Missão: Mudar o Mundo! - Mundo Universitário
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6| 11 ABRIL 2005<br />
[ play ]<br />
Tiques excêntricos<br />
Macacadas e outros gestos especialmente afectados animam o par desta quinzena. Com a câmara da<br />
128 bits da Sony em destaque, antevê-se um futuro brilhante em que são as movimentações em frente<br />
ao computador determinam o sucesso das operações. | por Miguel Aragão<br />
Eye Toy Monkey Mania | PS2<br />
Eye Toy: Antigrav | PS2 |<br />
Na sequência das anteriores bem sucedidas<br />
macacadas, os frenéticos símios de<br />
Ape Escape acabam de conquistar o direito<br />
a um jogo EyeToy. A câmara da PlayStation2<br />
continua a invocar a criatividade dos<br />
criadores da Sony. E, se em alguns jogos<br />
participa apenas como acessório (como em<br />
Isto é Futebol e Singstar), neste é periférico<br />
essencial. Ainda que Eye Toy Monkey<br />
Mania seja promovido como produto para<br />
crianças, quem já teve oportunidade de<br />
explorar as potencialidades da câmara da<br />
PS2 sabe o quanto algumas brincadeiras<br />
de miúdos também conseguem entreter<br />
graúdos.<br />
Os mais descontraídos, sem vergonha de<br />
se juntarem a um grupo de amigos para<br />
fazer algumas figuras menos sérias, com<br />
certeza não desprezarão a oportunidade de<br />
se entregarem a estas macacadas. Neste<br />
disco, manda a interacção dos participantes<br />
com os elementos que compõem a<br />
acção. A câmara projecta os movimentos,<br />
muitas vezes também a imagem do<br />
jogador no ecrã, e cada um utiliza a<br />
parte do corpo que considerar mais<br />
eficiente para levar a sua<br />
avante.<br />
Pelas casas por onde se vai passando encontram-se,<br />
entre outros, armadilhas, bónus e<br />
lojas de itens. O segredo é ir acumulando primatas,<br />
que também servem de moeda de<br />
troca para comprar ratoeiras e outros utensílios,<br />
ao longo dos 50 mini-jogos que algumas<br />
das casas do tabuleiro reservam<br />
para os jogadores.<br />
Guiar uma bola de<br />
neve por um desfiladeiro<br />
e participar<br />
em jam sessions<br />
com outros macaquinhos<br />
são tarefas<br />
que também<br />
fazem parte do<br />
pacote. Surpreendente,<br />
interactivo e colorido,<br />
Eye Toy Monkey Mania é,<br />
antes de mais, um jogo divertido.<br />
Mas não é um exclusivo<br />
“para putos” ou arriscam-se a<br />
perder uma série de hilariantes<br />
macacadas, capazes de pôr qualquer<br />
um a fazer figura de urso.<br />
Veredicto<br />
Jogabilidade – 7.4<br />
Longevidade – 7.9<br />
Gráficos – 7.0<br />
Som – 7.2<br />
TOTAL – 7.0<br />
Sem gravidade, a aposta da Harmonix não se<br />
limita a apresentar um conjunto de mini-jogos mais<br />
ou menos tresloucados. Quebra barreiras e ultrapassa as fronteiras do que<br />
até agora vinha sendo feito com recurso ao EyeToy.<br />
Em vez de projectar a imagem do jogador no ecrã, Antigrav prefere aprofundar<br />
a interacção, por meio de uma prancha que levita. É uma espécie<br />
de SSX do futuro, onde o jogador é convidado a atravessar uma série de<br />
ambientes urbanos num hoverboard – uma tábua de skate “à la Regresso<br />
ao Futuro II”, mas com dimensões de prancha de Snowboard.<br />
Precisão e rapidez no controlo da prancha são essenciais para alcançar<br />
os diversos artefactos com que nos vamos cruzando. E nem se dispensam<br />
algumas manobras tão espectaculares quanto arriscadas. Mas<br />
nada disto é novo. Impressionante é o caminho para lá chegar. A chave,<br />
para não variar, é puxar pela cabeça.<br />
| O gesto é tudo |<br />
A câmara começa por tomar nota da posição da nossa face no ecrã.<br />
Depois, regista os movimentos relativos para determinar não só a direcção<br />
como a velocidade a que circulamos. Dobrar ligeiramente os joelhos para<br />
aumentar a velocidade, e um pouco mais para activar o turbo são, por isso,<br />
movimentos essenciais aos comandos deste jogo. Tal como inclinar ligeiramente<br />
a cabeça para a esquerda e para direita, como forma de direccionar<br />
a hoverboard. Em prol da melhor prestação do mundo,<br />
tudo mexe, até os bracinhos, em variadas ocasiões.<br />
Além disso, o jogo está repleto de obstáculos a evitar, saltando<br />
ou baixando-nos. Literalmente. O mais problemático<br />
será mesmo convencer a família lá em casa de que os<br />
repetidos laivos de esquizofrenia em frente ao televisor<br />
não passam de veementes tentativas de colocar o<br />
nosso atleta no caminho das vitórias. Em último<br />
caso, utilize-se o argumento de<br />
que sempre é mais barato<br />
que o ginásio.<br />
Ou feche-se a porta do<br />
quarto à chave para evitar<br />
embaraçosas justificações.<br />
Ainda que algumas<br />
limitações técnicas lhe retirem<br />
profundidade, Antigrav<br />
leva a experiência com o<br />
EyeToy a patamares<br />
nunca antes vistos.<br />
Merece, por isso, uma<br />
menção honrosa.<br />
| Menu principal |<br />
Como prato principal<br />
serve-se<br />
uma espécie de<br />
jogo de tabuleiro<br />
com uma roleta a<br />
fazer de dados.<br />
Veredicto<br />
Jogabilidade – 7.9<br />
Longevidade – 8.0<br />
Gráficos – 7.7<br />
Som – 7.4<br />
TOTAL – 8.0