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Gustavo Henrique Silva Oliveira<br />

Deborah Sena da Costa<br />

Gustavo Lopes de Oliveira<br />

Meu pai trabalhava no departamento administrativo de um<br />

hospital e as vezes ele vinha com uma Kombi 1975 azul para casa.<br />

Eu na fase de aprender a dirigir, as vezes fazia ele levar para dar<br />

umas voltas na kombosa e praticamente aprendia dirigir naquela<br />

Kombi. Depois veio uma 1986, bege, bem mais moderna... Lembro<br />

muito das duas. Nossa cidade era pequena, quando podia, ia<br />

com meu pai em algumas viagens para fazer compras para o<br />

hospital, em outras cidades maiores. Da-lhe carga, era de tudo,<br />

tintas, produtos secos e molhados, frutas, legumes, maquinas e<br />

equipamentos. Também viagens longas e épicas para Santa<br />

Catarina e outros locais, tanto com a 75 e depois com a 86, com<br />

muitas e poucas pessoas. Muitas lembranças que puxando pela<br />

memória vão se aflorando... Quando saiu a Kombi Flex, fiz questão<br />

de ir até uma concessionaria para ver as inovações.... agora com<br />

as cortinas fechando eu digo, ficarei com saudades das Kombis....<br />

Mirian Maia<br />

TESTAMENTO<br />

Estou no último ano da universidade que faço em outra cidade<br />

próxima à minha e assim como duas gerações de universitários<br />

antes de mim, eu venho para a universidade na Kombi de Seu<br />

Pascoal. Seu Pascoal já é um homem aposentado que realiza<br />

essas viagens intermunicipais mais por prazer que por dinheiro.<br />

A Kombi é a sua marca... Ela já estava lá antes de eu nascer e<br />

mesmo quando foi trocada pelo modelo mais novo não deixou<br />

de ser a Kombi de Seu Pascoal. Reclamação ele só ouviu quando<br />

insinuou que iria realizar as viagens com outro carro menor porque<br />

já não tinha tantos passageiros. Todos só querem viajar de Kombi.<br />

Pascoal e a Kombi têm muitos apelidos: Pascoa, branquinha,<br />

Periquito, bichinha, etc. Mas uma coisa é certa. Eles ajudaram na<br />

graduação de muitos profissionais da minha cidade, nos fizeram<br />

olhar para o futuro, nos ensinaram sobre esforço e dedicação.<br />

Ele era a companhia após as longas jornadas de estudo e trabalho<br />

e a Kombi era antes de tudo a certeza de que havia um caminho<br />

de volta para casa.<br />

Meu pai era pedreiro e tinha uma kombi, ele vinha para casa de<br />

15 em 15 dias, e a gente saía no fim de semana, e eu como era<br />

pequeno ia de pé segurando naquele apoio que tem no painel,<br />

feliz da vida!<br />

Adilson Rigo<br />

No dia 05 de dezembro de 1986 eu estava enlouquecida para<br />

vir ao mundo, não aguentava mais esperar, desse jeito, minha<br />

mãe percebendo minha pressa percebeu que estava na hora em<br />

que eu iria nascer, correu em um vizinho amigo, que tinha uma<br />

Kombi, toda azul, modelo 62, e pediu ajuda dele para leva-la a<br />

maternidade e a partir dai começa minha paixão por elas.<br />

A pressa pra nascer deve ter se misturado com essa atração fatal<br />

pelas Kombis que eu não aguentei chegar na maternidade, ali<br />

mesmo, dentro da Kombi eu começei a vir ao mundo, ela foi minha<br />

primeira visão e experiência com a vida aqui nesse mundão. E<br />

desde então venho alimentando em mim essa linda paixão, além<br />

de uma pequena coleção de miniaturas e a vontade gigante de<br />

ter uma, gravei na pela minha historia e meu amor eternizado por<br />

ela, a mais linda Kombi!<br />

Daniela Rezende<br />

1985. Ainda éramos 2 de 3 irmãos. Voltávamos do Santuário<br />

do Caraça com uma felicidade incomum: estávamos na Kombi,<br />

cabine dupla, 1982, movida à diesel. Eu nunca entrara num carro<br />

tão espaçoso em minha vida.<br />

A bordo de uma Kombi conheci o amor da minha vida. Em 1992<br />

eu e minha namorada nos conhecemos na Kombi escolar. Na<br />

época, eu com 8 e ela com 7 anos. Nos amontoávamos em muitas<br />

crianças dentro de uma Kombi verde. Depois disso, nossas vidas<br />

tomaram rumos diferentes até que em 2012, 20 anos depois do<br />

primeiro encontro, nos reencontramos, e foi amor a primeira vista.<br />

Em um primeiro momento não lembrávamos que havíamos nos<br />

conhecido há tantos anos, mas com a convivência, percebemos<br />

que aquelas crianças hoje ainda se amam.<br />

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