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Khaya ivorensis é a que tem apresenta<strong>do</strong> melhor desenvolvimento, seguida da Khaya<br />
antoteca e pela K. grandiflora. Apesar de contar com bom crescimento, a Khaya<br />
senegalensis esgalha bastante e não conta com fuste (tronco) reto, aspectos que<br />
interferem no uso da madeira.<br />
Em 1976, cinco exemplares da Khaia ivorensis cultivadas na sede da Embrapa<br />
Amazônia Oriental, em Belém, PA, chamaram a atenção pelo crescimento, altura e<br />
diâmetro atingi<strong>do</strong>s. Mas as primeiras sementes <strong>do</strong> mogno-africano só foram produzidas<br />
no país em 1989, permitin<strong>do</strong> que agricultores locais iniciassem a difusão <strong>do</strong> plantio da<br />
espécie.<br />
Com desenvolvimento mais vigoroso e abundante, a Khaya ivorensis tomou, em alguns<br />
casos, áreas onde já havia si<strong>do</strong> planta<strong>do</strong> mogno-brasileiro no Pará. Atualmente, estimase<br />
em torno de um milhão de árvores somente na Amazônia, a maioria em território<br />
paraense. Parte desse volume é usada em sistemas agroflorestais, ao la<strong>do</strong> de cacaueiros<br />
e cupuaçuzeiros.<br />
Das terras <strong>do</strong> Pará, a plantação se espalhou também para o centro-sul <strong>do</strong> país, chegan<strong>do</strong><br />
a Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Paraná. Em solo mineiro, onde o cultivo da espécie<br />
começou há cerca de seis anos, avançou sobre terrenos anteriormente ocupa<strong>do</strong>s por<br />
parreirais.<br />
De fuste retilíneo – característica importante para uma espécie madeireira –, o mognoafricano<br />
ainda leva vantagem sobre seus pares que pertencem à mesma família<br />
Meliaceae, como o próprio mogno- -brasileiro, o cedro (Cedrella o<strong>do</strong>rata) e a andiroba<br />
(Carapa guianensis). Também fornece<strong>do</strong>ras de madeira de qualidade, essas espécies são,<br />
no entanto, mais vulneráveis ao ataque da broca-das-ponteiras (Hypsipylla grandella),<br />
favorecen<strong>do</strong> a emissão de ramos laterais e tornan<strong>do</strong> o tronco curto, o que faz com que<br />
os exemplares percam valor como produto madeireiro.<br />
RAIO X<br />
>>> SOLO: de terra firme<br />
>>> CLIMA: tropical úmi<strong>do</strong> e subtropical<br />
>>> ÁREA MÍNIMA: pode ser planta<strong>do</strong> em sítios, chácaras ou fazendas<br />
>>> CORTE: 15 a 20 anos após o plantio<br />
>>> CUSTO: o quilo das sementes varia de R$ 1 mil a R$ 1,5 mil<br />
MÃOS À OBRA<br />
>>> INÍCIO É possível plantar mogno-africano em sítios, chácaras ou fazendas. Porém, por se<br />
tratar de árvore de grande porte, não é recomenda<strong>do</strong> o plantio próximo a casas, galpões e redes<br />
elétricas e de telefone. Devi<strong>do</strong> à pequena produção nacional, o quilo das sementes custa de R$ 1 mil<br />
a R$ 1,5 mil. Se for necessário, podem ser armazenadas por mais de um ano, mas precisam estar<br />
secas e envasadas em embalagens à prova de vapor d’água, além de mantidas em câmaras frias ou<br />
geladeira, sob temperatura entre 5º e 8 ºC.<br />
>>> PROPAGAÇÃO Ocorre por sementes. As mudas são formadas em sacos plásticos, com<br />
tamanho mínimo de 15 centímetros de largura e 25 centímetros de altura. Eles devem conter<br />
substrato feito a partir da mistura de solo com esterco, na proporção volumétrica de 4 para 1 – ou<br />
80% de solo e 20% de esterco. Como alternativa, as mudas também podem ser produzidas em<br />
tubetes, com capacidade para 260 centímetros cúbicos. Para esse tipo de recipiente, são indica<strong>do</strong>s