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1 MORFOLOGIA DE FOLHAS DE COUVE DO BANCO DE ... - IAC

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1<strong>MORFOLOGIA</strong> <strong>DE</strong> <strong>FOLHAS</strong> <strong>DE</strong> <strong>COUVE</strong> <strong>DO</strong> <strong>BANCO</strong> <strong>DE</strong> GERMOPLASMA <strong>DO</strong>INSTITUTO AGRONÔMICOMaria do Carmo de Salvo Soares NovoAngélica Prela-PantanoRobert DeuberRoseli Buzanelli TorresPaulo Espíndola TraniIlana Urbano BronCampinas, 2010


2<strong>MORFOLOGIA</strong> <strong>DE</strong> <strong>FOLHAS</strong> <strong>DE</strong> <strong>COUVE</strong> <strong>DO</strong> <strong>BANCO</strong> <strong>DE</strong> GERMOPLASMA <strong>DO</strong>INSTITUTO AGRONÔMICOMaria do Carmo de Salvo Soares Novo, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Ecofisiologia eBiofísica, Instituto Agronômico de Campinas – APTA, jpsnovo@iac.sp.gov.brAngélica Prela-Pantano, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Ecofisiologia e Biofísica, InstitutoAgronômico de Campinas – APTA, angelica@iac.sp.gov.brRobert Deuber, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Ecofisiologia e Biofísica, InstitutoAgronômico de Campinas – APTA, rdeuber@iac.sp.gov.brRoseli Buzanelli Torres, Jardim Botânico, APTA, rbtorres@iac.sp.gov.brPaulo Espíndola Trani, Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio de Horticultura,Instituto Agronômico de Campinas – APTA, petrani@iac.sp.gov.brIlana Urbano Bron, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Ecofisiologia e Biofísica, InstitutoAgronômico de Campinas – APTA, ilana@iac.sp.gov.br


4Consideram-se como minimamente processados os produtos frescos, sem conservantes,semipreparados, que foram fisicamente alterados, almejando praticidade e conveniência, mas quemantém suas características sensoriais e o frescor do produto inteiro.Para o produtor é vantajosa a comercialização desse tipo de alimento, pois essa técnica agregavalor transformando-o em um produto diferenciado. Além disso, o produtor garante um compradorcerto reduzindo as perdas no processo de comercialização e promovendo melhor aproveitamento daprodução. Para a dona de casa, restaurantes e hotéis esse produto é mais prático por eliminar as tarefasde seleção, lavagem, descascamento e corte no preparo de alimentos.Nos supermercados, a couve minimamente processada é apresentada em bandejas depoliestireno, com as folhas picadas em fatias finas de 1 a 2 mm de espessura e envoltas em filmesplásticos com a atmosfera modificada cuja função é minimizar a respiração e a perda de água semcausar danos ao produto. A couve minimamente processada é um produto com alta perecibilidadedevido à rápida perda de turgescência e senescência pós-colheita uma vez que esse tipo de produto, porsofrer estresse mecânico durante o preparo, apresenta alta atividade respiratória e elevada perda deágua. Um problema bastante comum em folhosas minimamente processadas é o rápido amarelecimentodurante a comercialização. O consumidor prefere, quando busca por folhosas minimamenteprocessadas, aquelas mais escuras por associar a cor mais clara com folhas mais senescentes.Existe diversas cultivares de couve de folhas em cultivo, sendo classificadas quanto à aparência,cor e textura das folhas. No Brasil, para a couve, há grande confusão e indefinição quanto àdenominação das cultivares. Nomes diferentes são dados para a mesma cultivar dependendo dalocalidade da coleta do material. Alguns genótipos são facilmente caracterizados por aspectosmorfológicos, entretanto, outros são muito semelhantes. O banco de germoplasma de couve no <strong>IAC</strong>apresenta grande diversidade morfológica e genética entre clones. Conta com 32 genótipos sendo onzedo tipo Manteiga. Para a facilidade de identificação no campo, desde a década de 40, esses materiaisforam nomeados por letras do alfabeto conforme a cronologia de sua introdução. Mais recentemente,após a listagem alfabética ter se encerrado, para a introdução de novos materiais adotou-senomenclatura baseada nos locais de origem dos mesmos ou de algumas características morfológicas dosmesmos.Devido a Lei de Proteção de Cultivares em vigor (Lei n o 9456 de 25 de abril de 1997 eregulamentada pelo Decreto n o 2366 de 5 de novembro do mesmo ano e pela Lei n o 10711 de 2003) é


5interessante que instituições que possuam banco de germoplasma caracterizem morfologicamente essematerial com vista a possíveis lançamentos de cultivares e a sua proteção.Para a obtenção do certificado de proteção e de registro de cultivares junto ao Serviço Nacionalde Proteção de Cultivares uma das exigências é que a distinguibilidade entre material seja realizada pormeio de margem mínima de descritores específicos para cada espécie. Os objetivos do trabalho foramcaracterizar morfologicamente as folhas e, empregando-se índices de cores, avaliar quais os melhoresacessos de couve pertencente ao banco de germoplasma do <strong>IAC</strong> para serem comercializados frescos,em maços, ou minimamente processados.MATERIAL E MÉTO<strong>DO</strong>SOs genótipos de couve das folhas do banco de germoplasma do <strong>IAC</strong> foram cultivados emcondições de campo em Latossolo Vermelho distrófico, em Campinas, SP. A denominação dosgenótipos de couve do <strong>IAC</strong> e a respectiva identificação dos materiais no banco de germoplasma sãoapresentadas na Tabela 1.Tabela 1. Relação dos nomes dos genótipos de couve das folhas e os símbolos empregados naidentificação destes no banco de germoplasma do <strong>IAC</strong>.Símbolo Denominação do genótipo Símbolo Denominação do genótipoA Manteiga de Ribeirão Pires Q Pires 1 de CampinasB Manteiga I-1811 R Pires 2 de CampinasC Roxa I-919 S JaponesaD Manteiga São Roque I-1812 T HortolândiaE Gigante I-915 U Orelha de ElefanteF Manteiga I-916 V Vale das GarçasG Crespa I-918 W Artur Nogueira 1H Manteiga Ribeirão Pires I-2446 X ComumI Crespa de Capão Bonito Y Artur Nogueira 2J Manteiga Tupi Z Artur Nogueira 3K Couve da Seção de Leguminosas AV Andradas VariegataL Manteiga Jundiaí CB CaboclaM Manteiga de Mococa L1 Seção de Leguminosa 1N Manteiga São José OP Manteiga Osvaldo PiresO Manteiga de Monte Alegre MN MendonçaP Verde Escura SE Serrilhada


6As mudas foram formadas pelo sistema de estaquia verde coletando-se as brotações laterais,com três a quatro centímetros de altura e dois folíolos, no terço basal das plantas matrizes. Os vasosplásticos empregados na produção de mudas eram de cor preta, com diâmetro superior de 8 cm e 0,5 Lde capacidade. Essas foram plantadas em substrato da marca comercial Plantmax HA, composto decasca de pinus carbonizada e vermiculita e, formadas em estufa com cobertura plástica de polietilenotransparente, com trama de 150 µm, e com laterais cobertas com tela tipo sombrite de 2 mm deabertura, desde a superfície do solo até dois metros de altura.Por ocasião do transplantio, 45 dias após o inicio de sua formação, as mudas estavam, com pelomenos de sete a oito centímetros de altura, vigorosas, bem formadas e bem enraizadas e foramtransplantadas em condições de campo em solo cujos resultados das análises química e granulométricade amostra composta coletada no experimento foram: matéria orgânica: 21 g dm -3 ; pH em CaCl 2: 6,1; P(resina): 6 mmol c dm -3 ; K: 0,8 mmol c dm -3 ; Ca: 23 mmol c dm -3 ; Mg: 9 mmol c dm -3 ; H+Al: 15 mmol c dm -3 ;SB: 23 mmol c dm -3 ; CTC: 48 mmol c dm -3 ; V: 69%; Fe: 8 mg dm -3 ; Mn: 1,6 mg dm -3 ; Cu: 1,1 mg dm -3 ; Zn:0,5 mg dm -3 e B: 0,13 mg dm -3 , argila: 390 g kg -1 , silte: 80 g kg -1 , areia grossa: 340 g kg -1 , areia fina: 190 gkg -1 .O solo foi corrigido com o equivalente a 1 t ha -1 de calcário dolomítico fino (PRNT=90%)trinta dias antes do transplantio. Quinze dias após a aplicação do calcário foi aplicado ao solo oequivalente a 200 kg ha -1 de P 2 O 5 (na forma de superfosfato simples), 90 kg ha -1 de K 2 O (na forma desulfato de potássio) e 0,5 kg ha -1 de B (na forma de bórax). As coberturas nitrogenadas iniciaram-secatorze dias após o plantio aplicando-se o equivalente a 20 kg ha -1 de N na forma de nitrato de amônio.Na metade do ciclo, com o crescimento das plantas, aumentaram-se as doses para o equivalente a 30 kgha -1 de N empregando-se o mesmo fertilizante nitrogenado. O solo foi irrigado sempre que necessário.Para evitar a quebra das hastes, as plantas de todos os genótipos foram tutoradas com estacas debambu.Sessenta dias após o transplantio, coletaram-se dez folhas comerciais de cada um dos genótipos,desde que não apresentassem deformações decorrentes de fatores externos como pragas, doenças egranizo. As folhas foram separadas das hastes, lavadas em água corrente, e secas em papel absorvente eimediatamente avaliadas. Em cada folha determinou-se o comprimento do limbo foliar ao longo danervura principal, a largura máxima do limbo foliar perpendicular à nervura principal, a massa fresca e aárea foliar. Determinaram-se os valores dos limites superior e inferior considerando todos os genótipose cada um em particular. Com os valores obtidos considerando todos os genótipos, determinou-se aamplitude das medidas e estas foram divididas em cinco classes.


7As médias das medidas realizadas para essas variáveis nos diferentes genótipos foramclassificados dentro dessas classes.Com base em descrições organográficas avaliou-se em condição de laboratório e,posteriormente no campo, as seguintes características botânicas: forma e cor da folha, aspectos da basee do ápice, presença ou ausência de ala, forma e cor da margem do limbo e cor da nervura. Ascaracterísticas botânicas foram documentadas por meio de fotografias.RESULTA<strong>DO</strong>S E DISCUSSÃOA couve apresenta grande diversidade morfológica principalmente quanto à forma das folhas eà estrutura das plantas. Na Figura 1 pode-se observar plantas de alguns genótipos de couve do bancoativo de germoplasma do <strong>IAC</strong> como AV, V e CB que apresentam folhas com forma e cores distintas.Couve Andradas Variegata (AV)Couve Vale das Garças (V)Couve Cabocla (CB)Figura 1. Plantas dos genótipos AV, V e CB do banco ativo de germoplasma de couve do <strong>IAC</strong>.


8Todas as plantas de couve apresentaram porte ereto sendo que algumas apresentavam maiorcobertura do solo e altura que as outras. Os entrenós do talo variaram bastante dentro de uma mesmaplanta podendo ser observado que, no início do ciclo, estes eram mais largos e depois, mais curtos. Asfolhas dos genótipos de couve do tipo manteiga, em número de onze, que apresentam limbo de cormais clara são apresentadas na Figura 2.Figura 2. Folhas de genótipos de couve do tipo Manteiga do Banco de Germoplasma do <strong>IAC</strong>: A, B, D,F, J, H, O, MN (MEN), L, M e N.


9Os valores dos limites inferior e superior de cada genótipo e de classe considerando-se asmedidas das dez folhas de cada genótipos são apresentados, respectivamente nas Tabela 2 e 3. Asmédias das avaliações das diferentes variáveis para cada genótipos são apresentadas na Tabela 4. Comessas médias as classificações para cada material é apresentado na Tabela 5.Tabela 2. Limites inferior e superior das medidas de comprimento e largura do limbo, de massa frescade folhas e da área foliar dos diferentes genótipos de couve do banco de germoplasma do <strong>IAC</strong>,Campinas, SP.Genótipos Comprimento do Largura do Limbo Massa Fresca daLimboFolhaÁrea foliarcm folha -1 g folha -1 cm 2 folha -1Limite Limite Limite LimiteInferior Superior Inferior Superior Inferior Superior Inferior SuperiorA 24,00 26,80 19,50 23,00 23,04 32,86 282,35 372,84B 21,50 25,50 18,70 21,50 17,48i 32,19 258,35 363,68C 19,60 22,50 16,00 19,80 19,13 23,59 217,49 287,86D 15,50 18,50 14,00 15,2 9,50 14,37 132,95 195,66E 17,00 21,00 12,90 17,70 11,37 23,10 148,75 228,95F 14,00 16,80 13,00 14,20 7,21 9,57 139,83 168,82G 14,40 18,30 10,20 13,00 5,85 11,41 84,03 179,17H 19,60 22,00 15,80i 17,50 16,06 20,27 211,66 246,19I 23,40 24,80 22,00 23,80 30,97 41,70 320,04 385,99J 13,00 17,80 10,50 15,00 7,71 13,51 101,52 175,87K 30,00 36,50 25,20 29,00 38,62 66,61 503,81 714,23L 17,70 27,60 18,30 26,00 24,60 35,02 376,18 505,61M 19,90 24,00 15,10 20,10 19,64 32,40 216,21 336,03N 19,50 24,50 14,00 22,60 17,36 31,24 170,27 348,74O 27,60 32,10 22,00 26,50 37,88 50,28 367,68 520,73P 26,10 34,50 23,50 27,50 28,90 44,18 423,45 555,95Q 31,00 36,50 24,00 31,00 48,61 64,31 539,59 688,80R 21,00 31,20 16,80 24,10 35,61 44,97 440,35 502,97S 18,10 22,00 11,30 14,60 11,07 18,46 131,11 209,53T 32,00 39,00 30,00 33,50 59,01 78,56 711,44 853,02U 28,00 35,50 22,00 28,00 39,19 62,80 429,58 639,36V 31,50 38,00 25,00 34,50 33,62 42,40 454,75 572,69W 32,50 43,50 22,00 29,00 48,03 74,23 516,67 710,51X 31,00 38,00 26,50 29,90 57,44 71,41 581,28 689,03Y 30,00 36,50 24,00 27,00 37,75 53,07 448,54 600,75Z 32,00 39,00 24,50 31,00 45,24 76,86 553,21 852,75AV 14,10 24,0 15,00 21,50 14,47 23,46 188,58 304,08CB 42,50 45,00 29,50 37,00 81,57 120,08 964,03 1269,72L1 26,00 38,50 23,40 27,50 35,13 59,25 424,47 711,65ME 30,50 35,50 29,30 35,00 56,98 68,50 800,75 1070,23OP 30,00 40,50 23,20 35,50 31,34 84,43 454,84 1112,72SE 36,00 39,00 21,00 24,50 42,11 56,65 426,98 599,02


10Tabela 3. Valores dos limites superior e inferior de cada classe de couve, considerando todas asmedidas de cada variável.Classe Comprimento do Limbo Largura do Limbo Massa Fresca da Folha Área foliarcm folha -1 g folha -1 cm 2 folha -11 13,00 - 20,00 10,50 - 15,80 7,22 - 29,792 101,52 - 335,162 20,01 - 27,00 15,81 - 21,10 29,793 - 52,364 335,17 - 568,803 27,01 - 34,00 21,11 - 26,40 52,365 - 74, 936 568,81 - 802,444 34,01 - 41,00 26,41 - 31,70 74,937 - 97,508 802,44 - 1036,085 41,01 - 48,00 31,71 - 37,00 97,509 - 120,08 1036,09 - 1269,72Tabela 4. Valores médios de comprimento e largura do limbo, massa fresca e área foliar dos genótiposde couve do banco de germoplasma do <strong>IAC</strong>.Genótipos Comprimento Largura Massafolhasfresca de Área foliarcm folha -1 g planta -1 cm 2 folha -1A 25,38 20,96 28,86 355,90B 23,86 20,02 23,97 314,44C 21,00 17,68 21,04 246,48D 16,54 14,54 11,43 159,12E 18,58 15,18 16,17 185,16F 15,24 13,54 7,78 147,50G 15,57 11,48 7,80 111,64H 20,72 16,94 18,25 232,37I 23,90 23,00 37,01 360,26J 15,84 13,08 10,74 147,70K 32,90 27,24 52,43 609,99L 23,92 22,84 30,03 433,07M 21,64 18,24 26,14 278,71N 22,10 18,56 24,66 261,94O 29,34 24,36 44,18 467,12P 31,52 24,90 37,30 479,02Q 34,02 27,52 58,42 645,54R 27,24 22,18 40,05 467,78S 20,08 13,08 14,30 164,04T 36,94 31,66 72,05 794,06U 31,90 25,20 51,39 548,64V 33,20 27,90 37,72 540,79W 34,10 25,70 65,13 640,36X 33,90 28,08 64,03 639,41Y 34,10 26,00 47,81 541,99Z 34,90 26,40 58,41 643,96AV 20,06 17,86 19,61 233,67CB 43,60 33,60 104,85 1138,22L1 34,18 24,96 49,33 576,28ME 32,26 32,42 61,92 899,22OP 34,46 27,32 46,20 657,82SE 37,60 23,02 51,83 489,82


11Tabela 5. Classificação das folhas dos diferentes genótipos couve, para cada intervalo considerado epara as médias das medidas nas diferentes classes, quanto ao comprimento e largura do limbo e massafresca e área foliar.Classificação Comprimento do Limbo Largura do Limbo Massa Fresca de folhas Área foliar(cm folha -1) (cm folha -1) ( g planta-1) (cm 2 folha -1 )1 D, E, F, G, J D, E, F, G, J, S A, B, C, D, E, F, G, H,J, M, N, S, AVB, C, D, E, F, G,H, J, M, N, S, AV2 A, B, C, H, I, L, M, N, S,AVA, B, C, H, M, N, AV I, L, O, P, R, U, V, Y,L1, OP, SEA, I, L, O, P, R, U,V, Y, SE3 K, O, P, R, U, V, X, ME I, L, O, P, R, U, W, Y,Z, L1, SEK, Q, T, W, X, Z, ME K, Q, T, W, X, Z,L1, OP4 Q, T, W, Y, Z, L1, OP,SEK, Q, T, V, X, OP ME5 CB CB, ME CB CBConsiderando-se as médias das variáveis analisadas dos diferentes genótipos pode-se observarque, de modo geral, ‘D’, ‘F’, ‘G’, ‘J’ e ‘S’ foram classificadas como 1 na escala discriminada na Tabela 3quanto ao comprimento e largura do limbo, massa fresca e área foliar (Tabela 5). Também foiclassificado na classe 1 a massa fresca de folhas e a área foliar dos genótipos B, C, H, M, N e AV.De modo geral, os genótipos A, B, C, E, H, I, L, M, N, S, e AV apresentaram folhas comtamanho de limbo classificada na classe 2. Os genótipos I, L, O, P, R, U, V, Y, L1, OP e SE tambémapresentam massa fresca e área foliar classificados como 2. Esses materiais que se caracterizam porapresentarem folhas com até 27 cm de comprimento, 21,10 cm de largura e com 568,80 cm 2 de áreafoliar são mais adequados para serem comercializados em maços devido ao fácil manuseio e transportee por ocuparem um espaço adequado nas gôndolas do supermercado (Tabela 5).Verificou-se que os genótipos K, O, P, R, U, V, X e ME; I, L, O, P, R, U, W, Y, Z, L1, SE; K, Q, T, W, X, Z,ME e K, Q, T, W, X, Z, L1, OP apresentaram, respectivamente, comprimento e largura de limbo, massafresca e área foliar na classe 3 (Tabela 5). Os genótipos Q, T, W, Y, Z, L1, OP, SE e K, Q, T, V, X, OPenquadraram-se na classe 4 quanto ao comprimento e largura do limbo. Entretanto apenas ‘ME’ apresentouárea foliar nessa classe. O genótipo híbrido CB foi o único com tamanho de folhas, massa fresca e áreafoliar na classe 5. Embora as folhas das plantas dos genótipos da classe 4 e 5 possam sercomercializadas em maços, seu uso é preferencial para produtos minimamente processados em funçãodo tamanho e da área foliar do material


12Em relação à morfologia das folhas dos genótipos de couve verificou-se que estes apresentaramdiferentes formas de limbo, inclusive na mesma planta. A seguir é apresentada a morfologia foliarpredominante para cada genótipo:a) orbicular e assimétrico: A, D, F, G, L e M (Figura 3)b) orbicular, às vezes assimétrico: B, I, K, Q e L1 (Figura 4)c) orbicular: C, E, H, J, N, O, R, T, U, V, Z e MN (Figura 5)d) oval-elíptico: P, AV, CB e SE (Figura 6)e) elíptico-oblongo: X (Figura 7)f) oval-oblongo, às vezes assimétrico: W (Figura 8)g) elíptico: Y (Figura 9)h) oval: O.P. (Figura 10)Figura 3. Limbo orbicular e assimétrico: A, D, F,G, L e M.Figura 4. Limbo orbicular, às vezes assimétrico:B, I, K, Q e L1.


13Figura 5. Limbo orbicular: C, E, H, J, N, O, R, T,U, V, Z e MN.Figura 6. Limbo oval-elíptico: P, AV, CB e SE.Figura 7. Limbo elíptico-oblongo: X.Figura 8. Limbo oval-oblongo, às vezesassimétrico: W.


14Figura 9. Limbo elíptico: Y.Figura 10. Limbo oval: OP.Na maioria dos genótipos de couve, os pecíolos eram de cor verde (A, B, F, H, K, P, Q, R, S, T,U, X, Y, CB, L1 e OP – Figura 11), mas também foram observados verdes com manchas roxas (E –Figura 12), verdes levemente arroxeados na base (G, I, J, L, M, N, W, MN e SE – Figura 13),brancos com tons arroxeados (AV – Figura 14), branco-esverdeados (D – Figura 15) e roxos (C, Oe V – Figura 16).Figura 11. Pecíolo de cor verde: A, B, F, H, K,P, Q, R, S, T, U, X, Y, CB, L1 e OP.Figura 12. Pecíolo verde com manchas roxas:E.


15Figura 13. Pecíolo verde levemente arroxeado nabase: G, I, J, L, M, N, W, MN e SE.Figura 14. Pecíolo branco com tons arroxeados:AV.Figura 15. Pecíolo branco-esverdeado (D) Figura 16. Pecíolo roxo (C, O e V)Nos genótipos G e O, a base era estreito-auriculada (Figura 17), em J e P auriculada-assimétrica(Figura 18), em N e V curto-auriculada assimétrica (Figura 19) e em CB curto-auriculada (Figura20). No outros materiais a base se apresentava amplo-auriculada (Figura 21). Todos os genótiposapresentaram próximo da base, no pecíolo, projeções aladas irregulares (Figura 22).


16Figura 17. Base estreito-auriculada: G e O. Figura 18. Base auriculada assimétrica: J e P.Figura 19. Base curto-auriculada assimétrica: N e V.Figura 20. Base curto auriculada: CB.


17Figura 21. Base amplo-auriculada: A, B, C, D, E,F, H, I, K, L, M, Q, R, S, T, U, W, X, Y, Z, AV, L1,OP, MN, SE.Figura 22. Projeções aladas irregulares nopecíolo.Os ápices dos genótipos de couve podem ser classificados como:a) arredondado: D, E, F,G, I, N,O, P, Q, R, S, V, X, Y, L1 e OP (Figura 23)b) arredondado assimétrico: N (Figura 24)c) arredondado, emarginado: H, J, L, U, CB e MN (Figura 25)d) agudo: W, AV e SE (Figura 26)e) obtuso: A e B (Figura 27)f) obtuso a truncado: C (Figura 28).Figura 23. Ápice arredondado: D, E, F, G, I, N,O, P, Q, R, S, V, X, Y, L1 e OP.Figura 24. Ápice arredondado assimétrico: N.


18Figura 25. Ápice arredondado, emarginado: H, J,L, U, CB e MN.Figura 26. Ápice agudo: W, AV e SE (L2).Figura 27. Ápice obtuso: A e B. Figura 28. Ápice obtuso a truncado: C.Quanto às nervuras, na maioria dos genótipos, são branco-esverdeadas (A, B, D, F, H, K, Q, R, S, T,U, W, X, Y, Z, CB, L1 e OP – Figura 29). Entretanto, também podem ser observadas nervuras brancoesverdeadascm tons arroxeados (L – Figura 30), branco-esverdeadas com manchas roxas na faceadaxial e arroxeadas na abaxial (E – Figura 31), branco-esverdeadas com algo arroxeado na face abaxial(G e N – Figura 32), branco-esverdeadas com a nervura central com tons arroxeados (J), brancoarroxeado(AV e SE – Figura 33) e branco-arroxeado a branco-esverdeado (MN – Figura 34). Nogenótipo P as nervuras são verdes (Figura 35) e em ‘C’ e ‘V’ as nervuras são roxas (Figura 36). Nogenótipo O as nervuras são verde-arroxeadas na face adaxial e roxas na abaxial (Figura 37).


19Figura 29. Nervuras branco-esverdeadas: A,B, D, F, H, K, Q, R, S, T, U, W, X, Y, Z, CB,L1 e OP.Figura 30. Nervuras branco-esverdeadas com tonsarroxeados: L.Figura 31. Nervuras branco-esverdeadas commanchas roxas na face adaxial e arroxeadas naabaxial: E.Figura 32. Nervuras branco-esverdeadas com algoarroxeado na face abaxial: G e N.


20Figura 33. Nervuras branco-arroxeadas: AV eSE.Figura 34. Nervuras branco-arroxeadas a brancoesverdeadas:MN (MEN).Figura 35. Nervuras verdes: P. Figura 36. Nervuras roxas: C e V.


21Figura 37. Nervuras verde-arroxeadas na face adaxial e roxa na abaxial: O.Quanto à forma das margens predominam entre os materiais as sinuadas e denticuladas, emdiferentes combinações:a) levemente sinuada, denticulada: D e I (Figura 38)b) irregularmente sinuada, denticulada: A e B (Figura 39)c) sinuada, espaçadamente denticulada: C, E, F, N, S, T, U, V, AV, e CB (Figura 40)d) levemente sinuada, irregularmente denticulada: U (Figura 41)e) sinuada, irregularmente denticulada: W (Figura 42)f) sinuada ondulada, denticulada: X, Y, Z, L1 e MN (Figura 43)g) partida, lacerada (Figura 44).Na maioria dos genótipos as margens são de cor roxa (Figura 45), mas alguns como K, P, S, U,X, Y, Z, OP e MN são verdes (Figura 46) e outros como ‘G, arroxeados (Figura 47).


22Figura 38. Margem levemente sinuada,denticulada: D e I.Figura 39. Margem irregularmente sinuada,denticulada: A e B.Figura 40. Margem sinuada, espaçadamentedenticulada: C, E, F, N, S, T, U, V, AV, e CB.Figura 41. Margem levemente sinuada, denticulada: U.


23Figura 42: Margem sinuada, irregularmentedenticulada: W.Figura 43. Margem sinuada ondulada, denticulada:X, Y, Z, L1 e MN.Figura 44. Margem partida, lacerada: G e SE.


24Figura 45. Margem de cor roxa: V. Figura 46: Margem de cor verde: K, P. S, U,X, Y, Z, OP e MN.Figura 47. Margem arroxeada: G.Alguns dos genótipos denominados de Manteiga apresentam o limbo entre as nervuras bulado(J, L, M, N e O – Figura 48) e em ‘I’, as nervuras são proeminentes, dando às folhas um aspecto de rija(I – Figura 49).


25Figura 48 . Limbo Bulado: J, L, M, N e OFigura 49. Nervuras proeminentes: ILITERATURA CONSULTADABEENTJE, H. The Kew plant glossary – an illustrated dictionary of plant terms. Kew: RoyalBotanical Gardens. 2010. 160p.BELL, A.D. Plant form – an illustrated guide to flowering plant morphology. Oxford: OsfordUniversity. 2010. 341p.CAMARGO, A.N.M.M.P.; CAMARGO, F.P.; CAMARGO FILHO, W.P.C. Distribuição geográfica daprodução de hortaliças no Estado de São Paulo: participação no País, concentração regional e evoluçãono período 1996-2006. Informações Econômicas, v.38, p.28-35, 2008.


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