eparacao<strong>29</strong>_Layout 1 10/15/2010 10:41 AM Page 42 42 FEIRAS & EVENTOS RioParts 2010 Evento supera expectativas, reúne mais de 30 mil visitantes e movimenta R$ 180 milhões em negócios *Texto: Camilla Perez ARTIGO | Outubro de 2010 - Edição <strong>29</strong> Oficinas ‘carroças’? Texto: José Nogueira* FOTO: DIVULGAÇ‹O FOTO: DIVULGAÇ‹O ARioParts 2010 – Feira Internacional da Indústria de Autopeças e Reparação <strong>Automotiva</strong> – aconteceu entre os dias 6 e 9 de outubro no Riocentro, Rio de Janeiro (RJ), e apresentou as últimas novidades da indústria de autopeças e reparação automotiva. Este ano, o evento recebeu mais de 30 mil visitantes, quase 10 mil a mais do que em 2009, quando foi realizada a edição anterior. De acordo com a avaliação de Cássio Dresch, diretor Comercial da Diretriz – empresa responsável pela promoção e organização da feira – “O crescimento da RioParts acontece junto com o excelente momento em que vive a indústria automotiva”. DESTAQUES A abrangência de produtos apresentados pelos 250 expositores da feira, incluindo autopeças, motopeças, ferramentas, pneus, tintas e vernizes, ceras e materiais de limpeza, combustíveis, lubrificantes e aditivos, além de serviços oferecidos pelas concessionárias, oficinas mecânicas e elétricas, funilaria, pintura e frotistas permitiu movimentar um volume de R$ 180 milhões em negócios realizados, confirmando a importância do setor para a economia fluminense e também para a nacional. Os expositores se mostraram satisfeitos com os resultados e já garantiram a participação no próximo ano. “Os negócios foram ótimos, fizemos muitos contatos, tanto que vendemos todos os produtos que trouxemos," afirma o gerente Comercial da Force, Elias José Oliveira. Para Sandro Ribeiro, diretor da Sr. Pneus, a visibilidade em outros estados foi fator fundamental para o sucesso do evento. “A RioParts vem crescendo a cada edição. Foi muito produtiva, principalmente porque trouxe pessoas do Rio de Janeiro, mas também de muitos outros estados. A feira ajudou muito a divulgar nossa marca”, diz. Além disso, as palestras técnicas e de formação (todas elas gratuitas), que aconteceram durante a feira, foram mais um destaque desta edição da RioParts. A iniciativa da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) possibilitou a apresentação de temas como “Segmento Automotivo: Construa Sua Carreira de Sucesso”, “Injeção Eletrônica Diesel para Veículos Pesados” e” Injeção Eletrônica de Veículos de Passeio”. Por fim, a Fil-Rio Peças <strong>Automotiva</strong>s promoveu cerca de 15 palestras, nos quatro dias de evento, que trataram desde Filtros e Sistemas de Lubrificação à Aplicação e Rendimento do Turbo. Há 20 anos, o ex-presidente Fernando Collor de Mello fez uma declaração que entrou para a história do setor automotivo brasileiro, quando disse que nossos carros, comparados com os fabricados lá fora, pareciam carroças. Bem sabemos que o setor, de lá para cá, evoluiu muito e hoje a indústria automobilística nacional está alinhada com o que acontece ao redor do mundo. O setor de reparação, como parte da cadeia automotiva, também deu um salto de qualidade, principalmente nos últimos 15 anos. A evolução qualitativa que permeou a indústria, como mudanças nos processos de produção e ferramentas da qualidade, também foi incorporada para o setor de reparação, trazendo grandes mudanças. Não posso falar dessa evolução sem falar do papel do IQA (Instituto da Qualidade <strong>Automotiva</strong>) nesse processo de mudanças. O Instituto, atuante desde 1995, foi criado para atestar a qualidade do setor automotivo. Sua atuação, antes restrita à certificação de produtos, logo foi ampliada e em 1996 passou a certificar também serviços e sistemas de gestão. Com a acreditação do Inmetro, foi lançada a primeira certificação de serviços do aftermarket no País, voltada à retífica de motores, que era o único segmento que tinha como parâmetro uma norma da qualidade na época, a NBR 13032. Havia a norma, mas não os requisitos. Foi então feita uma pesquisa de mercado para levantar as reais necessidades das retíficas e como o Selo da Qualidade poderia agregar valor. Saímos como bandeirantes desbravando matas. Difícil de imaginar hoje, mas era um segmento em que cada empresa trabalhava à sua maneira e a certificação, através do IQA, veio para direcionar este trabalho de forma coerente, oferecendo padrões, procedimentos, regulamentos e especificações técnicas... Enfim, colocamos o trem nos trilhos. Não foi fácil. As empresas tinham as ferramentas, mas não os critérios de uso e isso significava rastreabilidade zero. Quando o IQA passou a certificar, informamos que os instrumentos de medição deveriam ser calibrados por laboratórios credenciados, mas estes por sua vez não estavam acostumados a receber demandas da área, e tampouco tinham conhecimento da utilidade de emissão de certificado para cada instrumento calibrado. Além de orientar as retíficas na preparação para trabalho com padrão e preocupação na qualidade, ainda era preciso orientar os laboratórios. Para certificação, também era exigido, por exemplo, que os itens de segurança no veículo como rodas, suspensão deveriam sofrer aperto com torquímetro obedecendo às especificações dos fabricantes. E onde estavam as tabelas? Não existiam. Devido à demanda, os fabricantes passaram a criar estas tabelas indicativas e disponibilizá-las ao mercado. Foi uma verdadeira evolução porque até então os reparos em produtos complexos como os veículos eram feitos de acordo com a experiência de cada mecânico! Na próxima edição, a continuação deste artigo. * Diretor do IQA - Instituto da Qualidade <strong>Automotiva</strong>
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