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irrigação no desenvolvimento inicial de híbridos de eucalipto

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CAPÍTULO 1 – CONSIDERAÇÕES GERAIS<br />

CONSIDERAÇÕES GERAIS E ECONÔMICAS SOBRE O EUCALIPTO<br />

O setor florestal apresenta gran<strong>de</strong> importância <strong>no</strong> cenário socioeconômico<br />

nacional gerando 4,6 milhões <strong>de</strong> empregos diretos e indiretos e sendo responsável por<br />

5,6% das exportações brasileiras (9,1 bilhões <strong>de</strong> dólares) e por 3,4% do PIB nacional<br />

(44,6 bilhões <strong>de</strong> dólares) (SBS, 2008). As áreas ocupadas por florestas plantadas em<br />

2011 totalizaram 7 milhões <strong>de</strong> hectares, sendo 93 % <strong>de</strong>ssas áreas <strong>de</strong>stinadas ao<br />

<strong>eucalipto</strong> e ao pinus (ABRAF, 2012).<br />

O gênero Eucalyptus, <strong>de</strong>scrito por L'Héritier pertence à família das Mirtáceas e<br />

é nativo, com exceção <strong>de</strong> poucas espécies, principalmente da Austrália. São mais <strong>de</strong> 670<br />

espécies conhecidas, além <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s e híbridos, apropriados<br />

para cada finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aplicação da ma<strong>de</strong>ira. No Brasil, seu cultivo em escala<br />

econômica <strong>de</strong>u-se a partir <strong>de</strong> 1904, com o trabalho do agrô<strong>no</strong>mo silvicultor Edmundo<br />

Navarro <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, para aten<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>manda da Companhia Paulista <strong>de</strong> Estradas <strong>de</strong><br />

Ferro, sendo utilizado como dormente, lenha para as locomotivas e poste para a<br />

eletrificação das linhas (ANDRADE, 1961).<br />

No final dos a<strong>no</strong>s 20, as si<strong>de</strong>rúrgicas começaram a aproveitar a ma<strong>de</strong>ira do<br />

<strong>eucalipto</strong>, transformando-o em carvão vegetal utilizado <strong>no</strong> processo <strong>de</strong> fabricação <strong>de</strong><br />

ferro-gusa. Após esse período, <strong>no</strong>vas aplicações foram <strong>de</strong>senvolvidas, principalmente<br />

para produção <strong>de</strong> papel e celulose, matéria-prima mais requisitada atualmente para<br />

exportação (SHIMIZU, 2006).<br />

A partir <strong>de</strong> 1965, com a lei dos incentivos fiscais ao reflorestamento, houve<br />

uma gran<strong>de</strong> expansão na área cultivada com <strong>eucalipto</strong>. Esses incentivos, sob os aspectos<br />

socioeconômicos, contribuíram para uma maior participação do setor <strong>no</strong> PIB, emprego,<br />

renda, impostos e balança comercial. Sob o aspecto ambiental, vale ressaltar uma<br />

diminuição na pressão sobre as florestas nativas, abrigo para a fauna, proteção das águas<br />

e dos solos, melhoria da qualida<strong>de</strong> do ar, recuperação <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>gradadas e<br />

contribuição para amenizar o efeito estufa (VALVERDE, 2001).<br />

Com as <strong>no</strong>vas exigências do mercado internacional, preocupado com a<br />

produção sustentável e a manutenção <strong>de</strong> florestas nativas, o consumo dos produtos

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