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plantam mogno<br />
incentiva<strong>do</strong>s pelo Projeto<br />
Tipitambada Embrapa<br />
Amazônia Oriental. A<br />
palavra significa ex-roça<br />
ou capoeira na língua<br />
<strong>do</strong>s índios Tiriyó, <strong>do</strong><br />
norte <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará.<br />
Vítima da exploração<br />
descontrolada e<br />
predatória, o mogno<br />
(Swietenia macrophylla)<br />
sobreviverá na<br />
Amazônia, se<br />
pesquisa<strong>do</strong>res e<br />
pequenos municípios<br />
vencerem os desafios <strong>do</strong><br />
reflorestamento. Não é<br />
fácil encarar a missão de<br />
salvar a nobre espécie,<br />
mas também não é Árvores de mogno crescem no Sítio Santa Lúcia em Igarapé-Açu:<br />
impossível, como sinal de que ainda é possível reflorestar;MONTEZUMA CRUZ<br />
demonstram, na prática,<br />
pequenos agricultores <strong>do</strong> nordeste paraense.<br />
Com pimenta, mandioca e açaí<br />
Doze exemplares planta<strong>do</strong>s no Sítio Santa Lúcia começam a se transformar em árvore de<br />
grande porte. Até 2010 estarão bem acima <strong>do</strong>s atuais seis metros de altura. A prefeita Sandra<br />
Miki Uesugi Nogueira (PR) apenas sorri quan<strong>do</strong> o repórter lhe pergunta: "Por que não levar a<br />
experiência ao sul <strong>do</strong> Pará, área de devastação e de pecuária extensiva? Sabe que não está<br />
sozinha nessa notável corrida atrás de tanto prejuízo ambiental.<br />
O exemplo de como é possível reflorestar com espécies originais está nessa propriedade na<br />
divisa <strong>do</strong>s municípios de Igarapé-Açu e Marapanim. Ali, o proprietário João de Souza Barros,<br />
62 anos, divide com o mogno as atenções aos seus terrenos com pimenta, mandioca e açaí.<br />
"Aqui tem um pouco de cada boa espécie. Eu ainda vou viver para ver essas árvores bem<br />
altas", ele comenta. O sinal de resistência <strong>do</strong> mogno no nordeste paraense surge no auge da<br />
discussão a respeito <strong>do</strong> crédito de carbono, da roça sem fogo e <strong>do</strong> agroextrativismo.<br />
Pesquisa<strong>do</strong>res da Embrapa Amazônia Oriental e agricultores têm consciência de que, sem a<br />
diversidade - elemento fundamental na sobrevivência de qualquer ser vivo - perde-se<br />
completamente a capacidade de adaptação ao ambiente, sujeito a mudanças, tanto por<br />
interferência humana como por causas naturais<br />
PING-PONG<br />
Madeira custa US$ 2,3 mil o metro cúbico<br />
Avanço <strong>do</strong> <strong>Mogno</strong> <strong>Africano</strong><br />
Revista globo rural