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o produto (marca) como garoto-propaganda as modalidades do ato ...

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FACULDADE DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES<br />

CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

Em nosso trabalho, fazemos um estu<strong>do</strong> detalha<strong>do</strong> apen<strong>as</strong> d<strong>as</strong><br />

Modalidades <strong>do</strong> <strong>ato</strong> delocutivo – a <strong>as</strong>serção e o discurso reporta<strong>do</strong>.<br />

Se admitirmos que um texto para ser cl<strong>as</strong>sifica<strong>do</strong> <strong>como</strong> discurso<br />

reporta<strong>do</strong> deve trazer <strong>marca</strong>s explícit<strong>as</strong>, <strong>como</strong> por exemplo,<br />

estar entre <strong>as</strong>p<strong>as</strong>, vir em balões, ou ainda, ser precedi<strong>do</strong> pelo travessão,<br />

temos, em to<strong>do</strong> o corpus da Modalidade delocutiva apen<strong>as</strong> du<strong>as</strong><br />

(1%) <strong>propaganda</strong>s cujos títulos são característicos <strong>do</strong> discurso reporta<strong>do</strong>,<br />

contra 210 (99%) da <strong>as</strong>serção.<br />

A pre<strong>do</strong>minância da <strong>as</strong>serção leva-nos a concluir que o discurso<br />

publicitário escrito prefere expor a mensagem por si mesma a<br />

utilizar o discurso de outrem.<br />

No discurso reporta<strong>do</strong>, o enuncia<strong>do</strong>r retoma um outro <strong>ato</strong> de<br />

enunciação. Nesse c<strong>as</strong>o, o leitor terá que confiar n<strong>as</strong> palavr<strong>as</strong> <strong>do</strong> publicitário.<br />

Porém, em nosso trabalho, admitimos uma segunda possibilidade<br />

para o discurso reporta<strong>do</strong> – levamos em consideração a imagem<br />

de uma pessoa junto ao título da <strong>propaganda</strong>, consideran<strong>do</strong> esse<br />

título <strong>como</strong> o dizer dela. Nesse c<strong>as</strong>o, temos, então, 63 (30%) textos<br />

<strong>do</strong> discurso reporta<strong>do</strong>, contra 149 (70%) de <strong>as</strong>serção. Sem dúvida, a<br />

<strong>as</strong>serção ainda pre<strong>do</strong>mina, m<strong>as</strong> é interessante observar a grande<br />

quantidade de textos publicitários que utiliza imagens de pesso<strong>as</strong>, a<br />

fim de garantir maior credibilidade. Fica implícito, no argumento de<br />

autoridade, o dizer del<strong>as</strong>.<br />

Nos textos analisa<strong>do</strong>s característicos <strong>do</strong> discurso reporta<strong>do</strong>,<br />

só houve recorrênci<strong>as</strong> <strong>do</strong> discurso de origem cita<strong>do</strong>. Os outros tipos<br />

de discurso reporta<strong>do</strong> – integra<strong>do</strong>, narrativisa<strong>do</strong> e evoca<strong>do</strong> – não<br />

foram utiliza<strong>do</strong>s. Tal f<strong>ato</strong> mostra que a citação (o discurso direto) dá<br />

mais legibilidade ao texto, porque são <strong>as</strong> própri<strong>as</strong> palavr<strong>as</strong> <strong>do</strong> locutor<br />

de origem.<br />

A análise <strong>do</strong>s textos nos mostrou também que a intertextualidade<br />

não ocorre apen<strong>as</strong> em textos literários. Os anúncios dialogam<br />

com outros textos. Dos 35 textos analisa<strong>do</strong>s detalhadamente na Dissertação,<br />

21 (60%) utilizam algum tipo de intertextualidade.<br />

Os tipos de intertextualidade utiliza<strong>do</strong>s foram a citação, a a-<br />

lusão, a paródia e a estilização. Desses quatro tipos, a citação foi a<br />

SOLETRAS, Ano VI, N° 11. São Gonçalo: UERJ, jan./jun.2006 85

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