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paredes da cidade, a despeito do quão 'limpa' ela queira apresentar-se. (Moacir dos Anjos, curador da 29ª Bienal de São<br />
Paulo)<br />
ARTE/NÃO-ARTE: “Isto traz de volta a velha questão: o que é arte, o que não é. Grafite é arte. Pichação é<br />
adrenalina, é vandalismo, é proibido... Grafite também já foi, agora é permitido, é bonito, é expressão artística...<br />
Grafite é desenho, cuja preocupação é de ordem estética. Pichação não é. Não é mesmo? Por quê? Se letras são<br />
desenhos, vieram de desenhos (basta saber um pouco da história da escrita). Algum dia a pichação será<br />
considerada arte. Nunca vamos conseguir resolver a oposição arte/não-arte. Não podemos dispensá-la nem<br />
aceitá-la como ponto pacífico, como verdade absoluta, sem discutir seus limites de todas as formas que<br />
soubermos.” (Olívia Niemeyer)<br />
Jean Michel Basquiat: Associados a diferentes movimentos e tribos urbanas, como o Hip Hop, o grafite por<br />
muito tempo foi interpretado como transgressão. O status de arte veio graças ao trabalho de Jean-Michel<br />
Basquiat, “afilhado” de Andy Warhol, pai da Pop Art. Um dos pioneiros da chamada Street Arte e, certamente,<br />
o mais célebre grafiteiro de todos os tempos. Basquiat tornou-se lenda no cenário artístico de Nova York e<br />
revolucionou o modo de ver a pintura nos Estados Unidos.<br />
Tem algum deles que seja consentido?: “[...] Para muita gente não é arte, é transgressão, meio de conquista de<br />
espaço urbano. Para o coitado do funcionário da Prefeitura, que ganha salário mínimo, é sujeira na parede de<br />
equipamentos públicos, que tem de ser coberta por tinta por ordem de cima... Eu, cá com os meus botões, tenho<br />
ressalvas. Pichação me incomoda. Será que o tema da Bienal estimula o vandalismo? E o seu muro, ou o portão<br />
da sua loja já foi pixado? Ou pichado? Ou grafitado?” (Cesar Gobi)<br />
Moda e arte andam juntas: “Só sei que não perco essa Bienal por nada. A gente adora uma polêmica! E<br />
fiquem ligados: com esta onda de pichação que está vindo por aí, não vai demorar muito para alguns estilistas<br />
começarem a se inspirar neste tema para as coleções e suas estampas. Afinal, moda e arte andam juntas e se<br />
abraçando. Beijos!” (Posted in Home | Tags: Arte, Fuja do Óbvio, Tá todo mundo Comentando!)<br />
“Arte como crime, crime como arte”: “O que quer que aconteça depois da mostra não vai garantir ascensão<br />
social à larga aos muitos que empunham uma latinha de spray, porque eles não são, afinal, artistas. A questão<br />
por trás de cada letra escrita no reboco ou na pastilha é a falta de um pacote básico que inclui lazer, saúde e<br />
educação – como o movimento mesmo pretende mostrar, o problema é a exclusão social, não a inclusão<br />
artística.” (Em VEJA de 05/12/2009: Grafite para colecionadores)<br />
LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA LUSO BRASILEIRA<br />
NAS QUESTÕES NUMERADAS DE 1 A 11, ASSINALE A ÚNICA ALTERNATIVA QUE RESPONDE<br />
CORRETAMENTE AO ENUNCIADO.<br />
LEIA O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES NUMERADAS DE 1 A 4.<br />
Fico Assim Sem Você<br />
Adriana Calcanhotto (Composição: Abdullah / Cacá Moraes )<br />
4<br />
Avião sem asa, fogueira sem brasa<br />
Sou eu assim sem você<br />
Futebol sem bola,<br />
Piu-Piu sem Frajola<br />
Sou eu assim sem você<br />
Por que é que tem quer ser assim<br />
Se o meu desejo não tem fim<br />
Eu te quero a todo instante<br />
Nem mil alto-falantes<br />
vão poder falar por mim [...]<br />
Tô louca pra te ver chegar<br />
Tô louca pra te ter nas mãos<br />
Deitar no teu abraço<br />
Retomar o pedaço<br />
Que falta no meu coração<br />
Eu não existo longe de você<br />
E a solidão é o meu pior castigo<br />
Eu conto as horas<br />
Pra poder te ver<br />
Mas o relógio tá de mal comigo<br />
Por que? Por que? [...]<br />
UNAMA – Processo Seletivo 2010 / 2