Novas tecnologias melhoram a produção de mudas de maracujá - IAC
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TECNOLOGIAS<br />
OGIAS<br />
<strong>Novas</strong> <strong>tecnologias</strong> <strong>melhoram</strong> a produção<br />
<strong>de</strong> <strong>mudas</strong> <strong>de</strong> maracujá<br />
Omaracujá-amarelo tornou-se uma espécie<br />
<strong>de</strong> importância significativa<br />
no agronegócio <strong>de</strong> frutas tropicais,<br />
<strong>de</strong>vido à elevada cotação do suco no mercado<br />
internacional da<br />
fruta fresca no mercado<br />
interno. Como<br />
reflexo, observa-se o<br />
interesse dos produtores<br />
na expansão dos<br />
pomares, o que tem<br />
gerado uma intensa<br />
<strong>de</strong>manda por informações<br />
técnicas.<br />
Nesse contexto, um<br />
aspecto comumente<br />
Laura<br />
abordado é a obtenção<br />
<strong>de</strong> <strong>mudas</strong> <strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong>.<br />
A produção <strong>de</strong> <strong>mudas</strong> <strong>de</strong> maracujá,<br />
feita com o uso <strong>de</strong> sementes pela gran<strong>de</strong><br />
maioria dos produtores, também po<strong>de</strong> ser<br />
obtida por via vegetativa, mediante o enraizamento<br />
<strong>de</strong> estacas. Duas novas <strong>tecnologias</strong><br />
são apresentadas pelo Instituto<br />
Agronômico, que trazem benefícios à produção<br />
<strong>de</strong> <strong>mudas</strong> <strong>de</strong> maracujá. Uma <strong>de</strong>las, o<br />
tratamento térmico por imersão em água,<br />
evita o problema <strong>de</strong> dormência <strong>de</strong> sementes<br />
inerente ao gênero Passiflora e, outra,<br />
enfoca o enraizamento <strong>de</strong> mini-estacas por<br />
meio <strong>de</strong> hidroponia em espuma fenólica.<br />
Propagação por sementes<br />
A origem das sementes usadas na<br />
propagação do maracujazeiro é <strong>de</strong> fundamental<br />
importância, sendo imprescindível o<br />
uso <strong>de</strong> plantas matrizes <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> comprovada.<br />
Des<strong>de</strong> 1999, o Instituto<br />
Agronômico vem fornecendo sementes <strong>de</strong><br />
material selecionado <strong>de</strong> maracujá-amarelo –<br />
as cultivares <strong>IAC</strong>-Monte Alegre, <strong>IAC</strong>-Jóia<br />
e <strong>IAC</strong>-Maravilha - que tem apresentado <strong>de</strong>sempenho<br />
muito bom nas diferentes regiões<br />
<strong>de</strong> cultivo do Brasil, especialmente quando<br />
se utiliza polinização manual (O<br />
Agronômico, v.53, n.2, p. 23-25, 2001).<br />
A propagação por sementes apresenta<br />
facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> execução e dispensa<br />
infra-estrutura especial no viveiro, mas a<br />
heterogeneida<strong>de</strong> dos lotes formados a partir<br />
<strong>de</strong>las tem sido uma constante.<br />
Problemas <strong>de</strong> germinação são muito<br />
comuns no gênero Passiflora, inclusive no<br />
maracujá-amarelo, a espécie mais cultivada.<br />
Quando recém-colhida, a semente apresenta<br />
uma dormência temporária que tem<br />
sido superada com o armazenamento controlado<br />
por 30 a 40 dias, especialmente em<br />
localida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> clima subtropical. No Centro-Sul<br />
do país, tem sido necessário muitas<br />
vezes retardar a semeadura, e, portanto,<br />
também o início da safra, aguardando a elevação<br />
natural da porcentagem <strong>de</strong> germinação.<br />
O período ótimo <strong>de</strong> armazenamento<br />
das sementes, que varia <strong>de</strong> região para região,<br />
em geral possibilita a obtenção <strong>de</strong> índices<br />
<strong>de</strong> germinação superiores a 95%, valor<br />
que <strong>de</strong>cresce cerca <strong>de</strong> 8% ao mês, com o<br />
prosseguimento da armazenagem. Como<br />
conseqüência, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> seis meses <strong>de</strong> colhidas,<br />
as sementes normalmente são <strong>de</strong>scartadas,<br />
<strong>de</strong>vido a baixo índice <strong>de</strong> germinação,<br />
além <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> maior porcentagem<br />
<strong>de</strong> plântulas anormais.<br />
No caso <strong>de</strong> espécies silvestres como<br />
Passiflora setacea, P. cincinatta e P. nitida,<br />
tolerantes a moléstias e com importante potencial<br />
para porta-enxertos, o período <strong>de</strong><br />
dormência é muito mais longo, sendo necessário<br />
um armazenamento superior a dois<br />
anos para se obter índices aceitáveis <strong>de</strong> germinação.<br />
Isto tem inviabilizado economicamente<br />
a sua utilização comercial. A espécie<br />
<strong>de</strong> maracujá mais utilizada para fins<br />
medicinais, a Passiflora<br />
incarnata, assim<br />
como seus híbridos<br />
interespecíficos,<br />
apresentam o mesmo<br />
comportamento.<br />
No caso do<br />
maracujá-doce<br />
(Passiflora alata), as<br />
sementes apresentam<br />
problema <strong>de</strong>vido à<br />
curta viabilida<strong>de</strong>: <strong>de</strong>pois<br />
<strong>de</strong> extraídas, per<strong>de</strong>m<br />
rapidamente o<br />
po<strong>de</strong>r germinativo, às<br />
vezes em menos <strong>de</strong><br />
trinta dias. Depen<strong>de</strong>ndo<br />
das condições ambibientais, a germinação<br />
é tão irregular que lotes inteiros<br />
são <strong>de</strong>scartados. A situação é inversa à<br />
das espécies anteriores, e por isso a semeadura<br />
tem que ser quase imediata à retirada<br />
das sementes do fruto, não sendo possível<br />
utilizar sementes com mais <strong>de</strong> 50 dias. Como<br />
esta característica não é suficientemente conhecida,<br />
a utilização <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra nos viveiros<br />
tem sido significativamente ampliada<br />
pela necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> replantes periódicos,<br />
reclassificação <strong>de</strong> lotes e <strong>de</strong>scarte <strong>de</strong><br />
embalagens sem plântulas.<br />
Além <strong>de</strong> onerar o custo <strong>de</strong> produção<br />
das <strong>mudas</strong> e <strong>de</strong>preciar a qualida<strong>de</strong>, a<br />
<strong>de</strong>suniformida<strong>de</strong> na germinação das sementes<br />
<strong>de</strong> passifloráceas afeta também os pomares<br />
comerciais, que muitas vezes são<br />
constituídos por <strong>mudas</strong> <strong>de</strong> diferentes ida<strong>de</strong>s,<br />
diferentes tamanhos ou até mesmo por<br />
lotes formados em épocas distintas. Isto<br />
dificulta os tratos culturais, atrasa o início<br />
da safra ou resulta no escalonamento da<br />
produção, que geralmente não interessa ao<br />
pequeno produtor.<br />
Tratamento térmico quebra a dormência<br />
<strong>de</strong> sementes<br />
Tentativas para promover a quebra<br />
<strong>de</strong> dormência <strong>de</strong> sementes <strong>de</strong> maracujá, realizadas<br />
no Instituto Agronômico, envolveram<br />
tratamentos químicos e físicos, diferentes<br />
condições e períodos <strong>de</strong> armazenamento<br />
das sementes. A maioria das tentativas não<br />
Maracujazeiros silvestres como Passiflora nitida (à esquerda) e P.<br />
cincinatta (à direita), que apresentam potencial para uso como<br />
porta-enxerto, produzem sementes com período <strong>de</strong> dormência superior<br />
a dois anos<br />
30 O Agronômico, Campinas, 54(1), 2002
levou a resultados promissores. Por exemplo,<br />
a escarificação por ácido sulfúrico promoveu<br />
um aumento razoável na porcentagem<br />
<strong>de</strong> emergência, mas afetou a qualida<strong>de</strong> das<br />
sementes, resultando em quase 100% <strong>de</strong><br />
plântulas anormais. Por outro lado, o tratamento<br />
térmico baseado na imersão das sementes<br />
em água quente foi muito eficiente.<br />
Em relação ao maracujá-amarelo, no<br />
<strong>IAC</strong>-CAPTA Frutas foram avaliados tratamentos<br />
térmicos por imersão durante 15 minutos<br />
em água aquecida a diferentes temperaturas<br />
(35, 45 e 60° C), fazendo-se a germinação<br />
das sementes em condições <strong>de</strong><br />
ripado. Também foram observadas sementes<br />
armazenadas em câmara seca e fria (10°C<br />
e 11%UR) durante períodos <strong>de</strong> 10, 30, 60,<br />
120 e 180 dias.<br />
O tratamento térmico mais brando<br />
(35°C por 15 minutos) já promoveu um alto<br />
índice <strong>de</strong> germinação (83%) sem causar<br />
danos fisiológicos aparentes. Mais <strong>de</strong> 90%<br />
das plântulas foram consi<strong>de</strong>radas normais,<br />
resultando em uniformida<strong>de</strong> no <strong>de</strong>senvolvimento<br />
dos lotes <strong>de</strong> <strong>mudas</strong>. Trata-se, portanto,<br />
<strong>de</strong> uma excelente alternativa ao<br />
armazenamento controlado por 30 ou 60 dias.<br />
A utilização <strong>de</strong> temperaturas mais<br />
elevadas também promoveu a quebra <strong>de</strong><br />
dormência <strong>de</strong> sementes recém-extraídas,<br />
mas aumentou a proporção plântulas anormais<br />
em até mais <strong>de</strong> 50%, indicando um<br />
possível dano fisiológico.<br />
Com referência ao armazenamento<br />
controlado, as sementes <strong>de</strong> maracujá-amarelo<br />
recém-extraídas (10 dias <strong>de</strong><br />
armazenamento) apresentaram apenas 8%<br />
<strong>de</strong> germinação, enquanto que após 30 dias,<br />
a emergência das plântulas passou para<br />
95%. Conforme o comportamento típico<br />
da espécie, a germinação baixou para 87,<br />
72 e 58%, respectivamente, após 60, 120 e<br />
180 dias <strong>de</strong> armazenamento.<br />
No caso das espécies silvestres foram<br />
utilizadas amostras <strong>de</strong> sementes já com<br />
dois anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, pois se sabia que sementes<br />
recém-colhidas apresentam níveis<br />
nulos <strong>de</strong> germinação. Os testes <strong>de</strong> germinação<br />
foram feitos em condições <strong>de</strong> laboratório,<br />
mantendo-se o mesmo substrato, a<br />
vermiculita.<br />
Avaliou-se a ação do tratamento térmico<br />
com água a 30 °C por 15 minutos em<br />
aumentar os índices <strong>de</strong> emergência das<br />
plântulas. O controle foi feito com sementes<br />
imersas em água à temperatura ambiente<br />
(22°C), 24 horas antes da semeadura, um procedimento<br />
normal para promover melhor<br />
embebição das se-mentes <strong>de</strong> passifloras.<br />
Os resultados obtidos, resumidos em<br />
tabela, foram expressivos para as três espécies<br />
(Passiflora cincinatta, P. nitida e P.<br />
setacea) e dois híbridos inter-específicos<br />
(P. edulis x P. setacea) e (P. edulis x P.<br />
incarnata) testados. A média geral <strong>de</strong> germinação<br />
para os cinco genótipos testados passou<br />
<strong>de</strong> 7,4 % para 60,6 %.<br />
Como esses maracujás silvestres têm<br />
gran<strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> virem a ser utilizados<br />
comercialmente como porta-enxertos,<br />
em curto prazo, os resultados ora obtidos assumem<br />
gran<strong>de</strong> importância prática para a<br />
propagação comercial <strong>de</strong>sses materiais.<br />
Além da facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> execução e<br />
baixo custo, a utilização <strong>de</strong> tratamento térmico<br />
permite elevar a porcentagem <strong>de</strong> germinação<br />
em todas as espécies testadas, e<br />
ainda concentrar a emergência das<br />
plântulas num curto espaço <strong>de</strong> tempo.<br />
Propagação vegetativa<br />
TRATAMENTO TÉRMICO DE SEMENTES DE MARACUJÁ<br />
Espécie ou híbrido<br />
Passiflora<br />
cincinatta<br />
12, 0<br />
P.<br />
nitida<br />
15, 0<br />
P.<br />
setacea<br />
0, 0<br />
P.<br />
edulis x P. setacea<br />
0, 0<br />
P.<br />
edulis x P. incarnata<br />
10, 0<br />
Emergência (%)<br />
C ontrole*<br />
Tratadas* *<br />
72,0<br />
70,0<br />
45,0<br />
63,3<br />
52,5<br />
Médias<br />
7,<br />
4<br />
60, 6<br />
*Sementes imersas em água à temperatura ambiente;<br />
**Imersão em água a 30 °C por 15 minutos; sementes armazenadas por dois anos.<br />
A propagação vegetativa abre boas<br />
perspectivas <strong>de</strong> cultivo para o maracujá,<br />
uma vez que a vida útil dos pomares vem<br />
se reduzindo nos últimos anos, em <strong>de</strong>corrência<br />
<strong>de</strong> problemas fitossanitários, causados<br />
por patógenos <strong>de</strong> solo. A via assexual<br />
tem-se justificado, também, por ser comum<br />
a co-existência <strong>de</strong> plantas muito produtivas<br />
e <strong>de</strong> outras com baixa produtivida<strong>de</strong>,<br />
num mesmo pomar.<br />
A alta variabilida<strong>de</strong> dos pomares<br />
propagados por sementes <strong>de</strong> origem não<br />
controlada, ampliada pela auto-incompatibilida<strong>de</strong><br />
presente na espécie, resulta num<br />
fruto heterogêneo em tamanho, cor, peso,<br />
porcentagem <strong>de</strong> polpa, que po<strong>de</strong>m obter<br />
preços <strong>de</strong>preciados no mercado.<br />
A seleção <strong>de</strong> plantas matrizes com<br />
características altamente <strong>de</strong>sejáveis, somada<br />
à multiplicação por enraizamento <strong>de</strong> estacas,<br />
po<strong>de</strong>rá contribuir para a obtenção <strong>de</strong><br />
lavouras muito superiores às atuais. Para evitar<br />
o problema <strong>de</strong> auto-incompatibilida<strong>de</strong>,<br />
os pomares <strong>de</strong>vem ser formados não a partir<br />
<strong>de</strong> um único clone, mas com uma mistura <strong>de</strong><br />
clones diferentes, todos altamente produtivos,<br />
uniformes e com qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fruto.<br />
Enraizamento <strong>de</strong> estacas <strong>de</strong> maracujazeiro<br />
pelo processo tradicional<br />
A propagação por meio <strong>de</strong> estacas<br />
enraizadas encurta a fase juvenil da planta,<br />
antecipando a produção. Atualmente, no<br />
processo <strong>de</strong> estaquia, utiliza-se a parte intermediária<br />
dos ramos, seccionando-se estacas<br />
com 3-4 gemas e igual número <strong>de</strong> folhas,<br />
no início da brotação primaveril. Meta<strong>de</strong><br />
da área foliar <strong>de</strong>ve ser removida para<br />
evitar excesso <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> água por<br />
transpiração e aumentar a viabilida<strong>de</strong> da<br />
estaca. As plantas matrizes <strong>de</strong>vem estar sadias,<br />
bem formadas, vigorosas e apresentar<br />
gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ramos que já produziram<br />
frutos <strong>de</strong> elevado padrão <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.<br />
Estas condições não são fáceis <strong>de</strong> serem<br />
obtidas num pomar comercial que já<br />
atravessou uma ou duas safras. Para evitar<br />
problema <strong>de</strong> auto-incompatibilida<strong>de</strong>, como<br />
já alertado, é necessário utilizar um gran<strong>de</strong><br />
número <strong>de</strong> plantas nas condições<br />
supracitadas.<br />
O Agronômico, Campinas, 54(1), 2002 31
Quando as plantas não se encontram<br />
em boas condições ao fornecerem os ramos<br />
para estacas, estas não enraízam, ou secam<br />
rapidamente ao serem transplantadas para<br />
sacolas plásticas, <strong>de</strong>pois do enraizamento<br />
superficial em areia. Ocorre elevada taxa <strong>de</strong><br />
mortalida<strong>de</strong> entre as estacas e como resultado,<br />
apenas aquelas originárias <strong>de</strong> plantas<br />
<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> superior conseguem ser<br />
efetivamente material <strong>de</strong> propagação.<br />
Enraizamento <strong>de</strong> estacas<br />
por hidroponia<br />
Com o objetivo <strong>de</strong> melhorar o aproveitamento<br />
<strong>de</strong> plantas matrizes, foi<br />
investigada no <strong>IAC</strong> a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se<br />
reduzir o tamanho das estacas. Usar estacas<br />
menores significa economizar material<br />
selecionado, quer seja <strong>de</strong> matrizes <strong>de</strong> elite<br />
<strong>de</strong> lotes experimentais e <strong>de</strong> plantações comerciais,<br />
como até <strong>de</strong> espécies silvestres em<br />
fase <strong>de</strong> extinção.<br />
Inicialmente foi tentado o uso do<br />
método convencional <strong>de</strong> estaquia em areia,<br />
mas não foi possível obter o enraizamento<br />
<strong>de</strong> estacas com uma ou duas gemas, porque<br />
elas secavam muito rapidamente, antes mesmo<br />
<strong>de</strong> enraizar. Isso só foi conseguido com<br />
a técnica <strong>de</strong> hidroponia em espuma fenólica,<br />
conforme dados <strong>de</strong> experimentos <strong>de</strong>talhados<br />
em seguida, realizados em Monte Alegre<br />
do Sul, SP.<br />
Consi<strong>de</strong>rando a época mais recomendada<br />
para estaquia, o início <strong>de</strong> brotação<br />
<strong>de</strong> primavera, foram coletadas estacas <strong>de</strong><br />
plantas matrizes das cultivares <strong>IAC</strong>-Jóia<br />
(<strong>IAC</strong>-277), <strong>IAC</strong>-Monte Alegre (<strong>IAC</strong>-273) e<br />
<strong>IAC</strong>-Maravilha (<strong>IAC</strong>-275) <strong>de</strong> maracujá-amarelo,<br />
em agosto <strong>de</strong> 2001. As estacas <strong>de</strong> mesma<br />
origem <strong>de</strong> cada uma das três cultivares<br />
foram separadas em dois grupos e usadas<br />
para testar compa-rativamente o<br />
enraizamento por hidroponia e o método<br />
conven-cional.<br />
As estacas enraizadas no sistema<br />
tradicional, ou seja, usan-do-se estacas longas<br />
(3-4 gemas) e areia grossa lavada como<br />
substrato, em condições <strong>de</strong> viveiro, apresentaram<br />
95% <strong>de</strong> enraizamento aos 62 dias <strong>de</strong>pois<br />
da estaquia, quando foram transplantadas<br />
para sacos plásticos pretos com furos, <strong>de</strong><br />
14 x 28 cm, contendo substrato recomendado<br />
para a formação <strong>de</strong> <strong>mudas</strong>. Aos 80 dias, a<br />
proporção <strong>de</strong> estacas enraizadas foi <strong>de</strong> 88%,<br />
tendo havido 7% <strong>de</strong> secamento <strong>de</strong> estacas.<br />
Em campo, a taxa <strong>de</strong> sobrevivência das <strong>mudas</strong><br />
foi <strong>de</strong> 99%, tendo sido necessários <strong>de</strong> 85<br />
a 90 dias para o plantio no campo.<br />
Reservatório <strong>de</strong> solução nutritiva e motobomba<br />
utilizados no sistema <strong>de</strong> fluxo<br />
laminar <strong>de</strong> hidroponia<br />
Com referência ao enraizamento por<br />
hidroponia, foram preparadas estacas mais<br />
curtas, com uma ou duas gemas e apenas<br />
uma meia-folha, com cerca <strong>de</strong> 5 a 8 cm <strong>de</strong><br />
comprimento. As mini-estacas foram colocadas<br />
para enraizar no centro dos cubos <strong>de</strong><br />
espuma fenólica, <strong>de</strong> aproximadamente 20 mm<br />
<strong>de</strong> aresta, previamente ume<strong>de</strong>cidos com<br />
água. Estes, por sua vez, foram transferidos<br />
para uma bancada <strong>de</strong> hidropo-nia <strong>de</strong> produção<br />
<strong>de</strong> <strong>mudas</strong> na horizontal, em casa-<strong>de</strong>vegetação,<br />
técnica conhecida internacionalmente<br />
por NTF, sigla <strong>de</strong> “Nutrient Film<br />
Technique” ( técnica <strong>de</strong> fluxo laminar <strong>de</strong><br />
nutrientes). Este sistema apresenta os seguintes<br />
componentes: bancada ou suporte<br />
dos canteiros; canais <strong>de</strong> cultivo apoiados<br />
na bancada; reservatório para solução nutritiva;<br />
conjunto moto-bomba e encanamentos<br />
(re<strong>de</strong> hidráulica) e temporizador.<br />
As mini-estacas foram mantidas em<br />
canaletas plásticas feitas a partir <strong>de</strong> tubos<br />
<strong>de</strong> PVC, perfurados na parte superior a espaços<br />
regulares <strong>de</strong> 5 em 5cm, pelos quais<br />
circula solução nutritiva a partir <strong>de</strong> um reservatório,<br />
acionada por bomba, em média<br />
durante 10 minutos a cada meia hora, no período<br />
diurno (das 6:40 às 17:40 h). No período<br />
noturno, o fluxo é <strong>de</strong>sligado, para permitir a<br />
respiração das raízes.<br />
A casa-<strong>de</strong>-vegetação é uma estrutura<br />
com cobertura plástica que protege as<br />
plantas das variações meteorológicas. No<br />
interior <strong>de</strong>sta estrutura, a temperatura oscilou<br />
entre 7° C e 34° C durante o período <strong>de</strong><br />
enraizamento das mini-estacas.<br />
Enraizamento <strong>de</strong> mini-estacas <strong>de</strong> maracujazeiro por hidroponia em espuma<br />
fenólica sobre bancada <strong>de</strong> canaletas plásticas<br />
Para a nutrição das mini-estacas<br />
durante o enraizamento, foram preparadas<br />
inicialmente soluções concentradas, dissolvendo-se<br />
em água diferentes sais ou fertilizantes,<br />
conforme padrão próprio para a fase<br />
vegetativa das plantas (O Agronômico, v.53.<br />
n. 2. p.27, 2001), que continham 120 g <strong>de</strong><br />
nitrato <strong>de</strong> cálcio, 84 g <strong>de</strong> nitrato <strong>de</strong> potássio,<br />
90 g <strong>de</strong> sulfato <strong>de</strong> magnésio, 48 g <strong>de</strong><br />
monoamônio fosfato MAP e 30 ml <strong>de</strong><br />
micronutrientes, mais 12 g <strong>de</strong> ferro, na forma<br />
<strong>de</strong> tenso ferro, para 400 litros <strong>de</strong> água,<br />
formando a solução nutritiva cujo pH variou<br />
<strong>de</strong> 6,1 a 6,8 e condutivida<strong>de</strong> elétrica<br />
(CE) <strong>de</strong> 1,3 mS. A solução <strong>de</strong> micronutrientes<br />
supracitada foi preparada com 30g<br />
<strong>de</strong> ácido bórico, 2 g <strong>de</strong> sulfato <strong>de</strong> cobre, 20<br />
g <strong>de</strong> sulfato <strong>de</strong> manganês, 10 g <strong>de</strong> sulfato<br />
<strong>de</strong> zinco e 2 g <strong>de</strong> molibdato <strong>de</strong> amônio ou <strong>de</strong><br />
sódio.<br />
32 O Agronômico, Campinas, 54(1), 2002
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Na medida em que havia consumo<br />
da calda preparada, a reposição foi feita<br />
com o preparo <strong>de</strong> novos volumes das soluções<br />
concentradas, adicionando-se o volume<br />
necessário para manter a CE sempre a<br />
1,3 mS. Para se fazer a leitura da CE <strong>de</strong>vese<br />
completar o volume do reservatório com<br />
água e homogeneizar a solução, antes da<br />
leitura. Balancear a CE pelo acréscimo das<br />
soluções concentradas.<br />
Foi <strong>de</strong>tectado o início da formação<br />
<strong>de</strong> calos 10 dias <strong>de</strong>pois da colocação<br />
das mini-estacas em espuma fenólica, sendo<br />
que <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> 18 dias, calos radiculares<br />
encontravam-se completamente formados<br />
e visíveis. O início do enraizamento foi<br />
observado aos 24 dias e o enraizamento<br />
completo, 37 dias <strong>de</strong>pois da instalação do<br />
sistema. Houve, portanto, uma redução <strong>de</strong><br />
25 dias no período necessário ao<br />
enraizamento das estacas, em relação ao<br />
sistema tradicional, po<strong>de</strong>ndo-se antecipar<br />
em igual período o transplante das estacas<br />
para sacos plásticos, on<strong>de</strong> as <strong>mudas</strong> terminam<br />
seu <strong>de</strong>senvolvimento até o estágio <strong>de</strong><br />
plantio no campo.<br />
A hidroponia permite economizar<br />
material propagativo e antecipar a formação<br />
<strong>de</strong> raízes. Foi observado um índice <strong>de</strong><br />
100% <strong>de</strong> enraizamento em todas as cultivares<br />
testadas, mostrando que não há efeito<br />
<strong>de</strong> cultivares no processo. O transplante<br />
para sacos plásticos pô<strong>de</strong> ser feito já aos 40<br />
dias e 89% das estacas resultaram em <strong>mudas</strong>,<br />
sendo que mortalida<strong>de</strong> por secamento<br />
ocorreu para 11% das estacas. Esse fato, e<br />
Estacas enraizadas <strong>de</strong> maracujá-amarelo pelo<br />
processo tradicional em areia (à esquerda) e<br />
por hidroponia em espuma fenólica<br />
o observado em campo, on<strong>de</strong> a taxa <strong>de</strong> sobrevivência<br />
das <strong>mudas</strong> resultantes <strong>de</strong><br />
hidroponia foi <strong>de</strong> 85%, inferior ao processo<br />
tradicional, indica que há necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> maiores estudos para otimizar a técnica.<br />
O maior índice <strong>de</strong> secamento das estacas<br />
está relacionado a maior fragilida<strong>de</strong> das estacas.<br />
Suas raízes são pouco volumosas e<br />
menores se comparadas às raízes das estacas<br />
convencionais, e, portanto, mais sensíveis<br />
a qualquer <strong>de</strong>ficiência hídrica no solo.<br />
Faz-se, necessário, portanto, associar a esta<br />
metodologia técnicas <strong>de</strong> aceleração <strong>de</strong> crescimento<br />
das raízes e <strong>de</strong> endurecimento das<br />
<strong>mudas</strong>, visando ampliar a taxa <strong>de</strong><br />
vingamento das <strong>mudas</strong><br />
.<br />
Concluiu-se que a hidroponia<br />
constitui uma opção muito interessante<br />
para enraizar estacas <strong>de</strong> maracujazeiro-amarelo,<br />
diminuindo quase um mês no período<br />
necessário para esta finalida<strong>de</strong>, em comparação<br />
ao sistema tradicional. Outra vantagem<br />
é o menor tempo em que a muda fica<br />
exposta a condições <strong>de</strong> alta umida<strong>de</strong>, muito<br />
propícia à contaminação por patógenos.<br />
A hidroponia po<strong>de</strong> ser adotada com vantagens<br />
na estaquia <strong>de</strong> matrizes comerciais <strong>de</strong><br />
campos com escassez <strong>de</strong> plantas superiores,<br />
economizando material propagativo,<br />
sem perda <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e com bons índices<br />
<strong>de</strong> aproveitamento. Po<strong>de</strong>rá vir a ser, também,<br />
uma efetiva contribuição à multiplicação<br />
<strong>de</strong> passifloras nativas, em processo<br />
<strong>de</strong> extinção pelo <strong>de</strong>smatamento, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que<br />
se repita com elas o comportamento obtido<br />
com o maracujazeiro-amarelo. Em programas<br />
<strong>de</strong> <strong>melhoram</strong>ento genético, po<strong>de</strong> ser<br />
uma ferramenta muito útil na multiplicação<br />
<strong>de</strong> plantas estratégicas, resultantes <strong>de</strong><br />
cruzamentos controlados.<br />
Laura Maria Molina Meletti, Pedro R.<br />
Furlani, Val<strong>de</strong>mir Álvares, Marta D.<br />
Soares-Scott, Luis Carlos Bernacci e<br />
Joaquim A. <strong>de</strong> Azevedo Filho<br />
<strong>IAC</strong>-Frutas<br />
fone: (19) 3241-9910<br />
en<strong>de</strong>reço eletrônico: lmmm@iac.br<br />
Novos Boletins Técnicos <strong>IAC</strong> da Série Tecnologia APTA<br />
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Estas publicações<br />
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po<strong>de</strong>m ser obtidas no<br />
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<strong>IAC</strong>- Núcleo <strong>de</strong> Editoração<br />
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13020-902 Campinas, SP<br />
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Fone (19) 3231-5422<br />
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ramais 190 e 195<br />
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Lan<strong>de</strong>ll, M.G.A. et al. A varieda<strong>de</strong> <strong>IAC</strong>86-2480 como nova<br />
opção <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar para fins forrageiros: manejo<br />
<strong>de</strong> produção e uso na alimentação animal. Campinas:<br />
Instituto Agronômico, 2002, 39p. (Série<br />
Tecnológica Apta, Boletim técnico <strong>IAC</strong>, 193)<br />
Valor unitário: R$15,00<br />
Tombolato, A.F.C. et al. O cultivo <strong>de</strong> antúrio: produção<br />
comercial. Campinas: Intituto Agronômico,<br />
2002. 47p. (Série Tecnológica Apta, Boletim técnico<br />
<strong>IAC</strong>, 194)<br />
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O Agronômico, Campinas, 54(1), 2002 33