02.09.2014 Views

o produto (marca) como garoto-propaganda as modalidades do ato ...

o produto (marca) como garoto-propaganda as modalidades do ato ...

o produto (marca) como garoto-propaganda as modalidades do ato ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

DEPARTAMENTO DE LETRAS<br />

menta na existência de determina<strong>do</strong>s elementos <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> e-<br />

nuncia<strong>do</strong>, m<strong>as</strong> no acontecimento de discurso. A fr<strong>as</strong>e negativa também<br />

enuncia uma verdade.<br />

Já no discurso reporta<strong>do</strong>, o enuncia<strong>do</strong>r toma por objeto um<br />

outro <strong>ato</strong> de enunciação. É uma modalidade complexa, que depende<br />

da posição <strong>do</strong>s interlocutores, d<strong>as</strong> maneir<strong>as</strong> de narrar um discurso já<br />

enuncia<strong>do</strong> e da descrição <strong>do</strong>s mo<strong>do</strong>s de enunciação de origem.<br />

Dessa forma, no discurso reporta<strong>do</strong>, os interlocutores podem<br />

ocupar diferentes posições. Por exemplo, um locutor rel<strong>ato</strong>r (Loc. R )<br />

se dirige a um interlocutor (Interloc. R ), em um certo tempo (T. R ) e<br />

num certo espaço (E. R ), para lhe trazer o discurso precedentemente<br />

enuncia<strong>do</strong> (D. O ) por um locutor de origem (Loc. O ) que se tenha endereça<strong>do</strong><br />

a um interlocutor (Interloc. O ), em um certo tempo (T. O ) e<br />

num certo espaço (E. O ).<br />

Assim, de acor<strong>do</strong> com Charaudeau (1992: 622-3), vários c<strong>as</strong>os<br />

de relação entre esses diferentes interlocutores podem-se apresentar.<br />

Eis alguns <strong>do</strong>s exemplos da<strong>do</strong>s pelo autor.<br />

[Loc. O → Interloc. O] → [Loc. R → Interloc. R]: "Eu te havia dito que..."<br />

[Loc. O → Interloc. O] → [Loc. R → Interloc. R]: "Eu lhe havia dito que..."<br />

[Loc. O → Interloc. O] → [Loc. R → Interloc. R]: "Tu me havi<strong>as</strong> dito que..."<br />

[Loc. O → Interloc. O] → [Loc. R → Interloc. R]: "Ele me havia dito que..."<br />

[Loc. O → Interloc. O] → [Loc. R → Interloc. R]: "Ele lhe havia dito que..."<br />

Conforme essa lista de c<strong>as</strong>os, o locutor-rel<strong>ato</strong>r não coincide<br />

necessariamente com o interlocutor de origem. Um ou vários intermediários<br />

podem intervir entre o Loc. O e o Loc. R , o que pode oc<strong>as</strong>ionar<br />

um certo número de problem<strong>as</strong> em relação ao grau de fidelidade,<br />

ao mo<strong>do</strong> de reprodução e ao tipo de "distância" <strong>do</strong> locutor. Por e-<br />

xemplo, em “Ele me havia dito que...”, o locutor-rel<strong>ato</strong>r coincide<br />

com o interlocutor de origem, porém o mesmo não ocorre em “Ele<br />

lhe havia dito que...”.<br />

78<br />

SOLETRAS, Ano VI, N° 11. São Gonçalo: UERJ, jan./jun.2006

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!