.454<br />

Quarta a sexta das 15h às 22h<br />

Sábado das 13h às 20h<br />

Entrada gratuita


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8<br />

Maio de 2010 - Edição 24<br />

www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

CAPA<br />

Terceirização de serviços<br />

Principais parceiras das seguradoras, oficinas independentes são estimuladas a investir em qualidade.<br />

A tendência é essa parceria ser bem mais duradoura<br />

Texto: Karin Fuchs<br />

FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />

Atualmente, a frota nacional<br />

segurada corresponde a<br />

30% do total. Este percentual<br />

é mais alto para os veículos<br />

zero quilômetro (80%), reduzida a<br />

30% para os automóveis com até<br />

cinco anos de uso e, para modelos<br />

acima de 10 anos, esse índice cai<br />

para 10%. Em números, 2009 terminou<br />

com um frota segurada de<br />

12,8 milhões de unidades, um<br />

aumento de 13%, em comparação<br />

ao ano anterior.<br />

São milhares de veículos que<br />

contam com oficinas credenciadas,<br />

quando necessitam de reparos, e,<br />

cada vez mais, as seguradoras buscam<br />

incrementar a terceirização, já<br />

que ela é um fator redutor de preço<br />

de peças e mão-de-obra. Para se diferenciar,<br />

as companhias apostam em<br />

serviços, tanto que praticamente 90%<br />

ANDERSON MELLO,<br />

DA SULAMÉRICA<br />

delas oferecem assistência 24 horas de<br />

reboque e serviços mecânicos.<br />

Seguindo esta tendência,<br />

Anderson Mello, diretor de<br />

Automóvel da SulAmérica, afirma<br />

que a companhia opta por realizar<br />

parcerias com as oficinas. “A<br />

SulAmérica não possui rede própria<br />

de oficinas. O que temos de diferencial<br />

são os Centros Automotivos<br />

de Super Atendimento (CASA<br />

SulAmérica), que cuidam da logística<br />

no processo de sinistro, ou seja,<br />

por esse serviço a SulAmérica faz a<br />

interface com as oficinas e tira o<br />

cliente do circuito no trato com oficinas,<br />

oferecendo mais comodidade<br />

e agilidade no processo”.<br />

Na Mapfre Seguros a opção<br />

também é pela terceirização. “A<br />

Mapfre, assim como as seguradoras<br />

em geral, não dispõe de rede própria.<br />

O que existe são as oficinas<br />

credenciadas à companhia e outras<br />

que não têm nenhum tipo de acordo<br />

na prestação de serviços. Os<br />

clientes têm livre escolha para a<br />

reparação de seus veículos”, especifica<br />

o vice-presidente da Unidade<br />

de Automóveis da Mapfre, Jabis de<br />

Mendonça Alexandre.<br />

O diferencial no atendimento<br />

ao segurado, corretor e à população<br />

geral é o AutoMais Serviços, um<br />

conceito de centro automotivo desenvolvido<br />

pela Mapfre, com foco<br />

na agilidade: em apenas 30 minutos<br />

é feito o aviso de sinistro, a vistoria<br />

do veículo, a aprovação de reparos e<br />

a liberação do carro reserva. O<br />

AutoMais também oferece, tanto<br />

aos seus segurados como à população,<br />

uma inspeção veicular gratuitamente<br />

em cerca de 50 itens. "Já<br />

contamos com 10 centros automotivos<br />

deste porte e essa expertise<br />

tem proporcionado grandes benefícios<br />

aos segurados, que conseguem<br />

efetuar no local até a aprovação de<br />

reparos e a liberação do carro reserva<br />

em casos de colisões de médio<br />

porte”, afirma o executivo.<br />

Em nome da Allianz Seguro,<br />

Laur Diuri, superintendente de<br />

Sinistros Massificados da companhia,<br />

também não crê em seguradora<br />

dona de oficina. “Os nossos<br />

segurados contam com uma rede<br />

de oficinas referenciadas e as oficinas<br />

Allianz Quality. A principal<br />

diferença está no fato que são feitas<br />

vistorias por imagem nas oficinas<br />

Quality. As convencionais não contam<br />

com este serviço, sendo necessária<br />

a presença de um vistoriador”.<br />

EXTENSÃO DAS<br />

SEGURADORAS<br />

O executivo da Mapfre avalia as<br />

oficinas credenciadas como uma<br />

extensão das próprias seguradoras.<br />

“Por terem um contato mais constante<br />

com a seguradora, acabam<br />

sendo uma extensão da própria<br />

companhia e, desta forma, possuem<br />

a mesma cultura em relação à satisfação<br />

de nossos clientes. A intimidade<br />

com os processos no dia a dia faz<br />

com que a oficina cumpra o procedimento<br />

de forma mais ágil, evitando<br />

assim falhas que possam prejudicar<br />

o atendimento aos segurados”.<br />

Desta maneira, acrescenta<br />

Mendonça, as oficinas têm se preocupado<br />

cada vez mais com as questões<br />

ambientais, onde a tendência é a<br />

evolução dos métodos, processos e<br />

materiais que garantam o respeito ao<br />

meio ambiente, devendo este tema<br />

ser foco, não somente deste ano, mas<br />

para os demais, de forma contínua e<br />

crescente. “Além disso, os clientes<br />

também contam com serviços diferenciados<br />

que podem variar de uma<br />

oficina para outra, como serviços de<br />

leva e traz do veículo e do condutor,<br />

JABIS DE MENDONÇA,<br />

DA MAPFRE


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www.reparacaoautomotiva.com.br Maio de 2010 - Edição 24<br />

CAPA<br />

9<br />

regulagem de luzes, lavagem do veículo,<br />

dentre outros”.<br />

Entre serviços de montagem,<br />

desmontagem, funilaria, pintura,<br />

mecânica, capotaria, algumas das oficinas<br />

referenciadas da SulAmérica<br />

também oferecem serviços diferenciais,<br />

tais como recolhimento de veículos<br />

24h e veículo leva e traz para os<br />

clientes e polimento.<br />

Já na Allianz, os principais serviços<br />

e diferenciais às oficinas parceiras<br />

estão no faturamento dos serviços<br />

diretamente à seguradora, parcelamento<br />

de franquia, sistema<br />

“leva e traz”, guincho, agilidade,<br />

garantia, lavagem e enceramento,<br />

além de revisão de luzes e freios. “E,<br />

em relação ao atendimento aos<br />

clientes, os principais diferenciais<br />

são desconto na franquia e carro<br />

reserva”, diz Diuri.<br />

PARCEIRA NA<br />

QUALIFICAÇÃO<br />

A Allianz é um exemplo de seguradora<br />

que investe na qualificação<br />

profissional. “Para se ter ideia, durante<br />

2008 e 2009 disponibilizamos treinamento<br />

para melhoria no atendimento<br />

ao cliente, com foco nas<br />

seguintes premissas: recepção, informações,<br />

entrega do veículo e tratamento<br />

de reclamações. Além disso,<br />

também temos a expectativa de compartilhar<br />

com nossos parceiros as<br />

pesquisas realizadas pelo Centro de<br />

Tecnologia Allianz (AZT), efetuadas<br />

na área de reparação automotiva”,<br />

ressalta o executivo da companhia,<br />

referindo-se às análises efetuadas<br />

pelo AZT com foco em falhas e acidentes<br />

em quase todos os segmentos<br />

da indústria, com o objetivo de desenvolver<br />

mecanismos para a prevenção<br />

de riscos.<br />

As oficinas credenciadas pela<br />

Mapfre normalmente têm processos<br />

de formação e de reciclagem<br />

periódicas destes profissionais e<br />

contam com o apoio de entidades,<br />

como o Senai e o CESVI Brasil, as<br />

quais dispõem de estrutura, profissionais<br />

e ferramentas. Já o executivo<br />

da SulAmérica informa que, assim<br />

como a Mapfre, cada oficina possui<br />

um treinamento específico.<br />

LAUR DIURI,<br />

DA ALLIANZ<br />

REDE CREDENCIADA<br />

Allianz<br />

- A Allianz conta com 625 oficinas referenciadas<br />

em todo o Brasil, das quais 333 são Quality e<br />

292 são as convencionais.<br />

A média mensal de veículos atendidos nas oficinas<br />

pode variar de um a 50 veículos, dependendo<br />

muito da localidade. Entre os principais<br />

serviços realizados, destacam-se: funilaria, pintura<br />

e mecânica.<br />

SulAmérica<br />

- A SulAmérica possui aproximadamente 1.000<br />

oficinas referenciadas, nas cinco regiões do Brasil.<br />

A maior parte, 55% concentra-se no Sudeste,<br />

seguida pelo Sul (20%), Nordeste (13%), Centro-<br />

Oeste (9%) e, por fim a região Norte com 3%<br />

do total.<br />

Mensalmente, são atendidos 8.000 veículos da<br />

SulAmérica nas oficinas credenciadas, sendo que<br />

os principais serviços são de reparação.<br />

Rede/Mapfre<br />

- A Mapfre tem cerca de 1.240 oficinas referenciadas.<br />

A maior parte na região Sudeste,<br />

54% do total, seguida pelo Sul (26%),<br />

Centro-Oeste (10%), Nordeste (8%), e, por<br />

fim a região Norte com 2% do total.<br />

Mensalmente são atendidos cerca de 12 mil<br />

sinistros em todo o país. Os serviços utilizados<br />

são prioritariamente de funilaria, pintura<br />

e mecânica.<br />

PERFIL DE MERCADO<br />

Segundo dados da Susep (Superintendência de Seguros Privados), os seguros<br />

de automóveis representam 31% do mercado total de seguros e mais de 95%<br />

deles têm cobertura total, contra roubo, incêndio ou colisão.<br />

Comparando aos demais segmentos, o de autos é de longe o que mais tem<br />

adesão dos brasileiros. Para se ter uma ideia, os seguros de vida têm uma<br />

participação de 22% de mercado, saúde 20% e os demais 23% são pulverizados<br />

entre as dezenas de modalidades oferecidas.<br />

PROCESSO DE CREDENCIAMENTO<br />

SulAmérica<br />

- Realiza um estudo de dimensionamento para verificar a necessidade de referenciamento<br />

de oficinas. Para o processo de referenciamento é realizada avaliação das<br />

oficinas candidatas e análise de documentação. “A avaliação contempla aproximadamente<br />

200 itens e há uma pontuação mínima exigida pela SulAmérica. Essa<br />

avaliação e o seu objetivo principal é identificar oficinas com diferenciais para o<br />

cliente”, informa Mello. Toda a qualidade de serviços prestados pelas oficinas é<br />

acompanhada pela SulAmérica, por indicadores de perfomance.<br />

Allianz<br />

- Exige como quesitos mínimos no credenciamento de oficinas a sua capacidade<br />

tecnológica (equipamentos), relacionamento comercial com a seguradora, espaço<br />

físico e localização.<br />

Mapfre<br />

- O primeiro quesito para se tornar uma oficina credenciada pela Mapfre é um<br />

histórico de idoneidade e qualidade nos serviços prestados. “Para tanto,<br />

pesquisamos junto a nossos peritos, clientes e rede comercial”, informa Mendonça.<br />

E para o processo de seleção são verificados o espaço físico, que possibilite a<br />

absorção do volume de veículos que a oficina pretende absorver, sem prejuízo ao<br />

prazo de reparos; ferramentas adequadas, que possibilite qualidade final da<br />

reparação, bem como uma maior produtividade pelo uso de ferramentas específicas;<br />

e espaço adequado para atendimento aos clientes.<br />

O processo de seleção envolve uma visita do coordenador de oficinas a fim de verificar<br />

os itens acima discriminados, como pesquisas junto aos peritos e sobre<br />

atendimentos anteriores prestados pelas oficinas candidatas.<br />

O MODELO DA PORTO SEGURO<br />

Além de uma extensa rede de oficinas referenciadas em todo o país, a Porto<br />

Seguro também disponibiliza aos seus clientes uma rede própria, denominada<br />

CAPS - Centro Automotivo Porto Seguro, com mais de 70 unidades no<br />

país, com foco em consultoria mecânica (não há serviços de funilaria).<br />

Especializado em manutenção de veículos, o CAPS oferece aos clientes uma<br />

série de serviços e diagnósticos, entre eles, filtros de óleo e de ar, óleo do<br />

motor, sistema de freio, amortecedor, molas, suspensão, direção, bateria,<br />

alternador e serviços gratuitos de rodízio dos pneus e regulagem dos faróis,<br />

incluindo troca de lâmpadas externas.<br />

Fonte: www.portoseguro.com.br


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10<br />

CAPA<br />

Maio de 2010 - Edição 24<br />

www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

FOCO NA NEGOCIAÇ‹O: OFICINAS E SEGURADORAS<br />

ANTONIO FIOLA,<br />

SINDIREPA-SP<br />

Presidente do Sindirepa-SP, Antonio Fiola antecipa que não há dúvidas que<br />

para as seguradoras as oficinas independentes são o melhor negócio, em<br />

função dos custos, já que o foco delas é o atendimento ao cliente. Mas há<br />

dois pontos a serem postos na balança, duas discrepâncias, conforme diz o<br />

executivo. “De um lado, as seguradoras recomendam clientes às oficinas que,<br />

de outra forma, elas não teriam acesso e este é o melhor benefício da parceria.<br />

Por outro, as oficinas têm de ser rígidas nas negociações para que os valores<br />

pagos pelas seguradoras não comprometam a qualidade dos serviços”.<br />

Em outras palavras, destaca Fiola, briga por preço é sempre um desgaste e<br />

uma realidade em qualquer lugar do mundo. “E é exatamente neste sentido<br />

que a oficina precisa se posicionar, não adianta aceitar qualquer valor. Tem<br />

que negociar e endurecer na negociação, pensando sempre no cliente, na<br />

prestação de serviço que irá oferecer a ele”.<br />

Engana-se quem pensa que veículo indicado pela seguradora é sempre mais antigo. De acordo com estatística, Fiola<br />

aponta que cerca de 80% ou 85% dos veículos novos sinistrados são encaminhados às oficinas independentes e não<br />

às concessionárias. “As seguradoras detêm 1/3 da frota (segurada) e, apesar do crescimento deste mercado ser vegetativo,<br />

sem aumentar muita a participação de veículos com seguro ano a ano, quando é necessário são as oficinas<br />

que respondem pelo maior volume de consertos. Como dito antes, entre 80% e 85%”.<br />

Como tendência, o executivo também informa que a parceria entre seguradoras e oficinas não deixará de existir.<br />

“Tanto que a Porto Seguro, que, aliás, é umas das seguradoras que melhor paga as oficinas, até o dobro das demais<br />

seguradoras, está desfazendo o projeto de oficinas próprias”, conclui.


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12<br />

PERFIL<br />

Jeito brasileiro<br />

Maio de 2010 - Edição 24<br />

O compacto da Peugeot, <strong>207</strong> <strong>HB</strong>, recebeu nova identidade visual, ajustes no<br />

motor, câmbio e suspensões para adequar-se à realidade brasileira<br />

Texto: Edison Ragassi<br />

www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

FRENTE<br />

FOTOS: JOSÉ NASCIMENTO<br />

OS FARŁIS S‹O GRANDES, A GRADE<br />

INFERIOR LEMBRA UMA GRANDE<br />

BOCA SORRINDO, O S¸MBOLO DA<br />

MARCA APARECE BEM AO CENTRO<br />

NO CAPł<br />

PAINEL<br />

Em agosto de 2008, a<br />

Peugeot lançou a família<br />

<strong>207</strong> brasileira. O primeiro<br />

modelo que chegou às revendas<br />

foi o <strong>207</strong> Hatchback (<strong>HB</strong>), de<br />

três e cinco portas, com duas<br />

opções de motorização Flex 1.4L<br />

e 1.6L.<br />

Em princípio, a impressão foi<br />

de que a fabricante promoveu<br />

apenas um safety lift em seus veículos,<br />

mas não foi bem assim. O<br />

desenvolvimento da linha <strong>207</strong><br />

começou no ano de 2005 e teve<br />

como base a arquitetura do 206.<br />

Segundo divulgado pela Peugeot,<br />

o veículo recebeu 250 peças<br />

novas e outras 1.000 foram<br />

modificadas, isso envolveu o trabalho<br />

de 80 fornecedores.<br />

Todo este processo teve como<br />

principal objetivo fazer um carro<br />

mais alinhado com as necessidades<br />

do consumidor brasileiro e as<br />

condições das vias de rodagem.<br />

Os engenheiros e técnicos<br />

dispensaram atenção especial ao<br />

sistema de suspensão. Ele recebeu<br />

novos amortecedores e foi<br />

retrabalhado na traseira.<br />

Diferente de outros veículos<br />

do mesmo porte, o <strong>207</strong> usa um<br />

eixo rígido de grande diâmetro<br />

fixo na carroceria, onde são ligados<br />

os dois braços que suportam<br />

as rodas. Esse tipo de suspensão<br />

utiliza barras de torção e os<br />

amortecedores são montados de<br />

forma inclinada. O sistema recebeu<br />

uma nova curva de amortecimento,<br />

com evolução nos rolamentos<br />

de fixação dos braços da<br />

suspensão. Além de essa geometria<br />

resultar num conjunto bastante<br />

compacto, possibilitou a<br />

construção do piso plano no<br />

porta-malas.<br />

Na parte mecânica, o comando<br />

do câmbio de cinco marchas<br />

foi alterado, recebeu cabos de<br />

acionamento e contrapesos<br />

suplementares para aumentar o<br />

conforto das passagens de marcha<br />

e neutralizar as vibrações na<br />

alavanca.<br />

Nos propulsores que equipam<br />

o <strong>207</strong> brasileiro foi feito um<br />

novo mapeamento do acelerador,<br />

o 1.4L Flex oferece potência de<br />

82 cavalos quando abastecido<br />

com álcool e 80 cv ao usar gasolina<br />

a 5.250 rpm, e um torque<br />

máximo de 12,85 kgfm a 3.250<br />

rpm, obtido com qualquer um<br />

dos combustíveis.<br />

Já o 1.6 Flex 16 válvulas tem<br />

potência de 113 cavalos (A)/ 110<br />

cv (G) a 5.600 rpm, e torque<br />

máximo de 15,5 kgfm a 4.000<br />

rpm com gasolina.<br />

O visual do modelo ganhou<br />

robustez, os faróis cresceram, são<br />

novos o capô, para-choque e<br />

para-lamas, o desenho das peças<br />

foram inspirados na linha <strong>207</strong><br />

européia. A grade frontal também<br />

cresceu e lembra uma grande<br />

boca na cor preta, entre os<br />

faróis de neblina.<br />

Se a dianteira foi totalmente<br />

modificada em relação ao 206, a<br />

parte traseira sofreu alterações<br />

mais tímidas. A tampa do portamalas<br />

e o vidro permaneceram,<br />

no para-choque as luzes de neblina<br />

foram para as extremidades, o<br />

desenho das lanternas é o mesmo<br />

do antecessor, porém com uma<br />

nova divisão nos defletores.<br />

No interior, o console apresenta<br />

uma longa ondulação de<br />

textura diferenciada, saídas de ar<br />

em moldura cromada, em cima<br />

OS MOSTRADORES FORAM INSPIRA-<br />

DOS NOS MODELOS USADOS EM<br />

MOTOS, O VOLANTE É DE TR¯S RAIOS,<br />

ACIMA DO SISTEMA DE SOM, VISOR DE<br />

CRISTAL L¸QUIDO<br />

LATERAL<br />

VINCOS QUE CORTAM O CARRO DE<br />

PONTA A PONTA, MAÇANETAS NA<br />

COR PRETA PARA REFORÇAR O<br />

APELO ESPORTIVO<br />

TRASEIRA<br />

COMPARADO AO 206, A TAMPA DO<br />

PORTA-MALAS E O VIDRO DO <strong>207</strong><br />

PERMANECERAM, NO PARA-CHOQUE<br />

AS LUZES DE NEBLINA FORAM PARA<br />

AS EXTREMIDADES, O DESENHO DAS<br />

LANTERNAS É O MESMO DO ANTE-<br />

CESSOR, PORÉM COM UMA NOVA<br />

DIVIS‹O NOS DEFLETORES


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www.reparacaoautomotiva.com.br Maio de 2010 - Edição 24<br />

PERFIL<br />

13<br />

do porta-luvas, há um compartimento<br />

para guardar objetos. O<br />

painel de instrumentos foi inspirado<br />

nos mostradores das motos,<br />

ele tem um conjunto de três<br />

mostradores circulares, que lembram<br />

mecanismos de precisão.<br />

Ainda melhoraram o isolamento<br />

acústico, a estrutura da<br />

carroceria recebeu placas de isolantes<br />

na altura dos pés e o parabrisa<br />

é fixado com um cordão de<br />

adesivo duplo.<br />

Incorporaram mantas e espumas<br />

de isolamento às junções das<br />

peças, que mantém encaixe justo,<br />

às passagens dos chicotes elétricos,<br />

em torno do grupo de climatização<br />

e nas portas. Forrações e<br />

espessos revestimentos isolantes<br />

foram aplicados sobre a separação<br />

entre o compartimento do motor<br />

e o habitáculo e debaixo dos tapetes<br />

para abafar o ruído do motor.<br />

Nas portas, uma vedação<br />

complementar contra a poeira, e<br />

o painel de instrumentos limita<br />

ruídos externos no interior.<br />

A característica urbana do <strong>207</strong><br />

<strong>HB</strong> está explícita em suas dimensões.<br />

O carro tem 3.872 mm de<br />

comprimento, para uma distância<br />

entre os eixos de 2.443 mm,<br />

com 1.669 mm de largura e 1.446<br />

mm em altura. A capacidade<br />

volumétrica do porta-malas, sem<br />

rebater os bancos, é de 245 litros.<br />

Com bom posicionamento<br />

para o motorista, o carro é esperto,<br />

com arranque forte e rápido,<br />

se pressionar muito o pé direito<br />

na partida, ele ‘canta pneu’.<br />

O escalonamento das marchas<br />

está na medida certa, os<br />

engates são precisos, e um detalhe<br />

que incomodava foi solucionado,<br />

o barulho na alavanca<br />

durante as trocas.<br />

A suspensão é firme, porém<br />

macia ao ultrapassar as imperfeições<br />

no asfalto.<br />

Todas estas modificações fizeram<br />

bem ao compacto da Peugeot,<br />

além de mostrar que a fabricante<br />

está evoluindo no mercado nacional,<br />

deixaram o <strong>207</strong> Hatchbach<br />

com motor 1.4L Flex melhor para<br />

guiar e com respostas mais precisas,<br />

se comparado ao 206.<br />

Com carroceria 3 portas, o <strong>207</strong><br />

<strong>HB</strong> X-line 1.4L Flex tem preço<br />

sugerido de R$ 29.500, o 5 portas<br />

custa R$ 31.500. Figuram na lista<br />

de equipamentos de série os<br />

seguintes itens: Brake-light, chave<br />

de ignição codificada (Transponder),<br />

desembaçador de vidro traseiro<br />

temporizado, lanternas traseiras<br />

de neblina integradas ao<br />

para-choque, limpador do vidro<br />

traseiro vinculado ao engate da<br />

marcha-ré, protetor de cárter,<br />

entre outros.<br />

A versão 5 portas XR 1.4 Flex<br />

custa R$ 36.110, além dos itens do<br />

modelo de entrada, tem ar-condicionado,<br />

direção hidráulica, coluna<br />

da direção com regulagem de altura,<br />

tela multifunções no painel<br />

central, travas elétricas nas portas e<br />

porta-malas com telecomando e<br />

vidros elétricos dianteiros.<br />

Já a versão topo de linha XR S<br />

1.4 Flex tem preço sugerido de<br />

R$ 38.700, ela sai da fábrica com<br />

os itens das outras versões e ainda<br />

tem vidros elétricos nas quatro<br />

portas, retrovisores com regulagem<br />

elétrica, faróis de neblina<br />

dianteiros e rodas de liga leve 14".<br />

O modelo equipado com propulsor<br />

1.6L 16V Flex, versão XS, tem<br />

preço inicial de R$ 41.990 e o<br />

automático custa R$ 45.700.<br />

CUSTOS DE MANUTENÇ‹O<br />

FICHA TÉCNICA<br />

PEUGEOT <strong>207</strong> XR 1.4 FLEX<br />

Motor<br />

Número de cilindros: 4<br />

Número de válvulas: 8<br />

Cilindrada: 1.360<br />

Potência máxima (cv/ rpm): Álcool: 82 / 5250 -<br />

Gasolina: 80 / 5250<br />

Torque máximo (kgfm) / rpm): Álcool: 12,85 /<br />

3.250 - Gasolina: 12,85 / 3.250<br />

Alimentação: Injeção eletrônica multiponto<br />

sequencial<br />

Transmissão<br />

Tração: Dianteira<br />

Caixa de mudanças: Manual (5 frente e 1 ré)<br />

Direção<br />

Hidráulica<br />

Suspensões<br />

Dianteira: Rodas independentes, pseudo<br />

McPherson, molas helicoidais e amortecedores<br />

hidráulicos integrados.<br />

Traseira: Rodas independentes, barras de torção<br />

transversais, amortecedores hidráulicos semihorizontais<br />

e barra estabilizadora<br />

Freios<br />

Dianteiros: Discos<br />

Traseiros: Tambor<br />

Pneus<br />

Pneus: 185/65 R14<br />

Volume do porta-malas (litros)<br />

Com bancos traseiros em posição normal: 245<br />

Com bancos traseiros rebatidos: 1.130<br />

Dimensões<br />

Altura (mm): 1 1.446<br />

Entre-eixos (mm): 2.443<br />

Comprimento (mm): 3.872<br />

Largura (mm): 1.669<br />

Capacidade do tanque (litros): 50<br />

PEÇAS<br />

MÃO-DE-OBRA<br />

AMORTECEDORES DIANTEIROS: R$ 169,01 - CADA R$ 210,00<br />

TROCA DO PAR<br />

AMORTECEDOR TRASEIRO: R$ 166,90 - CADA R$ 63,20<br />

TROCA DO PAR<br />

DISCO DE FREIO:<br />

R$ 202,01 - PAR<br />

PASTILHA DE FREIO: R$ 163,80 - JOGO R$ 95,20<br />

TROCA DISCO<br />

E PASTILHAS<br />

LONAS TRASEIRAS: R$ 177,04 - JOGO R$ 420,00<br />

ÓLEO:<br />

R$ 22,00 - LITRO<br />

FILTRO DE ÓLEO: R$ 33,70 R$ 20,30<br />

TROCA ÓLEO<br />

E FILTRO DE ÓLEO<br />

FILTRO DE AR: R$ 43,41 R$ 20,60<br />

FILTRO DE COMBUSTÍVEL: R$ 22,49 R$ 41,50<br />

FILTRO ANTI-PÓLEN: R$ 44,90 R$ 28,00<br />

VELAS: R$ 70,44 - JOGO R$ 31,60<br />

MOTOR<br />

A POT¯NCIA M˘XIMA DO 1.4L FLEX<br />

ABASTECIDO COM ˘LCOOL É DE 82<br />

CV, COM GASOLINA A POT¯NCIA É<br />

MENOR, CHEGA A 80 CV<br />

INTERIOR<br />

APESAR DE COMPACTO O MODELO<br />

DA PEUGEOT OFERECE BOM ESPAÇO<br />

PARA OS OCUPANTES, NA PARTE<br />

TRASEIRA O MELHOR É TRANS-<br />

PORTAR 2 PESSOAS<br />

AMORTECEDOR E FREIO<br />

CADA AMORTECEDOR DIANTEIRO DO<br />

<strong>207</strong><strong>HB</strong> CUSTA R$ 169,01, ENQUANTO<br />

QUE, PELO PAR DE DISCOS DE FREIOS<br />

É COBRADO R$ 202,01<br />

Colaboraram: Peugeot do Brasil e Concessionária Peugeot Pavillon- Santana


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14<br />

ESPECIAL<br />

Maio de 2010 - Edição 24<br />

www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

Parabéns, Reparação <strong>Automotiva</strong>!<br />

Consolidado, jornal completa dois anos e prepara novidades para seu público-leitor<br />

Texto: Silvio Rocha<br />

Ojornal Reparação <strong>Automotiva</strong> chega à sua 24ª edição consolidado como uma das principais fontes de informação de<br />

empresários e profissionais da reparação automotiva. Chegar a esse patamar, sem dúvida, não foi fácil. No entanto,<br />

com uma linguagem apropriada e assuntos de interesse de seu leitor, conquistou seu espaço.<br />

Na 16ª edição, atendendo a pedidos do mercado, o jornal mudou de formato e conseguiu com isso se destacar ainda mais<br />

entre seus concorrentes diretos. Um destaque da publicação é o encarte Dicas Técnicas – que em seu 22º número dobrou de<br />

tamanho – e traz todo mês informações valiosas de empresas e profissionais do setor.<br />

É por essas e outras que o caminho do jornal já está traçado: ser referência no setor de reparação automotiva. Para tanto,<br />

prepara surpresas até o final deste ano, que poderão ser conferidas em breve e vão torná-lo ainda mais atraente para leitores<br />

e anunciantes. É esperar para conferir as novidades desta jovem publicação.<br />

EDIÇ‹O 12<br />

Entrevista com Emerson Feliciano, do Cesvi Brasil; Perfil com a nova <strong>207</strong> Escapade, da Peugeot; cobertura<br />

da 9ª edição da <strong>Automec</strong>; a mudança dos carros da Copa Nextel; o serviço de acompanhar o<br />

carro na oficina online, o Start/Stop e artigos de Antônio Carlos Bento, do GMA, Pedro Luiz Scopino,<br />

do GOE, Daniel Barbosa, da Dimension Customs, Alexandre Xavier, do IQA, e César Samos,<br />

empresário da reparação.<br />

EDIÇ‹O 13<br />

Entrevista com Antonio Fiola, do Sindirepa-SP; Perfil com Strada Trekking, da Fiat; como Capa a<br />

<strong>Automec</strong> como vitrine para o reparador; os 30 anos da Stock Car no Brasil; a evolução dos sistemas<br />

de direção; o surgimento da etiquetagem veicular no País; a importância do torquímetro, a revolução<br />

do Fusion, da Ford, e artigos de José Palácio, do IQA, e José Carlos Alquati, consultor.<br />

EDIÇ‹O 14<br />

Entrevista com José Palácio, do IQA; o caso de uma oficina que prova a importância dos analisadores;<br />

como Capa o dilema preço x rapidez; analisador de gases em motocicletas; os serviços do Portal<br />

Sindirepa-SP; Perfil com C4 Hatch, da Citroën; em Lançamentos dois modelos de conversíveis lançados<br />

pela BMW; as vantagens do Econopower, da Planatc, a cara nova da linha 2010 da Volkswagen<br />

e o artigo de Edson Roberto de Ávila, do GOE.<br />

EDIÇ‹O 15<br />

Entrevista com o consultor do Sebrae-SP, Manoel Lúcio Padreca; como Capa os veículos mais difíceis<br />

para se reparar; Perfil com a Chevrolet Blazer; em Oficina Verde iniciativas de sindicatos do Sul do País<br />

ecologicamente corretas; o carro elétrico lançado pela Fiat; em Equipamentos carregador e testador de<br />

baterias; em Alta Performance a parceria da Stock Car para o fornecimento de gasolina e lubrificante, o<br />

lançamento da Strada Adventure Cabine Dupla (CD), da Fiat, e o artigo do consultor Christian Barbosa.<br />

EDIÇ‹O 16<br />

Além do novo formato do jornal; entrevista com Vanessa Oliveira, da Robert Bosch Brasil; em Perfil,<br />

o Symbol, da Renault; em Oficina Verde bons exemplos de centros de reparação do Espírito Santo;<br />

como Capa a propaganda como alma do negócio; o sistema portátil para treinamento da Ford; a<br />

primeira prova de rua da Stock Car, realizada na Bahia; em Equipamentos, a reciclagem dos gases do<br />

ar-condicionado; dicas para combater a inadimplência; Kia Soul desembarca no Brasil; o reposicionamento<br />

do Astra, da GM; o lançamento do City, da Honda, a repaginada da Ranger, da Ford, e artigo<br />

do presidente do Sindirepa-SP, Antonio Fiola.<br />

EDIÇ‹O 17<br />

Entrevista com Antônio Gaspar de Oliveira, do Sindirepa; a tecnologia MultiAir, da FPT; como Capa a<br />

importância de manter a equipe motivada; em Perfil o Edge, crossover de luxo da Ford; equipamentos<br />

para a troca de óleo a vácuo; exemplos de como economizar água; em Lançamentos o SUV da<br />

China, o Tiggo, da Chery; o lançamento do portal para reparadores da Fiat; reciclagem de veículos<br />

que começa a ser discutida no País; em Eventos a Auto Mecânica Scopino, a 14ª edição do Encontro<br />

de <strong>Automec</strong>ânicas de Santa Catarina e a realização da 3ª Ecocar; Ducato ganha motor Multijet; a<br />

aposta da Fiat em competições; o Kia New Cerato, a nova Saveiro 2010 e artigos do economista Fauzi<br />

Timaco Jorge, e da empresária da reparação, Roseli da Silva.<br />

EDIÇ‹O 18<br />

Entrevista com o consultor do Sebrae-SP, Ricardo Curado; a destinação correta de óleo, graxa e outros<br />

resíduos poluidores; o serviço de pós-vendas Chevrolet; o futuro do profissional da reparação;<br />

Perfil com o Chevrolet Captiva; em Equipamentos manômetros; a eficiência do carro da Stock Car; as<br />

coberturas do Congresso da SAE Brasil, da 1ª Rio Parts e do Seminário da Reparação Independente;<br />

a ação da Braskape no Dias das Crianças; o lançamento do Agile, da GM; a Norma ABNT para a troca<br />

de correias, o mercado de moto e o artigo de Carlos Napoletano, do Brasil Automático.<br />

EDIÇ‹O 19<br />

Matéria sobre baterias recicláveis; em Perfil, o Polo BlueMotion, da Volks; como Capa os novos horizontes<br />

que se abrem com a Inspeção Ambiental Veicular; as coberturas de entrega da 2ª edição do Prêmio Loja<br />

em Destaque e da Autonor; a utilização de etanol na temporada 2010 da Stock Car; a importância em se<br />

ter prioridades na vida, a 2ª geração do Fox, da Volks, e o artigo de José Nogueira, do IQA.<br />

EDIÇ‹O 20<br />

Entrevista com Ricardo Reimer, do Grupo Schaeffler e da SAE Brasil; a entrega do Selo Verde, do IQA<br />

e Cesvi, como Capa mercado falava sobre o momento atual e suas deficiências; em Perfil, o Honda<br />

FIT; em Gestão inovação que exige liderança; a repaginada do Doblò, o novo Crossfox, da Volks, a<br />

diversidade de campeões da Stock Car; as festas de final de ano da Braskape Auto Peças e do Grupo<br />

ABC Peças; os melhores do ano eleitos pela Abiauto; a reciclagem de gás de ar-condicionado como<br />

oportunidade, maratona de conhecimento promovida pela Carbwel Autopeças e o lançamento de<br />

kits de acessórios do Agile, da GM.<br />

EDIÇ‹O 21<br />

Entrevista com o empresário da reparação, César Samos; a repaginada do Ecosport; em Perfil, o Punto T-Jet,<br />

da Fiat; como Capa dicas para tornar a oficina mais lucrativa; o início da seção Comparativo com Polo, da Volks,<br />

e Focus, da Ford; os desgastes com as peças dos carros que competem no Rally Dakar; a importância do RH na<br />

empresa; GOE reúne parceiros e imprensa especializada em evento; balanço da nova fase da Inspeção<br />

Ambiental Veicular; novo sistema Valeo Jet Service, o lançamento da picape média da Volks, Amarok, e o início<br />

dos artigos do Senai-SP, fruto da parceira com a Prána Editora & Marketing.<br />

EDIÇ‹O 22<br />

Entrevista com Marcio Schettino, coordenador do Programa de Inspeção Ambiental Veicular da<br />

cidade de São Paulo; como Capa o aumento do movimento nas oficinas causado pelas fortes chuvas<br />

em todo o País; em Perfil X-Gear, da Nissan; a importância em manter os departamentos em sinergia;<br />

em Comparativo o Novo Fox, da Volks, Punto, da Fiat, e Agile, da GM; os caminhões da Iveco na<br />

Fórmula Truck, a história de uma oficina que só atende carro importado instalada na periferia de São<br />

Paulo e os lançamentos da Saveiro Cross, da Volks, do Novo Focus, da Ford, e do X1, da BMW.<br />

EDIÇ‹O 23<br />

Entrevistas com Rubens Avanzini, da SAE Brasil, e com o responsável pela nova oficina do quadro Lata<br />

Velha, Mohamad Kahil; em Perfil o coupé-cabriolet Eos, da Volks; como Capa a falta de mão-de-obra<br />

no mercado; Lançamentos de equipamentos da Magneti Marelli e da Nova Jetta Variant, da Volks; em<br />

Comparativo, Siena, da Fiat, e <strong>207</strong> Passion, da Peugeot; dicas para fugir da empurroterapia, as novidades<br />

das Stock Car 2010 e a repaginada do Classic, da GM.


eparacao24_Layout 1 5/11/2010 11:09 AM Page 15<br />

<strong>Ano</strong> II - NÀ24 - Maio 2010<br />

Ar-condicionado no Brasil<br />

CUIDADOS TRAZEM VIDA AO SISTEMA<br />

FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />

Em um país tropical onde a temperatura no verão é alta na maior parte do<br />

tempo, é natural imaginar também que o ar-condicionado seja, há décadas,<br />

um equipamento indispensável na maioria dos carros produzidos pela<br />

indústria local. Isso é uma lógica incontestável, por isso, nos últimos anos, o consumidor<br />

brasileiro vem procurando cada vez mais carros com o equipamento. Em<br />

tempos de chuva o ar-condicionado se torna ainda mais imprescindível dentro<br />

dos carros. Sua função desembaçadora ajuda no uso frequente do sistema nessa<br />

época do ano em que a ocorrência das chuvas é maior. Qualquer consumidor<br />

minimamente informado sobre os benefícios do equipamento, deixa de fechar<br />

negócio quando lhe é oferecido um carro sem o ar- condicionado. Até os chamados<br />

carros populares já oferecem esse opcional. E, para quem não sabe, ter esse<br />

opcional no carro não representa praticamente nenhuma despesa adicional ao<br />

longo de toda a vida útil do aparelho. O sistema de ar-condicionado é praticamente<br />

o mesmo para todos os carros, sejam nacionais ou importados. O que<br />

muda de um para outro é o tamanho. Para cada carro existe um projeto específico,<br />

não é como rádio, que é igual para todos os carros. Mas manter o equipamento<br />

com um bom funcionamento requer alguns cuidados. Segundo técnicos<br />

especialistas, a manutenção do ar-condicionado deve ser feita de 3 em 3 meses,<br />

em carros que circulam diariamente em metrópoles, e em veículos de cidades<br />

pequenas e de pouco uso, devem ser revisados a cada 6 meses. A indústria<br />

paranaense ACA – Ar-condicionado Automotivo é especialista em sistemas de AC<br />

e investe constantemente em desenvolvimento de projetos inovadores e de alta<br />

eficiência e qualidade, sendo fabricante de sistemas diferenciados, de acordo<br />

com a característica de cada veículo, trabalhando com as linhas leve, pesada,<br />

agrícola e projetos especiais.<br />

Como usar melhor seu ar-condicionado<br />

Além do consumo mais baixo do automóvel em viagens, a questão do<br />

conforto também faz o motorista preferir carros com ar-condicionado em<br />

boa parte do país. O aumento da criminalidade também é fator considerável<br />

para o uso do AC. Muita gente prefere dirigir com os vidros fechados e,<br />

assim, evitar os fatores adversos. A ACA Ar-condicionado automotivo,<br />

empresa paranaense especializada em sistemas de ar para carros, dá algumas<br />

dicas de como usar corretamente seu aparelho.<br />

Use sempre uma ventilação média, que conserva uma refrigeração mais<br />

eficiente.<br />

A fumaça e o ar viciado dentro do seu carro devem ser eliminados,<br />

abrindo-se, por alguns minutos, as janelas ou o botão que liga o sistema de<br />

renovação de ar.<br />

Durante o inverno ou nos períodos em que o aparelho não seja usado<br />

por muito tempo, deve-se ligá-lo pelo menos uma vez ao dia, a fim de se evitar<br />

danos no compressor, principalmente no selo de vedação do eixo.<br />

Após o estacionamento prolongado sob o sol forte, ligue o sistema e<br />

ande por alguns minutos com as janelas abertas permitindo a expulsão do<br />

ar excessivamente quente. Logo após feche as janelas, nunca deixando a<br />

menor entrada de ar externo, para um melhor aproveitamento<br />

da refrigeração.<br />

Em dias de chuva, o aparelho de ar-condicionado pode ser usado também<br />

como desembaçador dos vidros, além de manter uma temperatura<br />

interna constante.<br />

Mantenha o condensador (peça colocada à frente do radiador do seu<br />

carro) o mais limpo possível, livre de insetos e outros detritos, a fim de permitir<br />

plena capacidade ao sistema.<br />

Sempre que possível mande examinar a tensão da correia do compressor<br />

e não se preocupe com a água que normalmente escorre através dos<br />

tubos laterais do seu evaporador, para debaixo do carro. Trata-se da desumidificação<br />

do ar interno, que seu aparelho removeu para o exterior.<br />

Tome como hábito fazer uma revisão geral em seu ar-condicionado, pelo<br />

menos uma vez ao ano, para que ele dure mais tempo e lhe proporcione conforto<br />

e satisfação. Agende uma revisão no sistema de AC do seu carro na<br />

ACA Instaladora.<br />

*Colaborou: ACA Ar-condicionado Automotivo<br />

Conhecimento nunca é demais<br />

Confira nesta edição do seu encarte Dicas Técnicas informações de entidades, empresas e<br />

profissionais ligados ao setor de reparação automotiva.<br />

Para começar, dicas da ACA Ar-condicionado sobre os cuidados com o sistema. A NGK destaca<br />

as funcionalidades de seus sensores de oxigênio.<br />

Para continuar, Fernando Calmon diz que o sistema Start/Stop garante boa economia de combustível.<br />

Tem também o Senai e a primeira parte de seu artigo sobre injeção eletrônica.<br />

Outro assunto é a Alapa que alerta sobre a baixa qualidade das rodas importadas no Brasil.<br />

Carlos Napoletano, da Brasil Automático, traz o terceiro capítulo de seu artigo.<br />

Para finalizar, a Taranto com os problemas mais frequentes no uso das juntas de cabeçote e a<br />

Controil alerta sobre a troca conjunta de embreagem e cilindros.<br />

Até nosso próximo encontro!


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NÀ24 - Maio 2010<br />

Inspeção Veicular<br />

A NGK ALERTA QUE O SENSOR DE OXIGÊNIO INFLUENCIA DIRETAMENTE NOS NÍVEIS DE EMISSÕES DE GASES DE UM VEÍCULO<br />

AInspeção veicular que atualmente é aplicada somente nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro deverá ser extendida para<br />

as cidades e estados com frota de veículos acima de 3 milhões de veículos. Na cidade de São Paulo são aplicados os seguintes<br />

limites de emissões:<br />

Tabela 01 - Limites máximos de emissão de CO corrigido em marcha<br />

lenta e a 2500rpm para veículos automotores com motor do<br />

ciclo Otto:<br />

Tabela 02 - Limites máximos de emissão de HC corrigido em marcha<br />

lenta e a 2500rpm para veículos com motor do ciclo Otto:<br />

Fonte: Portaria N 147 Secretaria do Verde e Meio Ambiente da cidade de São Paulo.<br />

Obs.: Para os casos de veículos que utilizam combustível líquido e gasoso, serão considerados os limites de cada combustível.<br />

(A) Inclui os veículos enquadrados no Art. 12 Portaria IBAMA 167/97<br />

(B) Inclui os veículos leves comerciais nacionais ou produzidos nos paises do MERCOSUL, com massa total máxima autorizada maior que<br />

2800 kg, conforme Resolução CONAMA 15/95.<br />

A NGK do Brasil alerta que o Sensor de Oxigênio, Sonda Lambda influência diretamente nos níveis de emissões de gases de um veículo<br />

portanto o seu correto funcionamento deve ser avaliado antes de um veículo passar pela inspeção.<br />

Seguem as dicas de testes das sondas lambdas com multímetro:<br />

A correta manutenção do veículo além de reduzir os níveis de<br />

poluentes de um veículo proporcionam economia de combustível.<br />

Para maiores informações a NGK disponibiliza a Tabela de<br />

Aplicação de Sensores NTK, que pode ser solicitada através do SAC<br />

0800 197 112 ou através do e-mail: duvidas@ngkntk.com.br<br />

*Colaborou: NGK


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NÀ24 - Maio 2010<br />

Start/Stop garante boa<br />

economia de combustível<br />

* TEXTO: FERNANDO CALMON<br />

Eficiência energética é a palavra de ordem daqui<br />

para frente, sempre que um fabricante iniciar o<br />

projeto de um novo modelo. No exterior, atingiu<br />

estágio de prioridade máxima com o duplo objetivo de<br />

economizar combustível e limitar emissões no escapamento<br />

dos veículos. O Brasil já teve, em meados dos<br />

anos 80, o PECO (Programa de Economia de<br />

Combustível), idealizado pelo Ministério de Minas e Energia e apoio de<br />

Chevrolet, Fiat, Ford e VW à época. Os objetivos foram atingidos, mas<br />

durou apenas três anos.<br />

No início da década de 1990, o mesmo ministério e a Petrobras criaram<br />

o Conpet (Programa Nacional da Racionalização do Uso dos Derivados do<br />

Petróleo e Gás Natural). O principal desdobramento é o Programa<br />

Brasileiro de Etiquetagem<br />

Veicular (PBEV),<br />

lançado em 2008 e ainda<br />

em base voluntária. O<br />

país poderia se engajar<br />

no esforço mundial de<br />

eficiência energética se<br />

tornasse obrigatória a<br />

adesão ao PBEV e reiniciasse<br />

ações inteligentes, a<br />

exemplo do PECO.<br />

Existem, hoje, tecnologias<br />

auxiliares que<br />

permitem avanços na<br />

economia de combustível.<br />

O preço não seria<br />

baixo, porém eventual<br />

estímulo fiscal e ganhos<br />

no custo/km rodado<br />

compensariam com<br />

folga. Dois desses recursos<br />

são os sistemas<br />

Start/Stop (desliga e liga automaticamente o motor, no para-e-anda do<br />

trânsito) e de Recuperação de Energia no Alternador. Acredita-se que até<br />

85% dos veículos novos vendidos na Europa em 2015 possuirão ambos. Os<br />

EUA também induzem os fabricantes a diminuir o consumo e essas tecnologias<br />

ajudam bastante.<br />

A filial brasileira da Bosch acredita que a versão de custo reduzido do<br />

Start/Stop (S/S) pode interessar às fábricas e aos motoristas. “Medições<br />

FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />

reais, no centro de São Paulo, têm indicado redução de consumo de até<br />

15%, em um mesmo ciclo de rodagem, quando comparado ao sistema não<br />

acionado”, explica o diretor de engenharia para motores de partida e alternadores,<br />

Jair Pasquini.<br />

O S/S simplificado inclui sensores de pedal de embreagem e de ponto<br />

morto do câmbio, software específico de gerenciamento eletrônico do<br />

motor, botão no painel para desligar o sistema, além de motor de partida<br />

para 150.000 mil ciclos, ou seja, grande margem de robustez para este uso.<br />

A fim de reduzir o ruído ao religar, adotaram-se mola de amortecimento de<br />

impacto pinhão-cremalheira e aumento de rotação para abreviar o tempo<br />

de partida.<br />

Nos dias quentes, desligar o motor a combustão significa limitar a eficiência<br />

do ar-condicionado. No entanto, pesquisas de campo apontaram<br />

que quase dois terços<br />

dos tempos de parada<br />

situam-se no máximo<br />

em 25 segundos. No<br />

verão, este intervalo<br />

equivale a uma variação<br />

de até 3° Celsius na temperatura<br />

do habitáculo,<br />

enquanto o motor permanecer<br />

desligado. Para<br />

melhorar o conforto térmico<br />

a bordo o sistema<br />

bloqueia a entrada de ar<br />

externo e diminui a<br />

velocidade do ventilador.<br />

Tais expedientes<br />

compatibilizam economia<br />

de combustível e<br />

uso do ar-condicionado.<br />

Quanto à Recuperação<br />

de Energia o<br />

ganho é bem menor, no<br />

máximo de 3%. O sistema trabalha administrando o torque do alternador.<br />

Durante a aceleração limita o fornecimento de corrente elétrica, aliviando<br />

a carga do motor a combustão, o que libera potência e reduz o consumo;<br />

em desaceleração (não há injeção de combustível), o alternador trabalha<br />

com máxima eficiência, recarregando a bateria do veículo.<br />

*Jornalista especializado desde 1967, engenheiro e consultor técnico,<br />

de comunicação e de mercado


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Injeção Eletrônica - Parte I<br />

INTRODUÇÃO - TIPOS DE SISTEMAS E ESTRATÉGIAS DE DIAGNÓSTICOS<br />

NÀ24 - Maio 2010<br />

TEXTO: MELSI MARAN E GLAUDINEI MENEGATTI DOS SANTOS<br />

Em 1989 a Bosch disponibiliza no Brasil o sistema de injeção eletrônica<br />

de combustível “Bosch LE Jetrônic”, que equipa o VW Gol GTI, e inicialmente<br />

uma versão do GM Monza EF (homenagem ao piloto<br />

brasileiro Emerson Fittipaldi), uma injeção muito simples e do tipo analógica,<br />

ou seja, um sistema onde não existe um programa auto adaptativo com<br />

estratégias de registros de falhas. Esta também não utiliza scanner para<br />

diagnósticos e todos os testes elétricos são efetuados com o auxílio do<br />

multímetro seguindo os procedimentos da literatura técnica.<br />

A partir de 1991 outros fabricantes como a Magneti Marelli e AcDelco<br />

(divisão da GM) disponibiliza sistemas digitais mais avançados com programas<br />

auto adaptativos, como por exemplo o “GO HOME” (volte para<br />

casa), ou seja, em caso de falha de um sensor o sistema adota valores<br />

ideais de trabalho gravados no programa do módulo que faz com que o<br />

motor continue funcionando, dentro dos limites de segurança até o condutor<br />

conseguir levar seu automóvel a um ponto de apoio ou à oficina<br />

de manutenção.<br />

Todos os sistemas de injeção eletrônica de combustível funcionam de<br />

forma idêntica, tanto o monoponto (uma válvula injetora que alimenta<br />

de combustível todos os cilindros) como o multiponto (uma válvula injetora<br />

para cada cilindro do motor), e os procedimentos de reparação são<br />

semelhantes, seguindo um padrão de diagnóstico e testes. Vale lembrar<br />

que cada sistema tem estratégias de trabalho diferenciadas em função de<br />

vários fatores, como por exemplo o tipo de motor, o tipo de combustível,<br />

o peso do veículo, a aerodinâmica, entre outros mais, e sempre<br />

respeitando as leis de emissões que mudam as regras periodicamente<br />

exigindo dos fabricantes novas estratégias de trabalho e investimentos<br />

tecnológicos constantes.<br />

Cabe então ao técnico de reparação o conhecimento do funcionamento<br />

do sistema de uma forma geral e, principalmente, das estratégias de trabalho<br />

de cada um, e para isso ocorrer de forma ideal o técnico precisa se<br />

preparar e se atualizar constantemente através de treinamentos e aquisição<br />

de literatura técnica, que hoje é uma ferramenta indispensável no processo<br />

de reparação e de fácil acesso. Os recursos técnicos existentes no mercado<br />

são na maioria comuns a todos os sistemas de injeção eletrônica de combustível<br />

e não exigem grandes investimentos com as evoluções.<br />

Segue abaixo uma estrutura de um sistema de injeção eletrônica com<br />

os sensores de atuadores.<br />

FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />

O módulo de injeção eletrônica usa os sensores para saber em que<br />

condição se encontra o motor e de posse dessa informação, de acordo<br />

com o programa de calibragem do motor para o veículo, determina a<br />

quantidade de combustível injetada, o ponto de ignição, rotação de marcha<br />

lenta e outras estratégias que possibilitem o melhor rendimento nas<br />

mais diversas situações de funcionamento do motor.<br />

Abaixo alguns testes utilizados pelo profissional na hora da manutenção ou diagnóstico em um sistema de injeção eletrônica de combustível:<br />

Teste de Spray ou Leque<br />

Válvula Injetora de Combustível<br />

Teste de vazão (usado para comparar a vazão de combustível,<br />

testa as válvulas que equipam o motor)<br />

Respeitando o tipo de válvula injetora, o spray serve<br />

para otimizar a combustão, ou seja, quanto melhor a pulverização<br />

do combustível melhor é a mistura com o<br />

oxigênio no momento da admissão e, consequentemente,<br />

melhor a combustão e isto reflete em economia<br />

de combustível.<br />

Aqui, no comparativo, todas as válvulas devem apresentar<br />

o mesmo valor com uma variação aceitável de no máximo<br />

5% para mais ou menos. Se o valor estiver fora dessa tolerância<br />

opta-se em fazer uma “limpeza” com um equipamento<br />

de ultrasom. Neste procedimento são removidas as<br />

impurezas retidas pelo filtro (uma tela) na entrada da válvula<br />

injetora. Vale lembrar que este filtro normalmente não é fornecido e se<br />

detectada a incoerência, o profissional deve substituir a válvula.<br />

*Colaborou: SENAI / Instrutores de treinamento técnico do SENAI-SP


eparacao24_Layout 1 5/11/2010 11:09 AM Page 19<br />

NÀ24 - Maio 2010<br />

Importação de rodas de<br />

baixa qualidade no Brasil<br />

Aabertura do mercado brasileiro permitiu a importação de vários itens de consumo pessoal (brinquedos) e industrial (pneus) que não<br />

atendem as normas e especificações locais de qualidade e segurança existentes no pais.<br />

Observa-se o aumento significativo das importações de rodas de aço para caminhões e ônibus com baixíssima qualidade e sem condições<br />

mínimas de uma utilização segura. Por isso, os associados da ALAPA, preocupados com o índice de qualidade e segurança dos produtos ofertados<br />

no mercado nacional para o transporte de cargas e pessoas, coletaram amostras de rodas não originais e importadas de diversos<br />

países - principalmente asiáticos - e as submeteram a testes de durabilidade em laboratório, conforme Norma SAR J267.<br />

RESULTADO: todas as amostras foram reprovadas com baixíssimos índices de resistência e várias irregularidades,<br />

não atendendo as normas e especificações existentes no Brasil.<br />

Resumo dos resultados dos testes conforme Norma Internacional de testes de Rodas - SAE J267 (Society of Automotive Engineers)<br />

Amostra: Roda 8.5” - 20”<br />

Resultado: reprovada - quebra com 507.000 ciclos<br />

Fabricante: marca fantasia<br />

1. TESTE DE COMPRESSÃO: CICLAGEM MÍNIMA DE 1.000.000 CICLOS<br />

FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />

Amostra: Roda 8.25” x 22.5”<br />

Resultado: reprovada - quebra com 747.110 ciclos<br />

Fabricante: marca fantasia<br />

Todas as rodas testadas não resistiram a 70% da ciclagem mínima.<br />

*Colaborou: ALAPA


eparacao24_Layout 1 5/11/2010 11:09 AM Page 20<br />

NÀ24 - Maio 2010<br />

Transmissão automática DSG (Direct Shift Gearbox)<br />

utilizada nos veículos VW / Audi / Seat / Bentley / Skoda<br />

Parte III<br />

*TEXTO: CARLOS NAPOLETANO NETO<br />

FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />

FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />

Em continuidade ao mês passado, nesta edição a terceira<br />

parte do artigo.<br />

Modo “D”<br />

Uma vez que o veículo tenha completado a mudança<br />

para segunda marcha, a primeira marcha é imediatamente<br />

desaplicada, e a terceira marcha (estando no mesmo eixo da<br />

primeira e quinta) é então pré-selecionada, ficando pendente de aplicação.<br />

Uma vez que as condições exijam a aplicação da terceira marcha, a segunda<br />

embreagem, que controla a 2, 4 e 6ª marchas, é então desaplicada, e a<br />

primeira embreagem que aplica o eixo onde está a terceira é então acionada<br />

novamente. Este método de operação continua da mesma maneira até a sexta<br />

marcha ou a última marcha.<br />

A redução é similar à mudança para marchas ascendentes, porém em<br />

ordem inversa, e mais lenta, em torno de 600 milissegundos, devido à necessidade<br />

que o computador do motor tem de alterar a rotação do motor pelo<br />

controle do acelerador, para que a rotação do virabrequim se iguale à da marcha<br />

selecionada. O computador do veículo sente o mesmo desacelerando, ou<br />

se mais torque é necessário (durante as acelerações), e assim aplica uma marcha<br />

mais baixa no eixo que não está em uso no momento, completando assim<br />

a redução.<br />

Os pontos de mudança reais são<br />

determinados pela Unidade de<br />

Controle Eletrônico da DSG, ou ECU,<br />

que comanda uma unidade<br />

hidromecânica. A ECU da transmissão,<br />

combinada com a unidade<br />

hidromecânica, é chamada coletivamente<br />

de MECATRONIC, ou módulo<br />

mecatrônico. Devido ao fato da ECU<br />

da transmissão utilizar lógica difusa,<br />

a operação da DSG é chamada de<br />

“operação adaptativa”. Quer dizer, a<br />

DSG “aprende” como o motorista utiliza<br />

o veículo e progressivamente adapta os pontos de mudança de acordo<br />

com os hábitos do motorista.<br />

No painel de instrumentos<br />

do veículo, entre<br />

o velocímetro e o<br />

tacômetro, as posições<br />

disponíveis da alavanca<br />

são mostradas ao<br />

motorista, e a posição da<br />

alavanca no momento é<br />

iluminada, e a relação de<br />

marcha utilizada no<br />

momento também é mostrada como um número.<br />

Sob condições normais de aceleração e desaceleração progressivas e li-<br />

neares, a DSG muda de maneira sequencial, ou seja, 1 para 2, 2 para 3, 3 para<br />

4, 4 para 5, 5 para 6 e na mesma sequência reversa para reduções. Contudo, a<br />

DSg pode também pular o método sequencial normal, “pulando” as marchas<br />

adjacentes e mudar para duas ou mais marchas acima ou abaixo. Isto pode ser<br />

percebido mais facilmente se o veículo está sendo dirigido em velocidades<br />

moderadas com pouca abertura do acelerador, e o acelerador então é de<br />

repente pressionado totalmente contra uma resistência adicional percebida<br />

(ativando a função kickdown). Durante a condição de kickdown, a DSG “pula”<br />

marchas, vindo da 6ª marcha diretamente para a 2ª marcha (se as condições<br />

permitirem, é claro!).<br />

Quando a alavanca estiver na posição “D”, a DSG trabalha no modo totalmente<br />

automático, com ênfase nas mudanças programadas para economia<br />

máxima de combustível. Isto significa que as mudanças ocorrerão o mais cedo<br />

possível obedecendo as mudanças de rotação do motor. Como exemplo, no<br />

GOLF MK5 GTI, a sexta marcha será aplicada ao redor de 52 quilômetros por<br />

hora, com a programação original dela, embora uma utilização mais agressiva<br />

ou estilo mais esportivo de condução, o programa auto adaptativo aumentará<br />

a velocidade de engate da 6ª marcha coerentemente.<br />

Modo “S”<br />

A alavanca seletora possui também a posição S. Quando o S for selecionado,<br />

o modo Esportivo será selecionado na DSG. O modo S ainda funcionará<br />

com mudanças totalmente automáticas, idêntico em operação ao modo D,<br />

mas as mudanças ascendentes e descendentes serão feitas em rotações bem<br />

mais altas do motor. Isto auxilia o motorista em dirigir mais esportivamente,<br />

utilizando bem mais o torque disponível do motor, e maximizando também o<br />

freio motor. Contudo, este modo possui um efeito indesejável no consumo de<br />

combustível, comparado com o modo D. Este modo pode não ser o ideal quando<br />

se deseja conduzir o veículo de maneira mais “calma”. Nem se deve utilizálo<br />

quando as condições da estrada forem muito escorregadias, devido a gelo,<br />

lama, pedriscos, areia, chuva forte, etc., devido à perda de tração dos pneus),<br />

podendo causar um acidente grave.<br />

A luz S será iluminada no painel de instrumentos, e assim como o modo D,<br />

a marcha que está sendo utilizada no momento é mostrada em forma<br />

de número.<br />

Modo “R”<br />

A posição R da alavanca significa que a transmissão está em Ré. Funciona<br />

de maneira similar à D, porém existe somente uma marcha nesta posição.<br />

Quando selecionada, a luz R acende no painel de instrumentos.<br />

*Consultor técnico e ministra cursos sobre transmissão automática.<br />

suporte@brasilautomatico.com.br<br />

*Colaborou: BRASIL AUTOM˘TICO


eparacao24_Layout 1 5/11/2010 11:09 AM Page 21<br />

NÀ24 - Maio 2010<br />

Problemas mais frequentes no uso<br />

das Juntas de Cabeçote<br />

Quando falha uma junta de cabeçote, a primeira coisa que o usuário pensa é que a junta é a de má qualidade que os materiais componentes<br />

da junta não são adequados para a circunstância. Mas realmente é assim?<br />

Nós dizemos que a junta de cabeçote atua como um fusível e não há ninguém que discuta a qualidade do fusível quando este se “queima”,<br />

mas ao contrário, se dedica a encontrar o curto-circuito ou mau funcionamento de alguns componentes elétricos do veículo. Estas considerações<br />

são válidas, também, no uso das juntas de cabeçote.<br />

FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />

*Colaborou: TARANTO


eparacao24_Layout 1 5/11/2010 11:09 AM Page 22<br />

NÀ24 - Maio 2010<br />

Substituição justificada<br />

CONTROIL RECOMENDA QUE NA TROCA DO CONJUNTO DE EMBREAGEM SEJAM SUBSTITUÍDOS TAMBÉM<br />

OS CILINDROS, NO INTUITO DE PROLONGAR A VIDA DO SISTEMA COMO UM TODO<br />

FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />

Em grande maioria dos casos, observa-se que em uma<br />

manutenção no sistema de embreagem, normalmente o aplicador<br />

tem o cuidado de que o platô, o disco e o rolamento<br />

sejam substituídos. Como se apenas estas peças fossem as únicas a<br />

serem importantes para o bom e perfeito funcionamento do sistema<br />

de embreagem.<br />

Porém, fazemos questão de ressaltar ao amigo mecânico, que<br />

atualmente na busca por maior conforto, o kit da embreagem incorporou<br />

ao seu funcionamento o sistema de acionamento hidráulico, e<br />

este já é uma realidade presente nas oficinas do profissional<br />

reparador, onde todo conjunto deve trabalhar de forma harmoniosa,<br />

perfeita e suave. Este sistema hidráulico é consistido basicamente<br />

pelos seguintes componentes:<br />

cilindro mestre da embreagem;<br />

tubulação do líquido de freio,<br />

cilindro auxiliar ou atuador e<br />

líquido de freios<br />

Diagnóstico do cilindro mestre da embreagem<br />

(possíveis problemas)<br />

Ao acionar pedal de embreagem, o aplicador deve<br />

observar se haverá movimentação do fluido de freio no reservatório.<br />

Lembramos que, nesta situação, reservatório do fluido já<br />

deverá estar aberto sem a tela do filtro do líquido.<br />

Nos acionamentos o fluido deverá permanecer isento de<br />

movimentações dentro do reservatório, caso seja constatada a<br />

produção de pequenas movimentações (ondas) no interior do<br />

reservatório, há fortes indícios de que o cilindro esteja danificado<br />

– gaxeta desgastada ou então cilindro ovalizado, e o veículo<br />

começará apresentar pequenas dificuldades de engatar as marchas<br />

quando o mesmo estiver em funcionamento.<br />

Após acionamento da embreagem e analisado que o sistema,<br />

através do pedal, apresentou retorno lento/demorado ao<br />

ponto de repouso, tal situação fará com que o tempo de patinação<br />

do conjunto aumente e, consequentemente, diminua a<br />

vida útil do disco de embreagem e, portanto, um desgaste prematuro<br />

de todo o sistema.<br />

FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />

Diagnóstico do cilindro mestre da embreagem<br />

(correção)<br />

Substituir o cilindro por outro novo.<br />

Utilize produtos de qualidade assegurada,<br />

peça com qualidade, peça Controil!<br />

Evite problemas, exerça a manutenção preventiva:<br />

Os fabricantes de embreagens recomendam que na substituição<br />

do conjunto de embreagem sejam trocados também os<br />

cilindros, no intuito de prolongar a vida do sistema<br />

como um todo.<br />

*Colaborou: CONTROIL<br />

www.pranaeditora.com.br<br />

Prána Editora & Marketing Ltda<br />

Jornal Reparação <strong>Automotiva</strong><br />

Rua Pedro de Toledo, 129 - 10º andar<br />

CEP 04039-030 - Vila Clementino<br />

São Paulo - SP<br />

Fone: 11 5084-1090<br />

Jornalista Responsável<br />

Silvio Rocha – MTB: 30375<br />

Departamento Comercial<br />

comercial@reparacaoautomotiva.com.br


eparacao24_Layout 1 5/11/2010 11:09 AM Page 23<br />

FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />

www.reparacaoautomotiva.com.br Maio de 2010 - Edição 24<br />

Gol mais econômico<br />

Versão Ecomotion do Geração 4 e Seleção para o Geração 5, Golf 2.0<br />

automático são as principais novidades da linha 2011 VW<br />

LANÇAMENTO<br />

23<br />

Texto: Edison Ragassi<br />

No final de abril, a<br />

Volkswagen reuniu a<br />

imprensa especializada<br />

em Campinas para mostrar a<br />

linha 2011 de seus modelos.<br />

Seguindo a tendência mundial<br />

de fabricar carros compactos<br />

e econômicos, a fabricante alterou<br />

o Gol Geração 4 e passou a<br />

chamá-lo de Ecomotion. A proposta<br />

é oferecer um veículo que<br />

consome 10% menos combustível,<br />

seja ele a gasolina ou etanol.<br />

O Gol Ecomotion utiliza o<br />

motor EA 111 1.0 L Total Flex,<br />

com 68 cv a 5.750 rpm (G) e 71<br />

cv a 5.750 rpm (E). Para atingir as<br />

metas de consumo, o carro teve o<br />

diferencial alongado em 6,8%, e<br />

o motor foi recalibrado para esta<br />

nova relação de transmissão.<br />

A suspensão também passou<br />

por ajustes e os amortecedores<br />

receberam nova calibragem.<br />

Segundo a fabricante, um dos<br />

pontos fundamentais para atingir<br />

o objetivo de redução de consumo<br />

foi a adoção de pneus "verdes",<br />

cuja principal característica é a<br />

baixa resistência ao rolamento, nas<br />

medidas 165x70 R 13, ao invés de<br />

175 x 70 R 13. O carro também<br />

utiliza maior pressão de enchimento<br />

dos pneus, 39 PSI nos<br />

dianteiros e 32 PSI nos traseiros.<br />

No ano que a VW comemora<br />

30 anos de fabricação do Gol e é<br />

patrocinadora da Seleção<br />

Brasileira de Futebol até 2014,<br />

lançou uma série especial para<br />

capitalizar este momento. O Gol<br />

Seleção tem produção limitada a<br />

três mil unidades, é identificada<br />

pela inscrição “Seleção” na tampa<br />

traseira e traz nas portas e nos<br />

encostos dos bancos dianteiros o<br />

logotipo da CBF (Confederação<br />

Brasileira de Futebol). A gama de<br />

cores do Gol Seleção inclui o<br />

exclusivo Azul Boreal, lembrando<br />

um dos uniformes da Seleção<br />

Brasileira. Ele usa motor 1.0<br />

Total Flex, rodas de liga leve 14<br />

polegadas e pneus 185/60 R14,<br />

faróis com máscara negra, lanternas<br />

traseiras escurecidas, faróis<br />

de neblina, coluna central revestida<br />

de preto e detalhes na grade<br />

inferior dianteira e a moldura dos<br />

para-choques pintados em cinza.<br />

A fabricante de São Bernardo<br />

do Campo promoveu várias alterações<br />

em todos os veículos. A<br />

grande novidade na linha Golf é a<br />

nova versão Sportline 2.0 com<br />

transmissão automática TipTronic<br />

de seis velocidades.<br />

Já o Novo Gol e Voyage 1.0L,<br />

passam a ter rodas 14 polegadas<br />

de série, novo revestimento nos<br />

bancos e opcionalmente, o Novo<br />

Gol 1.0 oferece novas rodas de<br />

liga leve com 14 polegadas, função<br />

coming/leaving home de<br />

acendimento dos faróis e sensor<br />

de estacionamento traseiro.


eparacao24_Layout 1 5/11/2010 11:09 AM Page 24<br />

24<br />

FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />

ARTIGO<br />

Maio de 2010 - Edição 24<br />

www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

Consumidor desconhece a importância da<br />

Inspeção Ambiental Veicular<br />

FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />

*Texto: César Samos<br />

Há pouco tempo tive a<br />

oportunidade de participar<br />

de um programa de<br />

TV voltado para as mulheres para<br />

dar dicas sobre a Inspeção<br />

Ambiental Veicular. Esse assunto<br />

ainda está muito distante dos<br />

motoristas que veem essa ação da<br />

prefeitura como mais uma forma<br />

de arrecadação e não como uma<br />

medida essencial para a melhoria<br />

do ar que respiramos. Ao explicar<br />

os aspectos fundamentais que<br />

envolvem a inspeção, pude perceber<br />

que os reparadores têm um trabalho<br />

fundamental nesse processo<br />

para orientar os donos dos veículos<br />

sobre a importância da manutenção<br />

preventiva. Seria interessante<br />

criar um plano de revisões programadas<br />

para que o carro esteja sempre<br />

em bom estado, assim elimina<br />

transtornos inesperados e também<br />

custos mais elevados com a corretiva.<br />

Senti que as telespectadoras<br />

estavam muito interessadas no<br />

assunto. Às vezes, uma medida<br />

como a inspeção ambiental se torna<br />

antipática porque não há uma<br />

explicação sobre a sua importância.<br />

As pessoas rejeitam por não entenderem<br />

do que se trata realmente.<br />

Por isso, os reparadores devem se<br />

informar ao máximo sobre o<br />

assunto para ajudar seus clientes.<br />

Este é o momento em que podemos<br />

nos tornar consultores e mostrar<br />

os benefícios da revisão periódica<br />

aos donos dos carros.<br />

A Inspeção Ambiental Veicular<br />

trouxe uma nova realidade<br />

ao setor da reparação de veículos,<br />

fazendo o movimento inverso e<br />

atraindo os clientes para as oficinas.<br />

Então, é hora de saber atender<br />

bem esse consumidor que<br />

está totalmente desinformado e<br />

quer auxílio para solucionar o<br />

seu problema.<br />

Durante a minha participação<br />

na entrevista, falei do Programa<br />

de Seleção de Oficinas para<br />

Atendimento Pré e Pós-Inspeção<br />

Veicular Ambiental em Veículos/Motocicletas<br />

do Ciclo Otto e<br />

Ciclo Diesel e o telefone do<br />

SINDIREPA-SP ficou congestionado<br />

com o grande volume de<br />

ligações. A maioria delas era para<br />

solicitar uma oficina para fazer a<br />

pré-inspeção.<br />

Isso mostra que há um campo<br />

a ser explorado e que cabe aos<br />

reparadores se preparem e orientarem<br />

seus clientes.<br />

O consumidor necessita desse<br />

apoio que pode fazer toda a diferença<br />

para o seu negócio. Seja<br />

um agente propagador dos benefícios<br />

da Inspeção Ambiental<br />

Veicular para a saúde da população.<br />

Todos têm a ganhar!<br />

*Diretor do Sindirepa-SP–<br />

Sindicato da Indústria de<br />

Reparação de Veículos e Acessórios<br />

do Estado de São Paulo – e sócio<br />

da Oficina Mecânica do Gato


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www.reparacaoautomotiva.com.br Maio de 2010 - Edição 24<br />

LANÇAMENTO<br />

25<br />

FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />

O Uno revive<br />

Nova carroceria, novos motores e várias possibilidades de personalização,<br />

assim é o modelo compacto que a Fiat acaba de lançar no país<br />

Texto: Edison Ragassi<br />

No início de maio, a Fiat<br />

Automóveis reuniu na<br />

Bahia a imprensa especializada<br />

do Brasil e América Latina<br />

para mostrar o Novo Uno. O carro<br />

mantém as formas quadradas do<br />

antecessor, o restante é tudo novo, já<br />

que foi desenvolvida uma nova<br />

arquitetura para o modelo.<br />

O desenho da frente é robusto,<br />

faróis retangulares com as pontas<br />

arredondadas que invadem os paralamas.<br />

A grade tem três aberturas<br />

no lado esquerdo e o para-choque<br />

completa o conjunto como se fosse<br />

uma só peça. Na lateral, as caixas de<br />

rodas saltam para fora, os vincos<br />

aparecem na linha das maçanetas. A<br />

traseira tem as lanternas retas nas<br />

colunas laterais e vidro reto na<br />

tampa do porta-malas.<br />

Para equipar o carro, a FPT-<br />

Powertrain Technologies, desenvolveu<br />

dois novos motores, o Fire Evo<br />

1.0L e 1.4L, ambos flex. Em relação<br />

ao Fire anterior, ele ganhou bielas<br />

longas, elas cresceram 26,5% no<br />

comprimento, de 111,85 mm para<br />

140,5 mm, novos pistões, a capa da<br />

biela é do tipo fraturado, anéis de<br />

baixa carga tangencial com altura de<br />

compressão de 24,5 mm, anéis do<br />

tipo low friction, de apenas 1 mm de<br />

altura no primeiro e segundo anéis.<br />

O coletor de admissão é feito de<br />

plástico, ele possui novo design. O<br />

tensor da correia de distribuição é<br />

automático, o que, segundo a Fiat,<br />

mantém a tensão da correia de distribuição<br />

durante toda a vida útil do<br />

equipamento. Ainda são novos o<br />

eixo comando e a tampa de válvulas<br />

feita de alumínio.<br />

Já o 1.4L Evo, além das evoluções<br />

usadas na versão 1,0 litro, traz:<br />

CVCP, ou variador de fase contínuo<br />

(Continuously Variable Cam<br />

Phaser), condutos de aspiração, descarga<br />

e nova câmara de combustão,<br />

bobina sequencial fasada, bloco do<br />

motor com camisa de água tipo U<br />

Circulation e Centralina Magneti<br />

Marelli tipo 7G. Ele entrega potência<br />

máxima de 85 cavalos e torque<br />

de 12,4 kgfm a 3.500 rpm rodando<br />

com gasolina. Ao abastecer com etanol,<br />

sua potência é de 88 cv e o torque,<br />

12,5 kgfm a 3.500 rpm.<br />

E o modelo 1.0L com gasolina<br />

gera potência máxima de 73 cv e<br />

torque máximo de 9,5 kgfm a 3.850<br />

rpm. Ao usar etanol sua potência é<br />

de 75 cv e o torque chega a 9,9 kgfm<br />

a 3.850 rpm.<br />

O Novo Uno versão Vivance 2<br />

portas tem preço sugerido de<br />

R$ 25.500, o 4 portas custa<br />

R$ 27.350. O 1.4L Attractive 2 portas<br />

sai por R$ 29.280 e o 4 portas<br />

R$ 31.080.<br />

A Fiat ainda disponibiliza a opção<br />

Way (R$ 26.690- 1.0L 2 portas/ R$<br />

28.490-1.0L 4 portas/ R$ 30.070-<br />

1.4L 2 portas/ R$ 31.870- 1.4L 4 portas)<br />

e várias opções para que o comprador<br />

personalize o carro.


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Magneti Marelli equipa Novo Uno<br />

O Grupo fornece para o novo Fiat Uno diversas tecnologias<br />

que tornam o modelo de entrada da montadora<br />

italiana uma nova opção para os consumidores<br />

que buscam um automóvel moderno, bem equipado<br />

e recheado de novidades. Destaque para motor<br />

bicombustível, com o consagrado Software Flexfuel<br />

Sensor (SFS®) e com uma nova central de comando<br />

– a ECU (Eletronic Control Unit) família 7 – dotada de<br />

inovadora tecnologia em microprocessadores, responsável<br />

pelo aumento da capacidade de memória e<br />

velocidade de processamento.<br />

FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />

MTE-Thomson lança programa de fidelidade<br />

A empresa lança campanha de fidelização para os<br />

reparadores: o programa “Fidelidade Mecânico<br />

MTE-Thomson”, que através de “raspadinhas”, possibilita<br />

que o reparador acumule pontos e depois<br />

os troque por prêmios. Entre eles, eletroeletrônicos , ferramentas,<br />

equipamentos, apostilas técnicas e treinamentos através de parceiros<br />

como Mecânica 2000, Ciclo Engenharia, Carbusam,<br />

IAA, Tecnomotor e Ultracar. Outra ação importante foi<br />

a visita à fábrica de Jaguariúna da MTE-Thomson, que<br />

levou 60 reparadores para uma experiência de viagem<br />

no tempo, com passagem pelo passado e futuro.<br />

Freudenberg-NOK garante fornecimento para<br />

a nova Saveiro<br />

A nova picape Saveiro, da Volkswagen, chega<br />

às concessionárias brasileiras com uma série<br />

de itens da Freudenberg-NOK, empresa ligada<br />

ao Grupo Freudenberg, de origem alemã,<br />

e líder mundial na produção de retentores.<br />

Entre eles, retentores do eixo de comando e<br />

do cubo de roda traseiro, o flange traseiro do virabrequim, o selo<br />

de haste de válvula e a junta de transmissão.<br />

Peugeot lança o Hoggar, sua primeira<br />

picape compacta<br />

Concebida no Brasil para o mercado<br />

brasileiro, a picape foi projetada para<br />

atender à clientela local, consolidando a<br />

Peugeot como fabricante nacional. O<br />

projeto da picape compacta, que completa<br />

a gama de produtos da família<br />

<strong>207</strong>, formada pelas silhuetas<br />

Hatchback, SW, SW Escapade e o sedã<br />

Passion, demonstra claramente a importância do Brasil como mercado<br />

estratégico para o crescimento global de suas vendas, ao<br />

lado, principalmente, de Rússia e China, pilares do plano de internacionalização<br />

da marca.<br />

Valflex marca presença na Recaufair Pneushow 2010<br />

O evento foi marcado por fortes contatos com<br />

empresas nacionais e internacionais, que<br />

aproveitaram o aquecimento do mercado automotivo<br />

para extrair bons negócios. A presença marcante<br />

da Coml. Valflex contou mais uma vez com<br />

exposição de produtos elétricos e pneumáticos em<br />

funcionamento, onde o cliente tem a oportunidade de experimentar o<br />

equipamento funcionando em suas próprias mãos.<br />

Bosch apresenta novo scanner de diagnose para o<br />

mercado de reparação<br />

A divisão de Aftermarket da Bosch traz para o<br />

mercado de reparação o KTS 340, um equipamento<br />

de teste multifuncional, que tem todas<br />

as ferramentas necessárias para o diagnóstico<br />

de sistemas eletrônicos gerenciados pela<br />

unidade de comando (ECU) e para a reparação<br />

dos veículos. Além de fornecer todas as informações<br />

e tecnologias de medição (multímetro digital de dois canais)<br />

necessárias para diagnóstico da unidade de comando, o novo equipamento<br />

conta com manuais para identificação de falhas, reparos e<br />

manutenção preventiva.<br />

Vendas da SKF crescem 35% no primeiro<br />

bimestre de 2010<br />

A divisão automotiva da unidade brasileira da SKF, líder<br />

global na fabricação de rolamentos, fechou o primeiro<br />

bimestre de 2010 com um aumento de vendas da ordem<br />

de 35% em relação ao mesmo período de 2009. No total, a<br />

produção bateu a marca de 5 milhões de rolamentos para<br />

abastecimento do mercado automotivo apenas entre janeiro<br />

e fevereiro deste ano. Com a expansão, a empresa, que em 2009 produziu 35<br />

milhões de rolamentos, espera ampliar a capacidade para 40 milhões de<br />

unidades em 2011.<br />

Behr Brasil inaugura nova planta para<br />

brasagem de trocadores de calor<br />

A Behr Brasil acaba de inaugurar a nova linha de produção de<br />

trocadores de calor para sistemas de ar-condicionado veicular,<br />

na recém-modelada planta 2, em Arujá (SP). Com o objetivo de<br />

ampliar o atendimento ao mercado e garantir o fornecimento<br />

para novos projetos, essa nova planta faz parte do plano de<br />

investimento da companhia para o período 2009 – 2010, da<br />

ordem de R$ 24 milhões.


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Hydro Z apresenta clorador para<br />

desinfecção de água<br />

A partir de abril, a Hydro Z, divisão de negócios<br />

da Zeppini, apresenta ao mercado seu<br />

novo produto: o Clorador, utilizado para<br />

desinfecção da água. O novo clorador é um<br />

acessório compacto de funcionamento eficiente<br />

e de fácil instalação. Esse produto<br />

pode ser instalado em diversas aplicações,<br />

como por exemplo no Sistema de Aproveitamento de Águas<br />

Pluviais oferecido pela Hydro Z ou até mesmo na entrada de<br />

caixas d'água.<br />

Competitividade será desafio para Belini<br />

A busca pela competitividade no setor<br />

automotivo será uma das principais bandeiras<br />

de Cledorvino Belini à frente da<br />

Anfavea. O presidente da Fiat do Brasil,<br />

que assumiu no dia 30 a presidência da<br />

entidade que reúne as montadoras, citou a<br />

necessidade de um “choque de competitividade”<br />

para transformar o Brasil em um<br />

player de expressão mundial nos próximos<br />

anos. Sobre o fim do benefício para a<br />

importação de autopeças pelas montadoras<br />

e sistemistas, Belini afirmou que o assunto requer cautela,<br />

pois o aumento de custos decorrente pode estimular a importação<br />

de veículos completos.<br />

e<br />

Correias e tensionadores Gates equipam os<br />

novos modelos nacionais<br />

Líder mundial em correias automotivas, a<br />

Gates está sempre presente nos lançamentos<br />

da indústria automobilística<br />

brasileira. Em 2010, a tradição se mantém<br />

e os novos modelos da Peugeot, Renault,<br />

Ford e Chevrolet chegam equipados com<br />

correias e tensionadores da marca.<br />

Maior rede de autopeças do Brasil<br />

chega ao MT<br />

A Rede Âncora Brasil inaugurou<br />

no dia 5 de maio mais um Centro<br />

de Distribuição, desta vez no<br />

Estado do Mato Grosso. Serão 40<br />

lojas mato-grossenses unindo-se<br />

à maior rede de autopeças do<br />

país, que já conta com mais de<br />

500 estabelecimentos.<br />

Sindirepa-SP cria plano de ações com foco na gestão<br />

das oficinas<br />

Serão realizadas reuniões itinerantes com os<br />

núcleos do projeto Empreender do Sebrae-SP em<br />

várias cidades (São Paulo, Araçatuba, Araraquara,<br />

Bauru, Campinas, Franca, Marília, Praia Grande,<br />

Presidente Prudente, Registro, Ribeirão Preto,<br />

Santos, São José dos Campos e Sorocaba) que<br />

poderão ser acompanhadas pelo site da entidade<br />

www.sindirepa-sp.org.br . Outra novidade é a divulgação por meio do<br />

informativo mensal distribuído aos associados de um encarte com informações<br />

jurídicas e administrativas, assim como já feito com os dados<br />

técnicos, além de espaço permanente para a agenda tributária.<br />

Dayco comemora uma década de sucesso<br />

no Brasil<br />

A Dayco Power Transmission completa 10 anos de atividades no<br />

Brasil. Para comemorar, a empresa lançou um hot site onde o<br />

tema é: “Histórias que fazem a nossa história”. A companhia<br />

credita seu ótimo desempenho no mercado nacional, não só à<br />

qualidade de seus produtos, mas também ao bom relacionamento<br />

que conquistou junto aos clientes neste período. No site<br />

www.dayco10anos.com.br o internauta encontra depoimentos<br />

de vários profissionais envolvidos com a marca, também há<br />

espaço para que o visitante conte sua história de relação com a<br />

Dayco no Brasil.<br />

Grupo Schaeffler lança tecnologia inédita<br />

no Brasil<br />

Com a premissa de redução do consumo<br />

de combustível e dos níveis de<br />

emissões de poluentes, o Grupo<br />

Schaeffler, por meio da INA, uma de<br />

suas marcas, traz uma novidade para<br />

o mercado brasileiro: o VCP –<br />

Variador de Fase do Eixo Comando de<br />

Válvulas, composto pelo variador hidráulico e a válvula solenóide<br />

que, juntos, trazem redução de consumo de combustível,<br />

redução de emissão de gases poluentes, aumento de torque e<br />

potência, além de suavidade em rotação de marcha lenta.<br />

Dana renova participação na rede parceria social<br />

A Dana, um dos principais fabricantes do<br />

setor automotivo brasileiro, renovou a sua<br />

participação na Rede Parceria Social, iniciativa<br />

da Secretaria da Justiça e do<br />

Desenvolvimento Social do Estado do Rio<br />

Grande do Sul que une o governo estadual,<br />

ONGs (organizações não-governamentais)<br />

e empresas para viabilizar projetos sociais em todo o<br />

estado. O investimento total em 2010 será de R$ 8,5 milhões,<br />

financiados por 17 empresas privadas.<br />

Delphi inaugura laboratório inovador na América<br />

do Sul<br />

A Delphi recentemente inaugurou em Jambeiro (SP) o primeiro laboratório<br />

de testes, integração e homologação de arquitetura<br />

eletro/eletrônica veicular da América do Sul. O novo laboratório é<br />

parte do investimento de US$ 80 milhões destinados para Brasil e<br />

Argentina em 2009/2010. O laboratório visa a garantir a eficiência e<br />

eficácia de toda a arquitetura eletro/eletrônica do veículo, testar todas<br />

as combinações possíveis para garantir a qualidade do sistema completo<br />

e corrigir possíveis distorções, sem comprometer a segurança<br />

ou a qualidade do projeto.<br />

IQA avalia 200 oficinas em SP para inspeção<br />

Cerca de 200 oficinas localizadas no município de<br />

São Paulo que integram o Programa de Pré e Pós-<br />

Inspeção Veicular Ambiental (PPPIV) do Sindirepa-<br />

SP (Sindicato da Indústria de Reparação de<br />

Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo),<br />

estão preparadas para serem atestadas pelo IQA<br />

(Instituto da Qualidade <strong>Automotiva</strong>). O Instituto<br />

irá avaliar se as empresas integrantes do programa estão aptas a<br />

realizar o diagnóstico e reparo dos veículos de acordo com as<br />

exigências do Programa de Inspeção Veicular Ambiental do<br />

município de São Paulo.


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28<br />

Maio de 2010 - Edição 24<br />

www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

FEIRA<br />

FOTOS: JOSÉ NASCIMENTO / DIVULGAÇ‹O<br />

V<br />

v<br />

Além das novidades em produtos e equipamentos, entidades do setor de reparação intensificam ações de<br />

manutenção preventiva e qualificação profissional durante a realização da feira<br />

Texto: Fabiana Pimentel<br />

Entre os dias 27 de abril e 1º<br />

de maio, a cidade de São<br />

Paulo foi palco da 2ª edição<br />

da <strong>Automec</strong> Pesados & Comerciais.<br />

Segundo a organização do<br />

evento, a feira reuniu 480 marcas,<br />

entre nacionais e internacionais, e<br />

recebeu a visita de 28.517 pessoas,<br />

entre empresários e compradores<br />

da indústria automotiva nacional e<br />

do exterior, comerciantes de autopeças<br />

e acessórios, representantes<br />

de oficinas mecânicas, frotistas,<br />

profissionais do segmento de<br />

logística, entre outros.<br />

Nesta edição, o Pavilhão de<br />

Exposições Anhembi recebeu<br />

estandes internacionais, sendo<br />

eles, China, Itália, Tailândia,<br />

Taiwan e Turquia.<br />

Durante a coletiva de imprensa<br />

no primeiro dia da feira, a Reed<br />

Exhibitions Alcantara Machado,<br />

através de seu presidente, Juan<br />

Pablo De Vera, já previa boas<br />

expectativas para o evento e também<br />

confirmava à ocasião que a<br />

próxima <strong>Automec</strong>, agora para o<br />

segmento leve, será realizada de 5 a<br />

9 de abril de 2011.<br />

Para avaliar o momento que a<br />

reparação automotiva vive atualmente,<br />

a presença do presidente<br />

do Sindirepa-SP, Antonio Fiola, foi<br />

fundamental. O assunto mais discutido<br />

foi o aumento de demanda<br />

nas oficinas, causado principalmente<br />

pela Inspeção Ambiental<br />

Veicular. “Existe uma reação natural,<br />

principalmente por causa da<br />

IAV. Percebemos que 90% das oficinas<br />

já têm aumento de demanda,<br />

reflexo da inspeção e, além disso,<br />

80% dos consumidores que procuram<br />

uma oficina independente<br />

vão exatamente pelo fato de terem<br />

sido reprovados na inspeção”,<br />

explica.<br />

Com ações direcionadas ao<br />

reparador, as entidades do setor<br />

contribuíram com dicas sobre veículos<br />

pesados, campanha de<br />

manutenção preventiva e programa<br />

de combate à fumaça preta dos<br />

caminhões. Além de abordar com<br />

ênfase a Inspeção Ambiental<br />

Veicular e também as novidades do<br />

segmento pesado e que podem<br />

refletir nas oficinas especializadas.<br />

CONGRESSO DA<br />

REPARAÇÃO<br />

Durante a 2ª edição da<br />

<strong>Automec</strong> Pesados e Comerciais,<br />

reparadores e empresários do segmento,<br />

participaram do 5º<br />

Congresso da Reparação<br />

<strong>Automotiva</strong>, realizado no dia 28 de<br />

abril no hotel Holiday Inn. Com<br />

novo formato, o evento permitiu<br />

que os presentes pudessem debater<br />

os assuntos e tirar dúvidas com<br />

os palestrantes.<br />

Na abertura do evento, o presidente<br />

do Sindirepa-SP, Antonio<br />

Fiola, fez um balanço positivo da<br />

economia e também falou das<br />

perspectivas de crescimento para<br />

os próximos anos. Outro tema<br />

muito comentado foi o aumento<br />

da demanda das oficinas provocado<br />

pela Inspeção Ambiental<br />

Veicular.<br />

A primeira apresentação da<br />

noite foi do consultor técnico da<br />

Robert Bosch, Nilson Souza, que<br />

abordou as tendências e evoluções<br />

das bombas injetoras mecânicas<br />

para o sistema eletrônico.<br />

Souza explica que o Brasil vai sair<br />

das normas Euro 3 para a Euro 5<br />

até 2012. Isso significa a evolução<br />

no sistema common-rail, que terá<br />

várias gerações com cada vez mais<br />

pressão. A partir de 2011 os<br />

motores a diesel terão sistema de<br />

catalisador especial com filtro<br />

particulado e um sensor, e o escapamento<br />

será equipado com<br />

sonda lambda. Além disso, os<br />

modelos vão possuir um tanque<br />

extra para armazenagem de um<br />

líquido especial que será usado<br />

para provocar uma reação que eliminará<br />

os resíduos de fuligem<br />

depositados no escapamento.<br />

Após a palestra houve a apresentação<br />

de dois painéis, o primeiro<br />

reuniu representantes de fabricantes<br />

de equipamentos, como<br />

Miguel Margarido (Tecnomotor),<br />

Klaus Marques e Raffaele Ventierfi<br />

(Alfatest) e Rodrigo Iglesias e<br />

Nilson Souza (Robert Bosch). A<br />

discussão enfatizou a necessidade<br />

de o reparador analisar a rentabilidade<br />

do seu negócio em razão da<br />

dificuldade de diagnóstico. Novas<br />

tecnologias embarcadas serão aplicadas<br />

nos veículos a diesel, como<br />

ABS, suspensão ativa e câmbio<br />

automático, que vão exigir equipamentos<br />

específicos. Dados da<br />

Tecnomotor, com base na linha<br />

leve, revelam que 60% dos diagnósticos<br />

são de baixa dificuldade<br />

com tempo médio de execução de<br />

20 minutos, 30% são de média<br />

dificuldade e levam 1 hora e 10%<br />

são de alta dificuldade e o tempo é<br />

indefinido. Por isso, a aquisição de<br />

equipamentos deve ser avaliada de<br />

acordo com o perfil da frota da<br />

região da oficina e conhecer o<br />

mercado em que atua.<br />

Já o segundo painel contou<br />

com a participação do vice-presidente<br />

do Sindirepa-SP, José<br />

Arnaldo Laguna, diretor da AEA,<br />

Harley Bueno, do diretor da Brasil<br />

Automático, Carlos Napoletano,<br />

do diretor da Elring Klinger, Luiz<br />

Mirara, e do diretor da Nakata, Jair<br />

Silva, que falaram sobre normas<br />

ABNT para procedimentos e<br />

capacitação profissional que garantem<br />

a qualidade dos serviços.<br />

CAMINHÃO 100%<br />

O programa Caminhão 100%<br />

criado, em 2008, pelo GMA –<br />

Grupo de Manutenção <strong>Automotiva</strong><br />

que reúne as entidades que representam<br />

o setor da reposição automotiva<br />

(Sindipeças, Andap, Sicap,<br />

Sincopeças-SP e Sindirepa-SP) e<br />

IQA – levou para a <strong>Automec</strong><br />

Pesados & Comerciais uma série de<br />

ações voltadas para a melhoria da<br />

segurança no trânsito e aperfeiçoa-


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www.reparacaoautomotiva.com.br Maio de 2010 - Edição 24<br />

FEIRA<br />

29<br />

mento da capacitação profissional<br />

dos mecânicos, tudo isso com o<br />

intuito de reforçar a importância da<br />

implantação da Inspeção Técnica<br />

Veicular no Brasil.<br />

A previsão do GMA é crescimento<br />

de 9,5% para o setor da<br />

reposição automotiva, que deve ter<br />

um faturamento global entre fabricantes<br />

de autopeças, distribuição,<br />

varejo e oficinas de R$ 62,6 bilhões.<br />

Esse crescimento do setor<br />

como um todo confirma a perspectiva<br />

dos fabricantes de autopeças,<br />

que preveem um crescimento<br />

nas vendas para esse mercado na<br />

ordem de 14,6% com relação a<br />

2009. Isso porque o salto de representatividade<br />

das vendas para a<br />

reposição sobre o desempenho<br />

total das empresas associadas ao<br />

Sindipeças passou de 13,6% em<br />

2007 para 15,6% em 2010.<br />

O estande temático do programa<br />

Caminhão 100% apresentou<br />

painéis com o resultado de avaliações<br />

mensais gratuitas que indicam<br />

as condições dos caminhões que<br />

trafegam pela rodovia Presidente<br />

Dutra e também mostrou uma<br />

pesquisa com o perfil do caminhoneiro<br />

autônomo, além da exposição<br />

de uma unidade móvel do<br />

Senai para cursos voltados à capacitação<br />

profissional do reparador.<br />

O treinamento para reparadores<br />

faz parte do programa Caminhão<br />

100% e entra para segunda etapa,<br />

em parceria com o Senai, para distribuição<br />

de bolsas gratuitas para os<br />

mais de 5 mil profissionais aprovados<br />

na primeira fase.<br />

IQA CONTRA A<br />

FUMAÇA PRETA<br />

O Instituto de Qualidade<br />

<strong>Automotiva</strong> (IQA) foi um dos<br />

expositores da 2ª <strong>Automec</strong><br />

Pesados & Comerciais e apresentou<br />

ações para os reparadores. A<br />

novidade foi a criação do<br />

Programa para a Melhoria da<br />

Manutenção de Veículos Diesel<br />

que capacita oficinas a realizar<br />

regulagem de motores para atendimento<br />

da Resolução Conama<br />

sobre emissões de veículos movidos<br />

a diesel.<br />

Realizado no início em parceria<br />

com a Cetesb (Companhia<br />

Ambiental do Estado de São<br />

Paulo) e o Sindirepa-SP<br />

(Sindicato da Indústria de<br />

Reparação de Veículos e<br />

Acessórios do Estado de São<br />

Paulo), o programa visa a sistematizar<br />

e padronizar serviços de<br />

regulagem de motores diesel pela<br />

rede de reparação automotiva paulista.<br />

Antes, para integrar o programa,<br />

as empresas tinham apenas<br />

que possuir opacímetro homologado<br />

pelo Inmetro, para medição<br />

da quantidade de material particulado<br />

(fumaça preta) emitido por<br />

veículos a diesel. Agora, as oficinas<br />

são obrigadas a apresentar tacômetro<br />

para medir a rotação do motor<br />

e termômetro que verifica a temperatura<br />

do óleo do motor.<br />

PROCURO OFICINA<br />

Quem passou pela feira<br />

também pôde conhecer um<br />

pouco mais sobre o site<br />

www.procurooficina.com.br,<br />

criado pelo representante comercial,<br />

Wagner Cavalcante Lima. O site<br />

serve como um canal entre reparador<br />

e cliente. No local é possível anunciar<br />

a oficina, falar sobre os serviços prestados<br />

e destacar promoções.<br />

O portal possibilita que a pessoa<br />

que procura uma oficina possa<br />

encontrar em um único lugar a<br />

localização por mapa, endereço,<br />

fotos e histórico de serviços prestados,<br />

sendo possível encontrar oficinas<br />

de todo País.<br />

Além disso, o site conta com<br />

fóruns que podem ser acessados<br />

por proprietários de veículos, com<br />

a missão de tirar dúvidas e acompanhar<br />

notícias automotivas,<br />

recalls e dicas de manutenção preventiva,<br />

neste caso chamado de<br />

Consulte o Mecânico. Já para os<br />

reparadores, o site possui o Fórum<br />

Técnico, local onde os profissionais<br />

podem trocar experiências e<br />

até sanar suas dúvidas, entre os<br />

mais variados temas.<br />

PR˘NA EDITORA & MARKETING<br />

E como não poderia faltar, a Prána Editora & Marketing esteve presente a 2ª <strong>Automec</strong> Pesados & Comerciais para<br />

consolidar seu bom relacionamento com empresários e profissionais do setor.<br />

Durante os cinco dias de feira, os visitantes que passaram pelo estande da editora, localizado na rua L40, receberam<br />

exemplares dos jornais Balcão Automotivo e Reparação <strong>Automotiva</strong>, sendo um total de 10 mil unidades distribuídas.<br />

Além disso, os presentes puderam conhecer um pouco mais do trabalho da PránaTV, que também atuou<br />

na cobertura do evento, através de uma TV posicionada dentro do estande e com programação ininterrupta<br />

do canal.<br />

Além de conhecer os produtos da editora, os visitantes da feira foram guiados no pavilhão com a ajuda do caderno<br />

especial Balcão dos Pesados & Comerciais. Um exemplar com todas as novidades do evento e também com um<br />

mapa, que facilitou a locomoção dos visitantes.<br />

Para presentear quem prestigiou o estande da editora, a Comercial Valflex disponibilizou produtos, dos quais distribui,<br />

para sorteio. Todos os dias às 17 horas a Prána Editora & Marketing sorteava brindes para os visitantes do<br />

dia, um total de cinco produtos. São eles: calibrador digital, kit parafusadeira, jogo de soquete, furadeira e<br />

multímetro digital. “Essa ação fortaleceu nosso relacionamento com o leitor do jornal Reparação <strong>Automotiva</strong>, além<br />

de ter sido nosso segundo ponto de divulgação”, conta o diretor de Marketing da Comercial Valflex, Leandro Tuão,<br />

que também estava presente com estande na feira.<br />

Com apoio da Finder, a editora também sorteou 16 aventais de trabalho para os reparadores que preencheram o<br />

cupom de sorteio.<br />

BRINDES SORTEADOS NO ESTANDE DA PR˘NA<br />

27/04 – LEANDRO MARCIO<br />

SOLANO – CALIBRADOR<br />

DIGITAL<br />

28/04 – GILDEVAN DE FRANÇA<br />

LIMA – KIT PARAFUSADEIRA<br />

29/04 – SILVIA GABRIELLE<br />

AFFONSO DE ANDRADE – JOGO<br />

DE SOQUETE<br />

30/04 – AUREO NUNES DA<br />

SILVA JR. - FURADEIRA<br />

01/05 – VALDECI DE PAULA –<br />

MULT¸METRO DIGITAL


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30<br />

FEIRA<br />

Maio de 2010 - Edição 24<br />

www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

AUTOMEC - EQUIPAMENTOS<br />

ALFATEST<br />

Entre as novidades apresentadas pela empresa durante a 2ª edição da <strong>Automec</strong> Pesados & Comerciais, a<br />

Alfatest lançou a Multijet Diesel CTU 1100, desenvolvido para limpeza e teste de todos injetores Common<br />

Rail. Além disso, também foi apresentada a linha Inspeção Veicular Diesel para caminhões, ônibus e utilitários,<br />

constituída pelo Opacímetro OPA 495, homologado pelo Inmetro e que realiza análise computadorizada<br />

do nível de opacidade da fumaça emitida pelos motores. Além disso, também disponível na linha,<br />

o aparelho de Captação de RPM MGT 200 e MGT 2035, que disponibiliza uma pinça indutiva para captura<br />

de RPM através do cabo de vela.<br />

CHINELATTO<br />

A empresa, que atua no mercado de equipamentos desde 1962, levou para seu<br />

estande na <strong>Automec</strong> Pesados & Comerciais sua linha de produtos que contém<br />

máquinas para retificação de motores, máquinas fresadoras e fundição.<br />

GUARIN<br />

NAPRO<br />

SPEEDMAQ<br />

VALFLEX<br />

O novo equipamento da Guarin Equipamentos Diesel/Hidráulico, chamado de Gtronic<br />

Diesel Injet, aparelho com provetas com capacidade de 33 e 150 ml, além de possuir<br />

reservatório do óleo de teste de 50 litros. O aparelho vem acompanhado de um Kit<br />

Básico GF-141. Além dessa novidade, a empresa também levou para feira outros itens de<br />

sua linha, como o GDC-615, GTC-750, GTV-500 e GTP-1000.<br />

Entre as novidades da Leone na <strong>Automec</strong> Pesados, destaque para a Recicladora de Gás para<br />

Ar-condicionado de Veículos Pesados. Uma estação completa que realiza todos os serviços<br />

automaticamente (recuperação, vácuo, reciclagem do gás, troca do óleo), com impressão<br />

de relatório completo no final. Outro produto foi o Sistema Natural para Tratamento de<br />

Água. Um Sistema inovador, por não utilizar produtos químicos em seu processo de tratamento,<br />

o que preserva ainda mais o meio ambiente. Com este sistema, o cliente utilizará<br />

para proveito do seu negócio, a experiência acumulada por profissionais que compõem o<br />

corpo técnico da Leone, como engenheiros, sanitaristas, biólogos e demais profissionais que<br />

projetam, constroem e fornecem completos sistemas de tratamento para reuso da água.<br />

A empresa aproveitou a feira para lançar o PC-Truck 5000. O sistema permite consultar a<br />

memória de avarias, limpa a memória de avarias, possibilita diagnóstico de sensores e elementos<br />

atuadores, possui regulagem básica, orienta a identificação de defeitos, possui<br />

modo contínuo, além de permitir leitura dinâmica de parâmetros do veículo, dependendo<br />

do tipo de injeção, permite ver na tela do computador uma série de valores ao mesmo<br />

tempo como rotação do motor, temperaturas do líquido de arrefecimento, ar de admissão,<br />

óleo e combustível, pressões do combustível e turbo e posição pedal do acelerador.<br />

A nova bancada Robiel RB2015 visa a atualizar equipamentos para reparação dos sistemas<br />

de injeção eletrônica diesel. O equipamento vem com notebook, 24 provetas,<br />

sendo 12 de 260ml e 12 de 44ml, 6 porta injetores 009, carrinho multifuncional,<br />

acoplamento ISO com protetor, suporte de bomba P, esquadro para bomba A B P,<br />

flange da bomba A e 2 flanges bomba VE. Além disso, o equipamento permite a<br />

aquisição de opcionais, como posicionamento eletrônico do volante, sistema eletrônico<br />

de medição de provetas, adaptável para instalação de kit common rail e impressão de<br />

relatórios via wireless. O novo equipamento chega ao mercado com valor variável de<br />

R$ 65 a R$ 70 mil.<br />

Entre as novidades da empresa na feira, os destaques ficam por conta da nova Fonte<br />

Assimétrica Digital Automática (SM 300 E), que testa automaticamente o atracamento<br />

da unidade UP, UI e EUI, além das unidades eletrônicas Delphi, Cummins e Bosch. Outro<br />

lançamento foi o Módulo Eletrônico para teste dos injetores do Sistema Common Rail<br />

(SC 270) Delphi, Bosch, Denso e Siemens. O aparelho testa injetores do sistema Common<br />

Rail em conjunto com o teste de bico ST 500 ou similar. Os equipamentos chegam ao<br />

mercado com custo de R$ 2.650,00 e R$ 2.750,00, respectivamente.<br />

Para aumentar ainda mais sua linha de produtos, a Tecnomotor levou para a 2ª <strong>Automec</strong><br />

Pesados & Comerciais a linha elétrica Schumacher Eletric. Fornecida pela Tecnomotor, a<br />

linha contém Testador de bateria (SEC-100 e BT-250), Analisador de 500 amperes de pilha<br />

de carvão para sistemas de bateria 12V (PST-500), Testador de baterias com impressora e<br />

caixa de borracha protetora – série industrial (PST-900X), Carregadores de bateria, além<br />

de Auxiliares de partida. Todos disponíveis para comercialização.<br />

LEONE<br />

ROBIEL<br />

TECNOMOTOR<br />

Com 8 mil itens em seu portfólio, a Comercial Valflex aproveitou a ocasião da 2ª <strong>Automec</strong><br />

Pesados & Comerciais para demonstrar o funcionamento de seu novo produto, uma<br />

máquina de montagem e desmontagem de pneus de caminhão. O produto não só<br />

chamou a atenção do público brasileiro, como também de visitantes de outros países,<br />

como México, Chile e Uruguai.


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LANÇAMENTO<br />

31<br />

Audi lança A5 Sportback<br />

Com visual de cupê, o modelo reúne o conforto de um sedã, a praticidade de uma<br />

station wagon e desempenho de esportivo, pois acelera de 0 a 100 km/h em<br />

7,4 segundos<br />

FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />

Texto: Edison Ragassi<br />

Após ser lançado na<br />

Europa há 5 meses, a<br />

Audi traz para o Brasil<br />

o Audi A5 Sportback. O modelo<br />

foi apresentado para a<br />

imprensa especializada na<br />

cidade de Indaiatuba, interior<br />

de São Paulo.<br />

Este ano, a matriz na<br />

Alemanha destinou 200 unidades<br />

para serem comercializadas em<br />

nosso país, mas segundo Paulo<br />

Kakinoff, presidente da Audi do<br />

Brasil, o carro tem potencial para<br />

o dobro de vendas.<br />

Comparado aos veículos<br />

fabricados na Europa, o modelo<br />

vendido no Brasil tem outra<br />

calibragem de suspensão e<br />

acertos nos bicos injetores de<br />

combustível, pois a nossa gasolina<br />

tem o etanol misturado, o<br />

que não ocorre em seu país<br />

de origem.<br />

A curva acentuada do teto<br />

imprimiu ao A5 Sportback um<br />

visual de cupê, a tampa traseira<br />

abre com o vidro, o que facilita<br />

para carregar o porta-malas.<br />

Equipado com motor 2.0<br />

TFSI, com injeção direta de<br />

combustível e turbocompressor<br />

e AVS (Audi Valvelift System), o<br />

qual controla a abertura e fechamento<br />

das válvulas de admissão.<br />

Como a injeção direta resfria a<br />

câmara de combustão, foi possível<br />

adotar um maior índice de<br />

compressão para aumentar a eficiência<br />

do motor. A transmissão<br />

é automática de 8 velocidades,<br />

com opção de trocas manuais<br />

sequenciais, ou no shift paddles.<br />

Ele entrega 214 cv de potência, o<br />

modelo acelera de 0 a 100 km/h<br />

em 7,4 segundos, sua velocidade<br />

máxima é de 234 km/h.<br />

O cinco portas é equipado<br />

com o sistema ESP (sistema eletrônico<br />

de estabilidade) de última<br />

geração e bloqueio eletrônico<br />

do diferencial do eixo dianteiro,<br />

equipamento que oferece<br />

maior agilidade em curvas mais<br />

rápidas graças a pequenas frenagens<br />

da roda dianteira (que está<br />

do lado de dentro da curva). E<br />

ainda o sistema de recuperação<br />

de energia, que aproveita a energia<br />

cinética durante a desaceleração.<br />

Nas reduções de velocidade<br />

e frenagens, o alternador converte<br />

a energia do movimento<br />

em eletricidade, que é armazenada<br />

temporariamente na bateria.<br />

Quando o carro é acelerado<br />

novamente, a bateria devolve a<br />

energia armazenada, reduzindo<br />

a carga do alternador e melhorando<br />

o consumo.<br />

O preço sugerido para venda<br />

do Audi A5 Sportback é de<br />

R$ 189.000, entre os opcionais<br />

figuram as rodas 19 polegadas e<br />

o sistema de som Bang<br />

& Olufsen.


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32<br />

Maio de 2010 - Edição 24<br />

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COMPARATIVO<br />

FOTOS: JOSÉ NASCIMENTO<br />

Sutis diferenças<br />

Chevrolet Corsa Sedan e Renault Symbol competem no segmento de sedãs compactos Premium. Eles são<br />

diferentes nos preços, dimensões, motorização e na hora de realizar revisões e reparos<br />

Texto: Edison Ragassi<br />

Em abril de 2007, a<br />

General Motors passou a<br />

equipar o Corsa com o<br />

propulsor 1.4L Econo.Flex,<br />

motor lançado um ano antes no<br />

Chevrolet Prisma.<br />

Produzido em Córdoba, na<br />

Argentina, o Symbol da Renault<br />

chegou ao mercado nacional<br />

em março de 2009, para disputar<br />

o segmento dos sedãs compactos<br />

Premium e substituir o<br />

Clio Sedan.<br />

Além da mudança de motor,<br />

a Chevrolet promoveu algumas<br />

alterações no visual do Corsa,<br />

entre elas, o para-choque dianteiro<br />

ficou mais esportivo com<br />

a grade do radiador estreita na<br />

ponta do capô e mais larga na<br />

parte inferior. As alterações<br />

também foram feitas nos faróis,<br />

eles receberam linhas arredondadas<br />

na parte superior seguindo<br />

a estética do capô e ficaram<br />

retos nas extremidades, as quais<br />

saem pelas laterais e na parte<br />

inferior, a grade do radiador<br />

ganhou uma barra cromada.<br />

No Symbol, a Renault<br />

imprimiu um visual moderno,<br />

o conjunto ótico é grande e sai<br />

pelas laterais. A grade do radiador<br />

tem três lâminas, acima<br />

dela uma barra cromada, o símbolo<br />

da fabricante está no centro<br />

e no para-choque dianteiro<br />

há uma grade na parte inferior.<br />

Em dimensões, o sedã<br />

Chevrolet tem comprimento<br />

total de 4.181 mm, para uma<br />

distância entre os eixos de<br />

2.491 mm. No porta-malas, a<br />

capacidade é de 432 litros.<br />

Apesar de substituir o Clio<br />

Sedan, o Symbol utiliza a<br />

arquitetura do antecessor. Ele<br />

tem 4.261 mm de comprimento,<br />

a distância entre os eixos é<br />

de 2.473 mm, e o porta-malas<br />

tem capacidade volumétrica de<br />

506 litros. Os dois sedãs têm a<br />

opção de rebater os bancos traseiros<br />

e ampliar a capacidade do<br />

compartimento de bagagens.<br />

O Corsa Sedan era vendido<br />

com motorização 1.0L e 1.8L,<br />

mas com a chegada do 1.4L, os<br />

dois motores anteriores saíram<br />

de catálogo. O Econo.Flex oferece<br />

potência máxima de 99 cv<br />

(G)/ 105 cv (A) a 6000 rpm e<br />

torque máximo líquido de 13,2<br />

kgfm (G)/ 13,4 kgfm (A) a<br />

2800 rpm.<br />

Diferente do Clio, que era<br />

oferecido com propulsor 1.0L<br />

16V e 1.6L 16V, a Renault<br />

optou por usar no sedã compacto<br />

Premium o motor 1.6L 8<br />

válvulas Hi-Torque, igual ao<br />

utilizado neste comparativo, o<br />

qual entrega 92 cv (G) / 95 cv<br />

(A) de potência, com qualquer<br />

um dos combustíveis, a potência<br />

máxima está disponível a<br />

5.250 rpm e o torque de 13,7<br />

kgfm (G)/14,1 kgfm(A) é obtido<br />

a 2.850 rpm. E para quem<br />

prefere mais potência, há o<br />

motor 1.6 L 16 válvulas, o qual<br />

rende 110 cavalos com gasolina<br />

e 115 cv ao usar álcool, ambas<br />

as potências são obtidas a 5.750<br />

rpm e o torque máximo está<br />

disponível a 3.750 rpm, ele é de<br />

15,2 kgfm (G) e 16 kgfm (A).<br />

O Corsa Sedan 1.4L<br />

Econo.Flex só é oferecido na<br />

versão Premium com preço inicial<br />

de R$ 37.043. Ele traz de<br />

série para-choques na cor do<br />

veículo, rodas de aço 14" e<br />

pneus 175/65 R14. As maçanetas<br />

das portas e capas dos espelhos<br />

retrovisores são na cor do<br />

veículo, ainda tem protetor de<br />

cárter, preparação para som,<br />

antena de teto, desembaçador<br />

elétrico do vidro traseiro, brake<br />

light, ar quente, direção<br />

hidráulica, travas elétricas, alarme<br />

e vidros elétricos dianteiros.<br />

Ao acrescentar o ar-condicionado<br />

vai a R$ 39.691 e com rodas<br />

de alumínio 14", pneus 185/60<br />

R14, ar-condicionado, faróis de<br />

neblina dianteiro e luz de<br />

FILTRO DE COMBUST¸VEL<br />

FILTRO DE ŁLEO<br />

NOS DOIS MODELOS O POSICIONAMENTO DO ELEMENTO FILTRANTE DE COMBUST¸-<br />

VEL É SEMELHANTE, FOI COLOCADO NA PARTE DE TR˘S PRŁXIMO AO TANQUE<br />

NA FOTO ¤ ESQUERDA O FILTRO DE ŁLEO DO CORSA, ELE É ACESSADO NA PARTE<br />

DEBAIXO DO CARRO, J˘ O DO SYMBOL É VISTO POR CIMA DO MOTOR E PRECISA<br />

DE FERRAMENTA ESPEC¸FICA PARA RETIR˘-LO


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COMPARATIVO<br />

33<br />

FOTOS: JOSÉ NASCIMENTO<br />

neblina traseira, seu preço é de<br />

R$ 40.962. Na lista de assessórios<br />

figuram os vidros elétricos<br />

das portas traseiras e o sistema<br />

de som.<br />

O Symbol versão Expression<br />

com motor 1.6L 8V Hi-<br />

Torque, tem preço sugerido de<br />

R$ 38.840, a qual traz de série:<br />

air bag duplo, ar-condicionado,<br />

direção hidráulica, trio-elétrico<br />

(vidros, travas e alarme), break<br />

light, protetor de cárter, rodas<br />

de aço 14”, pneus 175/65 R14,<br />

entre outros. O CD-Player<br />

com comando atrás do volante<br />

e computador de bordo tem<br />

custo de R$ 850,00, ao adicioná-los<br />

o preço do carro chega a<br />

R$ 39.690, e os freios ABS custam<br />

R$ 1.570,00, com eles vai a<br />

R$ 40.410. Já a versão topo de<br />

linha é a Privilège, usa motor<br />

1.6L 16V Hi-Flex e inclui arcondicionado<br />

digital, revestimento<br />

em veludo, faróis de<br />

neblina, retrovisores com ajustes<br />

elétricos, rodas de 15 polegadas<br />

e Rádio CD-Player MP3,<br />

neste caso, o preço sugerido é<br />

de R$ 44.490.<br />

ATENÇÃO COM OS<br />

DETALHES ANTES DE<br />

REPARAR<br />

A reportagem do jornal<br />

Reparação <strong>Automotiva</strong> levou os<br />

dois carros para a oficina<br />

Foxcar, integrante da rede<br />

Bosch Service, que está localizada<br />

na zona leste de São Paulo.<br />

Dirigida por Reinaldo Nadim,<br />

o profissional também integra o<br />

REINALDO NADIM, DA FOXCAR<br />

DISCO DE FREIO<br />

OS DISCOS E PASTILHAS TANTO DO<br />

CORSA COMO DO SYMBOL S‹O F˘CEIS<br />

DE TROCAR, MAS AS PEÇAS DO CARRO<br />

DA CHEVROLET S‹O DIFERENTES DE<br />

ACORDO COM A MOTORIZAÇ‹O<br />

MOTOR<br />

PARA O CORSA A CHEVROLET OFERECE<br />

A OPÇ‹O DE PROPULSOR 1.4L<br />

ECONO.FLEX, J˘ A RENAULT OPTOU<br />

PELO MOTOR 1.6L, COM OPÇ‹O DE 8 E<br />

18 V˘LVULAS<br />

GOE (Grupo de Oficinas<br />

Especializadas) e tem 25 anos<br />

de experiência no mercado de<br />

reparação independente.<br />

Reinaldo explicou que o<br />

Corsa Sedan é um veículo conhecido<br />

pelos reparadores, oferece<br />

bom espaço para trabalhar,<br />

porém ele tem alguns detalhes<br />

de construção que merecem<br />

atenção. “Os discos de freios<br />

dos carros com motor 1.8L são<br />

diferentes dos que são equipados<br />

com propulsor 1.0L e 1.4L”,<br />

explica. Outro ponto que<br />

Reinaldo ressalta sobre o Corsa<br />

Sedan é a embreagem hidráulica.<br />

“O reparador deve ficar<br />

atento e alertar o cliente sobre<br />

as especificações de substituição<br />

do fluido de freio, já que ele<br />

também atua no sistema<br />

hidráulico de embreagem e por<br />

isso o desgaste é maior. Por ser<br />

um sistema mais sofisticado,<br />

também exige maior tempo, em<br />

comparação com um sistema<br />

seco quando é necessário reparar<br />

ou trocar itens”, fala ele.<br />

Nadim também falou sobre<br />

as outras partes do veículo. “Os<br />

sistemas de suspensões, dianteira<br />

e traseira, não exigem ferramentas<br />

ou equipamentos<br />

específicos para realizar os<br />

reparos. Quando for trocar o<br />

filtro do óleo, é preciso utilizar<br />

luvas ou esperar o motor<br />

esfriar, pois o filtro fica bem<br />

próximo ao catalisador e um<br />

descuido pode causar queimadura.<br />

Para remover os bicos<br />

injetores é preciso retirar o<br />

suporte da mangueira do filtro<br />

de ar, o que é bem trabalhoso”,<br />

complementa.<br />

Já o Symbol ainda não havia<br />

entrado na Foxcar, Reinaldo<br />

avaliou a construção do modelo<br />

e considerou que ele também<br />

oferece bastante espaço e tem<br />

fácil acesso a velas, cabos, sensores,<br />

mas trocar o filtro de<br />

óleo exige cuidados. “O acesso<br />

ao filtro se dá pela parte de<br />

cima, assim é preciso uma<br />

ferramenta específica para retirá-lo,<br />

também é necessário cuidado<br />

para o óleo não escorrer<br />

ao retirar o filtro”, avalia ele.<br />

No Symbol, o reparo no sistema<br />

de embreagem e o acesso<br />

aos bicos injetores são mais<br />

fáceis que no Corsa Sedan. E se<br />

SUSPENS‹O TRASEIRA<br />

O SISTEMA DE SUSPENS‹O TRASEIRA<br />

DOS DOIS CARROS N‹O EXIGE FER-<br />

RAMENTAS ESPECIAIS PARA DESMON-<br />

TAGEM, AMBOS USAM AMORTECEDORES<br />

TELESCŁPICOS HIDR˘ULICOS<br />

AMORTECEDOR E MOLA<br />

CORSA E SYMBOL S‹O EQUIPADOS NA<br />

PARTE DIANTEIRA COM AMORTE-<br />

CEDORES TELESCŁPICOS HIDR˘ULICOS<br />

PRESSURIZADOS E MOLAS HELICOIDAIS


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34<br />

Maio de 2010 - Edição 24<br />

www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

COMPARATIVO<br />

for necessário retirar o radiador,<br />

o processo é o mesmo para os<br />

dois carros, “o radiador deve ser<br />

retirado por baixo, assim preserva-se<br />

a originalidade da parte<br />

dianteira, pois se os parafusos<br />

das travessas de cima forem<br />

retirados a tinta fica comprometida<br />

e mostra a desmontagem”,<br />

explica ele.<br />

Ainda segundo Reinaldo, da<br />

Foxcar, os dois veículos se equivalem<br />

em facilidades e dificuldades<br />

na hora de reparar,<br />

porém, “o Corsa Sedan exige<br />

maior cuidado e tempo de trabalho<br />

quando for necessário<br />

substituir os itens do sistema de<br />

embreagem hidráulico”, complementa<br />

o reparador.<br />

Colaboraram: General<br />

Motors do Brasil e<br />

Renault do Brasil<br />

FICHA TÉCNICA<br />

CORSA SEDAN 1.4L ECONO.FLEX<br />

Motor<br />

Dianteiro, transversal<br />

Número de cilindros: 4 em linha<br />

Válvulas: 8<br />

Taxa de Compressão 12.4<br />

Alimentação<br />

Injeção eletrônica de combustível: Multi-Injeção - MPFI<br />

Potência máxima líquida: 99 cv a 6000 rpm (G)/ 105 cv a 6000 rpm (A)<br />

Torque máximo líquido: 13,2 Kgfm a 2800 rpm (G)/ 13,4 Kgfm a 2800 rpm (A)<br />

Transmissão<br />

Tipo: Manual de 5 velocidades - F15 “wide ratio”<br />

Direção<br />

Tipo: Pinhão e cremalheira, mecânica<br />

Freios<br />

Dianteiros: a disco ventilado<br />

Traseiros: a tambor<br />

Sistema de freio auxiliar a vácuo, duplo circuito hidráulico com válvula equalizadora de frenagem<br />

Suspensão<br />

Dianteira: Independente tipo McPherson, amortecedores telescópicos hidráulicos pressurizados,<br />

molas com carga lateral<br />

Traseira: molas helicoidais tipo "barril", progressivas, amortecedores telescópicos hidráulicos<br />

pressurizados<br />

Rodas/ Pneus<br />

Rodas: aço estampada 5 1/2J x 14”<br />

Pneus: 175/65 R14<br />

Dimensões<br />

Comprimento total: 4.181 mm<br />

Largura: 1.646 mm<br />

Altura: 1.430 mm<br />

Distância entre-eixos: 2.491 mm<br />

Porta-malas<br />

Normal: 432 litros<br />

Peso em ordem de marcha: básico 1.046 kg<br />

FICHA TÉCNICA<br />

SYMBOL 1.6 HI-TORQUE<br />

Motor<br />

K7M Hi-Torque<br />

Número de cilindros: 4 em linha<br />

Válvulas: 8<br />

Taxa de compressão: 9,5:1<br />

Potência máxima: 92 cv (G) a 5.250 rpm / 95 cv (A) a 5.250 rpm<br />

Torque máximo: 13,7 kgfm (G) a 2.850 rpm / 14,1 kgfm (A) a 2.850 rpm<br />

Alimentação<br />

Injeção Eletrônica Multiponto Sequencial<br />

Suspensão dianteira: Tipo McPherson, triângulos inferiores, amortecedores hidráulicos telescópicos<br />

com molas helicoidais<br />

Suspensão traseira: Rodas semi-independentes, molas helicoidais e amortecedores hidráulicos<br />

telescópicos verticais com barra estabilizadora.<br />

Direção: Hidráulica<br />

Freios<br />

Duplo circuito "X"<br />

Dianteiros: Discos ventilados<br />

Traseiros: Tambores<br />

Câmbio: Mecânico, 5 velocidades<br />

Rodas: Aço estampado<br />

Pneus: 175/65 R14<br />

Dimensões<br />

Comprimento: 4.261 mm<br />

Distância entre- eixos: 2.473 mm<br />

Largura: 1.672 mm<br />

Altura: 1.439 mm<br />

Porta-malas: 506 litros<br />

Peso (em ordem de marcha): 1.045 kg<br />

ARTIGO<br />

Caminhão 100% com o pé na estrada<br />

*Texto: Antônio Carlos Bento<br />

FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />

Para saber como andam<br />

as condições dos caminhões<br />

que trafegam em<br />

uma das principais rodovias do<br />

País, a Presidente Dutra, o<br />

programa Caminhão 100% iniciou<br />

este ano avaliações mensais<br />

gratuitas em parceria com<br />

o Grupo CCR, concessionária<br />

que administra a estrada.<br />

Desta forma, o caminhoneiro<br />

pode cuidar da sua saúde e<br />

também verificar itens importantes<br />

de seu veículo.<br />

Os resultados desse trabalho<br />

foram divulgados durante<br />

a <strong>Automec</strong> Pesados & Comerciais<br />

Leves, no estande temático<br />

do GMA – Grupo de<br />

Manutenção <strong>Automotiva</strong>, que<br />

reúne as entidades do setor da<br />

reposição automotiva (Sindipeças,<br />

Andap, Sicap, Sincopeças-SP<br />

e Sindirepa-SP),<br />

que foi decorado com painéis<br />

informativos sobre essa ação.<br />

Além servir como estudo<br />

para análise do estado da frota<br />

circulante, as avaliações gratuitas<br />

disseminam junto ao<br />

motorista a importância da<br />

manutenção preventiva. Trata-se<br />

de um trabalho em<br />

campo que permite orientar<br />

os caminhoneiros.<br />

As quatro avaliações detectaram<br />

problemas em 124<br />

caminhões, sendo que 44%<br />

estavam com o nível de emissões<br />

de poluentes acima do<br />

permitido, 34% com o sistema<br />

de fluido de freio/embreagem<br />

vencido, 31% vazamento de<br />

óleo e filtros de ar, óleo e de<br />

combustível vencidos, 34%<br />

com rolamentos de rodas danificados<br />

e 13% com o sistema<br />

de direção com problemas. A<br />

verificação é feita visualmente<br />

e com aparelhos específicos<br />

em peças de fácil acesso e que<br />

não necessitam desmontagem<br />

de componentes.<br />

Com a evolução do projeto<br />

será possível estratificar e<br />

analisar as condições dos<br />

caminhões que circulam na<br />

Presidente Dutra, umas das<br />

principais e mais movimentadas<br />

rodovias do País. Durante<br />

a operação realizada por profissionais<br />

capacitados, os<br />

motoristas acompanham a<br />

avaliação e recebem um<br />

check-list completo com<br />

resultado da análise. A experiência<br />

deve ser levada para<br />

outras rodovias e também<br />

será entendida para veículos<br />

de passeio.<br />

É fundamental criar essa<br />

interação com o motorista,<br />

informando e orientando<br />

sobre os cuidados necessários<br />

para manter o veículo em boas<br />

condições de uso, garantindo<br />

segurança no trânsito.<br />

*Coordenador do GMA – Grupo<br />

de Manutenção <strong>Automotiva</strong>


FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />

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