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monografia [arquivo *.pdf 8,2 Mb] - Escola de Engenharia de São ...

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CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

Por tudo o que for exposto, tem-se claro que embora a arquitetura da<br />

habitação mo<strong>de</strong>rna brasileira do período em que implanta em Bauru o conjunto<br />

analisado tenha se dado por <strong>de</strong>sdobramentos dos pressupostos mo<strong>de</strong>rnos<br />

transpostos para a realida<strong>de</strong> local e sob um contexto em que o mo<strong>de</strong>rno se difun<strong>de</strong><br />

amplamente, ampliando o público e rotinizando a cultura, tais condicionantes não<br />

convergem para a mera banalização do projeto mo<strong>de</strong>rno.<br />

Se o contexto do mo<strong>de</strong>rno durante as décadas <strong>de</strong> 1950 e 1960 tem como<br />

bases e ampliação do público e “rotinização da cultura”, em que a arte po<strong>de</strong> ser<br />

socializada, e em que o pensamento dominante passa a ter uma certa conotação<br />

social e coletiva, trazendo para o centro da ativida<strong>de</strong> artística o papel do arquiteto<br />

como protagonista, sendo a arquitetura o objeto <strong>de</strong> uma busca por uma arte total,<br />

assim como <strong>de</strong>fendia Vilanova Artigas, paradoxalmente, temos o fato <strong>de</strong> o mo<strong>de</strong>rno<br />

ter se popularizado e se vulgarizado pela transformação da causa em estilo.<br />

O projeto <strong>de</strong> Fernando Ferreira <strong>de</strong> Pinho para o conjunto <strong>de</strong> casas em duas<br />

das quadras do bairro por ele <strong>de</strong>senhado, visto por esta perspectiva analítica, revela<br />

portanto, a limitação do papel i<strong>de</strong>ológico e político que <strong>de</strong>sempenha a habitação<br />

mo<strong>de</strong>rna brasileira na transformação da socieda<strong>de</strong> no contexto em que a referida<br />

obra é inserida, mas, também <strong>de</strong>nota a preservação <strong>de</strong> pressupostos da vanguarda<br />

mo<strong>de</strong>rnista, principalmente no que diz respeito ao elogio ao convívio e à<br />

sociabilida<strong>de</strong>, mesmo que <strong>de</strong> forma adaptada aos valores burgueses, quando o<br />

bairro e a casa são pensados como partes da cida<strong>de</strong>, e em harmonia com esta<br />

instância maior do viver humanizado, tanto formal como conceitualmente.<br />

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