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Avanço do Mogno Africano

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O calor, um alia<strong>do</strong>. Tradicionalmente, o plantio de café foi difundi<strong>do</strong> no Brasil como uma cultura<br />

típica de regiões de altitude elevada e de baixas temperaturas. Então, como o grão pode se<br />

adaptar numa região de temperaturas altas como o Norte de Minas e de baixa altitude? “Com<br />

água disponível, o calor torna-se um grande alia<strong>do</strong> da cafeicultura e aumenta a produtividade",<br />

responde o agricultor Edmun<strong>do</strong> Coutinho Filho. Segun<strong>do</strong> o cafeicultor, as áreas de clima<br />

quente como o Norte de Minas apresentam uma outra vantagem em relação às regiões frias.<br />

Nas áreas tradicionais de plantio <strong>do</strong> grão, a planta cresce somente seis meses por ano e por<br />

isso frutifica menos. “Já no Norte de Minas, com a boa luminosidade, o pé de café cresce e dá<br />

ramo novo. Com isso, a produtividade é maior", explica o produtor. O calor também inibe o<br />

aparecimento de pragas. Por outro la<strong>do</strong>, é preciso cuida<strong>do</strong> para a irrigar na hora certa, ten<strong>do</strong><br />

em vista que o cafezal precisa de 110 milímetros de água por mês. Outro fator importante a ser<br />

considera<strong>do</strong> é o fato de a produção ter um custo reduzi<strong>do</strong> no perío<strong>do</strong> das chuvas.<br />

De acor<strong>do</strong> com o cafeicultor, os investimentos feitos ao longo de nove anos na Fazenda São<br />

Tomé somam cerca de R$ 20 milhões. Com todas as vantagens <strong>do</strong> negócio, confessa, dentro<br />

de pouco tempo, vai amortizar a metade <strong>do</strong> valor aplica<strong>do</strong>. Só no ano passa<strong>do</strong>, foi colhida na<br />

Fazenda São Tomé uma safra de 38 mil sacas de café, que alcançaram faturamento de R$ 7<br />

milhões. A produção é exportada para países como o Japão e os Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s.<br />

Além <strong>do</strong> crescimento <strong>do</strong>s cafezais, o Norte de Minas é palco de experiências para<br />

melhoramento <strong>do</strong> grão. Na Fazenda Atlântica, em Pirapora, uma área de 44 hectares de café<br />

irriga<strong>do</strong> está servin<strong>do</strong> como experimento. Foram planta<strong>do</strong>s 28 clones de café canilon,<br />

desenvolvi<strong>do</strong>s em laboratórios da Empresa Capixaba de Pesquisa Agropecuária(Emcapa).<br />

Estão sen<strong>do</strong> analisa<strong>do</strong>s vários aspectos como crescimento da planta, produtividade e,<br />

principalmente, a qualidade <strong>do</strong> produto. "Ao final <strong>do</strong> trabalho, vamos escolher os 10 melhores<br />

clones para o cultivo na região", informa Ricar<strong>do</strong> Tavares, sócio da fazenda.<br />

A propriedade já tem 180 hectares de café irriga<strong>do</strong> e colheu a primeira safra no ano passa<strong>do</strong>. A<br />

expectativa para este ano é de uma produtividade de 80 sacas por hectare. "Com o plantio <strong>do</strong>s<br />

clones, o nosso objetivo é chegar a mais de 100 sacas por hectare", revela. Ricar<strong>do</strong> Tavares<br />

comanda uma empresa de exportação e compra café em várias regiões de Minas. Ele aposta<br />

no potencial <strong>do</strong> Norte <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>. "Gosto muito da região, que tem luminosidade e água à<br />

vontade. E café gosta disso: sol e água", confessa o investi<strong>do</strong>r.<br />

Na opinião <strong>do</strong> cafeicultor, Pirapora iniciou a produção de café há pouco tempo, mas está<br />

surpreenden<strong>do</strong> com bons índices de produtividade e qualidade excelente. A Fazenda Atlântica<br />

tem 3 mil hectares e já recebeu investimentos da ordem de R$ 24 milhões, dedican<strong>do</strong>-se, da<br />

mesma forma, a outras atividades como a pecuária e o plantio de mogno.<br />

Na região <strong>do</strong> Alto Rio Par<strong>do</strong>, também no Norte de Minas, os bons resulta<strong>do</strong>s com a cafeicultura<br />

irrigada são verifica<strong>do</strong>s há algum tempo pelo produtor Carlos Humberto de Morais, um <strong>do</strong>s<br />

pioneiros da atividade. Ele começou a plantar café da variedade arábica há 16 anos e, hoje, já<br />

tem 356 hectares da cultura irriga<strong>do</strong>s na Fazenda Apóstolo Simão, no município de Rio Par<strong>do</strong><br />

de Minas. Carlos Humberto conta que tornou-se produtor de café "por falta de opção". Ele<br />

trabalhava com culturas temporárias a exemplo de feijão e milho, mas enfrentava problemas<br />

com a oferta de água. “Precisava de uma outra cultura, que consumisse menos água e acabei<br />

plantan<strong>do</strong> café", explica. Nos últimos 10 anos, alcançou uma produtividade média de 55 sacas<br />

por hectare. "Temos um clima propício para a produção de café, com altitude de 860 metros",<br />

informa.<br />

<strong>Mogno</strong> africano é opção para produtores goianos<br />

Essa variedade adaptou-se muito bem ao clima brasileiro<br />

Avanço <strong>do</strong> <strong>Mogno</strong> <strong>Africano</strong>

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