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Minhas Histórias


Desde que anunciaram que eu deixaria de ser fabricada, recebi centenas<br />

de histórias de todo o país e até do exterior, através do meu site.<br />

Momentos inesquecíveis que passei, nestes 56 anos de vida. Este livro é a<br />

reunião destas histórias, na íntegra. Um registro de tantas lembranças e<br />

uma homenagem que dedico a todos os meus fãs e amigos. Obrigada.<br />

Kombi.<br />

2<br />

3


Bob hieronimus<br />

TESTAMENTO<br />

A Kombi que enganou o guarda e ficou famosa em Woodstock.<br />

Sou artista plástico e gosto de pintar murais, pois oferecem<br />

bastante espaço para eu mostrar minhas ideias. Você já viu o<br />

espaço nas laterais da Kombi? Vou contar a história que me ligou<br />

definitivamente a uma delas.<br />

Algum tempo antes do festival de Woodstock, conheci o guitarrista<br />

Bob Grimm, líder de uma banda de rock. Ele tinha interesse em<br />

assuntos esotéricos como meditação, reencarnação, Atlântida,<br />

ovnis e paranormalidade. Naquela época psicodélica, o misticismo<br />

estava em alta. Simpatizei com o Bob e comecei a acompanhar a<br />

banda nas turnês, para ensinar aos caras um pouco de meditação<br />

e simbologia esotérica, assuntos de meu interesse e conhecimento.<br />

Um dia, o Bob me pediu para pintar a Kombi ano 1963 que ele<br />

usava para o transporte da banda, que na época se chamava<br />

“Taste”. Muitas bandas usavam Kombis nos Estados Unidos,<br />

pois era um veículo barato e espaçoso, ideal para transportar<br />

os músicos e os instrumentos. Enquanto trabalhava na Kombi, a<br />

banda mudou de nome para Light, uma referência às meditações<br />

que praticávamos. Eu já tinha pintado carros antes, principalmente<br />

Fuscas. Mas o meu favorito era a Kombi, por causa das laterais<br />

planas, que permitiam retratar melhor minha idéia preferida, a<br />

filosofia que chamo de “Um Povo, Um Planeta”.<br />

A pintura levou vários meses, pois os desenhos eram cheios de<br />

detalhes. Comprei entradas para o festival de Woodstock, louco<br />

para retomar contato com alguns astros do rock, como Jimi Hendrix,<br />

que havia conhecido um ano antes, quando uma gravadora me<br />

sondou para fazer capas de discos dele.<br />

Quando soube que o público esperado era de 50 mil pessoas,<br />

deduzi que seria impossível me aproximar de Hendrix e de outras<br />

feras do rock e resolvi não ir. O público de Woodstock, em 1969,<br />

chegou perto de 500 mil pessoas. Você pode achar que me<br />

arrependi por não ter ido, mas não. Ainda tenho minhas entradas<br />

intactas, verdadeiras relíquias. O Bob e dois caras da banda<br />

foram ao festival com a Kombi que eu havia pintado, mas um<br />

guarda nãoquis deixar o carro entrar. Então, eles inventaram que<br />

ela era uma obra de arte que seria exibida durante o festival e o<br />

guarda acabou cedendo. A Kombi entrou.<br />

Muitas fotografias desta Kombi foram publicadas em revistas<br />

como Life e Rolling Stone. A Kombi ficou muito famosa. Sempre<br />

que se falava na história de Woodstock, a Kombi era lembrada.<br />

Durante anos, não prestei muita atenção ao sucesso daquele<br />

carro. A imprensa não me associava à Kombi.<br />

Mais tarde, alguns jornalistas reconheceram meu trabalho e<br />

começaram a fazer entrevistas comigo. A cada aniversário<br />

de Woodstock, crescia o interesse pela Kombi e por mim. Isso<br />

atingiu o auge em2009, quando o festival completou 40 anos.<br />

Naquele ano, foi lançada uma miniatura da Kombi, com os meus<br />

desenhos muito bem reproduzidos. Esse interesse todo pelo carro<br />

me surpreendeu, pois eu, que vivi aquilo de perto, não tinha<br />

percebido que Woodstock foi o símbolo da revolução espiritual<br />

nos Estados Unidos e no mundo. E que aquela Kombi, além de<br />

levar a banda do meu amigo, acabou transportando também um<br />

pouco daqueles sonhos e ideais.<br />

4<br />

5


Paula Maria de Godoi Parente<br />

Franck Thibaud Köchig<br />

TESTAMENTO<br />

TESTAMENTO<br />

Papai sempre foi um ser humano diferente. Lembro como se<br />

fosse ontem dos dias que ele me buscava no colégio. Eram nesse<br />

momentos que sua singularidade ficava ainda mais evidente.<br />

De botas de couro e calça de algodão, era da Kombi azul e<br />

branca, 1967, que ele saia. Sempre de braços abertos, com uma<br />

expressão tranqüila e um sorriso emoldurado pela barba, que<br />

iluminava meus piores dias.<br />

Era o inicio de Brasília e papai havia sido nomeado a diretor do<br />

Zoológico por Juscelino K.<br />

E foi de um desses dias, que ficou a lembrança mais bonita que<br />

guardo do papai. Eu era uma criança curiosa, e na ânsia de<br />

descobrir a mim e ao mundo, por algumas horas o importunei<br />

questionando-o sobre o tamanho do meu rosto. Mais pai, qual o<br />

tamanho?<br />

Então, papai estacionou a Kombi, desceu e depois de alguns<br />

minutos voltou de dentro do viveiro dos pássaros com uma flor de<br />

girassol na mão.<br />

Gentilmente ele encostou a flor em meu rosto e disse: Pronto filha,<br />

esse é o tamanho do seu rosto.<br />

Nasci na França, na cidade de Brest. Em 2005, fui estudar na<br />

Argentina e conheci a Iris. Não teve jeito, me apaixonei. Outra<br />

paixão começou logo depois, quando ela me contou as histórias<br />

de quando rodou pela Argentina com os pais, à bordo de uma<br />

Kombi. Resolvemos viajar juntos, da mesma maneira.<br />

Foi quando a Renata entrou nas nossas vidas. Calma, não é o<br />

que você está pensando. Renata é o nome da Kombi que a gente<br />

comprou. Uma belezinha ano 82, mas com corpinho de... De 82<br />

mesmo. Depois de uma ampla e necessária reforma, que incluiu<br />

até uma cama, ela estava pronta, perfeita. Agora era só pegar a<br />

estrada e ir de Mar Del Plata, na Argentina, até Nova Iorque e<br />

depois voltar. Só? Era uma meta ousada, sabíamos, mas a gente<br />

tinha certeza que a Kombi daria conta do recado. Nascia o projeto<br />

Amerikando.<br />

Partimos no fim de março. No caminho, fazíamos fotos e camisetas,<br />

que vendíamos para ajudar no orçamento. Conhecemos lugares<br />

incríveis, recebemos apoio de desconhecidos, famílias nos<br />

ofereceram hospedagem. Tenho que admitir que o carisma da<br />

Kombi ajudou bastante.<br />

Atravessamos o Brasil. Eu, a Iris e a Renata. Porto Alegre,<br />

Florianópolis, Rio de Janeiro, Salvador, Belém. À noite, a Iris<br />

cozinhava, víamos as fotos tiradas durante o dia e preparávamos<br />

o trajeto do dia seguinte. Se me permite dizer, é bom demais<br />

conviver assim com quem se ama.<br />

Saindo do Brasil - pegue um mapa para acompanhar - passamos<br />

pela Venezuela, Colômbia, cruzamos a América Central inteira e<br />

chegamos ao México. Sempre maravilhados com a exuberância<br />

da natureza e a simpatia das pessoas. Tem muita gente boa por<br />

esse mundo afora. Em muitas cidades, fomos recebidos de braços<br />

abertos por membros de clubes Volkswagen e fãs da Kombi. Certa<br />

vez, o presidente de um desses clubes nos abraçou, dizendo: “a<br />

Volkswagen não é uma marca, é uma família”. Ficamos arrepiados.<br />

Nove meses depois da partida, comemoramos o Ano Novo em<br />

Nova York. Demorou o dobro do tempo planejado, mas chegamos<br />

lá. Missão cumprida? Mais ou menos. A gente tinha tomado gosto<br />

pela coisa.<br />

Decidimos seguir para Brest, na França, minha cidade natal. Sim,<br />

ir até a Europa de Kombi!<br />

Atravessamos os Estados Unidos até São Francisco e pegamos<br />

um navio. (Você não achou que colocaríamos a Kombi na água,<br />

achou?) Mas não fomos direto para a Europa, desembarcamos<br />

no Japão. A Renata tem fome de asfalto, sabe? E se você ficou<br />

impressionado, os japoneses ficaram mais ainda. Fomos até<br />

entrevistados num programa de TV. Para variar, muito bem<br />

recebidos. De lá para a Rússia, depois Mongólia. Aí vieram os<br />

“ão”: Cazaquistão, Uzbequistão, Turcomenistão e o Irã (que, em<br />

Portugal, se chama “Irão”). E, posso dizer com conhecimento de<br />

causa: a Kombi tem admiradores em todos esses lugares.<br />

Percorremos a Turquia e a Grécia. De navio para a Itália, de onde<br />

seguimos para a França. Chegamos a Brest, minha cidade natal,<br />

no dia 26 de fevereiro de 2011 e fomos recebidos com festa pela<br />

família, amigos e membros dos clubes Volkswagen da região. Foi<br />

inesquecível. Mas você não precisa acreditar na minha palavra.<br />

Está tudo registrado no nosso site: amerikando.com.<br />

Dá para dizer que somos um casal de sorte. Conhecemos 25<br />

países, rodamos 75 mil km e a nossa lua de mel durou dois anos.<br />

Em junho, nasceu Louis, nosso filho, concebido durante a viagem.<br />

A Kombi continua conosco, faz parte dafamília. E, apesar da<br />

idade, ainda nos leva para viajar nas férias e finais de semana.<br />

Se bobear, um dia desses você ainda vai ver a Renata passando<br />

na porta da sua casa. Onde quer que ela seja.<br />

6<br />

7


Eduardo Miguel da Silva<br />

Adriano José Gomes da Silva<br />

Bob Wollheim<br />

Meu pai não teve uma Kombi. Foram tantas que não consigo<br />

lembrar de todas. Mas a que mais me marcou foi uma vermelha<br />

e branca, que todos chamávamos de Candinha. Passei minha<br />

adolescência acompanhando meu pai em seu trabalho diário e<br />

a Kombi sempre ali. Aprendi muito com ele sobre trabalho, sobre<br />

a vida, sobre carros. Quando ele morreu, procurei uma funerária<br />

que tivesse uma Kombi para levá-lo ao cemitério. Não encontrei,<br />

infelizmente. Hoje, tenho em meu escritório uma réplica da<br />

Candinha, que me inspira a cada dia.<br />

Robson Cezarini<br />

Minha História com a Kombi é antiga...<br />

A Kombi que tenho hoje é uma Standard 1975, já possuí uma 1982<br />

a Diesel e aprendi a dirigir em uma Kombi 1977 ainda a cruzeta.<br />

O interessante é que em minha família sempre houveram outros<br />

veiculos porem a kombi sempre esteve presente, nunca ficamos<br />

sem uma Kombi.<br />

Esta ultima, uma modelo 1975 comprei do filho do propietario Sr.<br />

Nabuo Oshiro (VIZINHO DE MINHA FAMILIA) ha 7 anos atráz,<br />

este senhor comprou esta Kombi zero kilometro e trabalhou todo<br />

este tempo vendendo temperos na feira livre. Eu desde os 5 anos<br />

de idade, epoca que o Sr Nabuo comprou a kombi acompanho<br />

este exemplar que hoje me pertence, pois ha uns 9 anos atraz o Sr.<br />

Nabuo faleceu, a kombi ficou parada por 2 anos e até que o filho<br />

do Sr Nabuo me vendeu. Quando a peguei ela estava feia, então<br />

eu a reformei usei por um tempo então a vendi para um rapaz<br />

dos EUA que veio ao Brasil a trabalho, ele então a usou por 1 ano<br />

todos os dias e quando o trabalho dele acabou por aqui ele me<br />

ofereceu a Kombi de volta e eu adiquiri ele novamente, na época<br />

eu estava em uma transição de trabalho, estava procurando<br />

algum outro rumo profissional, então comecei a fabricar algumas<br />

peças que são desejadas para a kombi deste modelo.<br />

Hoje sou fabricante de janelas SAFARI para kombi, e todas as<br />

outras janelas deste veiculo, e outros veiculos tambem, então<br />

posso afirmar que a Kombi ajudou muito em minha vida.<br />

Já minha kombi 1982 a diesel foi usada por mim para trabalho em<br />

uma transportadora de minha propriedade na época, 1994, mas<br />

por infelicidade em 1998 foi furtada e até hoje não conseguimos<br />

recupera-la.<br />

Meu Pai ja falecido comprou uma Kombi 1977 a cruzeta ainda, e<br />

foi nesta que eu aprendi a dirigir, eram finais de semana em um<br />

clube em Mairiporã que meu Pai permitia que eu dirigisse aquela<br />

Kombi, e com 12 anos eu ja pegava escondido de meu Pai a kombi<br />

e saia com meus amigos pelo bairro.<br />

Sou um grande adimirador, usuario e dependente deste veiculo.<br />

Esta é minha história com a Kombi!<br />

No final dos anos 70 eu, meu pai e minha mãe fomos moram em uma<br />

vila de fábrica de uma usina de açúcar em Igarassu, Pernambuco.<br />

A empresa forneceu transporte para os filhos dos funcionários e<br />

eu estava entre aqueles que estudavam na Capital. Foi quando<br />

em 1981 adquiriram uma Kombi para fazer esse transporte. Ela<br />

era zero. Por mais de 10 anos ela nos transportou e ajudou na<br />

continuidade e conclusão dos nossos estudos, indo do primário<br />

até a universidade. Pena que justamente ao transportar alunos a<br />

Kombi pegou fogo e foi destruída totalmente, mas ninguém ficou<br />

ferido Graça a Deus. Fica aqui o registro agradecido e saudoso<br />

de momentos inesquecíveis e gratificantes.<br />

Agradeço ao Grupo Votorantim por ter fornecido o transporte<br />

durante tantos anos. Agradeço aos motoristas que nos<br />

transportaram. Agradeço aos que viabilizaram nossa formação.<br />

Agradeço àquela Kombi que rodou por mais de dez anos conosco,<br />

nos vendo crescer de todas as formas e que deixou imensas<br />

saudades!<br />

Nasci dentro de uma Kombi. Desde a minha infância, meu avô<br />

tinha transformado a sua Kombi e um mini-motorhome para viajar<br />

Brasil afora. Ele fez tudo com um marceneiro e minha avó cuidou<br />

do resto como estofados, apetrechos e, claro, cortininhas como<br />

essas da edição especial.<br />

As histórias foram muitos, mas talvez a melhor que vivi foi quando<br />

numa viagem, acampados em um posto de gasolina, eu dormia<br />

no banco da frente tranquilamente quando escuto passos se<br />

arrastando ao nosso redor.... meus avós ronronando na cama atrás<br />

e eu ali congelado de medo, sem coragem de abrir as cortinas e<br />

olhar o que se passava.... me lembro de ter ficado ali horas e<br />

horas, apavorado.... naturalmente o sono chegou e apaguei......e<br />

pela manhã, quando todos acordaram, abro a cortininha e reparo<br />

que estávamos cercados de vaquinhas, super da paz, pastando<br />

em volta da Kombi.... Saudades dos meus avós, saudades das<br />

viagens de Kombi, saudades da Kombi. RIP!<br />

Bob Wollheim<br />

8<br />

9


Marcio Freire<br />

Michel Rosselli Marsola<br />

Desde pequeno ando de Kombi, com 41 resolvi comprar a minha,<br />

veio de Ilhéus Ba para Salvador em segredo, ninguém sabia da<br />

minha compra (carro velho, só problema etc...) então fiquei em<br />

segredo na minha operação mas como não dou muita sorte pra<br />

essas coisas... ela estava em um caminhão prancha e pegou a<br />

maior chuva no caminho dos seu 400 km e ia direto pra oficina,<br />

mas atrasou, a oficina fechou e tive que pedir para o motorista<br />

trazer pra minha casa... imagine a minha esposa os meus pais que<br />

moram ao meu lado vendo aquele caminhão prancha com uma<br />

Kombi 75 que parecia ter vindo de uma voltinha na Síria hehehe.....<br />

ainda bem que tudo correu bem hehehe hoje ela esta reformada<br />

com a ajuda de meu pai que correu atras de cada pecinha (quem<br />

era contra hein!!!) e me faz um feliz proprietário.<br />

pois se na época foi uns instrumento de trabalho do negócio da<br />

família (padaria), hoje é a mim que ela me serve. Possuo duas<br />

kombis (uma 2012 e outra 2013), e a alguns anos trabalho com<br />

transporte escolar, e por ai vai...<br />

Durval de Moraes Farias Jr<br />

Quando minha mãe ficou viúva aos 32 anos, era uma mulher linda<br />

....lembro que uma amiga lhe emprestou uma Kombi saia de blusa<br />

azul e branca, combinava com seus olhos para poder trabalhar<br />

recomeçar a vida, ainda hoje aos 81 anos ela sempre repete , me<br />

coloca sentada numa Kombi e te levo aonde voce quiser ...<br />

Lá pelos anos 80 meu pai tinha uma kombi jarrinha azul calcinha<br />

devia ser ano 1975. Foi uma viajem que ficou gravado na minha<br />

memoria, fomos para Bertioga-SP, foi uma das melhores viajens<br />

que fiz com minha familia e com um carro, infelizmente não<br />

tenho fotos, mas ficou guardado na memoria. Meu pai abriu as<br />

portas da kombi e estendeu um pano enorme fazendo um tipo de<br />

cabana, foi muito legal. Estou pensando em comprar uma kombi e<br />

repetir o mesmo com meus filhos. Este veiculo vai deixar saudades.<br />

Marcelo Contes<br />

carro foi um fusca 69 era todo manchado tadinho bom agora<br />

eu tenho 38 anos e trabalho em casa tenho um banho e tosa e<br />

comprei uma kombi 82 bege vime ela e linda nessa foto ai ela<br />

nao estava reformada mas mesmo assim ela e linda foi amor a<br />

primeira vista e o pior e que eu tenho quase dois metros de altura<br />

e ela tem muito espaço eu nunca bati meu braço ou perna eu so<br />

sei que depois que eu comprei ela minha vida mudou rsrsrsrsrsr<br />

nao mais e serio a gaby minha esposa gosta muito dela tambem<br />

essas historias provam que a kombi mudou a vida de muita<br />

gente,abraços a todos ai ta?marcelo<br />

Sérgio Vieira Ribeiro<br />

Pensar que muita coisa da minha vida tem relação com a Kombi, é<br />

ao mesmo tempo, estranho e engraçado. Por volta dos meus 14...15<br />

anos, comecei a ter a curiosidade de dirigir um carro, sendo quase<br />

improvável, que meu pai deixaria pegar seu carro para matar<br />

minha curiosidade, eu e alguns colegas da escola, começamos<br />

a pegar emprestado a kombi do meu pai, a noite, que ele tinha<br />

por conta da padaria da família, para entrega de pães. Foi nesse<br />

tempo que aprendi a dirigir, mas não fazia gosto, pois queria<br />

estar dirigindo um carro, e não uma kombi, olha a discriminação.<br />

Muitas aventuras, poderia descrever por conta dessas andanças,<br />

o fato é que hoje em dia ela é minha companheira inseparável,<br />

meu instrumento de trabalho, meu ganha pão, devo muito a ela,<br />

Ana Beatriz Bonachela Ferlin<br />

Meu romance com a kombi começou a alguns anos atrás, não sei<br />

o motivo exato, talvez por ser a única lembrança que tenho do<br />

meu avô e por ter brincado tanto dentro dela. A kombi para mim,<br />

tem uma relação muito mais íntima com o dono, ela não é um<br />

simples carro...a kombi tem um charme. Ela tem algo a mais. E isso<br />

que me encanta. Ela não é um carro pra um, não é egoísta, ela é<br />

um carro pra vários, para amigos, família! E meu grande sonho<br />

é sair da coleção de miniaturas, camisetas, quadros, almofadas e<br />

ter a minha de verdade. Descanse em paz querida.<br />

Oi meu nome e marcelo contes eu sempre fui muito fa da<br />

volkswagen minha familia toda sempre teve fusca meu pai irmao<br />

e irma e eu tive varios nunca quis ter um carro novo meu primeiro<br />

10<br />

11


Nilson aguiar<br />

Agustin Carvalho<br />

Carlos Eduardo Sousa<br />

Minha história é recente. Devido à dificuldades em minha empresa,<br />

fui obrigado a vender uma Doblò com 10.000 km e comprar uma<br />

Kombi 1995 para fazer entregas. A paixão por ela foi tamanha,<br />

que quando soube do termino de sua produção pela VW, resolvi<br />

homenageá-la com um poema que resume a grande importância<br />

que esse automóvel tem em nossas vidas. Compartilho-o, agora,<br />

com vocês com muita humildade, pois jamais fiz um poema em<br />

toda a minha vida. Bom, aí vai:<br />

Uma europa devastada pela segunda grande guerra estava. Foi<br />

quando um certo holandês, de nome Ben Pon, rabiscou nas folhas<br />

de uma agenda aquilo que seria uma lenda. Era um pequeno<br />

furgão, que em sua aparência tinha o formato de pão. E a ele quis<br />

o destino incumbir, os pilares da nova economia construir.<br />

Quando à imprensa foi apresentada, além de mercadorias,<br />

também gente poderia ser transportada.<br />

E dessa estranha kombinação, o nome Kombi surgiu em<br />

comemoração. Logo pelo mundo se espalhou, até que em terras<br />

brasileiras ela chegou! Muitos não sabem, mas aqui no Brasil, foi<br />

ela o primeiro automóvel que se produziu.<br />

Através dos tempos ela se perpetuou, e nos anos 70 uma geração<br />

marcou! Mas foi na labuta do dia-a-dia, que a Kombi instituiu a<br />

sua primazia. Há quem diga que é apenas uma casca-de-lata, até<br />

de bomba nuclear, na internet ví chamar... Claro que respeitamos<br />

a opinião de quem não tem dó, mas meu amigo... casca-de-lata,<br />

é a senhora sua vó.<br />

Land Rover, Touareg ou Pajero uma dessas eu até posso vir a<br />

ter, mas de você, minha querida kombosinha, eu jamais vou me<br />

esquecer.<br />

E tenha certeza disso que vos escrevo:<br />

Todas as kombis do mundo que restarem,<br />

por mais velhas e surradas que ficarem,<br />

em jóias também vão se transformar.<br />

Olá, minha história com a Kombi é muito especial. Eu morava<br />

no interior da Bahia quando estudava no ensino fundamental.<br />

Como vivi alguns anos na zona rural, ia de kombi para uma<br />

cidade próxima, onde estudava. Geralmente, a kombi levava<br />

vários alunos, então, tinhámos que sentar no colo um dos outros.<br />

O interessante é que todo mundo queria ficar sentado próximo<br />

a porta, pois era muito gostoso abrir a porta e fechar para que<br />

outros alunos pudessem entram. E quando caia uma tempestade<br />

e nossa kombi atolava? Tinhamos que tirá-la da lama senão não<br />

chegaríamos em casa. Sempre que vejo uma kombi lembro dessa<br />

parte muito gostosa de minha história.<br />

Enoque de Sousa Arrais<br />

Dos meus 7 a 8 anos tenho grandes saudades em especial quando<br />

visitava meus avós que moravam em beira de BR Asfaltada no<br />

Maranhao, nós saindo da zona rural, percorrendo grandes<br />

distancias em lombos de mulos e jegues, depois embarcavamos<br />

em caminhoes tipo pau-de-arara e parte do caminho pegavamos<br />

a COMBIDA como entao era chamada a velha e boa KOMBI e<br />

chegávamos a casa de ´meus avós, lembro especialmente de umas<br />

brancas e vermelhas... faz parte da historia do país, sem dúvida<br />

Sempre fui apaixonado por futebol. Uns dos primeiros times que<br />

joguei chamava-se ESTRELA. Jogávamos com uma camisa azul e<br />

calções brancos (não tinha emblema, só os números nas costas).<br />

Os jogos aconteciam aos domingos, as oito da manhã. Era mais<br />

fácil chegar a segunda da aula, do que o domingo do futebol,<br />

tamanha a ansiedade. E o motivo era o treinador: O China, uma<br />

figuraça.<br />

Ele ficava gritando na beira do campo vai seu saco de b..., passou<br />

a noite da boate?. Era uma diversão a parte! Porém, melhor do<br />

que os gritos do China, era sua Kombi. Ele tinha uma Kombi azul<br />

que nos levava para os jogos. Era muito divertido, pois faltavam<br />

pedaços do chão, a porta mal fechava e o banco era aquela coisa.<br />

Mas era a Kombi do China! E nós adorávamos quando o jogo era<br />

longe, pois a diversão se transformava em aventura... Os pais dos<br />

jogadores, iam de carro atrás da Kombi, caso precisássemos de<br />

ajuda para chegar ao campo.<br />

Nem sei se ainda o China é vivo. Até gostaria de saber. Mas uma é<br />

certa: as lembranças da Kombi do China e as aventuras do futebol<br />

estão fresquinhas na minha memória. Ah., nosso time era bom e<br />

sempre ganhávamos os campeonatos.<br />

Aos apaixonados por Kombis de coração, se preparem pois vem<br />

ai a última edição. Bendito aquele que conseguir comprar, pois em<br />

joia ela irá se transformar.<br />

12<br />

13


Eduardo Visinoni<br />

Ana Rita Whately<br />

Michael J. Fox tem seu carro voador para voltar no tempo, eu tive<br />

um Kombi na Bahia. Foi há coisa de dois meses quando eu e meu<br />

filho Francisco tiramos férias juntos em Porto Seguro -Bahia.<br />

Estou separado da mãe do menino, e essa foi nossa primeira juntos.<br />

Um tempo prá lá de especial em lugar único. Para se locomover<br />

na cidade a gente usou geralmente taxi, mas para ir a praias do<br />

arraial, depois de cruzar de balsa rio, tínhamos Microônibus, Vans<br />

e uma Kombi.<br />

Não pensei um segundo para escolher a Kombi e viajar no tempo<br />

com meu filho. Fazia décadas que não entrava numa Kombi. Mas<br />

elas foram coisa cotidiano no ir e vir em minha vida de estudante<br />

primário em São Paulo. Ao embarcar, já levei o guri ao lugar mais<br />

nobre: ao lado do motorista. No meu tempo de escola, a frente<br />

era o lugar dos alunos grandes, considerados e chamado de CDFs<br />

pelo restante. A molecada ai no fundo, em cima do motor, zoando e<br />

comemorando a infância. Quantas histórias engraçadas, segredos<br />

para montar o Cubo Mágico, quantas figurinhas negociadas e<br />

também olhares trocados com a meninas bonitas ficarão para<br />

sempre nos fundos de um Kombi escolar do Tio Francisco.<br />

Na volta da praia ensolarada e mágica, repetimos a viagem na<br />

Kombi. Agora, para contrapor , sentamos bem no fundão, espaços<br />

dos caras maus, como disse ao menino. Nisso, entre esse ir e vir<br />

numa Kombi na Bahia, um filho fez um tipo de travessia com o pai,<br />

um laço de confiança e alegria foi fixado como cinto de segurança<br />

pelo tempo. Talvez tenha sido a última vez que andamos de Kombi<br />

neste mundo. Talvez, não. Tem muita Kombi forte e mundo bom<br />

rodando por aí.<br />

Nasci em 1955, fui a quinta de 6 filhos, Qual o melhor caro para nos<br />

transportar ? Kombi, Íamos para fazenda e lá todos meus tios que<br />

tinham família grande iam de Kombi ficava um estacionamento,<br />

tinham Kombis de uma cor só ou as mais modernas embaixo azul<br />

e em cima branca.<br />

Brigas para ficar na janela, para ir a escola a mesma condução<br />

primeiro meus 4 irmãos e depois eu, na volta vinha de carona,qual<br />

o carro ? Kombi, Sentirei muitas saudades...<br />

Na faculdade de Desenho Industrial fiz um trabalho em que a<br />

personagem era uma Kombi que virava uma lanchonete (isso em<br />

1977), lembranças, boas lebranças<br />

Márcio Abranches Pires<br />

Engraçado que enquanto termina-se uma história, começase<br />

outra. Trabalho em uma agência de Publicidade. Neste ano<br />

decidimos que precisávamos de um ícone que representasse<br />

a agência. Foram semanas árduas, queimando muito óleo e<br />

parafuso, e nada.<br />

Não encontrávamos algo que desse a liga. Mas como nada é por<br />

acaso, como um grande insight, as palavras certas foram ditas:<br />

POR QUÊ não tiramos uma foto da equipe toda em uma KOMBI...<br />

o que representa mais a união que uma KOMBI? FEITO. Caiu<br />

como uma luva, pois era a linha estrutural que queríamos dar a<br />

agência. Uma agência multiuso. Ah, para os que não sabem é<br />

que KOMBI é uma abreviatura de KOMBINATIONSFAHRZEUG<br />

(carro multiuso)! Foi uma sinergia tão grande que agora queremos<br />

comprar a primeira Kombi para a agência. Se alguém souber<br />

quem queira vender.<br />

Obrigado Kombi, pois no final de sua vida, você nos deu vida<br />

nova e história a contar.<br />

Julio Carlo Rocha Ferreira Rodrigues Alves da Silva<br />

Olá, meu nome é Júlio Carlo, sou de Sorocaba interior de SP, tenho<br />

26 anos e cresci viajando de Kombi... qua posso dizer dela, muita<br />

gente já devem ter falado de como passou a infância em uma,<br />

mas vou apenas partilhar o que marcou minha memória; tinha<br />

uns 4 a 5 anos e meu pai mecânico - e que já trabalhou na ala<br />

Márcio Abranches Pires<br />

0 da VW - sempre viajava pra amaciar o motor recém montado<br />

da kombôna. Ele sempre fazia isso: comprava uma restaurava<br />

e vendia, de todos os veículos que já teve é o único carro que<br />

deu um bom lucro. Nas viagens eu dormia em cima do motor, era<br />

pequeno e ali era gostoso pois eu ouvia o ronco - que por algum<br />

motivo - me embalava no sono.<br />

Quando acordava ia pro banco da frente - essa kombi era a que<br />

tinha tipo uma parede entre os bancos dianteiros aonde ficava<br />

o estepe, então pra conseguir pular a parede eu colocava o pé<br />

numa caixa de ferramentas pra alcançar os bancos e lá ficava<br />

vendo meu pai dirigir... de vez em quando ele deixava eu mudar<br />

de marcha... não temos mais uma kombi já faz tempo; talvez seja<br />

a hora de compra a minha.<br />

14<br />

15


Pieter den Hartog Jr<br />

Me chamo Pieter, tenho 19 anos e jamais imaginei que meu primeiro<br />

carro seria uma Kombi. Tudo começou com a necessidade de<br />

transportar equipamentos de som e iluminação para eventos... vi<br />

umas 30 Kombis antes de achar a minha. Tive a sorte de encontrar<br />

uma com apenas 40 mil km rodados, ano 2009. Em dezembro<br />

completa 1 ano que estou com minha kombi. Cada detalhe mexido<br />

faz aumentar mais a paixão por este carro, que é único. Pintar<br />

as rodas, colocar leds, além do visual interno com carpete preto<br />

e laranja não tem preço. Hoje virou sucesso entre os amigos e<br />

família, e já penso seriamente em comprar outro carro para o<br />

trabalho e deixá-la apenas para lazer.<br />

Uma pena que este belíssimo carro vai deixar de ser produzido.<br />

Já deixa saudades.


Felipe de Lima Feitosa<br />

Paulo Rios<br />

Era o início dos anos 70 e nós sete filhos pequenos, fora o cachorro.<br />

Meu pai pensou num jeito de acabar com as brigas pela janelinha,<br />

uma de duas no máximo, para levar a tropa toda. Chegou em<br />

casa e declarou solene: agora isso tudo acabou, pois comprei<br />

uma Kombi que tem uma janela para cada um! Ledo engano,<br />

enquanto as meninas se degladiavam por alguma específica, os<br />

meninos logo aprenderam como soltar os bancos de trás com seus<br />

parafusos borboleta...<br />

Eduardo Pereira<br />

Nasci em 1969,e já havia uma kombi lá na garagem, meu pai<br />

sempre teve kombi, não pra trabalho, apenas por gostar mesmo!<br />

Aprendi a dirigir em uma kombi, viajei muito fui passar carnaval<br />

no litoral, e sempre na kombi. Estou prestes a comprar uma,<br />

revesti-la todo internamente e fazer meu carro de passeio, amo<br />

este veículo e vou sentir saudades. Parabéns à VW e à todos os<br />

admiradores da velha senhora!!!!!!!!!!!<br />

permeiam o modo como era chamada entre os seminaristas, e<br />

creio que Urnaa chamavam pela forma, retangular... De todos os<br />

modos, eu gosto desta senhora... Há quem diga que tem a direção<br />

ruim, mas eu gosto... Que vá em paz...<br />

Mauricio Machado<br />

Em meados da década de 60, em minha infância, eu devia ter 6<br />

anos, fomos, eu, meu pai e amigos dele, amantes de bom futebol,<br />

de Santa Cruz do Rio Pardo para Bauru, assistir Pelé e Santos F.C.<br />

contra o Noroeste. Na estrada que liga as duas cidades, distância<br />

de uns 90 kms, em certo momento da viagem, a Kombi foi chifrada<br />

e chacoalhada por um boi desgarrado. Ficou a marca na lateral<br />

traseira direita. Que susto engraçado! Foi assunto daí pra frente e<br />

na volta! Eu nunca me esqueci. O meu primeiro encontro com Pelé<br />

ficou marcado e na memória!<br />

com os domingos de praia, em todos os lugares que ela iria me<br />

levar, a minha volta pela América Latina, tantos e tantos sonhos de<br />

infância que naqueles minutinhos em que ficava em frente à ela,<br />

voltavam como se de fato, tudo isso um dia tivessem acontecido.<br />

Poderia ter um dia triste como fosse, mas ao vê-la, ah ao vê-la, já<br />

era certo, todos os nossos momentos eram relembrados e minha<br />

vontade de tê-la só aumentava. Mas lá em 2009 quando o código<br />

de trânsito foi alterado, obrigando todos os carros fabricados no<br />

brasil após 31/12/2013 saírem com air bags de fábrica, quis não<br />

ligar para o inevitável, a Velha senhora seria descontinuada, mas<br />

a data está chegando e junto com ela uma dúvida: Tem como<br />

descontinuar sonhos? Toda homenagem, desculpem o clichê, é<br />

mais que merecida!<br />

Meu avô tem uma Kombi, ano 2010, e ela faz parte da minha<br />

história. Na última vez que viajei para a casa dele, essa Kombi<br />

foi o principal meio de transporte. Nela dei risadas, ouvi histórias,<br />

conheci lugares, tirei fotos e posso dizer que, principalmente, levei<br />

muito vento na cara. A Kombi é Casa, a Kombi carrega histórias.<br />

Fabiano de Oliveira<br />

Eu sou seminarista, ou seja, estudo para ser sacerdote. E entre as<br />

diversas casas de formação, o elemento mais comum não é o tipo<br />

de formação, mas o transporte: praticamente todos os seminários<br />

que conheço possuem ou possuíram uma Kombi... Muitos nomes<br />

Thiago Silva Cerqueira<br />

Tem como não ficar triste? Sempre sonhei em tê-la um dia, uma<br />

1965, saia e blusa de preferência azul e branca é claro. Quando<br />

via uma na rua ou estacionada em alguma oficina mecânica<br />

qualquer a reação era certa, minutos, minutos e mais minutos<br />

parado na sua frente, a velha senhora, ali, imóvel, como se me<br />

chamasse para uma conversa, me deixando sonhar com os filhos,<br />

18<br />

19


Amilton Navas<br />

TESTAMENTO<br />

Mariana Espíndola<br />

No ano de 1970, com seis anos de idade eu cursava o primeiro<br />

ano primário, estudava em um colégio chamado Instituto Anjo da<br />

Guarda, no bairro do Alto da Lapa em São Paulo. Todos os dias<br />

às 7:00 horas o Sr. “Neno” passava com a sua Kombi Escolar,<br />

branca, provavelmente ano 67, buzinava e eu, com mala e<br />

lancheira, descia rolando as escadas do sobrado onde morava<br />

e me atirava para dentro da Kombi. Era uma felicidade, pois eu<br />

era um dos primeiros passageiros e sempre sentado no banco da<br />

frente, de preferência na janela. Essa era a grande disputa da<br />

garotada: Quem vai na frente com o Seu Neno. Depois de passar<br />

pela minha casa, o “Seu Neno” pegava mais dois colegas e em<br />

seguida passava na casa do meu melhor amigo, entrava ele e sua<br />

irmã, a Kombi ficava lotada, aquela bagunça adorável, o trajeto<br />

até a escola levava aproximadamente uma hora.<br />

Às 12:20 tocava o sinal da última aula e todos saiam correndo<br />

em direção às várias Kombis enfileiradas na porta da escola, e<br />

novamente, a disputa era: Quem vai na frente com o “Seu Neno”,<br />

valia tudo, puxão de cabelo, segurar pela blusa, rasteira, tudo<br />

pelo prazer e alegria de andar no banco da frente da “velha<br />

senhora”. Geralmente a bagunça na volta era muito pior, todos<br />

estavam felizes por voltarem para casa, o “Seu Neno” era uma<br />

pessoa de muita paciência !!! Meu pai, um mecânico especializado<br />

em radiadores, já era um usuário de Kombi desde 1960, teve<br />

várias delas, a última foi um modelo Luxo, ano 1972 nas cores<br />

Branco Lotus e vermelho Rubi, uma Jóia, ficou com ele até a sua<br />

morte em 2000. Aquela garotada cresceu, ficamos adolescentes,<br />

jovens, adultos mas a paixão pela Kombi nunca acabou, hoje sou<br />

casado com aquela menina, irmã do meu melhor amigo, acredito<br />

que a Kombi tenha parte neste destino. Meus filhos, hoje adultos,<br />

também utilizaram o transporte escolar, mas infelizmente a Kombi<br />

já não era mais uma opção, outros veículos substituíram-na em<br />

função do tamanho e principalmente pelo combustível. Eles não<br />

tiveram a alegria de ir para a escola de Kombi mas curtiram um<br />

pouco da 72 do avô.<br />

Recentemente tentei recuperar a “velha senhora 72” que foi do meu<br />

pai, mas depois de muita procura descobrimos que foi restaurada,<br />

e hoje está rodando nas terras do oriente, mais precisamente no<br />

Japão. A tristeza foi grande, mas como a família é apaixonada<br />

por Kombis, saímos à caça e encontramos uma substituta, ano 74,<br />

na cidade de Ibitinga, no interior de São Paulo, exatamente igual<br />

a 72. Hoje a “Cydinha”, como é carinhosamente chamada a nossa<br />

74, está restaurada, com placa preta e é a grande diversão dos<br />

finais de semana.<br />

Abraços,<br />

Eduardo Pereira<br />

Nasci em 1969,e já havia uma kombi lá na garagem, meu pai<br />

sempre teve kombi, não pra trabalho, apenas por gostar mesmo!<br />

Aprendi a dirigir em uma kombi, viajei muito fui passar carnaval<br />

no litoral, e sempre na kombi. Estou prestes a comprar uma,<br />

revesti-la todo internamente e fazer meu carro de passeio, amo<br />

este veículo e vou sentir saudades. Parabéns à VW e à todos os<br />

admiradores da velha senhora!!!!!!!!!!!!<br />

Quando pequena morava de favor com meus pais na casa de<br />

uma tia em Juiz de Fora - MG. Foram tempos de vacas magras e<br />

quase não sobrava dinheiro pro lazer. Mas, graças a Deus, essa<br />

minha tia tinha uma Kombi! E como tínhamos dias felizes naquela<br />

Kombi! Ela era vermelha e branca, cheia de pessoas vestindo<br />

seus melhores sorrisos e os dias do lado de fora eram sempre de<br />

sol. Minha infância não teria sido a mesma se não fosse aquela<br />

Kombi. S2<br />

Cleiton Reis<br />

História com a Kombi?? Ah... isso é o que não falta. Um carro desse<br />

tamanho, que cabe tanta gente.... fatos inesquecíveis acontecem<br />

para você contar para a posteridade. Vou relatar apenas dois<br />

aqui para não me prolongar demais.<br />

1. Final do ano, verão, vontade de ir para a praia (como bons<br />

mineiros) e pouco dinheiro no bolso. Solução: bora de kombi para<br />

praia?? E lá se foram, 9 mineiros de Juiz de Fora para Cabo Frio.<br />

Começamos bem nossa viagem. Logo no início já furamos o pneu.<br />

E lá descem toda a famiília buscapé para fazer a troca. Uma hora<br />

depois... todos embarcam. Chegam no litoral. E lá, parávamos na<br />

orla e todos olhavam.<br />

Chamados de farofeiros?? Várias vezes!! rsrs Mas não importa.<br />

Estávamos todos juntos, felizes e se divertindo pra caramba. Uma<br />

semana se passou. Chegou a hora de voltar. Não tínhamos muita<br />

experiência na estrada. Por conseguinte, ficamos perdidos na volta!<br />

haha Nem sei onde estava nessa hora. Mas um homem começou<br />

a acenar para gente, acho q ele percebeu que não sabíamos<br />

o que deveríamos fazer!! Ele nos ajudou e seguimos o caminho<br />

correto por um tempo. Mas, para não perdermos o costume, nos<br />

damos conta que estamos errado novamente quando estávamos<br />

em plena ponte Rio-Niterói!! Minha tia começava a rezar, meu<br />

irmão, ainda criança, não parava de perguntar, e os primos.... ah<br />

esses se divertiam com a história toda!!<br />

No fim das contas, todos chegam a Juiz Fora bem e muito felizes!!<br />

Tudo valeu muito a pena...<br />

2. A segunda história vou ser mais breve. Esse episódio aconteceu<br />

na kombi do meu tio. Ele tem um mercado e a kombi era usado<br />

para os serviços de lá. Eis que surge uma mãe de uma grávida<br />

e pede para que me tio leve sua filha para ganhar neném. O<br />

resultado todo mundo imagina.<br />

O parto foi feito pelo meu tio no próprio veículo, na SAUDOSA<br />

KOMBI. Bom descanso... vá em paz! rsrs<br />

20<br />

21


Gustavo Henrique Silva Oliveira<br />

Deborah Sena da Costa<br />

Gustavo Lopes de Oliveira<br />

Meu pai trabalhava no departamento administrativo de um<br />

hospital e as vezes ele vinha com uma Kombi 1975 azul para casa.<br />

Eu na fase de aprender a dirigir, as vezes fazia ele levar para dar<br />

umas voltas na kombosa e praticamente aprendia dirigir naquela<br />

Kombi. Depois veio uma 1986, bege, bem mais moderna... Lembro<br />

muito das duas. Nossa cidade era pequena, quando podia, ia<br />

com meu pai em algumas viagens para fazer compras para o<br />

hospital, em outras cidades maiores. Da-lhe carga, era de tudo,<br />

tintas, produtos secos e molhados, frutas, legumes, maquinas e<br />

equipamentos. Também viagens longas e épicas para Santa<br />

Catarina e outros locais, tanto com a 75 e depois com a 86, com<br />

muitas e poucas pessoas. Muitas lembranças que puxando pela<br />

memória vão se aflorando... Quando saiu a Kombi Flex, fiz questão<br />

de ir até uma concessionaria para ver as inovações.... agora com<br />

as cortinas fechando eu digo, ficarei com saudades das Kombis....<br />

Mirian Maia<br />

TESTAMENTO<br />

Estou no último ano da universidade que faço em outra cidade<br />

próxima à minha e assim como duas gerações de universitários<br />

antes de mim, eu venho para a universidade na Kombi de Seu<br />

Pascoal. Seu Pascoal já é um homem aposentado que realiza<br />

essas viagens intermunicipais mais por prazer que por dinheiro.<br />

A Kombi é a sua marca... Ela já estava lá antes de eu nascer e<br />

mesmo quando foi trocada pelo modelo mais novo não deixou<br />

de ser a Kombi de Seu Pascoal. Reclamação ele só ouviu quando<br />

insinuou que iria realizar as viagens com outro carro menor porque<br />

já não tinha tantos passageiros. Todos só querem viajar de Kombi.<br />

Pascoal e a Kombi têm muitos apelidos: Pascoa, branquinha,<br />

Periquito, bichinha, etc. Mas uma coisa é certa. Eles ajudaram na<br />

graduação de muitos profissionais da minha cidade, nos fizeram<br />

olhar para o futuro, nos ensinaram sobre esforço e dedicação.<br />

Ele era a companhia após as longas jornadas de estudo e trabalho<br />

e a Kombi era antes de tudo a certeza de que havia um caminho<br />

de volta para casa.<br />

Meu pai era pedreiro e tinha uma kombi, ele vinha para casa de<br />

15 em 15 dias, e a gente saía no fim de semana, e eu como era<br />

pequeno ia de pé segurando naquele apoio que tem no painel,<br />

feliz da vida!<br />

Adilson Rigo<br />

No dia 05 de dezembro de 1986 eu estava enlouquecida para<br />

vir ao mundo, não aguentava mais esperar, desse jeito, minha<br />

mãe percebendo minha pressa percebeu que estava na hora em<br />

que eu iria nascer, correu em um vizinho amigo, que tinha uma<br />

Kombi, toda azul, modelo 62, e pediu ajuda dele para leva-la a<br />

maternidade e a partir dai começa minha paixão por elas.<br />

A pressa pra nascer deve ter se misturado com essa atração fatal<br />

pelas Kombis que eu não aguentei chegar na maternidade, ali<br />

mesmo, dentro da Kombi eu começei a vir ao mundo, ela foi minha<br />

primeira visão e experiência com a vida aqui nesse mundão. E<br />

desde então venho alimentando em mim essa linda paixão, além<br />

de uma pequena coleção de miniaturas e a vontade gigante de<br />

ter uma, gravei na pela minha historia e meu amor eternizado por<br />

ela, a mais linda Kombi!<br />

Daniela Rezende<br />

1985. Ainda éramos 2 de 3 irmãos. Voltávamos do Santuário<br />

do Caraça com uma felicidade incomum: estávamos na Kombi,<br />

cabine dupla, 1982, movida à diesel. Eu nunca entrara num carro<br />

tão espaçoso em minha vida.<br />

A bordo de uma Kombi conheci o amor da minha vida. Em 1992<br />

eu e minha namorada nos conhecemos na Kombi escolar. Na<br />

época, eu com 8 e ela com 7 anos. Nos amontoávamos em muitas<br />

crianças dentro de uma Kombi verde. Depois disso, nossas vidas<br />

tomaram rumos diferentes até que em 2012, 20 anos depois do<br />

primeiro encontro, nos reencontramos, e foi amor a primeira vista.<br />

Em um primeiro momento não lembrávamos que havíamos nos<br />

conhecido há tantos anos, mas com a convivência, percebemos<br />

que aquelas crianças hoje ainda se amam.<br />

22<br />

23


Caroline Souza<br />

Eugenio Pacelli Fava de Souza<br />

Rodrigo Benevenuto<br />

Ulisses Antunes<br />

Meu avô tinham uma casa em Araruama-RJ, uma cidade<br />

bem pequena, com uma lagoa linda (e limpa na época). Eles<br />

levavam minha mãe, meu tio, primos, cachorros e passarinhos de<br />

Teresópolis-RJ para lá de Kombi!<br />

Minha mãe cresceu, se casou, teve uma filha (no caso, eu! hehehe)<br />

mas continuávamos indo para Araruama, e meu avô sempre com<br />

sua Kombi!<br />

Quando eu completei 12 anos, já tinha altura suficiente para<br />

dirigir a Kombi, e sempre tive muita vontade de aprender! Minha<br />

mãe falou:<br />

Pai, vamos ensinar a Carol a dirigir na Kombi!<br />

Ele disse: Nunca! Na minha Kombi não!<br />

Resultado: Lá estava eu na Kombi! Sentava no lugar do motorista,<br />

minha mãe bem pertinho de mim, no meio, e meu avô no carona!<br />

As ruas da cidade eram de terra, sem trânsito e eu só andava<br />

para frente!<br />

Dirigi alguns finais de semana, durante alguns anos a Kombi!<br />

Sempre ouvindo o meu avô ao meu lado dizendo: Ai minha Kombi<br />

querida!!! E foi assim que aprendi a dirigir, na Kombi querida<br />

do meu avô! Lembro com muita saudade desse tempo, daquela<br />

Kombi branca com roda boleada de ferro, e do meu querido avô!<br />

Meu pai tinha um pequeno comercio de beneficiamento de arroz,<br />

de dia ele comprava o cereal, a noite beneficiava e fazia as<br />

entregas escondido dos fiscais da receita. Sempre com o motoradio<br />

ligado e uma moda sertaneja tocando na madrugada eu e ele e a<br />

nossa saudosa Kombinha cor alanranjada.<br />

Carlos José Alves Litieri Brentz<br />

Na década de 80 meu pai tinha uma gráfica e comprou uma<br />

Kombi usada mas bem conservada na cor creme para transportar<br />

os impressos. Nos finais de semana íamos todos (pai, mãe e 4<br />

filhos) nessa Kombi para a praia. Eu adorava dirigir a Kombi, o<br />

barulho do motor<br />

dentro do carro era algo especial. A Kombi ainda era do modelo<br />

antigo (com os piscas redondos na frente) e tinha várias janelinhas<br />

que abriam e o painel ainda era todo de metal, só tinha o<br />

velocímetro e o marcador de gasolina. Infelizmente essa Kombi<br />

tão maravilhosa pegou fogo e meu pai então adquiriu uma outra<br />

já do novo modelo azul marinho mas não fez o mesmo sucesso<br />

que a outra.<br />

Me lembro bem 1997 quando meu avó comprou uma kombi 0km,<br />

no dia foi festa e na primeira oportunidade fizemos uma viagem<br />

de Petrolina-PE para Recife-PE, todo mundo à bordo para visitar<br />

os familiares uma alegria só, levamos pão com queijo, água,<br />

refrigerante e assim por diante. Chegando em um determinado<br />

trecho meu avó se me lembro bem entre Floresta-PE e Imbimirim-<br />

PE passamos em um posto de gasolina que era só fachada para<br />

assaltos a caminhoneiros e não tinha gasolina. então ele e meu<br />

pai fizeram uns cálculos e o inesperado aconteceu faltou gasolina,<br />

e uma viagem que era para durar 9 horas, durou 13 horas. E essa<br />

é uma de muitas histórias que tivemos com a Kombi.<br />

Tenho 58 anos de idade e durante a minha infância uma Kombi<br />

sempre esteve presente na família. Meus pais moravam na rua<br />

João Julião no bairro do Paraiso SP e próximo a casa deles haviam<br />

um casal de Japoneses Sr. Onorio e Dona Ester que tinham uma<br />

Lavanderia e Tinturaria. Os laços de amizade entre eles foram tão<br />

grandes que a filha deles recebeu o nome de minha mãe.<br />

Os meus pai se mudaram para Guarulhos e nos finais de semana<br />

eles iam nos visitar com a sua Kombi que não tinha um dos bancos<br />

atrás mas tinha dois cabos de vassoura no teto para carregar<br />

os cabides das encomendas. Era uma farra passear no carro e<br />

admirar sua forma estranha. Há dois anos atrás eu cruzei com<br />

uma Kombi na Internet e a comprei só pra mim resgatando a<br />

minha infância e emoção pela minha Kombi corujinha 1975.<br />

Coloquei faixa branca nos pneus, cortina , adesivos e curto ela<br />

na minha casa da praia nos passeios sem pressa, sem stress, de<br />

chinelo havaianas e achando o melhor ângulo do quebra vento<br />

para jogar ar pra dentro.<br />

Que felicidade deixar ela alegre sempre na pista da direita dando<br />

passagem aos carros mais velozes e stressados ainda mais agora<br />

que ganhou um irmãozinho, um Fusquinha 1973<br />

24<br />

25


Alberto Cosme Braga Junior<br />

Marco Antonio Cardoso de Andrade<br />

Henrique Wilson Werkhausen Filho<br />

michele dandolini<br />

Um pré adolescente, fazendo entrega de produtos de limpeza<br />

numa Kombi, pra ajudar o pai no comércio. Pra passear na<br />

Ilha Comprida, prendia os bancos traseiros no assoalho e a<br />

churrasqueira em cima da tampa do motor, e era aquela festa. O<br />

vento lateral assustava um pouco na estrada, mas não desandava<br />

o gelo da cerveja e o tempero da picanha. Segunda-feira, de volta<br />

ao trabalho, desprende o banco do assoalho e no lugar, enche<br />

com fardo de papel higiênico, pra buscar futuro na vida. Me dei<br />

conta já adulto, que ia viver da engenharia, mas sem esquecer<br />

que a simplicidade, versatilidade e robustez da Kombi poderiam<br />

moldar minha vida<br />

Bruno César Nunes Pereira<br />

Na verdade, eu nunca tive uma verdadeira história com a kombi.<br />

Mas a história sempre esteve dentro da minha cabeça, como uma<br />

viajem com os amigos a praia, um tour pelo Brasil com a família,<br />

levar a bandinha da escola pra tocar em algum aniversário de<br />

debutante, até mesmo breves idéias de como tunar um modelo<br />

blusa e saia, com direito a tela de 40, retrovisores de ônibus de<br />

viajem, entradas de ar e etc. A pena é que a chance de ter uma<br />

chance dessas ainda não chegou, ainda mais agora... ou já passou<br />

em algum sonho que eu tive e já me esqueci. Agora o único pãode-forma<br />

vai ficar pro café da manhã mesmo.<br />

Minha história com a Kombi são várias, mas como Comissário de<br />

Bordo da Varig por vinte anos, a Kombi era nossa condução pela<br />

empresa de casa para o aeroporto.<br />

Certa noite estava indo com minha esposa, também tripulante,<br />

para assumirmos um vôo para o Canadá a partir do Galeão.<br />

Em pleno vôo o aeroporto do Rio fechou devido mal tempo<br />

e retornamos para o Aeroporto de Guarulhos em São Paulo.<br />

Finalmente liberados retornamos para o Galeão já atrasados!<br />

Desembarcamos e fizemos sinal para Kombi da Varig e pedimos<br />

para nos levar ao vôo de Toronto. O motorista parou ao lado do<br />

avião, subimos a escada externa do “finger”e fomos informados<br />

que não era nosso vôo.<br />

Descemos correndo, sempre com duas malas, e no pátio do<br />

aeroporto corremos atrás de outra Kombi para nos levar ao nosso<br />

vôo e de novo nos levaram ao avião errado, voltamos de novo<br />

para Kombi, quando finalmente chegamos ao avião certo. A Varig<br />

havia acionado os reservas, mas o comandante falou com a escala<br />

de vôo e foi dito para que eu e minha esposa, titulares do vôo<br />

assumíssemos. Depois de tanta correria fomos para o Canadá,<br />

além de um vôo tranquilo permanecemos em Toronto por dois dias<br />

e aproveitamos para irmos a uma estação de esqui.<br />

Olha Kombi fazendo parte da nossa vida!<br />

Contar uma história com a Kombi, não é contar uma história<br />

com uma Kombi. É contar uma história com várias Kombis que<br />

tivemos o prazer (e porque não, em algumas, a infelicidade por<br />

descuido do antigo proprietário) de ter. Contar a história do<br />

empreendedorismo de meus pais. Também é contar parte da<br />

minha vida. Contar que por muito tempo, foi um de meus berços<br />

e camas. É lembrar dos passeios a praia, a cascatinha Mato Fino,<br />

ao sítio do vô e da vó, dos tios e tias, e a casa dos amiguinhos.<br />

Das lições para aprender a dirigir no campinho. É contar que, sem<br />

ela, talvez não tivéssemos a indústria que hoje temos. Contar uma<br />

história com a Kombi, é contar a história da fidelidade, confiança,<br />

estabilidade e garra que este carro tem. Gostaria um dia de ter<br />

uma, e que não fosse a última, pois, é saber que aquela foi a<br />

última!<br />

Saulo Araujo da Silva<br />

A minha historia e que eu ainda sonho em ter uma Kombi, mas<br />

infelizmente não tive dinheiro suficiente para pode comprar uma<br />

nem que seja usada, mas estou fazendo um coleção de miniaturas,<br />

minha vida só vai está completa quando eu comprar uma Kombi,<br />

mesmo que ela não rode, mas eu vou ter uma para eu poder<br />

entrar nela e sonhar que estou viajando com os amigos e família.<br />

Vou buscar esse sonho até meu ultimo momento de vida.<br />

A nossa historia com a kombi é uma verdadeira historia de amor,<br />

nos casamos a 4 meses, e a kombi fez parte deste momento<br />

maravilhoso, fui conduzida até a cerimonia com ela. E não apenas<br />

pelo casamento, ela sempre teve um significado especial, muito<br />

antes do casamento já tinhamos este sonho de reformar a nossa<br />

velha kombi 1975, quando pensamos em nos casar, logo veio na<br />

cabeça que ela faria parte também, e posso dizer que ela fez<br />

mais sucesso que eu (a noiva) hehehe. Nossa Kombi é o nosso<br />

xodó e com certeza ainda teremos mais coisas boas pra passar<br />

juntos dela.<br />

http://vimeo.com/67065385#<br />

26<br />

27


Cristina Teresa Santos<br />

Ganhei uma máquina de escrever antiga de um tio-avô. Ela foime<br />

entregue no aniversário de 4 anos de um priminho que eu<br />

não conhecia. Para trazer a máquina de São Paulo até Blumenau,<br />

ganhei uma carona na kombi de um tio da casa de um primo a<br />

outro. Foi um trajeto de pouco mais de 10 minutos, mas debaixo de<br />

muita chuva, muitas ladeiras e muitas curvas.<br />

O diálogo abaixo é a transcrição da conversa com minha família,<br />

dentro da kombi:<br />

- Posso mesmo ir com vocês? Cabe mais um?<br />

- Claro que cabe, prima, é uma kombi!<br />

(Hmmm… to me sentindo a Miss. Sunshine…)<br />

- A porta tem todo um esquema para abrir e fechar…<br />

- Tá ali, aquela branca, ali…<br />

- É a única kombi da rua, podia ser pink, amarela…<br />

(Miss. Sunshine…)<br />

- Deixa que eu cuido da porta. Entrem.<br />

- Quem ficou com o vô?<br />

- Onde?<br />

- Vô?<br />

- Poxa, ninguém ficou com o vô.<br />

- Eu estou bem, eu estou bem.<br />

- Como ninguém ficou com o vô? Eu to aqui no meio da rua com os<br />

braços abertos para nenhum carro passar por cima dele!<br />

- Que chuva, logo agora!<br />

- Choveu quando eu vim também, tive que vir saltando de marquise<br />

em marquise, mas mesmo assim me molhei bastante.<br />

- Você veio a pé?<br />

- Claro, é tão pertinho, imagina… mas pra voltar carregando essa<br />

máquina… esse negócio tá ficando pesado…<br />

- Mas você se molhou, viu?<br />

- Vai ficar gripada.<br />

- Não se preocupe.<br />

- Vou prender o cabelo.<br />

- Seu cabelo tá molhado da chuva?<br />

- Sim.<br />

- Se eu soubesse que você viria de carona conosco, prima, teria<br />

deixado a máquina no carro ao invés de carregá-la no aniversário.<br />

- Pois é, e o que você vai fazer com essa máquina de escrever?<br />

- Decorar a minha casa; eu sou apaixonada por máquina de<br />

escrever.<br />

- A mãe vai na frente com o pai. As crianças já entraram?<br />

- Também tenho uma máquina de costura antiga que era da outra<br />

tia, irmã da nona.<br />

- Eu já entrei.<br />

- Eu também.<br />

- Você já tinha visto a máquina lá em casa, da outra vez?<br />

- Sua vez, vó.<br />

- Já tinha inclusive feito uma foto dela.<br />

- O vô já conseguiu atravessar a rua?<br />

- Entre você agora, prima, que eu levo a máquina no colo.<br />

- Peraí, vó, deixa eu arrumar a colcha aqui no banco pra você<br />

sentar.<br />

- Eu deixei aí pra forrar.<br />

- Eu aprendi a datilografar em máquina de escrever, antes do<br />

computador.<br />

- Por isso que você quis ser jornalista?<br />

- É. Não. Sei lá…<br />

- Cada louco com sua mania.<br />

- Será que ainda funciona? Quero contar essa historia nela…<br />

- Como você vai carregá-la no avião?<br />

(Miss. Sunshine in…)<br />

- Tá todo mundo aí dentro?<br />

- Ah, eu dou um jeito.<br />

- Prima, segura esses docinhos pra eu poder fechar a porta.<br />

- Tava ótimo o aniversário, não tava?<br />

- Pera, deixa eu acomodar a máquina no meu colo.<br />

- Puxa a colcha…<br />

- Tava sim, nossa, adorei rever toda a família e conhecer os que<br />

eu ainda não conhecia.<br />

- Agora devolve os meus docinhos.<br />

- Pena que sua tia não foi.<br />

- Você não pegou nenhum cupcake de lembrança?<br />

- Com a bolsa numa mão e a máquina na outra, não tinha como.<br />

- Você vai escrever com ela?<br />

- Eu vou tentar.<br />

- Acho que você vai ter que trocar a fita…<br />

- Vou ter que procurar onde comprar uma nova, vô. Mas obrigada,<br />

ela era sua, né? Adorei…<br />

- Presente de Natal.<br />

- Você vai lá pra casa?<br />

- Não, eu fico aqui na casa do meu primo. É nessa mesma rua, só<br />

que mais pra trás.<br />

- Tenho que dar a volta na quadra, então?<br />

- Isso mesmo, tio, eu contei umas quatro quadras quando eu vim,<br />

a pé. Mas tava chovendo, melhor entrar mais pra frente.<br />

- Você está atravessando o sinal vermelho, marido!<br />

- Numa ladeira como esta, se eu parar a kombi, a gente desaba.<br />

- Esse bairro é cheio de morros…<br />

- Bem que meu amigo falou que quem mora aqui tem a barriga<br />

da perna durinha…<br />

- Tá tão abafado aqui dentro…<br />

- Esse verão vai ser forte…<br />

- Os vidros estão todos embaçados, mano.<br />

- Da outra vez que eu vim, quando fiquei na casa da sua madrinha,<br />

o aniversariante estava dentro da barriga ainda…<br />

- Nossa, já faz quatro anos!<br />

- Só mais uma quadra e penso que já podemos virar.<br />

- Eu só contei três até agora.<br />

- Abre um pouco mais essa sua janela, mãe.<br />

Continua aqui:<br />

www.panicmonday.com.br/post/37685235076/misssunshine<br />

28<br />

29


José Roberto Peters<br />

Rogerio Kiyosi Sato<br />

Maria Ligia Monteiro de Araujo<br />

Meu trauma de lavar carro vem do tempo em que meu pai<br />

resolveu comprar uma Kombi. Eu tinha meus 13 anos e aos<br />

sábados nossa missão — minha e de meus irmãos — era lavar o<br />

carro. Começávamos de manha e no começo da noite ainda não<br />

tínhamos terminado. Como era grande aquele carro. Uma vez<br />

decidimos caprichar e tiramos os bancos e cintos de segurança,<br />

que naquela época nem usávamos. No final do sábado colocamos<br />

novamente os cintos e os bancos. No domingo a família toda<br />

embarcou na kombi: pai e mãe na frente e as crianças — cinco<br />

ao todo — nos bancos do meio e de trás. Foi o meu pai acelerar e<br />

o banco do meio caiu. Quem disse que a gente tinha parafusado<br />

bem. Meu pai e minha mãe depois que viram que ninguém se<br />

machucou se afastaram um pouco. Anos depois ficamos sabendo:<br />

eles saíram de perto pra rir.<br />

Érika Stein<br />

Olá. eu sou a Érika. Na época da escola, o pai da minha amiga<br />

Fernanda tinha uma Kombi e levava nossas bicicletas dentro dela<br />

para andarmos no Parque da Cidade, em Brasília. Infelizmente,<br />

recentemente, roubaram a sua histórica Kombi. Mas meu sogro<br />

comprou uma Kombi um dia desses e ela faz a alegria da galera<br />

quando usamos. Diversão garantida! Vai deixar saudade essa<br />

Kombi.<br />

Eu sempre fui admirador da kombi, foi nela que aprendi a dirigir,<br />

e depois fazendo fretes por perto.e a seguir pequenas viagens<br />

sempre na kombi. A kombi sempre foi meu ganha pão, meu<br />

trabalho como freteiro. no ano de 2004 participei de um concurso<br />

para eleger o melhor motorista do brasil, venci, e é grato a kombi<br />

que me deu esta alegria pois tudo que aprendi no trânsito ,na<br />

vida a kombi estava do meu lado, tenho ela até hoje, para mim<br />

ela é muito importante!!!<br />

João Antonio Gomes de Pinho<br />

Hoje, aos 52 anos de idade, já sinto saudade da Kombi. Por<br />

minha família ser grande (somos 9 filhos) meu pai sempre teve<br />

uma Kombi. Uma vez, quando tinha 4 ou 5 anos de idade, meu<br />

pai saiu para o trabalho e, ao retornar, já estava com uma nova<br />

Kombi para a família. Eu todo feliz falava pra todo mundo que<br />

meu pai tinha 2 Kombis. Pronto, passou a ser meu novo apelido:<br />

2 Kombis.<br />

Rita Fidalgo<br />

Meu nome é Thomaz e já nem sei mais dizer quantas histórias já<br />

vivi numa Kombi. Conheci minha esposa em 1979 e daí pra frente<br />

nunca mais as abandonei nem a esposa e nem a Kombi. Ela me<br />

auxiliou em vários trabalhos de sucateiro a lotação. Criei meus<br />

2 filhos e viajamos por todo o país a bordo desta companheira.<br />

Agora já aposentado é com muita tristeza que recebo a notícia<br />

que ela não será mais fabricada. Comprei uma 2013 e como em<br />

todas as que já tive, a transformei num mini trailer que com certeza<br />

nos dará muitas alegrias.<br />

Nos anos 80, quando eu era criança, meu pai tinha dois carros: um<br />

Voyage preto e uma Kombi branca. Eu gostava muito do primeiro,<br />

porque naquela época criança podia andar solta no banco de<br />

trás, de joelhos, dando tchauzinho para o carro desconhecido que<br />

vinha logo em seguida. Mas foi na Kombi que eu descobri que<br />

estava crescendo, que não era tão mais criança. Como era uma<br />

versão de carga, eu andava no banco da frente, e aquilo era uma<br />

aventura e tanto! Mas até hoje lembro o dia em que consegui<br />

pular sozinha lá de trás (onde às vezes eu ficava brincando) para<br />

a frente. Foi uma conquista, como se tivesse escalado o Everest! Um<br />

dia que até hoje em dia faz parte daquela seleção de memórias<br />

soltas que todo mundo tem de quando era criança.<br />

30<br />

31


Alexandre Balle<br />

Marcio Musciacchio<br />

Meu pai comprou a nossa Kombi 60, em 1966 eu tinha 3 meses.<br />

Ficou conosco durante 19 anos. Aprendi a dirigir nela. Ela levava<br />

a família toda para passear. Tenho um sonho de um dia poder<br />

comprar uma novamente e fazer dela meu carro de passeio.<br />

Todos de minha família lembram de nossa Kombi. Tenho muita<br />

saudades, para mim ela era um membro da família. Gostava<br />

de brincar de carrinho em miniatura na parte de trás entre os<br />

bancos. Outra curiosidade era que o banco do meio quebrou o<br />

suporte e tivemos que virá-lo, dessa forma passou a ser a nossa<br />

sala de visitas, quando saíamos todos juntos. Nossa tenho muitas<br />

lembranças e histórias dessa velha companheira, pela que não<br />

vão mais fabrica-la.<br />

Alcindo Zuqui<br />

Nossa historia com esta simpática senhora, foi em 2011, quando<br />

fomos pro Fim do Mundo literalmente com ela...(Patagonia<br />

Argentina - Ushuaia) foram 13000 km de pura adrenalina e<br />

emoção! Ela que já foi tantas coisas (foi tambem nossa casa, pois<br />

a transformamos em um moto-home. Enfim,sabemos que ela vai<br />

deixar saudades, mas a nossa, continuara conosco Pra sempre no<br />

coração, na estrada e heheheheh na garagem e claro!!!!!<br />

Foi numa Kombi 1974 que aos 13 pra 14 anos aprendi a dirigir<br />

em uma quando voltava da feira com meus tios, donos de uma<br />

barraca. Era grande, pesada e eu mal alcançava os pedais. Mas<br />

foi o suficiente para me deixar apaixonado por essa velha senhora.<br />

E hoje sonho com o momento em que eu puder comprar a minha<br />

Kombi e torná-la meu carro de uso diário pro resto da vida.<br />

Antônio José Pinheiro Lima<br />

Olha! Tenho muitas histórias com a Kombi luxo 69 branca e<br />

vermelho cereja, que meu pai sr. Jurandyr comprou na Souza<br />

Ramos, concessionária Volkswagen da av. Celso Garcia no<br />

Belenzinho. A primeira lembrança, é que ele mandou colocar<br />

cortininhas amarelas com botões pretos em todas as janelas da<br />

parte de trás, foi o primeiro carro de meu pai e ele tem saudade<br />

dela até hoje.<br />

A grande história, foi uma viagem que fizemos na virada do ano<br />

de 69 para 70, onde fomos para Parnaíba, Piauí, levamos uns cinco<br />

dias rodando, pelo Rio, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Ceará<br />

e finalmente o Piauí...Minha mãe, minhas duas irmãs e eu que tinha<br />

10 anos...eu era apaixonado por carros e adorei esta viagem, onde<br />

além de conhecer e atravessar todos estes estados brasileiros, com<br />

imagens fantásticas e momentos em família, deliciosos....o melhor<br />

estava por vir.....fomos a uma fazenda e um motorista e amigo<br />

da família sr. Olegário, me falou do prazer de dirigir uma Kombi<br />

e eu conversando com ele e meu pai, vivi uma grande emoção,<br />

depois de muito insistir....meu pai, meio contrariado permitiu que<br />

eu vivesse a primeira experiência como motorista, que de tanto<br />

observar, não tive dificuldade nenhuma em dirigir, só em primeira<br />

e segunda marcha..... e apreciar, aqueles momentos incríveis, que<br />

ficaram imortalizados em minha memória......quanto tempo....que<br />

saudade!!!!!!<br />

Janayna Leite Molina<br />

Sou completamente louca e apaixonada por Kombi! A kombi<br />

sempre fez parte da minha vida, por anos foi o carro da minha<br />

família...já chegamos a ir de São Paulo à Belém PA em uma Kombi!!!<br />

Mesmo com o passar dos anos, minha paixão não mudou, acho<br />

que só aumentou,tanto que eu tenho até tatuada!! Depois de muito<br />

tempo e luta consegui comprar minha bebezinha, ela ainda está<br />

precisando de reparos, de uns ajustes mas não troco,não vendo<br />

por nada nesse mundo!!<br />

As vezes me pego na garagem conversando com ela, falando<br />

dos meus planos de reforma, conto dos sonhos que tenho e que<br />

ela está presente em quase todos...rs Td mundo no meu prédio,<br />

pergunta se sou vender pamonha com ela, e eu na maior onda<br />

respondo: Que nada, pamonha engorda, vou vender legumes!!!<br />

Aqui vai uma fotinho da minha bebezinha e da minha tattoo ^^<br />

Maria José Mafei<br />

Somos 7 filhos, sempre andamos de kombi, minha mãe fazia a<br />

contagem na entrada,mesmo assim sempre carregávamos um<br />

amiguinho extra debaixo do banco! Nas férias, lotávamos a kombi<br />

com bóias feitas de pneu de trator (grandes e pretas), que meu pai<br />

amarrava em cima,. Íamos de Guaíra SP para a Praia Grande,<br />

chegando na Marginal Tietê meu pai conseguiu entrar na contra<br />

mão. Foi tão absurda a coisa que um guarda nos parou, ficou com<br />

dó da situação, vendo aquele monte de criancinhas e bóias, que<br />

ordenou que um guarda nos escoltasse até a saída de São Paulo,<br />

pela Rod Anchieta, só hoje tenho noção do perigo que passamos,<br />

embora a pobreza, foram tempos felizes aonde meu pai quando<br />

entrava nos tuneis da Anchieta, não nos aguentava pedindo:<br />

Buzina pai, buzina,quase no finzinho do tunel ele buzinava e a<br />

gente eheheheheh....bons tempos com a Kombi.<br />

32<br />

33


Cassio Gaspari<br />

Marina Borges Garcia<br />

João Aguiar Pereira<br />

Entre um desemprego e outro, nos idos dos anos de 1982 e 83, eu<br />

e meu primo resolvemos abrir uma Transportadora e compramos<br />

uma Kombi ano 76 já com alguns bons Kms rodados e saímos<br />

a procura de clientes. Em resumo, nosso maior cliente foi um<br />

frigorífico de Sta.Catarina , que precisava desovar 1 caminhão<br />

refrigerado toda manhã pela cidade de São Paulo e lá iamos<br />

nós os Kombistas. Carregávamos nossa Kombi até o teto com<br />

sacarias e caixas congeladas, repletos de carne de porco e frango<br />

para serem entregues durante todo o dia. Nem preciso detalhar<br />

muito, imaginem dois sujeitos se achando o máximo como<br />

Transportadores, terminarem o dia completamente exaustos, sujos<br />

de sangue e sal que iam se soltando das embalagens durante o<br />

descongelamento, sem falar é claro no estado de nossa Kombi ao<br />

final do dia, ainda mais no calor extremo. Por 1 ano sem parar e<br />

com nossa Kombi 76 Creme, fizemos história pela cidade de São<br />

Paulo. Parabéns VW pelo grande sucesso, tenho saudades.<br />

Maria Clara Hurner<br />

Eu tinha uns 10 anos e meu irmão 8. Devia ser 1993 ou perto<br />

disso. Meu tios tinham acabado de se formar em Agronomia e<br />

abriram um sacolão em Campo Grande/MS. Vida simples de<br />

recém-formados e recém-casados. Compraram uma Kombi sem<br />

os bancos, para carregar as caixas de verduras. Mas a Kombi<br />

também levava a gente pra lá e pra cá. Mas onde sentar? Sentar<br />

que nada! O divertido era ir em pé, sambando dentro da Kombi,<br />

enquanto meus tios dirigiam pelas ruas tranquilas de Campo<br />

Grande. Só tenho uma lembrança: muuuuuuita risada gostosa!<br />

Um dia, em um final de semana qualquer, minha saudosa tia<br />

Regiane (responsável por muitas das memórias mais doces da<br />

minha infância), nos colocou dentro da sua Kombi de entregar<br />

cestas básicas e rumou para o Guarujá, mais especificamente<br />

para a praia do Guaiúba...assim, de improviso mesmo.<br />

Tomamos banho de bica nesse dia e almoçamos uma salada de<br />

frutas em conserva cujo gosto jamais consegui sentir de novo,<br />

mesmo experimentando várias e várias marcas.Passamos um dia<br />

lindo, desses de guardar para sempre...<br />

Saudades tia, muito obrigada.<br />

Aí está a nossa Amarelinha , como era chamada a Kombi/66,<br />

que transportava nosso Conjunto Musical Os Átomos , de Propriá<br />

(SE), na década de 70. Uma época de muita alegria, com as boas<br />

músicas, que tocamos em todo interior de Sergipe e Alagoas. Na<br />

foto de 1971: Williams (Crooner), Cícero Donato (Baixo/Vocal),<br />

Augustinho (Base), João Bolinha (Bateria) e Maestro Muskito<br />

(Solo).<br />

Jaedson Padilha Silva<br />

Sinônimo de espaço, trabalho, família, diversão enfim, são tantas<br />

coisas, se chorei ou se sorri, com certeza a Kombi fez parte das<br />

várias emoções dos brasileiros, primeira viagem para a escola,<br />

praias, festas, trabalho, casamentos, velórios e outras atividades<br />

do nosso dia-a-dia, enfim a Kombi esteve em vários momentos da<br />

minha vida.<br />

Meu pai foi proprietário de três Kombi, uma delas foi Zero Km,<br />

que coisa boa o cheiro de carro novo, foi o primeiro carro que<br />

dirigi, são muitas recordações que quem já andou em Kombi<br />

sempre guarda na memória e toda vez que anda em uma, volta a<br />

lembrar e fica sempre com um sorriso no rosto lembrando sembre<br />

de uma aventura que teve a bordo da Kombi.<br />

Me desculpem os politicamente corretos com seus carros com<br />

ABS, EBD, AIR-BAG, vidro e trava elétrica, direção hidráulica e<br />

ar condicionado (esses dois últimos confesso que sinto falta) mas<br />

devido a não ter tantas mudanças como outros carros a Kombi é<br />

única e por isso faz a gente lembrar das emoções ali vividas.<br />

Meu pai comprou outra Kombi em 2010, e eu pude reviver todas<br />

emoções de quando era criança e adolescente, e agora com 43<br />

anos passar as mesmas emoções para minhas filhas que adoram<br />

quando saímos todos juntos num único carro, vô, vó, pai, mãe,<br />

cachorro, periquito e papagaio, tudo junto e misturado na maior<br />

alegria.<br />

Adeus, querida companheira e guerreira, espero que a Volkswagen<br />

nos surpreenda em um futuro próximo com a sua volta assim como<br />

fez com os VW Fusca e Voyage, aí o triste adeus se tornaria um<br />

feliz ATÉ LOGO!!<br />

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Leonardo Pires Ramos<br />

Meu nome é Leonardo Ramos, sou Engenheiro Agrônomo e moro<br />

em Piracicaba, a 180km da capital do estado de São Paulo.<br />

Minha história com a Kombi começou em abril de 2011, quando<br />

comprei meu exemplar ano 1972 cor azul diamante. Ela era usada<br />

pelo antigo dono para levar trabalhadores para obras, mas<br />

Contrariando a maioria, continuei firme na reforma que durou<br />

quase dois anos. O resultado foi um excelente trabalho de funilaria<br />

e pintura que hoje é motivo de elogios e de muitos olhares e fotos<br />

por onde passa. Hoje em dia, participo de muitos encontros de<br />

antigos e sou muito bem recebido neles, fazendo sempre novos<br />

amigos.<br />

O hobby se transformou em negócio, a Kombi passou a ser<br />

alugada para eventos, ensaios fotográficos de marcas de roupas<br />

e principalmente casamentos. tTenho transportado muitas noivas<br />

para a cerimônia de casamento e é muito interessante ver a<br />

reação dos convidados ao se depararem com a inusitada cena da<br />

noiva chegando em uma Kombi antiga, o transporte passa a ser<br />

um evento à parte, com direito a aplausos dos pedestres por onde<br />

a noiva passa, isto é... desfila!!<br />

que a Kombi não tinha mais conserto. Mas com ajuda dos meus<br />

amigos consegui erguer ela de novo com estilo . Transformando-a<br />

em RAT. Hoje eu e minha familia estamos muito felizes com esse<br />

novo estilo e fazendo muito sucesso !!!<br />

apaixonei por ela pra mim ela estava ótima, quando eu cheguei<br />

em casa com ela foi um quebra pau daqueles, pois ele falou que a<br />

kombi estava um lixo e queria que eu desfizesse o negócio, eu disse<br />

que como já tinha feito não ia voltar atrás , resultado o negócio foi<br />

tão sério que quase nos separamos e realmente ela estava bem<br />

ruim mas como disse antes eu não conhecia, mas hoje a cada dia<br />

que passa eu me apaixono ainda mais por ela, somos como uma<br />

só, ele continua não gostando dela mas nem me preocupo já falei<br />

casei com ela, não troco, não vendo e não empresto. inclusive hoje<br />

estou muito triste pois ontem ela me deixou na estrada e teremos<br />

que fazer o motor, detalhe eu e meu irmão vamos fazer isso, ele é<br />

meu braço direito está sempre comigo e tb é apaixonado por ela.<br />

Deixar ela na estrada ontem e seguir a pé foi pra mim como se<br />

tivesse deixado alguém da minha família o coração ficou e está<br />

tão apertado que dá até vontade de chorar, mas logo colocaremos<br />

ela pra funcionar de novo e continuaremos sendo uma só. Eu ela e<br />

meu filho sempre juntos. I LOVE MY KOMBI.......<br />

João Marcos Chaves<br />

Ana Lígia Sitta<br />

apesar disso apresentava um bom estado de conservação. Não<br />

resistí e a adquirí rapidamente, iniciando o processo de reforma.<br />

Na época, muitas pessoas me disseram que eu estava louco, que<br />

não deveria fazer aquilo, etc, etc...<br />

Olá amigos !!! Sou do Rj e trabalho no Ceasa do Rio. Meu pai<br />

sempre teve Kombi quando criança e sempre fazia suas entregas<br />

de frutas nos quarteis da Aeronautica . Sempre quando podia<br />

estava direto com meu pai passeando de kombi todo feliz da vida !!!<br />

Mas uns 6 anos atrás resolvi comprar uma kombi (Coruja) identica<br />

ao do meu pai que comprei de um feirante, por muita insistência<br />

minha acabei apanhando a Kombi. Mas minha felicidade foi tanta<br />

que acabei me envolvendo num acidente na minha própria casa<br />

caindo com a ela numa altura de 4 mts fraturando 3 costelas e<br />

muitos hematomas. Após o susto entrei em depressão por achar<br />

Quando eu era pequena meu avô tinha uma kombi azul dessas bem<br />

antigas, eu e meu irmão adorávamos andar nela principalmente<br />

se equilibrando na parte de trás . Ai eu cresci nunca tinha pensado<br />

em ter uma kombi, quando a mais ou menos 2 anos eu comecei<br />

a vender churrasquinho, eu e meu marido tínhamos um corsa<br />

wagon, mas ai vi que o negócio começou a crescer e falei pra<br />

ele que teríamos que trocar o carro e o que me veio na cabeça<br />

foi uma kombi ele não gostou nada da ideia, pois disse que não<br />

gosta de kombis, mesmo assim eu consegui fazer a cabeça dele e<br />

fiz o negócio, como eu não conhecia nada de kombi olhei uma me<br />

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Luis Ribeiro<br />

História com Kombi é minha vida, hoje estou vivendo de corpo e<br />

alma com esse veículo que era sonho e hoje é realidade... Comecei<br />

a paixão quando iniciei um trabalho de criação de estilo de vida<br />

junto ao meu trabalho ,onde crio , fabrico, vendo e divulgo roupas<br />

das minhas marcas rodando o Brasil em cima de uma kombi 75,<br />

azul caiçara levando sempre nossa filosofia de vida que é PEACE,<br />

LOVE & FREEDOM...... Começamos com uma 2010 e com 200km<br />

coloquei 7 adultos e uma criança e começou a viagem, fomos para<br />

o Farol de Sta. Marta em SC e essa viagem foi onde nasceu dentro<br />

de mim a vontade, o desejo e a real possibilidade de se viver<br />

assim.... hoje já fiz muitas viagens e espero viajarrrrrr muitoooooo<br />

ainda, não tenho mais a 2010 e a um ano tenho minha Kombeleza<br />

75 que já me levou para SC, RJ, MG, MS, e semana que vem estou<br />

indo com ela para RS, quando voltar participo de alguns eventos<br />

em São Paulo, no final do mês vamos para São Thomé das Letras<br />

onde inauguraremos nossa Loja conceito e para o final do ano a<br />

viagem mais longa que iremos fazer, Bahia no Festival Universo<br />

Paralello...... então essa é minha história, na verdade histórias<br />

diárias pelas estradas e ruas desse nosso Brasil, e quem sabe<br />

um dia chegar, California...... Muita PAZ, AMOR E LIBERDADE,<br />

sempre de Kombi !!!!!<br />

Regis Ramborger Tonet<br />

assim com 1001 utilidades... sou proprietário de 2 kombis no<br />

momento (1969 e 1970) minha primeira Kombi foi uma 1962, saí<br />

do RS até florianópolis junto com 3 colegas buscá-la... fomos sem<br />

saber arrumar nada, nem mesmo um cabo de acelerador, mas o<br />

sonho era maior que qualquer coisa naquele momento.. e o amor<br />

foi crescendo a cada dia.. tanto que fundei o KOMBI CLUBE RIO<br />

GRANDE DO SUL... um clube para reunirmos os assim como eu<br />

apaixonados por esse ícone que ajudou inúmeros brasileiros a<br />

sobreviver... ela vai deixar saudades concerteza, mas para nós já<br />

proprietários nos resta guardar a nossa bem guardada para fazer<br />

parte da história de nossa família também.. forte abraço galera..<br />

Luis Ribeiro<br />

A kombi para min sempre foi sonho de consumo...pois foi um<br />

veiculo que sempre chamou atenção de quem ve passar pelos<br />

lugares e se trata de um veiculo que serviu para fazer qualquer<br />

tipo de coisa, um carro valente que jamais existirá outro igual<br />

38<br />

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Rodrigo Soares<br />

Ana Luzia Alencar Nobre<br />

do Atlético/MG. Depois de toda reformada, e estilizada com as<br />

cores e símbolos do CAM, fiz minha estreia numa Kombi. E como<br />

motorista titular! E isso mudou a minha vida! Além de sentir uma<br />

sensação nova, uma experiência que nenhum dos outros VW que<br />

citei havia me dado: eu estava por cima!!! De dentro da Kombi eu<br />

vejo o mundo por cima! E chamo mais a atenção do que qualquer<br />

SYV modernoso que tem por aí!<br />

Além disso, possuir uma Kombi abriu um universo que pra mim era<br />

totalmente desconhecido, afinal, não imaginava que havia tanta<br />

gente apaixonada por VW antigos, e ainda mais apaixonados<br />

pela Kombi, de todos os anos e modelos. Sem falar nas amizades<br />

criadas neste círculo totalmente novo para mim.<br />

Nossa GaloKombi está completou 5 anos de aquisição, e 4 de<br />

estrada (demorou um ano e meio pra ficar pronta), e até hoje é<br />

motivo de alegria por onde passamos.<br />

Década de 80, em Brasília começava a funcionar o transporte<br />

alternativo, que era feito, no início, em Kombi, nela conheci<br />

uma pessoa que fazia esse trabalho pra completar a renda de<br />

funcionário público. Ele saiu do Sul para morar em Brasília e eu saí<br />

do Nordeste, nos encontramos lá, por acaso, em uma Kombi. Mais<br />

de 30 anos depois temos 2 filhos, 2 netas, e vivemos sossegados<br />

no paraíso que é o Sul do Brasil.<br />

Diego Fernando Dotta Couto<br />

A poesia, a emoção e muito barulho sempre acompanham uma<br />

viagem de kombi. O que é Viajar de Kombi para você?<br />

Não só pelos motivos atleticanos que estão nela. Mas por ela em<br />

si! Sim, muita gente não acredita em termos escolhido uma Kombi,<br />

com tantos outros carros por aí.<br />

Na verdade, eu nunca tinha entrado numa Kombi até 2008! É<br />

verdade! Mesmo na infância, adolescência e juventude (hoje eu<br />

tenho 40 anos), nunca havia entrado numa Kombi, nem como<br />

passageiro, muito menos como motorista. Já dirigi fuscas (tenho<br />

um 95), brasílias, variants (meu pai teve 2 e aprendi a dirigir numa<br />

Variant II, ano 79), mas Kombi, nunca!<br />

Mas como teríamos um veículo estiloso (sim, a Kombi tem estilo),<br />

e que conseguisse receber todos os amigos de uma só vez?! Só a<br />

Kombi te proporciona isso!<br />

Até que em 2008 resolvi, junto com 3 amigos, comprar uma<br />

Kombi para fazermos de veículo ofícial para assistir aos jogos<br />

40<br />

41


José Pazini<br />

Diego Fernando Dotta Couto<br />

Eu e a Kombi. A Kombi e eu. Tudo começou em 1963. Logo, já<br />

sabia que ia ser uma parceria mais do que fiel. Uma relação de<br />

cumplicidade, cercada de muitos momentos especiais.<br />

Aquilo era quase a realização de um sonho, a expressão máxima<br />

de uma felicidade que eu alimentava desde o dia que comecei a<br />

ajuntar meu suado dinheirinho, até o dia que, sentado a mesa do<br />

funcionário da loja, pude bater no peito, em alto e bom som soltei<br />

a voz dizendo: - “Que maravilha, eu tenho uma Kombi”.<br />

assunto com o pessoal da frente, ora admirando a paisagem lá<br />

de traz. Bom, mas nem só de lazer tem essa relação homemmáquina.<br />

Minha Kombi me ajudou nos mais variados trabalhos.<br />

Eu transportei de tudo dentro dela. Afinal, ao retirar o banco<br />

central, o espaço é inacreditável. Por ali, já passaram máquinas<br />

e ferramentas pesadas da época que eu era proprietário de uma<br />

mecânica de peças. Outrora, carreguei grandes tonéis e barris<br />

de produtos químicos na minha passagem por uma empresa<br />

especializada nesse ramo.<br />

Queríamos só nos conhecer, agora eu quero mais.<br />

A partir desse dia minha vida mudou. Eu tinha espaço para tudo.<br />

Carregava os amigos pra lá e pra cá. Com nossos brilhantes topetes,<br />

calças boca de sino e muita descontração, íamos dar um passeio<br />

na praça central paquerar as garotas. Bom, é verdade que com<br />

essa pomposa “máquina” era fácil ser notado e assim já tínhamos<br />

vantagem sobre os demais concorrentes que perambulavam a pé<br />

na tentativa de conquistar as moçoilas.<br />

Em casa, parece que tudo ficou melhor. Minha família ali dentro,<br />

toda reunida saindo de Sorocaba e indo aos mais variados<br />

destinos, rumo a casa de parentes pelas cidades do Paraná, ou<br />

em passeios por várias cidades de São Paulo e tantos outros<br />

caminhos. Aliás, pra falar a verdade, o destino às vezes pouco<br />

importava pois sempre a visão era privilegiada. Todo mundo tinha<br />

seu lugar reservado, sua janela preferida. Lembro que meu pai<br />

adorava ir na frente. Íamos conversando sobre os mais diversos<br />

assuntos, em especial do nosso querido Palestra Itália que, naquela<br />

época, só nos dava alegria, pois era uma verdadeira academia<br />

de futebol. Minha mãe adorava ir no último banco. Dizia ela que,<br />

de lá, enxergava a família toda e assim viajava mais tranquila.<br />

Meus irmãos iam se revezando pelos bancos, ora querendo puxar<br />

Perdi a conta também dos favores. É que os amigos e vizinhos<br />

sabiam exatamente onde encontrar ajuda na hora que fosse<br />

preciso transportar alguma coisa. Era alguém precisar fazer uma<br />

mudança que já vinha um nome na cabeça: “a Kombi do Zé”. Mas<br />

eu não ligava, aquilo pra mim era pura diversão, uma espécie de<br />

desafio, um novo teste que eu tinha que passar junto com minha<br />

querida máquina. E, mesmo com tanto tempo de história, parece<br />

que a menina não cansa. Nunca reclamou de nada. Sempre<br />

esteve ali, preocupada em fazer o melhor, em mostrar que é o<br />

melhor utilitário já inventado.<br />

É claro que hoje já poupo ela. Um descanso merecido para quem<br />

tanto me ajudou. Dou só um trabalhinho ali, outro aqui. O máximo<br />

de esforço que ela faz atualmente é transportar os instrumentos<br />

musicais da banda do meu filho. Mas juro que é só de vez em<br />

quando. Pra mim, só de saber que ela está ali há tantos anos<br />

do meu lado, sendo tão fiel, já é motivo para deixar um sorriso<br />

contínuo no canto da minha boca. É a alegria que embala meu<br />

café da manhã e acalma meu final de noite.<br />

42<br />

43


Cristhiano Antunes<br />

Luciana Coelho de Andrade<br />

Leandro Korolkovas<br />

Hugo Nora<br />

Minha história com a kombi foi bem cedo, tenho 15 anos de idade,<br />

e no dia do aniversario de 60 anos da vw foi o dia mais feliz<br />

da minha vida, comprei meu primeiro carro minha KOMBI, com<br />

ajuda do meu pai consegui realizar esse sonho... A kombi único<br />

dono, rs. Antonio tinha a kombi desde zero.. e já estava parada a<br />

desde 1998 (ano que eu nasci) e foi eu quem a colocou para rodar<br />

novamente a margarida , foi amor à primeira vista, uma kombi<br />

1974 vermelha e branca de luxo único dono, nunca reformada,<br />

pintura de fabrica não se acha todo dia (risos) eu meu pai ( josé<br />

antunes ) e meu irmão (thiago antunes ) com a ajuda do meu primo<br />

(ivan fortes ) me ajudaram a colocar a margarida pra rodar, tudo<br />

aqui mesmo em casa.. Como sou apaixonado pelo estilo ratlook<br />

não mexi na parte de funilaria, mas penso em restaurar ela.. e foi<br />

assim minha história com a kombi !!<br />

Cecília Fagundes<br />

“Sonhava ter uma Kombi antiga, saia e blusa vermelha e branca,<br />

para levar Netos para passear, antes mesmo de ser Avó. Na<br />

Páscoa de 2011 ela chegou, com toda a minha família dentro,<br />

presente do meu irmão... e os netos chegaram em 2012 e 2013.<br />

Batizei minha Kombi de Sheherazade, pois todos tem uma bela<br />

história de Kombi para contar.”<br />

Meu nome é Luciana Coelho, sou a caçula entre 4 irmãos filha<br />

de Antonio e Gilda. Meus pais se casaram em 1967 e minha mãe<br />

toda moderninha pra época chegou de Kombi na igreja. Tenho<br />

essa foto na parede da minha casa, minha mãe já é falecida e<br />

toda vez que vejo uma kombosa revive dentro de mim lembranças<br />

maravilhosas.<br />

Valdir Gomes de Souza<br />

TESTAMENTO<br />

Lembro quando ganhei o meu primeiro brinquedo uma kombizinha<br />

azul, mas minha alegria durou pouco meu irmão fez o favor de<br />

perdê-la deixando-a cair. Nossa como chorei, e fiquei por vários<br />

anos, observando a estrada para ver se a encontrava, nunca a<br />

encontrei, algum menino a encontrou e ficou feliz e eu triste, acho<br />

que até hoje tento encontrá-la. O primeiro carro que meu pai<br />

comprou foi uma Kombi parecida com a minha kombizinha porém<br />

a minha era azul e meu pai comprou uma verde e era apaixonado<br />

por ela é por isso que hoje tenho a minha Kombi ano 1997 modelo<br />

1998.<br />

Sou fotografo publicitário, me enchi o saco da profissão e fui<br />

fotografar surfe ...realizar o sonho de ter minha kombi, azul<br />

corujinha pra poder me deslocar com alguma imagem de valor de<br />

histórias .....por onde passo, sou saudado e respeitado ...é como a<br />

vovózinha querida, frequentemente paro minha kombi nas laterais<br />

da praia pra fotografar e até o pessoal da sinaização Dersa ou<br />

CETs dos lugares prestam apoio e segurança......AMO A KOMBI.....<br />

mas ....como viver um sonho é abrir mão de dinheiro... ela esta<br />

quebradinha... já já volta à ativa pra gente poder surfar retratar<br />

as belezas desse mundo !!!! ALOHA<br />

Na decada de 90 eu era um adolescente morando numa cidade<br />

pequena mas não muito longe do mar. Durante a semana<br />

trabalhávamos eu e meus irmãos como ajudantes de motorista<br />

(de Kombi) fazendo entrega de panelas de refeição industrial.<br />

Era uma correria danada, tudo tinha que dar certo. Não havia<br />

congestionamentos mas sempre havia um feijão que demorava<br />

pra cozinhar ou a sobremesa que não tinha congelado ainda...<br />

O seu Benito, e somente ele, dirigia a princesinha uma Kombi<br />

1969 que era realmente charmosa apesar do cheiro de chuleta ou<br />

frango assado. Donas de casa têm sua beleza afinal...<br />

Mas nos domingos essa dona de casa se transfomava. Saíam as<br />

prateleiras e entravam os bancos.... No rádio nada de musica<br />

alemã, era rock and roll... No bagageiro superior, pasmem....<br />

pranchas de surf. Saía o canssaço e sobrava animação.... Mar<br />

e surf... Água salgada pra temperar a alma. Pouca grana mas<br />

muitas recordações. E a princesinha nunca deixou a gente na<br />

mão seja no trabalho ou na diversão. Espero que algum Kombi<br />

maníaco tenha preservado a princesinha, ela merece.<br />

44<br />

45


Alexandre Carleti<br />

Giovana Hardy<br />

Quando casei com minha esposa Branca, ela me mostrou uma<br />

foto da kombi do pai dela e ela no colo de sua avó, daquele<br />

dia em diante tive uma ideia e consegui concretizar, comprei uma<br />

kombi antiga e fiz igualzinha a foto. Minha esposa ficou super<br />

emocionada quando viu a kombi parada na frente de casa. Ai<br />

contei pra ela que era uma homenagem para meu sogro e para<br />

minha esposa que amo muito.<br />

Olha o Kombão.<br />

Ao ver o anúncio publicitário não tive como resistir às memórias<br />

que fervilharam em minha mente. A Kombi fez parte de minha<br />

vida há mais ou menos uns 40 anos (ser mulher me impede a<br />

números precisos kkkk). Naquela época, em nossa família foi uma<br />

Kombi por ano. As cores eram aquelas verde gelo, azul... gelo,<br />

bege.....gelo (cores geladeira). Meu pai era comerciante e nelas<br />

levava sempre o que tinha de mais valor, a família e forma de<br />

mantê-la.<br />

Ouvi dizer de muitas peripécias minhas, certa vez abri a porta<br />

com a Kombi em movimento e minha mãe me salvou segurando<br />

pela roupa. Ainda bem que não andávamos a mais que 80km por<br />

hora. Depois passamos a brincar de dirigir a Kombi com aquele<br />

volante imaginário enorme e todos os passageiros balançando de<br />

um lado para o outro.<br />

Meu pai mudou os negócios outros carros de outras marcas foram<br />

adquiridos. Estudei e quando me formei voltei a me encontrar com<br />

a Kombi, agora um pouco mais moderna. Nesta época, ao final de<br />

todas as tardes ouvia “olha o Kombão” eram os meninos e meninas<br />

de rua de Goiânia que atendidos na unidade de referência iriam<br />

ser transportados para a casa de referência noturna.<br />

Muitas vezes íamos cantando músicas românticas e hip-hops<br />

do momento. Outras atendíamos emergências as quais nossos<br />

companheiros de viagem alegres se envolviam por circunstâncias<br />

da vida que levavam. Nossa, neste momento me recordo das visitas<br />

que fazíamos às famílias deles. As ruas horríveis da periferia nos<br />

fazia subir no para choques traseiro para facilitar a tração das<br />

rodas. Foi muito bom, pura aventura. Hoje fico apreensiva com<br />

a despedida da Kombi, porque ela é importantíssima na vida de<br />

minha irmã, significa liberdade e autonomia.<br />

Todos os dias ela vai para a APAE, numa Kombi-98, que ela<br />

personifica e tem tanto ciúme que não pode imaginar que<br />

estou falando da Kombi neste momento. Aqui, a Kombi se torna<br />

imprescindível por não precisar de maiores adaptações para os<br />

deficientes cadeirantes entrarem ou saírem, a porta é ampla o<br />

bastante e a altura permite mais mobilidade que os “micro” usados<br />

largamente. Esta Kombi é tão especial na vida de minha irmã, que<br />

apesar de muito depreciada é esperada todos os dias com muita<br />

ansiedade e como mais uma possibilidade.<br />

A Kombi nunca foi arrojada nem sofisticada mas promoveu<br />

aventuras e relacionamentos interpessoais de uma vida. Valeu<br />

Kombão!<br />

Jarbas Rigotto<br />

Com orgulho, já dirigi essa maravilha. Na verdade é muito<br />

divertido dirigir ela. Desde 1993 até 2003, em uma vinícola na<br />

serra gaúcha, algumas vezes carregávamos com vinho até a altura<br />

das janelas. A Kombi 85, meio judiadinha, e com motor 1600, pois<br />

o motor anterior fundiu em razão da vovózinha ter sido forçada<br />

a levar um reboque pesado de Caxias do Sul - RS a Santana do<br />

Livramento - RS.<br />

Uma viagem desgastante de mais de 700 km. Mas voltando ao<br />

que ia contar. Não raro ela era carregada com caixas e caixas<br />

de um dos melhores vinhos e eu levava até Gramado - RS para<br />

algumas lojas. Que aventura de viagem. Curvas fechadas, à noite,<br />

às vezes com chuva e frio (e sem aquecimento algum brrrr), subida<br />

de serra e não tinha como passar de 60km/h. Mas ela ali, firme e<br />

silenciosa, afinal a carga abafava o barulho típico do motor.<br />

Ouvindo alguma música no rádio Bosch LD243 .Já na volta era<br />

alegria. o ronco do motor em alta rotação para subir outros<br />

trechos da serra, curvas fechadas e a Kombi firme. Feliz de quem<br />

tem ou teve uma! Vá com Deus! Volte sempre!<br />

Rudmar Mendes Mariz Filho<br />

No ano de 1995, meu padrasto adquiriu uma Kombi 1989 à álcool<br />

que nos levava para todos os lugares, uma vez ele converteu<br />

a Kombi para gasolina e pouco tempo depois precisou viajar,<br />

quando fomos pegar ele no aeroporto eu esqueci da convenção<br />

e disse que a Kombi era à álcool, resultado deu um certo prejuízo,<br />

mas não deixou ninguém a pé, completando a viagem de volta<br />

pra casa.<br />

46<br />

47


Daniel Shimomoto de Araujo<br />

José Barazal Alvarez<br />

cleiton campregher<br />

A parada de produção da Kombi representa a partida para<br />

outro plano daquele velho amigo, que embora você não conviva<br />

diariamente com ele, ele sempre mora no seu coração. Quando<br />

eu era pequeno, trocava qualquer brinquedo para ir ver ouvir e<br />

entrar em uma Kombi. Desde que me entendo por gente gostava<br />

de Kombi, uma branca 75 que meu tio possuia, as viagens nessa<br />

perua, enfim. Posteriormente, meu pai passou a pegar uma das 4<br />

Kombis da empresa de construção que ele tinha para viajarmos<br />

para Monte Verde. (MG). Era uma bege vime, a álcool, 1985,<br />

placa QD-0056. A principio era para levar material para a casa,<br />

depois, levar a familia para viajar. Era um tempo feliz, onde<br />

simplesmente não levava brinquedo como uma criança normal. O<br />

brinquedo era a Kombi. Meus pais calçavam as rodas com blocos<br />

e lá ficava eu, com meus 5 anos de idade, entrando e saindo,<br />

contemplando o motor, brincando de dirigir...chegava até a dormir<br />

nos bancos da Kombi. O tempo passou e a paixão pela Kombi<br />

sempre a mesma. Sempre que vejo algum conhecido com uma,<br />

faço questão de dar uma voltinha, nem que seja no quarteirão,<br />

para matar a saudades...se for da década de 80 então...é voltar<br />

para a infância! Com a Kombi fora de linha, parte uma parte da<br />

minha historia, da historia de algumas familias (muitas delas que<br />

se sustentaram com o auxilio de uma) e digo que uma grande<br />

parte da história do transporte de pessoas e cargas no Brasil, do<br />

veiculo que seguramente transportou e transporta parte do PIB<br />

deste país. A Kombi pode estar de partida. Mas a memória e tudo<br />

aquilo que ela representa está e estará vivo sempre no coração e<br />

na alma de muitas pessoas. E na história do automóvel no mundo,<br />

especialmente no Brasil<br />

Segue em anexo uma de muitas fotos por nós (*) tiradas em<br />

viagens com nossa Kombi / Safári - Karamnn Ghia, toda original<br />

ano de fabricação 1985. Moro em São Bernardo do Campo - SP,<br />

quase ao lado da fábrica VW Anchieta. Temos muitas histórias<br />

e fotos de viagens pelo Brasil afora. Esta é a segunda Kombi /<br />

Safari que temos, sendo a primeira comprada no ano de 1.984.<br />

Rodamos com motor home há 28 anos. A viagem mais longa em<br />

uma só saida de S. B. do Campo, foi até a Bolívia, passando por<br />

Bonito - MS, Guia Lopes da Laguna - MS, Bella Vista (Paraguai),<br />

Nioaque - MS, Aquidauana - MS, Pantanal Sul, Corumbá - MS,<br />

Ouerto Quijarro e Puerto Suarez (ambas na Bolívia), Campo<br />

Grande - MS, Três Lagoas - MS, Botucatu - SP e retorno a Sp. Já<br />

é o quinto motors home que temos, sendo o primeiro e o último,<br />

duas Kombis Safari / K. Ghia. Ambas totalmetne originais, sendo<br />

que na atual, até as cortinas e vidros das janelas tem o logo da<br />

Karmann Ghia. Fico à vossa disposição para eventual ampliação<br />

no relato destas viagens. A cada 15 dias, fazemos trechos com até<br />

200 km de raio e nas férias, viagens longas em visita a regiões<br />

turísticas, não comuns.<br />

Edenilson Nogueira<br />

Em 1994 eu fui em uma viagem de minha cidade São Jorge do<br />

Patrocínio PR, a Maringá, junto com meu tio, ele morava lá e vinha<br />

buscar frutas de época para vender em Maringá, nesta viagem eu<br />

ajudei ele a colher as frutas aqui mesmo em minha cidade.<br />

Os proprietários tinham frutas plantadas a beira do carreador<br />

dos sítios, onde eram muitas e não davam contam das mesma<br />

vendia por um preço barato e meu tio na ocasião compravam<br />

para vender.<br />

Então em um dia de Domingo de madrugada resolvi ir com ele<br />

para a cidade dele, foi uma aventura pois ele tinha uma kombi<br />

ano 1979 azul nos carregamos esta kombi até não caber mais,<br />

além das frutas ele comprou um frango caipira e levou junto,<br />

quando foi lá pela as 7 horas da manhã este frango começou a<br />

cantar, disse ao meu tio este frango não é frango já virou galo, daí<br />

o meu tio começou a dar risada e não parava mais.<br />

Foi a viagem com uma kombi carregada de frutas e de muita<br />

histórias contada durante as 5 horas de viagem de minha cidade<br />

ate o destino Maringá.<br />

Em pleno 2013 temos 3 kombis como veículos ambulantes para<br />

vender pão e sabe por que? Porque é um veiculo de baixo custo<br />

e manutenção barata. Isso que cabe 1 tonelada nela. 2 delas<br />

são 2010 e outra 2005 motor de fusca e olha que chega nos<br />

surpreender como pode aguentar estradas de sitio e interiores<br />

com estradas péssimas. Essa é a historia de uma padaria que há<br />

5 anos trabalham com a Kombi.<br />

48<br />

49


Edson Gouveia<br />

Hamilton de Lócco e Jahir Eleuthério<br />

TESTAMENTO<br />

Adilson Ribeiro de Oliveira<br />

Ola, pessoal, meu nome é Edson Gouveia, hoje aos 21 anos,<br />

a alguns anos atrás, até os dias de hoje, meus pais sempre<br />

trabalharam o dia todo, sem tempo pra me buscar na escola e<br />

assim como qualquer criança, nesta situação, eu era levado<br />

em casa por uma Kombi Escolar quando eu largava da escola,<br />

apesar da minha idade mesmo com o passar dos anos, eu não<br />

esqueço nunca que já andei bastante em uma dessas por muitos<br />

anos, uma das coisas que me marcou muito no meu primário e na<br />

minha infância.<br />

Kombi é cultura<br />

Quando tivemos a ideia de criar o sebo móvel “On The Road”,<br />

pensamos que isso fosse bastante comum. Mas aí começamos a<br />

viajar, ficamos mais conhecidos pela internet e vimos que a ideia<br />

era recebida pelas pessoas como uma novidade. Pelo menos no<br />

Brasil, eu não conheço ninguém que saia de Kombi pelo país com<br />

um monte de livros e discos no carro, como a gente faz. Eu acho<br />

que essa é a grande contribuição da Kombi pra gente: permitir<br />

levar cultura para todos os lugares. E a Kombi inspira algo cultural:<br />

o carro é referência do mundo hippie, da contracultura. Então<br />

tudo casou superbem. No carro só vai coisa de primeira, que a<br />

gente mesmo seleciona. Levamos mais ou menos uns 600 itens,<br />

entre livros e discos.<br />

Nossa Kombi é de 2010, comprada dos Correios. Quase não<br />

fizemos mudanças, pois o carro estava inteiro e bem customizado.<br />

O piso é de borracha, as laterais são protegidas por madeira.<br />

A gente vai pra estrada quando recebe convites. Por enquanto<br />

não saímos muito da região Sul, mas é claro que a gente toparia<br />

ir para o Norte do país, por exemplo. Já passamos por São Paulo,<br />

pelo litoral paranaense e agora vamos para Santa Catarina.<br />

De lá, nosso plano é seguir para algumas cidades do interior e<br />

mostrar nosso material para quem normalmente não tem tanto<br />

acesso à cultura. Também pretendemos aumentar nosso acervo,<br />

porque trabalhamos com doações e com o que compramos pelos<br />

lugares por onde passamos.<br />

Muitas pessoas perguntam se vale a pena ter uma Kombi, se vale<br />

a pena rodar com ela por aí ao invés de ficar parado em algum<br />

lugar, como um sebo tradicional. Acho que além dessa vantagem<br />

de poder levar cultura para as pessoas, a Kombi não deixa a<br />

gente estático. O nosso público nunca é o mesmo, sempre tem um<br />

contato novo, uma novidade. Acho que o Jack Kerouac aprovaria<br />

a nossa ideia. E tenho certeza que ele gostaria de conhecer nossa<br />

seção de LPs de jazz.<br />

Bom a Kombi esta em minha vida desde que eu era um bebê pois<br />

meu pai teve várias ai começou a paixão. Já tive três outros carros<br />

mas sempre pensava “quero ter uma Kombi” até que esse ano<br />

consegui comprar a minha e estou muito feliz e acho que vai ser<br />

difícil viver sem ela<br />

50<br />

51


Luciano de Pinho<br />

Wilma Maria Quaresma Santos<br />

A Manuela é esta Kombi Azul Niágara std 73 da foto anexa - ela<br />

foi adquirida na véspera de Natal de 2009 e passou por uma<br />

restauração razoável para ficar como está. Ela é a companhia<br />

do Wenceslau (meu Fusca Verde Guarujá 71), e só proporciona<br />

alegrias, inclusive nas horas em que as coisas não saem exatamente<br />

como planejadas, como ao viajar com ela num dia de muito calor<br />

e trânsito intenso... mas afinal, que carro pode proporcionar tanto<br />

charme às nossas ruas, levar ao destino esperado e ao mesmo<br />

tempo uma sessão de sauna gratuita para 9 pessoas? Essa é a<br />

Kombi, que vai deixar saudade.<br />

Isabel Cristina Verga Fernandes<br />

Em 1987 a minha filha tinha apenas um aninho e nos estávamos<br />

passeando em uma cidade vizinha de onde morávamos chamada<br />

parauapebas-PA, e fazíamos isso td final de semana e íamos na<br />

kombi da empresa a qual até hoje ainda estamos, e aconteceu um<br />

acidente a minha amiga bateu a cabeça ao descer da kombi bem<br />

na porta na parte de cima ela desmaiou e foi aquele corre corre<br />

para socorre-la e entramos tds e saímos e nesse interim eu estava<br />

com a minha Natalia no colo e qdo a amiga caiu eu coloquei a<br />

minha filha no chão, saímos as pressas na kombi para socorrer a<br />

Zenaide e deixei minha filha qdo já tinhamos saído q dei por falta<br />

da menina fiquei desesperada e gritava muito cade a Natalia e<br />

ninguém sabia de longe td mundo olhou e viu um senhor onde<br />

estávamos com a menina no braço, voltamos para pegá-la e foi<br />

aquele choro meu, abraçado com minha filha.<br />

Nos meus 5 anos de idade, o amigo do meu pai, que era<br />

Palmeirense, tinha uma Kombi verde. Certa vez, eles combinaram<br />

uma pescaria e como eu era muito apegada ao meu pai, disse<br />

que queria participar da pescaria também.<br />

O seu Silo, dono da Kombi, disse que eu só iria se eu fosse<br />

Palmeirense (explica-se a cor do veículo). Hoje, tenho 46 anos, sou<br />

Palmeirense de coração, meu pai faleceu a 7 meses e eu nunca<br />

mais e apaguei imagem daquela linda Kombi verde, que virou um<br />

momento eterno na minha vida.<br />

Marconi Freitas Lima<br />

A primeira Kombi que vi foi no início dos anos 60 que pertencia<br />

ao Circo Garcia, que estava numa temporada na cidade de<br />

Feira de Santana - Bahia. O circo estava armado na praça do<br />

Fórum, antigo campo do Gado. Eu um menino vindo de Ipirá, uma<br />

pequena cidade , vizinha a Feira de Santana, deslumbrado com o<br />

Circo e também com a kombi, pois a imagem dela permanece em<br />

minha memória.<br />

Luciano de Pinho<br />

52<br />

53


Fabiano Lima<br />

Foi mais ou menos em 2007, o meu pai tinha sofrido com uma<br />

enchente que ocorreu no Município de Duque de Caxias, no Rio<br />

de Janeiro e ele precisou vender a casa aonde ele morava para<br />

comprar uma outra na mesma cidade.<br />

A casa do meu pai era grande e ficava em uma área valorizada,<br />

que tinha acabado de passar por um processo de urbanização e<br />

infraestrutura. Foi durante uma viagem de férias da esposa dele,<br />

que ele decidiu colocar a casa para vender, com medo de ocorrer<br />

outra chuva e a rua encher e ver aquele corre corre para salvar<br />

os móveis. Ele não conseguiu vender a casa, porém ele conseguiu<br />

trocar por uma menor, e junto desta casa menor tinha um brinde<br />

para compensar o valor da casa anterior.<br />

O brinde era uma Volkswagen Kombi 1968, bem consumida pelo<br />

tempo e pelo trabalho. Ela estava toda pintada, e mal pintada em<br />

azul e a pintura mal dava pra perceber que foi feita para esconder<br />

uma campanha publicitária política que se estendia pelas laterais,<br />

o que era perceptível que o dono andou trabalhando na Kombi<br />

como carro de som de propaganda política.<br />

Na rua em que o meu pai passou a morar havia um problema<br />

com falta dágua, e ele utilizou aquela velha senhora, para ir até<br />

algumas ruas de distância, até a casa do meu tio, irmão dele,<br />

para que buscasse água com alguns barris.<br />

Por muito tempo o meu pai precisou daquela kombi para<br />

transportar água, apenas para o consumo, e graças a ela... as<br />

minhas férias que neste ano estavam dando tudo errado, deram<br />

certo, porque pelo menos, eu tomei banho.. Isso foi em um final de<br />

semana que eu cheguei lá na casa dele e vi aquela kombi, caindo<br />

aos pedaços, e ele me contou a história, de como ela veio de<br />

brinde com a casa. No sábado ainda, o meu pai decidiu nos levar<br />

a passeio até a casa de uma tia da esposa dele. Naquela Kombi<br />

fomos: Eu, meu pai dirigindo, a esposa, os meus dois irmãos<br />

menores, duas irmãs da esposa do meu pai e ainda mais UM<br />

FOGÃO, que ele queria levar de presente para a tia-sogra dele.<br />

Tínhamos uma peculiaridade dentro do veículo que faz por em<br />

dúvida sobre como o Ivo transportou tudo isso?<br />

Enfim, a Kombi não tinha bancos atrás. Era só uma lata, com<br />

pessoas e um fogão dentro. Improvisamos um banco de madeira,<br />

mas no primeiro buraco da Washington Luís, o banco foi abaixo<br />

junto com as duas irmãs da esposa do meu pai.<br />

Não foi uma viagem agradável todos agachados com medo de<br />

sentar no chão daquele veículo que tinha mais buracos que um<br />

escorredor de macarrão. Em um momento inclusive passamos<br />

por uma estrada nas proximidades da Washington Luís que era<br />

toda em barro, e terra batida, e naquele calor, a poeira entrava<br />

pelos buracos. E começou uma gritaria dentro daquele veículo:<br />

fuuumaaaça, fumaaaça, taaa pegando fogo!<br />

O meu pai parou imediatamente, e constatou o óbvio, a estrada<br />

era de terra, não havia cheiro de queimado, e a fumaça era<br />

apenas... poeira. Chegando até Lote XV, Belford Roxo, aonde<br />

residia essa tia da esposa do meu pai, tinhamos que subir uma<br />

ladeira, e a esposa do meu pai falou: Ivo essa chaleira não vai<br />

subir esse morro, ela vai descer rolando na metade e a gente<br />

VAI MORRRER!. O meu pai, teimoso, não deu ouvidos, e pisou no<br />

acelerador até o fim e ela subiu GRITANDO, BERRANDO, aquele<br />

som inconfundível dos motores VW refrigerados a ar.<br />

Na metade da ladeira, começamos a sentir um cheiro forte de<br />

queimado, e a Kombi, morreu. O meu pai soltou o carro que foi<br />

descendo de ré, devagar, e a esposa dele dizia - minha nossa<br />

senhora do céu, me ajuda nessa hora! - E chegou de volta na<br />

entrada da ladeira.<br />

A familia prosseguiu subindo a pé, e eu e o meu pai ficamos lá<br />

embaixo com a kombi que havia esquentado a bobina de ignição.<br />

O meu pai pegou um pano, umideceu, e jogou em cima da bobina<br />

enquanto eu segurava a porta do motor. E ele tirava e colocava<br />

o pano umidecido, até a bobina esfriar, e assim fazendo a Kombi<br />

voltar a funcionar, e subir aquele penhasco... ou melhor... aquela<br />

ladeira em que morava a tia da esposa dele.<br />

Ricardo Carneiro<br />

A kombi marcou a minha infância. Meu pai era padeiro, daqueles<br />

que entregava pães nas casas e a Kombi era o seu instrumento de<br />

trabalho. Modelo 74 amarelinha, tirávamos o banco do meio para<br />

colocar um caixão de madeira para caber os pães e as caixas de<br />

leites, naquela época os leites eram somente de saquinhos. De<br />

madrugada íamos na panificadora carregar a komboza (nome<br />

carinhoso que a chamávamos) e de lá saíamos para as entregas.<br />

Percorríamos vários bairros da cidade de Itu-SP fazendo as<br />

entregas para o fregueses fixos. Ao amanhecer, com os primeiros<br />

raios de sol, a Kombi recebia os clientes que vinham ao ouvir a<br />

sua inconfundível buzina. A porta lateral era amarrada com um<br />

barbante na tampa da trava de combustível e lá dentro era uma<br />

espécie de balcão de atendimento. Parece que a Komboza gostava<br />

daquele serviço, não tinha outro automóvel melhor para aquela<br />

atividade. Aprendi a dirigir nela, em madrugadas calmas alguns<br />

trechos era eu quem conduzia, volantão com folga, parecia um<br />

timão de navio, girava várias voltas para esquerda e para direita<br />

para poder conduzir a nossa Kombi. Olha, dar ré nela era tarefa<br />

de motorista com M maiúsculo. Que saudades! Espero que a Volks<br />

tenha um veículo a altura para substituir esse patrimônio cultural<br />

brasileiro que foi a Kombi! Literalmente foi o ganha pão da minha<br />

família e sei que é a de muitas até hoje.<br />

Rafael Godinho<br />

Por muitos anos, nossa família foi sustentada por kombis. Durante<br />

15 anos ou mais o que garantiu o sustento desta família foram<br />

kombis. Pelo fato de meu Pai sempre ter kombi eu Rafael e meu<br />

irmão Vinissius aprendemos a dirigir em Kombi. No periodo de<br />

1994 à 2008 este veículo fez parte da nossa história. Sem contar<br />

as alegrias de Criança ao entrar em um carro espaçoso e fazer<br />

de seu interior uma extensão de sua diversão... Nossa Família<br />

agradece a VW e a Kombi<br />

54<br />

55


Andrea Andrade Cunha Paiva<br />

Rodrigo Barbieri Pena<br />

José Carlos Gonçalves<br />

Me considera uma Kombiana legítima. Meu falecido avô tinha<br />

uma Kombi Bege 1965, estávamos indo para fazenda e no caminho<br />

atravessamos um pequeno riacho quando sentimos um cheiro de<br />

queimado. Meu avô Geraldo parou e ao abrir o compartimento<br />

do carburador assustou-se pois tinham vários peixes sobre ele.<br />

Quem tem Kombi, sempre tem uma ótima história para<br />

compartilhar.<br />

Anna Lucia Lopes<br />

Meu tio tinha supermercado na cidade e Kombis eram seu meio<br />

de fazer entrega, eu tinha muitas amigas, nenhuma com 18 anos<br />

e habilitação, assim minha tia resolveu o problema, nos levava<br />

para vários lugares na Kombi, porque cabia a mulherada inteira e<br />

sempre era a maior farra ir para a balada de Kombi, nós eramos<br />

conhecidas como as mulheres lindas da Kombi, sim era uma<br />

mulher mais bonita q a outra e até o dj da cidade gritava nos<br />

bailes, gente as meninas da Kombi de Pariquera chegaram, sim<br />

porque como morávamos no vale do Ribeira, uma cidade bem<br />

próxima a outra, nós iamos nos bailinhos das cidades visinhas, Eu,<br />

minha tia, e todas as amigas e primas. Inesquecível de mais minha<br />

adolescência e a Kombi. Aliás coitada da minha tia, administrar<br />

no mínimo 10 adolescentes em uma Kombi não devia ser tarefa<br />

fácil...rsrsrs<br />

Adquiri minha kombi inicialmente para trabalho. Foi amor à<br />

primeira vista um modelo luxo, duas cores, vermelha fenix2 e<br />

branca, original de fabrica sem ter sido restaurada ainda; hoje<br />

utilizo-a para tudo é meu carro de lazer meu carro de trabalho,<br />

mascote oficial da empresa e da família. uma caminhonete<br />

notável.<br />

Minha kombi é uma 1982 mod. 83 luxo , saia e blusa , carburação<br />

dupla à álcool (no meu tempo não tinha etanol ainda, hahahaha).<br />

E recentemente descobri que meu primo adquiriu uma kombi irmã<br />

gêmea da minha, ainda não conseguimos nos reunir para tirar<br />

uma foto de toda família de gringos juntamente com as kombis<br />

gêmeas.... uma verdadeira lastima para a historia desta pequena<br />

notável ser encerrada , certamente seus feitos irão ser contados em<br />

inúmeras gerações mundo a fora, um veiculo que esta diretamente<br />

ligado ao crescimento e vida de todos nos !!!<br />

Daniel Augusto<br />

Fiquei muito triste quando soube que este seria o último ano de<br />

fabricação da Kombi. Desde criança eu tenho grande paixão por<br />

esse que é o mais simpático carro de todos. Tenho até um Lego<br />

réplica da Kombi corujinha! Sim, é esta da foto.<br />

Está montado e fica exposto em cima do meu piano, que é meu<br />

instrumento de trabalho. Hoje tenho 25 anos, sou músico, eu e<br />

minha companheira estamos batalhando para comprar primeiro<br />

uma casa própria, mas nosso segundo investimento seria uma<br />

Kombi. Eu conheço todos os modelos já fabricados (através de<br />

documentários, livros, revistas de carros) e tinha um projeto de<br />

comprar uma Kombi nova para personalizá-la ao longo de toda<br />

uma vida... A notícia do “último ano da Kombi” me abalou, pois<br />

sempre sonhei em ter uma Kombi e não terei esse sonho realizado...<br />

Mas a Kombi ficará para sempre em minha memória!<br />

Começo estas simples linhas dizendo que eu e meu irmão mais<br />

velho aprendemos a dirigir em uma kombi do ano de 1962 azul<br />

calcinha.<br />

Esta kombi era do meu pai José Gabriel (TETÉ) e tínhamos a<br />

kombi carinhosamente chamada de perua porque meu pai tinha<br />

uma mercearia no bairro de São João climaco na rua Alencar<br />

de Araripe. Esta kombi era o xodó dele não deixava ninguém<br />

encostar nos éramos crianças e ele só deixava a gente encostar eu<br />

e meus irmãos para lavá-la. Era uma festa nos três e minha mãe.<br />

Os anos passaram e a maior idade chegou primeiro foi meu irmão<br />

a dirigí-la. Mas como eu disse ele era muito ciumento e muito<br />

bravo para nos ensinar queria que nós andássemos a 30 km/<br />

hora.<br />

Depois foi a minha vez a mesma coisa andava pelas ruas do<br />

bairro: Alencar Araripe, Marechal Pimentel, Via Anchieta e outras.<br />

Eu sei que cinto saudades daquele tempo as viagem para a praia,<br />

carregar a kombi para fazer entregas etc...<br />

Muito obrigado por esta oportunidade para homenagear meu pai<br />

e porque não a VOLKS.<br />

56<br />

57


Vanessa Miry Uchiyama Koga<br />

A Kombi sempre esteve presente na família do meu pai. Meu avô<br />

tinha uma gráfica, e ele a usava para fazer entregas durante a<br />

semana. Nos finais de semana, ele reunia toda a família para<br />

viajar. Até que meu pai conheceu minha mãe, e eles saíam para<br />

namorar...com a kombi. quando tinha bailes, meu pai levava<br />

minha mãe , e minhas tias ( dos lados materno e paterno). Depois<br />

que eles se casaram, meu avô continuou com as entregas e as<br />

viagens. Quando meu avô resolveu morar no interior de São Paulo<br />

e cultivar mexericas ponkan, qual era o carro que ele utilizava<br />

para levar as frutas para o Ceasa? Kombi! Até hoje, quando todos<br />

se recordam dos passeios e entregas, lembramos com carinho da<br />

kombi. Seja ela bege, branco e vinho...<br />

Marco Rebuli<br />

TESTAMENTO<br />

Em 2005 comprei uma kombi 1975, pois o fusca que ainda está<br />

comigo um 1969, estava apertado para eu e minha esposa e 2<br />

filhos viajarmos para os encontros de VW Antigos aqui do sul do<br />

pais, na época ela foi restaurada e pinatada de branco e laranja,<br />

era a unica no Brasil... pela sua cor ela foi escolhida por uma<br />

das maiores operadoras de telefonia celular para ser a garota<br />

propaganda em um comercial nacional.<br />

Ela ficou muito conhecida no Brasil, de tal forma que uma noiva<br />

famosa aqui em Curitiba, queria chegar na igreja com a kombi<br />

do comercial, eu aceitei e depois desta fizemos mais de 80<br />

casamentos com a KOMBI CASAMENTEIRA, única nas Américas:<br />

http://casamentos.kombi.br.nafoto.net/<br />

Essa novidade chamou atenção de uma grande emissora com<br />

um programa no horário nobre do domingo, fazendo que ela<br />

se destacasse como nunca:http://www.tocasando.com.br/noticia.<br />

aspx?id=3930<br />

Essa minha paixão por ela fez com que eu e mais 3 amigos aqui<br />

de Curitiba, criássemos o 1º Kombi Clube do Brasil, o KOMBI<br />

CLUBE CURITIBA, hoje com quase 700 Associados: http://<br />

kombiclubecuritiba.nafoto.net/<br />

Somos o unico clube do Brasil que realizou uma despedida como<br />

a nossa querida kombi merece... um gigantesco coração partico<br />

com kombis de verdade:<br />

http://www.gazetadopovo.com.br/automoveis/conteudo.<br />

phtml?id=1405402&tit=Adeus-gigante-para-a-veterana-Kombi<br />

Kombi... ontem... hoje e sempre<br />

Segue a poesia que criei para este momento de despedida:<br />

POESIA TÉCNICO-HISTÓRICA SOBRE A KOMBI<br />

Esboçado em Wolfsburg na Alemanha,<br />

Logo após a Segunda Guerra Mundial,<br />

Pelo seu criador o holandês Ben Pon,<br />

Teve a idéia de fazer um utilitário semigual.<br />

Desenho retilínea tipo pão de forma,<br />

Furgão simples de estilo singular,<br />

Os primeiros protótipos chamados Tipo 2,<br />

Com um desenho e função que veio para ficar.<br />

1.060 kg de peso, 4,28 metros de comprimento,<br />

foi criada para atender seu cliente em todo momento,<br />

800 kg de carga ela pode levar, fácil de dirigir e<br />

de estacionar,<br />

Um veículo multiuso que seu criador nem poderia imaginar.<br />

90 diferentes arranjos de carroceria ela já chegou a ter,<br />

Ônibus, picape, bombeiro, ambulância, polícia, transportadora ,<br />

Sorveteira, leiteira, padeira, açougueira, funerária, mercearia,<br />

Correio e camping, qualquer coisa ela podia ser.<br />

Em abril de 1947,<br />

Um furgão de carga nasceu,<br />

Suportando todas as provas,<br />

E esta combinação para sempre prevaleceu.<br />

O peso da carga é colocado entre os eixos,<br />

Garantindo uma excelente distribuição de massa,<br />

Em outubro de 1949 o utilitário era apresentado à imprensa,<br />

Assim começando sua produção em massa.<br />

Ainda sem nome, a marca referia-se a<br />

ela apenas como VW Tipo 2,<br />

Em 8 de março 1950, deixava a linha de produção,<br />

a primeira fornada,<br />

Batizada de Kombinationsfahrzeug…”<br />

combinação carga e passeio”,<br />

Estava ela ai para atender todos os anseios.<br />

No mundo muitos nomes ela tem,<br />

Kombi no Brasil, Rugbrød na Dinamarca,<br />

Barndoor nos EUA, Junakeula na Finlândia,<br />

Papuga na Polônia e Bulli na Alemanha.<br />

Na frente dois faróis ovais com uma grande logo VW ao centro,<br />

2 vidros planos em um pára-brisa bipartido sua marca pessoal,<br />

Pintura interissa ou “saia-e-blusa”, combinação muito querida,<br />

Deixou para tras a Rural, a Veraneio, com quem ela concorria.<br />

Presente em ruas, estradas, lamaçais,<br />

Esnobava robustez e nada era para ela demais,<br />

Suas qualidades, a simplicidade mecânica e manutenção,<br />

Garantida por sua rede de concessionárias sempre a mantiveram<br />

eficaz…<br />

Composição Original e Todos os Diretios Reservados a Marco<br />

Rebuli do Kombi Clube Curitiba.<br />

Benedito Nivaldo dos Santos<br />

Foi na década de 70 a 80 meu falecido PAI Sr Vicente tinha uma<br />

tradição, era reunir toda família um total de 10 pessoas e irmos<br />

para Aparecida sempre no mês de Outubro, e como nós não<br />

tínhamos condução, e meu Pai fretava uma Kombi mais ou menos<br />

daquele ano ou mais velha de um certo armazém do nosso bairro,<br />

e colocávamos as comidas e bebidas não alcóolicas é claro, e<br />

passávamos o dia em Aparecida. Pois bem não tínhamos uma<br />

Kombi mas ela fez parte da minha infância e da minha família.<br />

58<br />

59


Marcus Vinicius Ferreira Santos<br />

Lucas Fachi<br />

1976. Natal. Todos os meninos do bairro queriam andar na Kombi<br />

da D. Glorinha. Mas isto só iria acontecer no Natal, quando ela<br />

levava a garotada para passar um dia no seu sítio.<br />

Foram logos dias de espera, mas chegou a data. Entramos em<br />

15 meninos, de 7 a 12 anos. Éramos todos muito pobres e a festa<br />

que D. Glorinha preparava para nós, com boa comida, doces e<br />

brinquedos era o que de melhor acontecia para nós.<br />

cara de sono. Eu apenas vi ele dizendo ao meu Pai para que ele<br />

prosseguisse pois imaginava que ele estivesse sozinho.<br />

Salvei meu Pai e a Kombi 1974 da apreensão apenas por estar com<br />

ele na viagem!!! Kombi. O veiculo mais carismático que alguém<br />

poderia criar!!<br />

Desde sempre quis ter uma Kombi, até que descobri que meu tio<br />

tinha uma abandonada na garagem do mercado dele, que não<br />

usava mais.. com muito tempo de negócio, consegui convencê-lo<br />

de me vender! Ela é uma 1966, com motor 1.200 modelo Standard<br />

e se chama Carla! {: Faz 1 ano e alguns dias que tenho ela,<br />

(comprei no dia 23/09/2012) e já tem muita história pra contar,<br />

não me desfaço dela por nada!<br />

E qual era o meu sonho: ganhar uma kombizinha de plástico. Todos<br />

os meus colegas tinham uma! E qual não foi a minha surpresa<br />

quando eu recebi a minha, azulzinha, linda!<br />

Hoje eu venci na vida. E meu sonho ainda é ter uma Kombi, ano<br />

76, azul e branca. E eu sei que vou conseguir.<br />

Claudiomir Vincensi<br />

Recordo quando era criança que meu pai entregava cigarros<br />

na antiga Santa Cruz Funos do Brasil, e eu ia junto na Kombi 77<br />

marrom, na parte traseira em cima do motor, usando um pelegão<br />

vermelho, recordo até hoje o cheiro do fumo dos charutos que ele<br />

transportava.<br />

João Martins Neto<br />

Corria o ano de 1989, e meu Pai possuía na época uma Kombi<br />

1974 STD azul caiçara tirada 0km da concessionária, mas que já<br />

se encontrava em mal estado de conservação.<br />

Estávamos indo para o litoral de SP pela Rodovia dos Imigrantes<br />

apenas eu e meu Pai, quando um guarda rodoviário pediu para<br />

ela parar. Eu dormia em um dos bancos traseiros acordei com o<br />

guarda dizendo que apreenderia a perua pelo fato de ela não ter<br />

as mínimas condições de rodar naquele estado.<br />

O guarda mudou de ideia quando eu me levantei com aquela<br />

60<br />

61


Luiza Lobo de Godoi<br />

Oswaldo Frias<br />

Passamos nossa infância andando de Kombi! Sem o banco do<br />

meio! 5 irmãos, papai e mamãe, cachorro, ajudantes, amigos,<br />

tudo cabia na Kombi!<br />

Na subida da estrada da fazenda papai dizia: “faz força pra<br />

Kombi subir” e ia bem devagarzinho, quase parando, e a gente,<br />

um monte de bobinhos, ficávamos vermelhos de tanto fazer força<br />

para a Kombi subir. E lá no alto do morro ele dizia: “pronto, subiu”,<br />

uhuh, aquilo era uma festa!<br />

Outras vezes fazíamos uma competição de equilíbrio, todo mundo<br />

em pé na Kombi e, em cada curva um ia para o chão, era a maior<br />

diversão do mundo andar de Kombi!<br />

E as viagens, meu Deus que viagens! Íamos de Brasília para<br />

Goiânia e vice-versa. Nossa, levávamos tudo, até tamborete,<br />

violão e cacho de banana! Era tão longe que a gente dormia,<br />

acordava, brigava, brincava e não tinha chegado.<br />

Papai era diretor e fundador do ZOO de Brasília e, não sei por<br />

que ele acabou tendo que ir buscar dois presentes para o ZOO<br />

no aeroporto...<br />

Era domingo, lá fomos todos nós, que felicidade! Mas que<br />

surpresa, eram duas onças, uma em cada jaula. As duas caixas<br />

foram colocadas na Kombi e nós, molecada, voltamos sentados<br />

ao redor dos belos animais. Acho que mamãe era mais criança<br />

que a gente, pois hoje penso, ninguém tinha medo, só sentíamos<br />

alegria e imenso prazer, com uma pitada enorme de aventura.<br />

Enfim, viajar de Kombi, andar de Kombi, ver a Kombi, tudo era só<br />

felicidade! Por isso, hoje relato, a Kombi tem um significado tão<br />

importante para mim, pois fez parte da nossa história, das nossas<br />

vidas! Dentro da Kombi aprendi a “compartilhar”, aprendi lições<br />

tão bonitas, aprendi que uma viagem pode ser belíssima e única,<br />

pois: CABE TODO MUNDO NA KOMBI!<br />

No ano de 1980 comprei uma Kombi ano 1974 bege. Eu e minha<br />

família viajávamos sempre com ela por todo lado. Foi com a<br />

Kombi que ensinei meus quatros filhos a dirigirem, a Kombi se<br />

tornou minha companheira para meu dia-a-dia, pois era minha<br />

condução para o trabalho e no final de semana também.<br />

Eu adorava a Kombi. Recordo-me de várias histórias com a Kombi,<br />

mas uma delas é especial: uma vez compramos umas colmeias de<br />

abelhas na cidade de Embu e íamos levar para Mairiporã onde<br />

eu tinha um sitio. Eu e meu filho Marcelo preparamos a Kombi<br />

para transportar os enxames, fechando com tela as colmeias e<br />

isolando a parte da frente da Kombi.<br />

No meio do caminho, atravessando a cidade de São Paulo para<br />

acessar a Fernão Dias, paramos no farol e notamos que as<br />

pessoas na rua apontavam para a Kombi com cara de assustados.<br />

Olhamos para trás e as abelhas estavam soltas na parte traseira<br />

da Kombi, principalmente agrupadas nos vidros! Decidimos então<br />

continuar a viagem toda com a Kombi ate chegar ao sitio com<br />

muitas abelhas soltas. Estávamos protegidos apenas por uma tela<br />

fina, que susto passamos aquele dia e por sorte nada aconteceu.<br />

Na foto está a Kombi junto com meus filhos Marcelo (esq.) e<br />

Renato (dir.)<br />

Wagner Junior Alves<br />

Nas paradas quando papai abria as duas portas de uma só<br />

vez, a gente descia correndo, como loucos, querendo abraçar a<br />

liberdade, era uma loucura .<br />

Mas o mais encantador era quando papai chegava, devagarzinho,<br />

a gente via a Kombi lá de longe, ela ia surgindo, parecia uma<br />

carinha do “sorria”. A Kombi chegava e era uma festa, era o<br />

“papai” chegando, e aí ele dizia: vamos passear de Kombi e a<br />

garotada gritava de alegria, pois cabia todo mundo! Saíamos por<br />

Brasília vendo a beleza dos monumentos. Parávamos para comer<br />

pipoca. Ah, subir e descer da Kombi era o maior desafio. Era tão<br />

alta! Certo dia a emoção foi demais!<br />

Ricardo Galarreta<br />

Em 01/03/1966, a minha Mãe sentiu que o bebê ia nascer, pediu<br />

para meu tio levá-la ao Hospital na Kombi, não sei o ano do<br />

carro, mais não deu tempo de chegar e nasci no banco traseiro,<br />

hoje tenho 47 anos e minha Mãe 78, tenho dois VW. Abraços.<br />

Eu me sinto privilegiado. Aprendi a pilotar em uma KOMBI de<br />

feira. Parabrisas duplo, azul escura e carregada de barraca de<br />

feira. O engraçado era que ela tinha 1/4 de volta do volante em<br />

falso, mas pra mim era o máximo. Toda vez que vejo uma desse<br />

modelo, tenho vontade de comprá-la e deixar exatamente igual a<br />

que aprendi a dirigir. Isso eu tinha 14 anos, hoje eu tenho 45 anos.<br />

62<br />

63


Carlos ALBERTO de Valentim “seu Nenê”<br />

TESTAMENTO<br />

Quando eu era jovem, nos anos 1960, tinha o costume de viajar pelo<br />

Brasil com alguns amigos. Em 1969, resolvemos ir até Assunção ver<br />

o jogo do Brasil contra o Paraguai, pelas eliminatórias da Copa<br />

do Mundo do México, que aconteceria no ano seguinte. A viagem<br />

foi longa e desconfortável. Foi nesse momento que eu comecei a<br />

me interessar pela Kombi.<br />

Como eu sempre gostei muito de viajar e de acompanhar de<br />

perto as Copas, decidi que essas seriam as desculpas para viver<br />

minhas aventuras mundo afora. Em 1985 eu deixei meu emprego<br />

e juntei dinheiro para finalmente comprar minha primeira Kombi.<br />

Era um modelo furgão, comprado em sociedade com um amigo<br />

boliviano radicado no Recife, que depois acabou ficando com<br />

o carro. Equipamos o modelo com beliche, isolamento termo<br />

acústico, geladeira e até com um fogãozinho de duas bocas. A<br />

Kombi seria a nossa casa ambulante para a Copa de 1986, que<br />

também aconteceu no México. Deixamos o Brasil no dia 1º de<br />

abril de 1986 e ficamos na estrada por 9 meses, percorrendo mais<br />

de 49 mil quilômetros e 17 países diferentes. Quando chegamos ao<br />

México, logo começou a correr um burburinho sobre uns malucos<br />

que estavam viajando de Kombi para ver o Brasil jogar. Fomos<br />

ao treino da Seleção e pude conhecer alguns jogadores como os<br />

goleiros Leão e Carlos, além do saudoso técnico Telê Santana.<br />

Naquela época era mais fácil ter contato direto com os craques.<br />

Mas a Kombi ajudou um pouco, pois ela chamava a atenção por<br />

onde passava e logo ficamos conhecidos. Muita gente nos parava<br />

para conversar e contar histórias, mostrar o carro para os filhos e<br />

até para tomar um cafezinho – que eu mesmo preparava dentro<br />

da Kombi.<br />

Para a segunda viagem, na Copa de 1994, nos EUA, eu comprei<br />

um modelo zero quilômetro, cuja placa era CUP 0094, ou seja:<br />

“Copa 94!” A Kombi foi de avião, de Boeing 747. Eu consegui<br />

encontrar de novo com os jogadores da Seleção, tenho fotos com<br />

o Bebeto, o Romário e o Ronaldo. E consegui ver todos os jogos do<br />

Brasil, como na Copa de 1986. Não tive problemas para descolar<br />

estacionamento ou um lugar para parar a Kombi e descansar um<br />

pouco. Não vou dizer que eu prefira dormir na Kombi do que em<br />

um hotel 5 estrelas, mas é que na Kombi eu me sinto em casa.<br />

E está toda equipada, parece uma casa mesmo. Essa coisa de<br />

equipar a Kombi não é muito comum aqui no Brasil, mas lá nos<br />

Estados Unidos eu conheci pessoas que transformavam a Kombi<br />

em Motor Home, pra pegar a estrada e dormir no carro, com<br />

muito conforto.<br />

Minha terceira Copa com a Kombi foi em 1998, na França. Não vi<br />

todos os jogos do Brasil, mas consegui assistir à final. Perdemos,<br />

mas a viagem foi ótima. A Kombi foi de navio. Percorri a Península<br />

Ibérica e, depois da Copa, passei até pelo Círculo Polar Ártico.<br />

Imagina só, de Kombi 94 num frio daqueles, com tanta neve. E a<br />

Kombi aguentou. Antes de embarcar a Kombi de volta, conheci<br />

um italiano e acabei emprestando a Kombi para ele durante um<br />

ano, até voltar para buscá-la em 1999. Tenho essa Kombi até hoje.<br />

As pessoas me perguntam se eu não gasto muito com as Kombis.<br />

Não, só com o combustível mesmo, porque elas nunca me<br />

deixaram na mão. Em junho, acompanhei os jogos da Copa das<br />

Confederações em Brasília e no Rio de Janeiro. Sempre de Kombi.<br />

Meu plano agora é pegar minha outra Kombi, modelo 2008, e<br />

recheá-la de histórias, assim como fiz com as outras duas. E claro:<br />

vou de Kombi para a Copa do ano que vem. Dessa vez vai ser<br />

fácil, pois é pertinho!<br />

Lilian Duvaizan<br />

BFK2529. Já faz um bom tempo...desde última vez que andamos<br />

nela. Pelos meus cálculos, uns 13 anos. Ela foi espaço pra ganha<br />

pão do meu pai, que por muito tempo vendeu caldo de cana com<br />

ela. Também já foi cama em viagens mais longas pra Poços de<br />

Caldas. E foi nela que, pela primeira vez, segurei num volante.<br />

Lembro-me dos detalhes do painel e de como achava interessante<br />

dar seta.<br />

Também ficou na memória, o barulho que fazia quando o<br />

revestimento do banco estava molhado. É tão saudoso lembrar<br />

das paisagens que vi por aquelas janelinhas. Pastos, rios, cidades.<br />

Da alegria em pegar a mangueira e lavar, sempre com a inspeção<br />

minuciosa do meu pai, Seu Expedito. Não temos nenhuma foto<br />

dela, mas acredito que a reconheceria se a visse hoje.<br />

O coração não teria dificuldade em lembrar de algo que nos fez<br />

tanto bem. :)<br />

Lucas Pirolla<br />

Sou apaixonado pela minha Kombi! Um carro de design incrível,<br />

mesmo com 50 anos de idade! Uso para ir ao Aeroclube e passear<br />

na cidade, mas já fiz mudança e até trouxe um piano para casa<br />

com ela (mesmo não sabendo tocar piano rs).<br />

64<br />

65


Maria Teresa R de Moraes Tostes<br />

Davi Bicudo<br />

Lázaro Moura<br />

Era a irmã caçula de seis e tínhamos um fusca. Meu pai sempre<br />

dizia: Só compro Volkswagen, é a melhor marca! Não entendia<br />

muito de carro muito menos de marca. Achava apenas o fusca<br />

pequeno demais para oito pessoas e além do mais nunca tinha<br />

a chance de ir na janela. Ah, como seria gostoso ficar vendo as<br />

pessoas, os carros, as árvores, flutuando ao meu lado...<br />

Não adiantava, tinha que me conformar sempre com o banco do<br />

meio no colo dos irmãos. Mais tarde, meu pai comprou mais um<br />

Volkswagen e adivinhe só? Mais um fusca... Continuei no meio...<br />

no colo... pegando no máximo uma pontinha da paisagem que<br />

continuava a me convidar. Acontece que quando queríamos<br />

viajar, a família inteira no mesmo carro não dava.<br />

Então foi aí que meu pai um dia falou:<br />

O que um brasileiro, dois italianos, três mexicanos, um filipino<br />

e uma francesa tem em comum? Uma Kombi alugada, pouco<br />

dinheiro e muita vontade de conhecer as cataratas do Iguaçu!<br />

A Kombi sempre fez parte das minhas doces lembranças da<br />

infância. Dentre as brincadeiras preferidas de menino, a de<br />

carrinho, o meu carrinho preferido era sempre uma kombi, pois<br />

me inspirava nas excursões da minha igreja que era nas kombis.<br />

Isso me fascinava, pois me dava a oportunidade de escolher em<br />

que kombi viajaria.<br />

com mais dois professores de escolas isoladas, o Édio Zupiroli<br />

e o Francisco Assis Teixeira. As distâncias variavam de 20 a 30<br />

quilômetros em estradas rurais e de fazendas. Como a velha<br />

KOMBI estava um pouco desgastada, pois foi o veículo mais<br />

barato que encontrei para essa função, permitia a entrada de<br />

muita poeira, meus colegas professores batizaram o veículo de<br />

NÚVEM PASSAGEIRA, se não me engano em referência a uma<br />

música muito em voga na época. Mas aquela KOMBI foi nossa<br />

companheira durante cinco anos lecionando na zona rural, onde<br />

nos chamavam de TRÊS MOSQUETEIROS.<br />

Anselmo Donizetti de Oliveira<br />

- Precisamos mesmo é de uma Kombi.<br />

Não sabia muito bem do que se tratava mas quando vi, saí<br />

correndo a contar as janelas: 1, 2, 3, 4... será ? Meus irmãos<br />

ocuparam todas e sobrou apenas uma janela atrás, ou seja, o<br />

bagageiro.<br />

Mas lá fui eu, muito feliz, mesmo com toda a bagagem, pois<br />

aquela janela era minha, só minha! E mais... muito mais... Ela era<br />

grande, enorme, panorâmica!!! Enfim, uma paisagem inteira só<br />

pra mim!<br />

Essa foi provavelmente uma das viagens mais multiculturais<br />

dentro de uma Kombi já feitas. Uma grande aventura para esses<br />

intercambistas que vieram estagiar no Brasil através da AIESEC<br />

(que inclusive é parceria da Volks! olha que coincidência feliz).<br />

José Felipe Filho<br />

Sou José Felipe Filho, brasileiro, casado em segunda núpcias,<br />

fui lavrador, servente de pedreiro, pedreiro, mestre de obras,<br />

comerciante de materiais de construção, onde usava uma KOMBI<br />

1960 nas entregas, professor de escolas isoladas e finalmente<br />

cartorário, função pela qual me aposentei. Nos anos 1970 à 1980,<br />

a mesma KOMBI 1960, que foi meu meio de transporte para as<br />

escolas na zona rural deste município de Planalto, juntamente<br />

Quando criança na década de 70 meu Tio tinha uma Kombi que<br />

era o carro que levava toda a família para São Vicente no litoral,<br />

passeios inesquecíveis com tios, avós, primos...a criançada toda<br />

solta dentro...sem cintos de segurança...normalmente eu e meus<br />

primos gostávamos de ficar no chamado chiqueirinho na parte<br />

traseira da Kombi em cima do motor...aquele Sol ardente...motor<br />

quente...horas dentro do carro, pois naquela época subir ou<br />

descer a serra não era tão rápido como hoje...mas todos muitos<br />

felizes! Esta é apenas 1 história de muitas...com certeza vai deixar<br />

saudades...<br />

66<br />

67


Thiago Fernando Rinaldi Pelli<br />

Antonio Lino<br />

Antonio Lino<br />

A família de minha mãe é de feirantes. Na minha infância, meus<br />

tios e avós carregavam todo o material da barraca de roupas em<br />

uma tradicional Kombi Azul e Branca como essa do site. Desde<br />

meus 3 até meus 10 ou 11 anos eu adorava quando meu tio passava<br />

em casa e me levava para dar uma volta na Pilula do Tio Zé.<br />

Nas férias eu sempre ia trabalhar ou atrapalhar eles. Tinha que<br />

madrugar então quando era umas 10 horas da manhã eu sempre<br />

ia pra Kombi tirar um cochilo. Eu era tão apaixonado por aquela<br />

Kombi que eu tinha várias kombis de brinquedo. Uma delas era<br />

a mais especial, porque ela era azul como a do Tio Zé. Por acaso<br />

era também a mais simples e baratinha, toda de plástico. Uma<br />

vez meu cachorro pegou esta kombi e mordeu ela todinha. Ainda<br />

assim, brinquei anos com ela toda furada de dentes de cachorro.<br />

As pessoas sabem desta minha paixão por kombis, então sempre<br />

ganho um presente relacionado. Recentemente ganhei um baleiro,<br />

um porta-retratos e uma caneca em formato de kombis.<br />

Durante um ano e três meses, morei numa Kombi. Ao volante<br />

de casa (um domicílio nada imóvel), rodei mais de trinta mil<br />

quilômetros pelo Brasil. Sou escritor. E com tanta história pra<br />

contar, a viagem virou livro. Nas páginas do Encaramujado (www.<br />

encaramujado.com.br), conto sobre as gentes e os lugares que<br />

conheci pelo caminho. E presto assim uma singela homenagem à<br />

minha companheira de aventuras: a Kombi que me deixou tantas<br />

e tão boas memórias.<br />

Raphael Manenti<br />

Fui num casamento onde o noivo chegou na igreja de Kombi.<br />

Quando acabou a cerimônia ele foi para o salão de festas junto<br />

com a noiva em outro carro. De repente estavam perguntando para<br />

todos, no lado de fora da igreja, quem tinha carteira de motorista.<br />

Eu, sempre prestativo falei que tinha. Daí me entregaram a chave da<br />

Kombi do noivo e ainda me fizeram dar carona pra um pessoal que<br />

eu nunca tinha visto. Seguimos o cortejo até o salão de festas. Foi a<br />

única vez que dirigi uma Kombi. no começo estranhei, mas depois até<br />

que me adaptei ao volante enorme e aos pedais...foi inesquecível.<br />

68<br />

69


Marco Guimarães<br />

havia, pendurada na dobradiça, uma pequena trouxa de pano<br />

(as mochilas não existiam...) com uma marmita... Provavelmente<br />

um trabalhador ciclista tirou uma fina enquanto meu pai esperava<br />

abertura do sinal e pendurou ali a marmita... Meu pai voltou ao<br />

local tentando a devolução... debalde! De volta ao lar, vendo o<br />

conteúdo, arroz e um ovo frito, ele chorava por ter deixado o<br />

outro sem tão pouco...Tenho 75 anos e tenho saudades de meu pai<br />

e das nossas Kombi (tivemos 3) era como dizia a propaganda, o<br />

carro que leva o barco e as pessoas que levam o barco.<br />

histórias aqui registradas: A Kombi foi, durante décadas, um<br />

símbolo de coletividade e integração de pessoas – como uma<br />

moldura de quadro - presente em inúmeras demonstrações de<br />

união entre indivíduos em busca de um objetivo: Transportar<br />

pessoas, objetos e suas histórias, nos momentos de lazer ou na<br />

rotina diária do trabalho. Em todas as ocasiões, abrir a porta dela<br />

significava e continuará significando para muitos de nós, partilhar<br />

espaço, amizade e afeto.<br />

Paulo Henrique Debiasi<br />

Ludmila Gondim<br />

Anos 70, auge da Discotec e quase todo final de semana<br />

entrávamos numa Kombi e iamos passear, geralmente na Região<br />

dos Lagos, RJ (Foto). Eu trabalhava, passeava e até namorava<br />

numa Kombi.<br />

Marco Antonio Guimarães<br />

Fizemos uma sociedade: pai e filho para comprar uma...<br />

conseguimos! Durante a semana meu pai a usava, nos fins , toda<br />

a família! Só alegria ! Um fato marcante: certa vez ao voltar do<br />

trabalho, num semáforo, meu pai ouviu pequeno ruído na lateral...<br />

nada de excepcional. Chegando em casa verificou a lateral:<br />

Certa vez tive - lá pelo ano de 1993 - a oportunidade de viajar<br />

numa Kombi, acompanhado de meus pais, meu irmão, meus<br />

primos, minha avó e meu tio, de Curitiba-PR para Itapoá-SC. Uma<br />

viagem com gosto especial: Uma demonstração de união familiar<br />

e carinho de todos, por todos que ali estavam. Obrigado ao tio<br />

Pedro e tia Zenobia, bem como minha falecida avó Helena pelo<br />

belo e inesquecível passeio.<br />

Ainda na década de 90, a Kombi do transporte escolar foi mais<br />

uma parte da escola - onde eu e meu irmão - pudemos por em<br />

prática as lições sobre dividir, compartilhar e respeitar os colegas.<br />

Obrigado Sr. Vicente da Kombi 014, pela infinita paciência e<br />

humildade.<br />

Essas boas lembranças que tive relacionadas com o carro apenas<br />

reforçam e confirmam o ponto comum da grande maioria das<br />

Uma vida de Kombi, essa é a minha vida e da minha família. Tudo<br />

começa no dia em que meu pai tira sua CNH com uma Kombi<br />

cheia de brinquedos dentro.<br />

Daí pra frente são mais de 30 anos de histórias com a Kombi, uma<br />

delas comigo aos 2 anos. Meu pai lavava a Kombi na rua e eu<br />

brincava com o sabão. De repente a Kombi começou a descer e<br />

eu estava na frente. Meu pai disse que por mais que gritasse não<br />

me via.<br />

Ele e meu irmão, na época com 4 anos, tentaram segurar a Kombi,<br />

mas sem sucesso. Ela desceu o morro, bateu na mureta de proteção<br />

de caiu na rua de baixo com as rodas para cima. Nesse momento<br />

todos pensaram que eu estava morta, mas não, lá estava eu em<br />

cima do passeio. Ninguém sabe se ela passou por cima de mim ou<br />

se eu sai da frente, acredito na última opção.<br />

Meu irmão tem uma pequena cicatriz no dedo até hoje, pois o<br />

para-choque cortou seu dedo. Se era para esquecermos a Kombi<br />

não funcionou. É muito amor com esse carro, a querida pão-deforma<br />

está presente até hoje em nossas vidas, é com ela que meu<br />

pai trabalha ainda hoje e com ela que fiz minha última viagem no<br />

nordeste com alguns amigos que se apaixonaram por ela também.<br />

70<br />

71


Nilson Rocha<br />

Meu nome é Nilson, tenho 44 anos, quando tinha 11 anos existia<br />

no meu bairro (ainda existe) Kombis que faziam lotada então um<br />

motorista passou por mim e perguntou-me: sabe fazer lotada? E eu<br />

disse sei mas eu nunca tinha trabalhado na lotada e lá fui eu com<br />

11 anos no meu primeiro emprego informal. Trabalhei com vários<br />

motoristas chamando passageiro e fazendo troco até os 16 anos.<br />

Em outubro do ano passado após 2 anos de pesquisa consegui<br />

comprar a minha Kombi 75, é meu brinquedinho preferido espero<br />

que dure pra sempre.<br />

Fabio Rogerio Parreira<br />

O ano era 1978 e meu pai havia acabado de comprar seu primeiro<br />

carro; uma KOMBI. Vieram as primeiras lições de pilotagem com<br />

compadre Mauricio pois naquela época não havia auto escola em<br />

nossa cidade.<br />

Havia uma licença para aprendiz que em companhia de motorista<br />

profissional habilitado podia circular em perímetro urbano. Enfim<br />

através de uma banca examinadora volante do detran MG a<br />

habilitação e com ela as portas do mundo se abriram.<br />

Em 78 não tinham muitas estradas asfaltas e tampouco linhas de<br />

ônibus. Meu pai então virou entregador de padaria, caminhão<br />

de mudanças e lotação para estudantes, jogadores de futebol,<br />

pescadores, fiéis de igrejas entre outros.<br />

Também levava gente em casamentos, batizados, velórios...<br />

sempre com a heróica KOMBI AZUL 1975. Sua manutenção era<br />

sempre em autorizada VW - MINAS AUTO. A geral de sábado<br />

era sagrada no posto PRACINHA. Sempre que podia ia com meu<br />

pai nestas aventuras como ajudante para abrir as porteiras ou<br />

para carregar e descarregar. Era uma época mágica em que nos<br />

aventurávamos e nos divertíamos a cada frete ou carreto. o tempo<br />

passou e meu pai vendeu a KOMBI. Ela se foi mas as poeira das<br />

estradas o barulho do motor, aquele visual dos postos de gasolina,<br />

o próprio chacoalhar do carro pelas estradas ficaram para<br />

sempre em minha mente e principalmente em meu coração!........<br />

SAUDADES da KOMBI 78 AZUL do papai.<br />

Edmir Marcos Fagundes<br />

Abril de 1974, estava eu com 13 para 14 anos, meu pai já falecido<br />

tinha uma kombi saia e blusa, grená e branco lotus, com todos<br />

os frisos possíveis, e enfeites (acessórios) de época. Tinha até<br />

nome, cacilda, fazia parte da familia, pois aonde iamos quem<br />

levava era ela. Em uma destas viagens, meu irmão já com 18 anos<br />

e habilitado, parou ela em uma estrada de terra em atibaia/sp,<br />

desceu dela e disse: agora quem dirige é vc. Ele foi me orientado<br />

e andamos aproximadamente de 6 a 7 kms até chegarmos num<br />

lago que existia na época, foi quando pediu para que encostasse ,<br />

a cacilda. Parei e quando desci dela, minhas pernas tremiam tanto<br />

que não consegui parar em pé. Todos riam, mas a minha alegria<br />

em ter conseguido dirigir era maior do que as risadas.<br />

Depois desse dia nunca mais parei de dirigir (já estou ficando<br />

velho), e por alguns anos ainda a cacilda nos acompanhou, (até<br />

volante esporte fizemos em casa para ela), até que por dificuldades<br />

meu pai teve que vender. Fui com ele entrega-la e voltei o caminho<br />

todo cho-rando , e nunca esqueci a nossa cacilda.<br />

Carolina Ferrés<br />

Era uma vez uma perua coletiva... A kombo.s.a. nasceu para<br />

apoiar o movimento de intervenção urbana CafeNaRua. A ideia<br />

do movimento é criar e testar diferentes usos para nossos espaços<br />

públicos, sempre levando uma café como desculpa para reunir<br />

e conversar com as pessoas. Aos poucos, a kombo.s.a. começou<br />

a ser usada por outros movimentos e projetos, como o Conexão<br />

Cultural, o ProjetoCoruja, Jardim Edite, Materia Brasil, e por aí<br />

vai. Ela está sempre a serviço de quem se preocupa com nossos<br />

espaços e nossa cidade. E bora na kombo.s.a.!<br />

Douglas Schwabe<br />

Aficionado pelos modelos volks a ar comecei com um fusquinha<br />

1968 bege café com leite, um xodó, mesmo que não muito aceito<br />

pelos meu familiares que não apreciavam a simplicidade do<br />

bom e velho fusquinha, depois de longos 7 anos em viagens<br />

manutenções e muita história acabei vendendo e comprando a<br />

kombi clipper 1976 toda cheia de graça por onde passa chama a<br />

atenção equipada com suspensão a ar e um estilo próprio muita<br />

alegria só quem tem sabe o prazer que é guiar uma kombi<br />

72<br />

73


José Fascini Filho<br />

Clare Brookes vw funerals<br />

Pelo tamanho da família já da pra ver que sempre tivemos<br />

Kombi. Quando viemos para São Paulo (somos de Marília), meu<br />

Pai colocava um fogão dentro da Kombi e saíamos andando em<br />

São Paulo para conhecer tudo. Sempre por perto a Kombi fazia<br />

sucesso, foi o primeiro carro que pude dirigir após tirar CNH, foi<br />

também a última Kombi da família uma cabine dupla DIESEL,<br />

fazia sucesso com os amigos pois cabia todo mundo. Hoje na<br />

empresa temos um modelo 2012, que sempre que dá pego nos<br />

finais de semana para andar e relembrar dos bons momentos.<br />

I was a Kombi fan before I even learned to walk. In 2004, I started<br />

a company that rented Kombis for marriages. The idea came to me<br />

when I realized that if I ever got married, I would want to go to the<br />

ceremony in a Kombi — and not in a Rolls Royce or a limousine.<br />

And since I also realized the same thing would apply to my last<br />

journey, in 2007 I decided I would start VW Funerals, a hearse<br />

company. My family has been in the funeral business since 1930, so<br />

I know everything about the appropriate funeral etiquette. I choose<br />

the Kombi because it’s got lots of internal space to accommodate<br />

large coffins and flower arrangements.<br />

Today, we have two Kombis that we use specifically for this. The<br />

first one is a van that was used in the past to carry dead bodies.<br />

We’ve installed extra large windows on both sides so that the coffin<br />

and the flowers can be seen, and we’ve also added a special stand<br />

for the coffin and a roof rack where family members can place an<br />

object — a tribute to the memory of their deceased loved one. The<br />

second one had previously been used to carry passengers, and so<br />

it was harder to adapt. We also have a third Kombi that we use<br />

exclusively to carry family members.<br />

Our Kombi hearse business started out very slowly as people were<br />

not used to the idea of being carried in a motorhome after dying.<br />

England is different from Brazil in that people don’t normally hire<br />

Kombis for funerals. After lots of time and effort, people realized<br />

it could be great to have their very last trip in a Kombi. We’ve<br />

become amazingly popular throughout England and our business<br />

is now finally becoming viable. We’ve been hired for more than<br />

500 funerals and we’re very popular among the families of those<br />

who had lots of fun in life or who used to take trips in a Kombi<br />

in the 60s, 70s or 80s. They come to us because they think it<br />

would be great to offer their loved ones a wonderful last trip in a<br />

special Kombi. We also service many hippie families — they like to<br />

have lots of flowers and objects near the coffin. Our clients want<br />

something different from the traditional hearse.<br />

Our service is unique and we allow people to personalize their<br />

Kombi hearses. I remember once we held the funeral of a man who<br />

was terrible at surfing, but very good at ironing clothes. His wife<br />

decided to attach an ironing board to the roof rack, as if it were a<br />

surfboard being carried by a surfer’s vehicle. Family and friends<br />

found it funny. On the streets, people were really surprised. In<br />

fact, an old lady that was walking out of the supermarket carrying<br />

some bags was so surprised she tripped and fell down. I wanted to<br />

stop and help her but I couldn’t, because I was driving the Kombi<br />

hearse.<br />

Since Volkswagen will stop producing the Kombi, I started thinking<br />

about what its funeral would be like. There would be a Kombi for<br />

every production year since the van was launched. They must be<br />

aligned according to their year of production, and the very last<br />

model would be the first in line. This last Kombi must be a gold<br />

one, decorated with beautiful Brazilian flowers, and it would be<br />

pulled by four classic Beetles throughout the streets of Brazil, as if<br />

it were taking part in a Carnival parade. The final destiny of the<br />

bus would be a museum in Brazil, and we would see a kind of<br />

guard of honor formed by surfboards right in front of the place.<br />

There, people from all over the world would be able to see it. Rest<br />

in peace, Kombi!<br />

74<br />

75


Eduardo Gedrait Pires<br />

TESTAMENTO<br />

Sandromar Milan<br />

Ter uma kombi é o sonho de todo proprietário de fusca. Estava eu<br />

em 2010, com meu fusca 1969 pronto, quando me despertei para<br />

Kombi. Lembrei do transporte escolar, dos vendedores de porta<br />

a porta, da kombi da pamonha, da Kombi que prestava serviços<br />

ao antigo Matarazzo de Papéis e, que meu pai trazia pra casa, e<br />

decidi comprar uma.<br />

Um ano de busca e achei uma STD 1974, na Cidade de Batatais<br />

(400 km de distância de casa) que pertenceu a um convento.<br />

Estava integra, apenas judiada pela pintura gasta. Comprei.<br />

Trouxe rodando até Ipero (300 km de distância) onde foi totalmente<br />

restaurada. Cinco meses de briga com o funileiro e ela ficou pronta<br />

e veio pra São Paulo, rodando, para finalizar a restauração.<br />

Aí surgiu o problema. Como era a Kombi STD original em 1974?<br />

Ninguém sabia responder. Recorri ao Forum Fusca Brasil e nada<br />

(mais de 20 mil usuários). Manuais? Nada. Folhetos? Nada. Com<br />

muito custo e muita pesquisa, ela ficou pronta e ganhou placa preta<br />

pelo Fusca Clube do Brasil. Já estávamos em 2011. Daí, pensei:<br />

Todo esse trabalho de pesquisa ficará perdido? Não! Vou fundar<br />

um clube de kombis e surgiu o Sampa Kombi do Brasil. Nele, todas<br />

as informações necessárias para a restauração de uma Kombi,<br />

desde informações técnicas, indicação de profissionais, busca de<br />

peças, realização de encontros, estão concentradas e á disposição<br />

dos sócios. Tudo ia bem quando surgiu um e-mail de Rio Negro<br />

(PR) oferecendo uma Kombi 1958. Pensei. Não pode ser verdade.<br />

A produção começou em 1957. Ninguém do Forum Fusca Brasil<br />

conhece ou já viu uma Kombi 1958. Preciso vê-la pessoalmente.<br />

E, novamente, embarquei na Rodoviária do Tiete, rumo a uma<br />

cidade desconhecida, em busca de outra Kombi.<br />

Cheguei de manhã, fui muito bem recebido pela família Stritzinger<br />

e fechei negócio na hora. Estava muitíssimo bem conservada, com<br />

todos itens originais, apenas com a tapeçaria judiada pelos 54<br />

anos de vida e a pintura errada. O motor também já não era<br />

mais o 1200 de 30 cavalos de potencia. Veio de guincho pra SP.<br />

Um ano de reforma, agora utilizando as informações do clube<br />

e, placa preta. Depois a descoberta. Era a kombi brasileira mais<br />

velha que se tem conhecimento. O chassi dela é número 2.300. E<br />

o Sampa Kombi Clube, com seus 400 sócios e 30 mil seguidores<br />

no Facebook, continua auxiliando todos os apaixonados por este<br />

veiculo tão simples, a manter a lenda da Kombi viva, daqui para<br />

a eternidade.<br />

Foi na década de 90 que a história com a Kombi começou. O<br />

meu pai comprou uma 1980, Bege, pra fazer transporte escolar;<br />

ficamos quatro anos com ela. A segunda, foi uma Azul e Branca,<br />

1973; Ficou quatro anos na família; Foi com ela que eu aprendi<br />

dirigir. E a terceira, 1997, Branca neve, essa ficou oito anos na<br />

família. Íamos para a quarta Kombi, mas então decidimos parar<br />

com o transporte escolar. Deixaram saudades, lembro com muito<br />

carinho das três.<br />

Vera Bronze<br />

Nasci em 1950. Quando iniciaram a produção da Kombi em 1957,<br />

eu tinha 7 anos. O tempo foi passando e com 17 anos queria muito<br />

aprender a dirigir. Só que não tínhamos condições financeiras<br />

para Auto escola. Imagine, nem carro tínhamos e,mais,meu pai<br />

não sabia dirigir. Mas meu pai tinha um grande amigo - Olivio<br />

- que dirigia uma Kombi, que era da fábrica que ele trabalhava.<br />

Pois é, quando ele soube do meu desejo de aprender a dirigir,<br />

começou a me ensinar! Aprendi muito! Depois de algum tempo<br />

e trabalhando consegui tirar minha habilitação. A PRIMEIRA<br />

KOMBI A GENTE NUNCA ESQUECE!!!!!<br />

76<br />

77


Taciana Colombo<br />

Charmosa, mas ciumenta!<br />

Nunca tive intimidade com os carros, nem ao menos sei dirigir, mas<br />

neste último ano, convivendo com um namorado apaixonado por<br />

mecânica e jipeiro das antigas, descobri histórias inacreditáveis,<br />

que me fazem crer que os possantes são dotados de uma<br />

inteligência sensorial, - digamos assim. Não raro, adquirem certas<br />

qualidades humanas. São sentimentais, temperamentais e até<br />

conspiram silenciosamente.<br />

Conta a história de uma família de mecânicos, que o ancião,<br />

falecido há alguns anos, consegue comandar os veículos, que<br />

passaram por ele, mesmo a sete palmos do chão. Certa vez, um<br />

de seus antigos clientes precisou de socorro. O filho do falecido<br />

estranhou o fato do homem chegar a pé na oficina. Imediatamente,<br />

o cara explicou que o automóvel parou de funcionar “do nada”,<br />

na rua do cemitério. Sabendo dos poderes “místicos” do pai, o<br />

mecânico filho perguntou:<br />

- Vem cá, por acaso tu acertou a dívida com meu pai?<br />

o fim de semana e, por precisar de cuidados especiais, passei dias<br />

afastada do meu amado.<br />

Depois da confusão, pensei numa pequena vingança, mas a<br />

piadinha sobre o seu temperamento, me rendeu uma caminhada<br />

de 13 quadras até em casa, numa manhã chuvosa de sábado.<br />

Pifou novamente. Por fim, o namorado desmontou as mangueiras<br />

de alimentação, trocou as braçadeiras, apertou tudo, limpou a<br />

saída do tanque.... Voltou a funcionar, mas não há mais garantias.<br />

Meu namorado está nervoso. O relacionamento entre eles,<br />

definitivamente, ficou abalado.<br />

- Ela me cansou, já não é mais charmosa. Estamos em processo<br />

de divórcio!<br />

A briga já dura três dias. Estão sem se falar.<br />

- Isso que dá ser bígamo!<br />

Retruquei.<br />

tive a oportunidade no exército. Lá eu dirigia uma Kombi 73, verde<br />

oliva, e a partir daí, resolvi um dia ter a minha. A primeira Kombi<br />

foi uma 78 branca, que fiz muitas viagens de São Paulo para as<br />

prais de Floripa. A segunda Kombi foi uma cabine dupla, 84 bege,<br />

que também fiz muitas viagens, principalmente para Itatiaia.<br />

O destino ainda me reservava uma surpresa. A empresa que<br />

trabalhei a extinta Telesp, me concedeu uma Kombi 95 branca zero<br />

Km. Ficamos juntos por 7 anos, sempre viajando pelo interior de<br />

São Paulo, sempre bem conservada e limpa, mas nos separamos,<br />

eu fui desligado da empresa. Esta me deixou muitas saudades.<br />

Atualmente eu tenho uma Kombi 74, também branca, que estou<br />

fazendo uma pequena restauração.<br />

A minha vontade era ter um modelo de cada, principalmente a<br />

edição 50 anos e last edition. Pena que a Volks não fez esforços<br />

pra manter a Kombi em produção. Acho que teria formas de se<br />

adequar as regras de transito de 2014, mas fazer o que. Vou sentir<br />

muitas saudades da boa e velha Kombi.<br />

sem ter contato com uma, até que comecei a trabalhar em uma<br />

escola de ensino fundamental, a Kombi servia para transportar<br />

materiais e levar criança para casa em caso de emergência,<br />

porém, durante 2 semana houve um surto de<br />

Escabiose (sarna humana) na cidade e precisávamos levar<br />

as crianças para triagem médica, eu fiquei encarregada do<br />

transporte, íamos cantamos músicas e paródias, o que chamava<br />

atenção da população que chamava nossa Kombi de “Expresso<br />

Sarninha”, a Kombi ficou famosa e guardada no coração dos<br />

meus queridos ex-alunos.<br />

Depois no meu próximo emprego utilizávamos a Kombi para<br />

levar jornais, mateirais impressos, promotoras e até gatos de um<br />

lado para o outro. A Kombi fez mais do que parte da minha vida,<br />

tornou-se parte do que eu sou hoje.<br />

- Não.<br />

Estava explicado. O velho conseguiu dar uma lição no credor. O<br />

carro quebrou bem na lateral da sua lápide.<br />

Meu namorado tem uma Kombi a diesel. Modelo 1983. Ano 1982.<br />

Foi batizada de Charmosa. O problema é que a balzaquiana<br />

é ciumenta. Outro dia resolvemos viajar com ela. Na estrada,<br />

comemoramos seu bom comportamento, mas no dia seguinte,<br />

quem disse que a danada quis pegar no tranco? Até que chegou<br />

... Nenhuma mulher aguenta tanta concorrência!<br />

Valdemir Tadeu de Medeiros<br />

Me chamo Valdemir, e não poderia ficar de fora desta história. A<br />

minha experiência com Kombi foi ainda na minha infância, mas só<br />

Francine Alsleben Cegantini<br />

O carro da minha família durante longo deliciosos anos foi uma<br />

Kombi azul, lá viajávamos, acampávamos e muito mais, meu pai<br />

fez questão de virar um banco de frente para o outro para que e<br />

meu irmão brincarmos e interagirmos durante a viagem.<br />

Quando precisou vendê-la, meu pai chegou a chorar. Passei anos<br />

78<br />

79


Maurício Souza Lopes Silva<br />

A minha historia com Kombi começou com o meu pai na feira<br />

como se pode ver na foto eu entrando na Kombi do meu pai<br />

carregada com caixas vazias de frangos que havia sido vendido<br />

na feira, e na outra foto pode ser visto a minha Kombi 1970 que<br />

adquiri em 2013.<br />

Luiz Claudio Jorge<br />

A revolução dos meninos. Dentre as muitas passagens que já tive<br />

com as kombis, essa é de longe a mais marcante: Era o ano de<br />

1979, estávamos morando nos confins do triângulo mineiro e um<br />

colega de trabalho do meu pai resolve fundar um grupo escoteiro.<br />

Eu tinha 12 anos então, idade suficiente para não começar como<br />

lobinho, seria já escoteiro e poderia usar o chapéu da polícia<br />

florestal no lugar de um boné azul. Grupo montado e registrado<br />

na capital como o 77 de MG, rapidamente éramos mais de 20<br />

meninos, acampando ou fazendo atividades sociais todo fim de<br />

semana. Às vezes caminhávamos 10 a 15 quilômetros de marcha<br />

para acampar em alguma fazenda na beira do Rio Grande ou<br />

cachoeiras.<br />

Fazíamos alguma benfeitoria ao fazendeiro por gratidão e<br />

praticávamos ECOLOGIA sem saber que teria esse nome um<br />

dia. Muitos dos utensílios mais pesados eram levados de carro<br />

por um dos pais e quando o evento era mais longe, pedíamos<br />

transporte para as prefeituras. Naquela época ninguém falava<br />

em RECICLAGEM de materiais, entretanto fazíamos coletas<br />

semanais de saquinhos de leite vazios para doar ao hospital do<br />

fogo selvagem, que tratava de queimados na capital federal.<br />

Lembro que não existia a famigerada SACOLINHA de plástico<br />

descartável que tanto polui nosso mundo hoje. Os comerciantes<br />

de então usavam muito saco de papel e jornal velho como<br />

embalagem. Foi daí que tivemos a idéia de aproveitar a visita<br />

de cada dupla de escoteiros nas casas que doavam em média<br />

7 saquinhos de leite por semana, para recolher também todo<br />

seu jornal velho. Improvisamos macas com nossos bastões para<br />

carregar aquele peso extra, logo enchemos uma sala com tanto<br />

jornal, que precisávamos vender e seria por quilo.<br />

Não foi difícil pois todo jornal velho da região estava conosco.<br />

Tínhamos uma caderneta de poupança do grupo e muitos meses<br />

depois conseguimos dinheiro suficiente para comprar a tão<br />

sonhada kombi, verde, cheia de bancos, 15 anos de estrada, que<br />

pra kombi não é nada.<br />

Que prêmio! Não haveria melhor recompensa pelos meses de<br />

boa ação, pela prática de “reciclagem e ecologia”, palavras que<br />

penso inexistentes naqueles anos.<br />

Eis que surge uma carta, vinda de Belo Horizonte, dando conta<br />

de um tal “Jamboree”, um encontro estadual de grupos escoteiros<br />

que só acontecia a cada quatro anos. Por acaso seria desta vez na<br />

cidade de Ituiutaba-MG, quase chegando em Goiás. Se iríamos?<br />

É claro que sim e de KOMBI! O mais jovem grupo escoteiro do<br />

estado, chegando numa conferência estadual com sua própria<br />

viatura, era muito orgulho pra um garoto de 13 anos. Atravessamos<br />

todo o triangulo mineiro, lavamos a kombi antes de entrar na<br />

cidade, ajeitamos as fardas e chegamos. Que orgulho, três dias<br />

de reuniões, cursos e atividades e nossa kombi ali, interativa,<br />

polivalente e pau pra toda obra. Até no desfile final de despedida<br />

ela participou.<br />

Na volta, pra não passar o dia sem uma boa ação, o chefe resolve<br />

dar carona para um casal de hippies, daqueles mochileiros que<br />

fazem artesanato nas praças. Estavam na beira da estrada com<br />

um bebê, sob um sol forte de meio dia. Alguém do grupo falou<br />

baixinho: já tem muito mochileiro aqui dentro, não cabe mais nada.<br />

Como não, somos escoteiros e temos uma KOMBI, respondeu a<br />

maioria já se ajeitando para criar espaço.<br />

Plinio Ruvira Suniga Silva<br />

A primeira vez que dirigi um carro foi uma Kombi. Lembro-me<br />

bem desde dia. Estava na rua com meus primos esperando para<br />

ir ao Salão do Automóvel em 2002, se não me engano, e meu tio<br />

chegou. Na época com 10 anos o meu sonho era dirigir e meu tio<br />

deixou que eu e meus dois primos assumíssemos o volante. Cada<br />

um dirigiu um pouco e demos uma volta no quarteirão que parecia<br />

uma eternidade. Meu pai ficou muito nervoso, e não queria que<br />

eu fosse ao salão, mas acabou cedendo e foi um dos dias mais<br />

felizes da minha vida.<br />

80<br />

81


Antonio Souza Filho<br />

Senhora. Infelizmente ela se vai, é uma pena mesmo... Queria ver<br />

o centenário da Kombi, mas não considero a Last Edition como um<br />

Adeus, mas sim um Até Logo! Quem sabe daqui um tempo, pela<br />

falta de um veículo versátil para movimentar esse Brasil ela volte<br />

no Estilo Fusca Itamar ou até mesmo depois de um bom tempo<br />

ela volte pra ficar de vez... Porque não?! Olha o Fusca ai de volta!<br />

Sonhar é preciso! Valeu Kombi, tamo junto! |o\° /o|<br />

Apesar disso, eu trabalhava com ela nos fins de semana fazendo<br />

pequenos carretos, fretes e chegando até a remover entulho em<br />

obras com ela para pagar a faculdade, foi um momento muito<br />

difícil para mim, mas minha senhora KOMBI me ajudou a pagar<br />

as mensalidades em atraso e começou a sobrar dinheiro até<br />

para ir na balada, minha namorada até que tinha um pouco de<br />

vergonha por sair comigo na KOMBI, mas eu não ligava e até<br />

achava divertido.<br />

Liselena Maria Bersch Neumann<br />

Meu sonho é ter uma KOMBI personalizada, colorida com estilo<br />

de surfista, talvez um dia eu consiga reformar minha senhora para<br />

ela ficar uma senhorita mais atraente.<br />

Minha relação com a Kombi é uma coisa que vem desde pequeno.<br />

Fiel companheira de pescaria do meu pai que, entre tantos carros,<br />

teve no total 7 Kombis, sendo a sétima o atual carro dele, uma<br />

Kombi 2011 que eu, apesar de ter meu carro, não resisto e pego<br />

ela para os roles do fds. Dessa convivência surgiu meu carinho e<br />

admiração por esse patrimônio histórico mundial. Olhar para uma<br />

Kombi, é lembrar diretamente do meu pai, meus avós já falecidos<br />

e de tantas viagens e coisas boas e divertidas que já aconteceram<br />

a bordo de uma Kombi. Muitos julgam ser um carro jurássico,<br />

ultrapassado, careta, mas enfim...<br />

Ela já viu muitos carros entrarem e saírem de linha e ela esteve<br />

sempre ali, firme e forte, com todos aqueles que precisaram dela<br />

seja para o que for. Estar a bordo de uma é sinônimo de risadas<br />

e histórias curiosas que cada um já presenciou com a Velha<br />

Ir ao Colégio é uma atividade muito corriqueira, normal. Podemos<br />

ir de carro, ônibus, van ou até a pé, mas quando a Professora vem<br />

de Kombi é algo muito inusitado. Foi no ano de 1995, quando eu<br />

lecionava no Colégio da minha cidade em Arroio do Meio - RS,<br />

para a turminha do Maternal.<br />

Minha filha, minha aluna, carteira de motorista recente e e a<br />

Kombi minha condução. As esquinas já conheciam nossa Kombi,<br />

pois o último pneu, aquele do lado esquerdo, pegava com muita<br />

facilidade o cordão da calçada. Viagem com emoção...<br />

Sair da Kombi... Bom, sair da Kombi era algo hilário, eu a<br />

professora, grávida, o material escolar, a filha minha aluna e<br />

a porta do caroneiro. Tudo conspirava a favor, tudo saía pela<br />

mesma porta, a do carona.<br />

A Kombi bege, saudades.<br />

Atualmente meus alunos estão formados ou cursando Publicidade,<br />

Direito, Administração, Engenharias, Farmácia... Um é jogador de<br />

futebol... Feliz por eles! Agradecida à Kombi bege!<br />

Lucas Tomaz<br />

Para muitos a KOMBI nos dias de hoje é considerada um carro<br />

de pessoas mais velhas, venho aqui discordar e dizer que apesar<br />

de meus 23 anos, sou um apaixonado por KOMBI. Nesse ano<br />

de 2013, comecei minha faculdade de Publicidade e Propaganda,<br />

mas estava tendo muita dificuldade em pagar as parcelas,<br />

resolvi então vender meu antigo carro e comprar uma KOMBI<br />

1985, confesso que ela não estava nas melhores condições de<br />

conservação.<br />

Marco Antonio Del Sasso Graciliano<br />

Trabalhei por 10 anos em uma empresa que fazia instalação de<br />

equipamentos de telecomunicações para empresas do grupo<br />

TELEBRAS. Viajei o Brasil inteiro a trabalho e diversas vezes de<br />

KOMBI. Poucos podem acreditar mas ja fui de São Paulo a João<br />

Pessoa com uma, devido a quantidade grande de instrumentos<br />

que tivemos que levar. Entre outras aventuras, conheci minha<br />

esposa nesta viagem, e de KOMBI.<br />

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83


Ginger Rehm<br />

TESTAMENTO<br />

Ricardo gomes<br />

Me chamo Ricardo, tenho 40 anos moro em Santos. A Kombi é um<br />

dos veículos mais usados aqui no litoral e na minha adolescência<br />

lembro que se pegava muito delas para subir os morros, serviam<br />

de condução para quem morava por lá.<br />

We are the Rehms. A family of three who have traveled in our<br />

Kombi, Red Beard, from California to the tip of South America.<br />

For the last four years, our Kombi Westfalia has been our home<br />

as we traveled around the U.S.A., through Mexico and Central<br />

America, down the Pacific coast of South America to Ushuaia,<br />

Argentina (el fin de mundo) and back up the Atlantic coast of<br />

South America, completing an entire loop of South America. Weve<br />

seen 19 countries, slowly, in our beloved VW.<br />

Uma vez conheci uma garota que morava no morro, não sabia seu<br />

nome nem seu endereço mas fiquei de olho para prestar atenção<br />

nos horários que costuma usar o transporte e fiquei no ponto das<br />

lotações à espera, só para poder pegar a mesma Kombi que ela e<br />

puxar papo. Deu certo, a conheci, chegamos a namorar e aprendi<br />

que a kombi aproxima as pessoas. Passou o tempo não vingou o<br />

namoro mas mais adiante aprendi a dirigir e conheci um grupo de<br />

deficientes físicos, o qual acabei conhecendo minha esposa. Eu já<br />

dirigia mas morria de medo do volante.<br />

Uma vez, para impressionar minha esposa, eles locaram uma<br />

kombi para ir à um evento mas não havia motorista. Então encarei<br />

a empreitada e levei todos ao passeio, suando frio na estrada mas<br />

perdi o medo e a volta foi tranquila.<br />

Because of our bus, we have met many friends, many classic VW<br />

groups and had many doors opened. Strangers have helped us<br />

with car repairs and allowed us to camp at their homes. Everyone<br />

has a kombi story to tell!<br />

Whats next? Were gearing up the bus for another continent! Check<br />

out our map and blog at www.bodeswell.com or on Facebook.<br />

Elyne Renata Rodrigues<br />

Ela levou a gente para o Altar na data que não vai se repetir<br />

23/03/13.<br />

Elyne Renata Rodrigues<br />

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Jefferson Estevam<br />

Eric Akio Saito<br />

Thiago Petrucelli de Lira<br />

Para que eu não perca minhas raizes, não me iluda com as<br />

vaidades. Ao amor que nunca acaba e a todos os amigos, loucos<br />

ou não, que já entraram na vakinha... Vakombi é mais que uma<br />

kombi branca com manchas pretas. Não é o conjunto de rodas,<br />

chassi ou o velho motor Volkswagem. Nada tem a ver com as<br />

beliches improvisadas ou o rack sobre o teto. Vakombi existe<br />

na minha mente. Ela é real. Ela é uma ideia. Vakombi significa<br />

dividir o que se tem. Levar amor, entretenimento e cultura aos que<br />

precisam ou não, pois não sei distingui-los. É um modo simples de<br />

ir e fazer alguma coisa na prática. Vakombi se traveste naquilo<br />

que a necessidade mandar, tentando criar um ambiente simbiótico<br />

por onde passa. Vakombi visita lugares não tão bonitos. Entra<br />

em lugares onde as pessoas são esquecidas. Ela não espera ser<br />

bem recebida. Ela existe pra servir; dar e não esperar o troco.<br />

Ela precisa ter os ouvidos abertos e enxergar além da superfície.<br />

Vakombi tem uma missão: espalhar o AMOR.<br />

Lembro-me de quando era criança e andava na Kombi amarela<br />

do meu tio, os tempos foram passando, comecei a frequentar<br />

a escola, fui por um período de tempo com ela pra escola, fui<br />

crescendo e adivinhem em qual carro aprendi a dirigir? Claro<br />

que foi numa Kombi que dei as primeiras aceleradas, agora estou<br />

comprando uma T4 pra trabalhar com turismo. Ela não sai da<br />

mente nem do coração.<br />

Murilo Cesar Luiz Alves<br />

A kombi esteve na minha vida entre os anos 1967 e 1970. Nessa<br />

época minha tia era casada com tio Carlinhos, que tinha uma<br />

kombi. Ela era muito querida e passear nela era um acontecimento.<br />

E ainda foi muito útil quando ele e meu pai formaram uma firma<br />

de distribuição de hortifrutis. Quando minha tia desquitou dele,<br />

acabou a festa. Sempre tive um carinho especial pela kombi. Que<br />

saudade, cara...<br />

Desde pequeno fui fissurado por carros. Acho que desde meu<br />

aniversário de 1 ano que foi todo de Formula 1, peguei gosto por<br />

carro. Meu pai não tinha carro próprio na época. Foi quando a<br />

Kombi surgiu na minha vida.<br />

A empresa que meu pai trabalhava deu uma Kombi, pra ele viajar<br />

fiscalizando obras. E aos finais de semana o carro ficava com ele<br />

pra usar a vontade. Foi quando peguei uma paixão pela Kombi.<br />

Viajava com meu pai, achava demais. Tenho ótimas recordações<br />

da família inteira unida viajando de Kombi na minha infância.<br />

Porém meu pai parou de usar Kombi para trabalhar, a empresa<br />

deu outro carro e desde então não havia andado mais de Kombi,<br />

mas a paixão pelo carro sempre prevaleceu. Sempre foi o carro<br />

que eu tive mais vontade de ter. Foi quando tive a oportunidade<br />

de trabalhar com transporte e tive que escolher um utilitário para<br />

ser meu companheiro.<br />

E obviamente escolhi a Kombi. Procurei bastante e acabei<br />

comprando uma Furgão 2010, na qual é meu ganha pão hoje.<br />

Trabalho numa transportadora viajando bastante com ela. Sou<br />

apaixonado pelo carro, é meu xodó apesar de ser um carro de<br />

trabalho. E hoje quando viajo, levo meu pai, e passamos as vezes<br />

pelas mesmas estradas daquela época e bate uma saudade em<br />

ambos. Não canso de ouvir as mesmas histórias que ele conta.<br />

Fiquei realmente triste ao saber do fim desse carro.<br />

O Brasil precisa dele! Deveriam abrir uma exceção pois não há<br />

nada parecido que possa substituir este carro tão carismático e<br />

importante na vida da maioria dos Brasileiros.<br />

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87


Thyago Szoke<br />

Bruno Andreto Delghingaro<br />

Fabricada no Brasil desde 1957, a Kombi é um verdadeiro ícone<br />

na história dos brasileiros. E é fácil saber o porquê: sendo o mais<br />

longevo veículo em produção no Brasil, não há quem nunca<br />

tenha vivido uma situação com uma Kombi. Este é meu caso. Pela<br />

minha família já passaram 5 Kombis, desde os anos 1950. Ambos<br />

meu avôs tiveram Kombis, sendo meu avô paterno o pioneiro no<br />

assunto: dirigiu uma Kombi do primeiro lote vendido no Brasil,<br />

ainda importado, quando trabalhava para uma confeitaria. Depois<br />

disso adquiriu para uso próprio outras duas Kombis, em momentos<br />

diferentes, que levaram a família - enorme, como era comum<br />

naquela época - para passeios em todo o Brasil. Com meu avô<br />

materno, não foi diferente: teve duas Kombis de primeira geração<br />

e uma Clipper, ano 1976, logo que foi lançada. Foi uma festa, todos<br />

queriam saber se ela era tão boa de dirigir quanto a antiga e,<br />

bem, as excelentes vendas estão aí para confirmar. Guardo foto<br />

dessa Kombi até hoje! O mais curioso disso tudo é que ambos<br />

passaram para carros Volkswagen quando se aposentaram, antes<br />

do meu nascimento, de forma que muitos anos se passaram até<br />

que eu viesse a andar numa. Surpreendentemente, sempre fui<br />

apaixonado por Kombi, mesmo sendo um veículo com apelo tão<br />

comercial. Desde criança, era doido para ter uma! E é aqui que<br />

começa a minha história.<br />

Quem não se lembra de quando era criança e o Natal era época<br />

de escrever cartinha para o Papai Noel? Uns pediam bicicleta,<br />

outros pediam um videogame, outros mochila... adivinhem qual foi<br />

o meu pedido no Natal, quando tinha 8 anos? Sim, uma Kombi!<br />

Devo ter envelhecido meus pais uns 5 ou 10 anos quando leram<br />

a minha carta, tamanho choque que causei. Fui simples e direto:<br />

Papai Noel, como bom menino que fui este ano, quero realizar<br />

meu sonho, que é ter uma Kombi! Branca, com desembaçador no<br />

vidro traseiro. Não precisa ter placa, já que não tenho carta e<br />

só vou dar umas voltas até fazer 18 anos. Mas prometo que vou<br />

cuidar muito bem dela. Peguei algumas folhas de papel sulfite e<br />

fiz um caminho da calçada até a árvore de Natal, passando pela<br />

garagem, mostrando onde o bom velhinho deveria estacioná-la.<br />

Bolei até um meio-fio imaginário, alinhado com o piso da sala,<br />

para ficar mais fácil manobrá-la para fora de casa.<br />

Montei tudo dia 24 de dezembro e mal consegui dormir à<br />

noite. No dia 25 acordei bem cedo, e fui até a sala na ponta<br />

dos pés, coração saindo pela boca, para descobrir se ela estaria<br />

lá, estacionada: mas, não estava. Lembro que chorei muito,<br />

decepcionado que fiquei por ganhar um carrinho em escala 1:18,<br />

e não o objeto dos meus sonhos, em escala 1:1. Fiquei chateado<br />

por dias, o que levou meus pais a me contarem que o Papai Noel,<br />

na verdade, era apenas uma história. Não preciso dizer que fiquei<br />

chateado em dobro...<br />

Não me rendi: nosso vizinho de frente, um senhor de idade, tinha<br />

uma Kombi branca, cabine dupla, motor à gasolina, ano 1981, lá<br />

pelos idos de 1991. Único dono, muito bem conservada, lembro<br />

que fiquei tímido de pedir para dar uma volta, mas a paixão pelo<br />

carro era maior e lá fomos seu Francis (dono da Kombi), meu pai<br />

e eu para um rápido passeio. Que legal! Fui sentado no centro,<br />

no banco dianteiro, e me apaixonei pelo barulho, conforto (sim!),<br />

e espaço interno. Virei fã maior do que já era. Anos se passaram<br />

e outras Kombis fizeram parte da minha vida. Em todas andei<br />

de carona, algo que me entristece ainda hoje. De tempos em<br />

tempos comento com meus amigos se alguém tem uma Kombi pra<br />

emprestar pra dar umas voltas, mas sem nenhum resultado. Ainda<br />

me pego pensando em uma, branca ou prata, com vidros verdes<br />

e desembaçador, para passear em finais de semana e levar coisas<br />

para a casa de praia. A Kombi sempre morou e sempre morará<br />

no meu coração. Mas até hoje me entristeço não por aquelas em<br />

que andei apenas como passageiro, mas por aquela que nunca<br />

foi minha, em Natal algum. Nem por uma voltinha...<br />

Valéria Gardini<br />

Minha história apaixonante por Kombi , começou com 9 anos de<br />

idade, quando minha família abriu uma distribuidora de alimentos.<br />

Aprendi a dirigir com 10 anos em uma Kombi ano 76, exatamente<br />

o ano que nasci. Ainda não tenho a minha, e não quero outro<br />

automóvel, somente a Kombi e de preferência colorida para<br />

vender livros. No momento comecei uma coleção com miniaturas!<br />

Ah, se todo mundo pudesse ter uma Kombi... sou do ano de<br />

fabricação 1993 e, desde minhas primeiras horas de vida, uma<br />

Kombi 1990 faz parte dela. Por necessidade na serralheria<br />

da família, meu pai sempre foi adepto à robustez e facilidade<br />

de manutenção da Kombi. Depois de usar uma 1969 até o fim,<br />

acabando no ferro velho, ele comprou a que nos acompanha até<br />

hoje. São muitas histórias, momentos, lembranças. Como esquecer<br />

os passeios de final de semana, indo à chácara e indo pescar,<br />

na companhia dos avôs... a festa com os primos, pois cabia todo<br />

mundo em pé... sempre foi pau pra toda obra: carregava portões<br />

no bagageiro, ferramentas nos bancos e assim, ajudava um pai de<br />

família nas atividades do dia-a-dia. Foi o segundo carro que este<br />

que vos escreve dirigiu, depois de fantasiar viagens e conhecer<br />

o mundo pela imaginação à bordo dela. Hoje, tenho quase 20<br />

anos; a Kombi, 23. Ela já não tem a mesma saúde de 18 anos atrás,<br />

com seus 432 mil kms, além de vários furos no assoalho, mas ela<br />

continua com um charme que não dá pra resistir! Meu plano para<br />

o futuro é restaurá-la, transformá-la em um motorhome e viajar<br />

pelo mundo, eternizando a companheira mais valente e simpática<br />

que pode existir!<br />

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João Marques<br />

Silvia Megale<br />

Plinio Ruvira Suniga Silva<br />

Um emprego estável, uma vida de luxo, mas um sonho por realizar.<br />

Foi assim que no inicio de 2012 decidimos deixar tudo e comprar<br />

a nossa primeira kombi. Assim que a vimos ficamos apaixonados,<br />

pois apesar do seu estado quase caótico, pudemos ver a sua<br />

beleza interior e durante três meses dedicamos todo o nosso tempo<br />

a restaurar todo o seu esplendor. Em Agosto de 2012, a nossa<br />

Amália Frida estava finalmente pronta: nova cara, novo interior,<br />

pronta para ser a nossa casa por mais de um ano viajando por<br />

toda a América Latina, desde o México ao Brasil, percorrendo<br />

mais de 30.000 km no ano mais feliz da nossa vida. Com os seus<br />

já 37 anos, pois nasceu em 1976 em Puebla, México, foi ela quem<br />

nos guiou com toda sua experiência.<br />

Não havia dia que passasse sem que alguém nos tirasse uma<br />

fotografia ou pedisse para lhe contarmos a nossa historia, algo<br />

que quase sempre resultava num convite para jantar ou para<br />

dormir em sua casa. Ninguém podia resistir aos encantos da<br />

kombi celeste e branca com flores que passeava pelo continente<br />

Americano a cumprir um sonho de 2 jovens loucos.<br />

Claro que não faltaram as avarias no caminho, pequenas e grandes,<br />

mas parecia que sempre que a Amália não queria avançar havia<br />

uma razão e cada avaria se terminava transformando numa<br />

amizade, cada problema sempre tinha solução e parece que não<br />

há mecânico no mundo que não saiba o que é uma kombi e a<br />

oportunidade de poder trabalhar numa parecia um privilégio. Um<br />

privilégio que muitos tomavam como uma dádiva e que muitas<br />

vezes nem nos deixavam pagar, pelo contrário insistiam que<br />

ficássemos em suas casas e, assim conhecemos lindas famílias e<br />

amigos que eternamente levaremos nos nossos corações.<br />

São mil as histórias que temos para contar, mas nunca<br />

esqueceremos, por exemplo uma menina de 10 anos que se<br />

apaixonou tanto pela Amália Frida, que não descansou enquanto<br />

não convenceu os seus pais e a nós que tínhamos de passar o<br />

Natal juntos e foi assim que o Natal de 2012 o passamos em<br />

Bogotá, com uma família humilde, mas tão especial que partilhou<br />

conosco o seio do seu lar neste dia tão especial.<br />

Assim, nos tornamos Kombinautas...<br />

1970...eu tinha apenas 6 anos quando entrei pela primeira vez<br />

numa kombi. Até então eu só tinha andado de fusquinha. Éramos<br />

em 4 pessoas na família: meus pais, eu e minha irmã. Então nosso<br />

fusca era mais que suficiente para nós. Bom, até o dia em que<br />

tivemos que ir de São Paulo até Presidente Epitácio... a viagem<br />

era sem fim e o fusquinha pedia várias vezes para parar. Ao<br />

chegar em nosso destino, onde moravam meus tios com seus 6<br />

filhos, eis que conheci a gloriosa kombi!!! Um carrão! Não, uma<br />

caminhonete! Não, um caminhão! Não, definitivamente, nada<br />

semelhante a uma kombi: quadrada, dura, sem nenhum conforto,<br />

mas ENORME, GIGANTE, tão gigante que dentro dela nós 8<br />

(eu, minha irmã e meus 6 primos) fazíamos a maior bagunça:<br />

brincávamos, corríamos, pulávamos de um banco para outro,<br />

aprontávamos tudo o que podíamos e não podíamos dentro<br />

daquela perua azul-clara que durante anos foi nossa diversão<br />

nas nossas férias...<br />

Saíamos para passear numas 12 pessoas dentro da kombi; tomar<br />

sorvete, pescar, atravessar a fronteira para Mato Grosso, ver<br />

jacaré à noite...E fora das férias passou a ser nosso dia-a-dia<br />

para irmos à escola durante anos a fio: mãe, a perua chegou!!! E<br />

saíamos correndo para subirmos em nossa van escolar dos anos<br />

70 rumo à escola.... Veículo simples, de formas disformes, que<br />

tirava todo mundo do lugar cada vez que passava numa valeta,<br />

mas que até hoje transporta milhares de brasileiros, balançando<br />

seus fígados e corações.....é dona kombi, nunca capricharam muito<br />

no seu sistema de amortecedores!!!! Mas não tem problema, a<br />

nossa geração sempre irá se recordar de você com muita alegria<br />

e nostalgia! Mas quer saber de uma coisa, tenho certeza de que<br />

você voltará! O fusca não voltou? Beijos. Te amo e obrigada por<br />

todos bons momentos que tivemos juntas....<br />

A primeira vez que dirigi um carro foi uma Kombi. Lembro-me<br />

bem desde dia. Estava na rua com meus primos esperando para<br />

ir ao Salão do Automóvel em 2002, se não me engano, e meu tio<br />

chegou. Na época com 10 anos o meu sonho era dirigir e meu tio<br />

deixou que eu e meus dois primos assumíssemos o volante. Cada<br />

um dirigiu um pouco e demos uma volta no quarteirão que parecia<br />

uma eternidade. Meu pai ficou muito nervoso, e não queria que<br />

eu fosse ao salão, mas acabou cedendo e foi um dos dias mais<br />

felizes da minha vida.<br />

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Celina Rebouças Bressane<br />

Allison Rossati<br />

Thais Sá<br />

Vamos lá! Acredite se quiser...<br />

Sou de uma família numerosa, a quinta de dez... seis homens e<br />

quatro mulheres. Sempre gostei de automóveis, carros, motores,<br />

demonstrando o meu grande interesse em dirigir.<br />

Certo final de semana, em nossa propriedade no interior,<br />

Guararema (aqui em São Paulo), tive um sonho: aprendi a<br />

dirigir aos doze anos de idade: câmbio, marchas, freio de mão,<br />

manobras, ré, espelhos, farolete e a direção, meu guia principal<br />

juntamente com a embreagem, freio e acelerador.<br />

O carro escolhido por meu pai foi uma perua Kombi, da<br />

Volkswagen, o carro da família.<br />

Ao acordar pela manhã, contei a todos o meu “sonho”; papai<br />

nomeou um primo que estava conosco para darmos uma volta,<br />

como companhia instrutora na Kombi.<br />

Estrada de terra...<br />

Muita vontade de dirigir...<br />

Novos caminhos...<br />

Um novo mundo...<br />

Lá fomos nós!<br />

Percurso: 1ª marcha, 2ª marcha, curvas a diante, manobras; ré<br />

e logo voltamos, pois tudo aconteceu tão certo quanto o “sonho”.<br />

Acredite se quiser!<br />

Sou Celina, aos sessenta e um anos de idade, uma das fãs da<br />

Kombi! Obrigada por este “sonho” se tornar realidade.<br />

Tudo começa na cidade de Jaú – SP, onde meu tio Raul Boscarini,<br />

começou sua vida ao lado de minha tia Maria Jovelina Rossati, na<br />

plantação de verduras, primeiramente o transporte era em uma<br />

bicicleta, que após as coisas melhorarem um pouquinho, mas bem<br />

pouquinho partiram para VW Kombi, onde ao decorrer dos anos,<br />

diversas Kombi, passaram pela vida deles, mantendo a tradição da<br />

marca que atualmente possuem um caminhão VW 8-150, talvez os<br />

caminhos não seriam os mesmos sem este utilitário tão resistente<br />

que com valor tão acessível, como era e ainda é. algumas vezes<br />

que estava no sitio deles, participa da entrega das verduras junto<br />

de meu tio e meus primos: Antonio Boscarini e Raul Boscarini.<br />

Um utilitário que sem duvida entrará para eternidade deixando<br />

muitas saudades, de boa parte dos brasileiros que começaram a<br />

vida a bordo de Volkswagem Kombi com nome original alemão<br />

Kombinationsfahrzeug. Vai deixar saudades<br />

Ricardo Sanchez<br />

Em 1964 minha mãe enfrentava problemas com uma forte<br />

depressão. O médico prescreveu entre outras coisas que ela fosse<br />

passear mais, principalmente com a família. Meu pai, com poucas<br />

posses na época, fez empréstimo com parentes e comprou nosso<br />

primeiro carro, uma Kombi ano 1962, cor verde areia, que era<br />

de um fazendeiro de Pirassununga (SP). Logo começamos a fazer<br />

grandes passeios em família, o que muito ajudou na recuperação<br />

de minha mãe.<br />

A viagem que foi inesquecível, assim como essa Kombi, foi a<br />

que fizemos a Aparecida no Vale do Paraíba. A via Dutra estava<br />

sendo duplicada e nossa Kombi, toda brilhante com cortininhas<br />

nas janelas, parabarros de borracha e calotas cromadas desfilava<br />

com orgulho ultrapassando muitos e chamando atenção de todos!<br />

No Santuário, pagamos nossa promessa pela melhora de minha<br />

mãe, e pela Kombi que pudemos comprar. Inesquecível ...<br />

Moro no Amapá (extremo norte do Brasil), estava na universidade<br />

ainda. Certo dia um colega de trabalho (éramos bolsistas de<br />

um cursinho preparatório para o vestibular, éramos professores)<br />

convidou eu e minha namorada para viajarmos à um congresso<br />

em Fortaleza-Ce.<br />

Topamos de cara e como bons bolsistas estávamos lisos, mas<br />

topamos. O congresso era de estudantes de Letras (eu fazia<br />

Geografia), mas por ser uma cidade praiana, topei. Primeiro passo<br />

era arranjar dinheiro pra chegar a Belém (cidade vizinha que<br />

liga o norte ao resto do Brasil). Depois de lá, o dinheiro reduziu<br />

bastante e resolvemos alugar uma kombi no aeroporto de Belém<br />

e ir dirigindo por mais de 1400 km.<br />

Conseguimos, na época quem alugou a kombi foi um colega que<br />

tinha mais de 2 anos de CNH, eu era apenas uma permissionária.<br />

Mas devido às imprudências e barbeiragem dos 2 outros<br />

habilitados, o grupo resolveu entregar o volante somente à mim<br />

dentro do Maranhão. E assim dirigir por 2 dias e chegamos a<br />

Fortaleza e ao término do encontro retornamos são e salvos e<br />

desde então recordo com felicidade desse veículo.<br />

92<br />

93


Otávio A. F. Costa<br />

José Maurício de Arruda Meyer<br />

Creio que minha história com a Kombi seja diferente da maioria<br />

das histórias aqui relatadas. Não tive nenhuma ligação forte com<br />

ela na minha infância, nenhum de meus avós ou pais tiveram<br />

Kombi e também nunca fui para a escola em uma... Apesar dessa<br />

distância entre nós, algo nela me chamava a atenção. Na minha<br />

adolescência estreitei os laços com a família a ar, dirigindo o Fusca<br />

1300 1977 de minha mãe, pra todo lado, inclusive em viagens ao<br />

interior de São Paulo, onde levava meu avô para tratamento<br />

médico.<br />

Como todo jovem, também era apaixonado por carros, em<br />

especial os esportivos da época, como o Gol GTI, um sonho muito<br />

distante para mim na época. Porém, quando eu e meus amigos<br />

nos juntávamos para falar de carros, sempre dizia sobre minha<br />

vontade de ter uma Kombi antiga, com dois vidrinhos na frente.<br />

Imaginem só, sempre fui motivo de muitos risos e piadas... O tempo<br />

passou e minha vontade de ter a Kombi continuou aumentando,<br />

até que em 2007, depois de muita procura, encontrei um modelo<br />

1972 Stander Azul Diamante, toda original. Fiquei apaixonado,<br />

era ela!!!!! Eis que, aos 34 anos, dirigi, pela primeira vez, uma<br />

Kombi antiga e a paixão se transformou em amor !!!<br />

Seis anos depois e 11 modelos de Kombi na garagem ainda<br />

não foram suficientes para me fazer parar... sempre tem espaço<br />

para um modelo diferenciado. Apesar de cada uma ter uma<br />

particularidade e história diferente, não tenho a preferida, porém,<br />

uma em especial tem minha atenção redobrada: uma Barndoor<br />

1950 - Luxo, com todas as características de quando foi fabricada<br />

na Alemanha, inclusive o motor. Trata-se de um dos primeiros<br />

exemplares fabricados e um dos últimos nessa configuração que<br />

se tem registro.<br />

Mesmo com a garagem bem apertada, ao lado da primeira kombi<br />

fabricada, estou reservando uma vaga para a última, ou melhor,<br />

para a Last Edition...isto é, se eu conseguir o direito de compra,<br />

pois sei que não será fácil! É isso. Um pouco diferente das outras<br />

histórias, a Kombi não fez parte do meu passado, ela faz parte do<br />

meu presente e fará, por muito tempo, parte de meu futuro.<br />

Aurelio Castro Guimarães<br />

Acho que tinha uns 3 para 4 anos ,quando meu pai estava lavando<br />

a kombi dele que usava para buscar verduras no Ceasa , foi<br />

quando percebi que a minha Kombi de brinquedo era parecida,<br />

nisso meu pai me explicou que era igualzinha tentando fazer com<br />

que eu achasse isso ,só que vi que tinha algo diferente ,o teto<br />

da minha abria e era em dois tons ...Despertei desde então essa<br />

paixão por carros lembro com se fosse hoje ! Hoje minha paixão<br />

por carros foi muito além ,sou customizador de carros tenho uma<br />

oficina ,talvez aquele simples fato mudou o rumo de minha historia<br />

!Recentemente fiz um curso de Design onde a minha primeira<br />

tentativa foi fazer um sketch de uma kombi !De resto mando minha<br />

foto daquele episódio com a kombinha logo no canto da foto (era<br />

vermelha e branca ) e de quebra vai uns sketches de algumas<br />

inclusive a ultima edição !!!! Com toda certeza vai deixar saudade<br />

,ficou show essa limited ....um sonho pra mim !!!Valeu vovó ........<br />

Osnir Brambila<br />

Em 1970 meu pai comprou uma Kombi, ano 1961, modelo Luxo,<br />

nas cores azul e branca, e fomos fazer uma viagem para São<br />

Paulo. Na Rodovia Castelo Branco, trecho recém construído, meu<br />

pai abusou e deu tudo que o motor 1.200 podia aguentar, quando<br />

chegamos em cima da ponte de Osasco o motor travou. Depois de<br />

muito desgaste e tempo, entramos em São Paulo dentro da Kombi,<br />

mas rebocado por um carro guincho. Essa história está na minha<br />

mente desde criança. Depois meu pai teve outra kombi, com a<br />

qual, ele entregava remédios e viajava todo o norte do Paraná<br />

e fiz muitas viagens com ele. Sempre que eu vejo uma Kombi,<br />

lembro do meu falecido pai, que se ele fosse vivo iria comprar<br />

esse modelo retrô para presenteá-lo.<br />

Sou de uma família grande. O quarto de seis irmãos. Nasci em<br />

1956. A primeira Kombi da família chegou em 1966, zero bala.<br />

Passei horas dentro dela em sua primeira noite na garagem. Que<br />

cheiro delicioso!<br />

Loucas aventuras nos trouxe nossa Kombi. Inesquecível a nossa<br />

ida a Barra Bonita (sou de Marília, SP) quando papai chegou a<br />

construir cortininhas pra ela. Dormimos em cinco dentro dela. Sem<br />

o banco do meio papai dormiu de atravessado. Ao seu lado eu de<br />

cá e Teresa, a caçula, do lado de lá. Mamãe no banco de trás e<br />

Augusto, mais velho que eu, no banco da frente. Onde íamos era<br />

uma farra. Baralho, colchão, comilança... era fácil ir de Marília à<br />

praia distante quase 600km.<br />

A viagem quinzenal a Palmital, SP, em direção ao estado do<br />

Paraná, era uma delicía! O que trazíamos de frutas! Caixas e<br />

caixas.<br />

Um momento de emoção proibida? Dá VDO pai! Não meninos!<br />

80 já ta muito bom!<br />

Ótimas lembranças levarei comigo e nossas Kombis. Quem<br />

dera eu pudesse comprar a Last Edition. E as fotos que não tirei<br />

permanecem na retina da memória.<br />

94<br />

95


Marcelo Amoriello<br />

Nino Smith Bendelak<br />

Max Siegers<br />

A minha história com a Kombi começou em 2002 onde adquiri a<br />

minha primeira Kombi. Foi uma furgão 1980; depois uma standard<br />

1995; depois uma standard 1975; depois uma standard 1996;<br />

depois uma furgão 2002 e agora uma furgão 2008; todas as<br />

seis têm uma história e um carinho especial. Nesses anos foram<br />

transportados milhares de caixas de ovos por toda São Paulo.<br />

Pedro Alexandre Olímpio de souza<br />

Em 2007, eu e minha família saímos de São Paulo. Na altura de<br />

ilhéus, o nosso gol 96 preto pifou e se não fosse a kombi de um<br />

senhor que nos ajudou, sabe Deus o que seria da nossa viagem.<br />

Kombi você vai deixar muitas saudades. Kombi branca conduzida<br />

por um anjo. Kombi você não é uma van você é a van,e que vai<br />

estar sempre no meu coração.<br />

André da Costa<br />

A primeira palavra que eu pronunciei quando criança foi “puua”,<br />

que segundo minha diz significava “Perua”, nome popular da<br />

Kombi na década de 70, quando nasci. Era o único lugar onde meu<br />

pai conseguia me fazer dormir, bastava uma volta no quarteirão<br />

com a Kombi e eu já embalava no sono.<br />

Vivi no meio de Kombis a vida toda, a do meu Bisavô, a do meu<br />

Tio Hélio e por último a do meu Tio Zé. Foram várias viagens e<br />

aventuras com estas Kombis. Este meu tio comprou esta Kombi<br />

em 1966 e trabalhou com ela por toda a vida, a Kombi foi sua fiel<br />

companheira por décadas. Hoje ela está comigo, firme e forte e<br />

me alegrando muito, como fazia quando eu tinha apenas 01 ano<br />

de vida.<br />

A Kombi é mágica e inexplicavelmente carismática, basta observar<br />

o rosto das pessoas ao observar uma Kombi, todos sorriem.<br />

Rogério da Silva Ferreira<br />

Bem, meu pai tinha uma padaria no ano de 1997 em São Caetano<br />

do Sul (hoje faliu e virou igreja dos mormons), e tínhamos uma<br />

kombi azul. O nome dela era Ambrósia e, eu no auge dos meus 14<br />

anos, me achando um homem e que tinha acabado de aprender<br />

dirigir, roubei a Ambrosia do meu pai e fiquei passeando no bairro<br />

Cerâmica, em SCS. Porém acabou a gasolina perto do parque<br />

Chico Mendes, não sei como, só sei que estacionei, subi pra casa,<br />

me enfiei debaixo das cobertas e fiquei quietinho quietinho. Meu<br />

pai achou a kombi, colocou a gasolina o foi para casa “de boa“,<br />

e ele só soube dessa história há alguns dias atrás, depois de eu<br />

estar casado e ter família, pois quem é doido de falar que roubou<br />

o carro do pai para dar um rolê? kkk.<br />

Quando eu fiz 18 anos meu pai me deu uma Kombi pra lanternar<br />

e pintar. Confesso que o serviço não foi dos melhores, porém ela<br />

tinha um motor 1.6, dois carburadores, pintei de amarela e coloquei<br />

adesivos por toda a lataria e uma luz vermelha e um super som.<br />

Tirei os bancos traseiros e no lugar coloquei um colchão pra poder<br />

descansar nos intervalos de uma balada e outra rsrs. Foi uma das<br />

melhores fases da minha vida e muitas viagens pelo estado do<br />

Rio de Janeiro e Região dos lagos e tudo isso com aquela familiar<br />

folga na direção de sempre kkkkkkkk.<br />

Sandro D’Auria Vulcano<br />

Vou contar a história da minha mãe Anna Lucrécia.....A época<br />

era final da década de sessenta!! Meu avô tinha uma indústria<br />

de pães, no bairro do Brás, precisamente na Rua Visconde de<br />

Parnaíba. A fim de fazer entregas às padarias que não produziam<br />

pães, ele mantinha uma Kombi para fazê-las. Minha mãe com seus<br />

vinte e poucos anos, universitária, 1,50 m de altura tinha um fusca<br />

para supostamente ir à faculdade. Não era bem o que acontecia,<br />

ela adorava sair com a Kombi, mesmo com aquele cheiro de “pão<br />

quente”. Dizia que se sentia “alta” e imponente quando a dirigia !<br />

Meu avô sem opção, recolocou os bancos traseiros na Kombi para<br />

minha mãe sair com as amigas e retirou todos os bancos do fusca,<br />

que passou a ser o carro para entregas !!!<br />

My parents had one. White with a blue peace dove above the<br />

VW sign in the front. My first driving experiences, long summer<br />

nights with friends when we were young, party here, party there,<br />

everyone in, back home. Will always remember our Bully. In good<br />

memory, with regards from Germany. Max<br />

Nazareno Santos da Cunha<br />

Minha história com minha kombi é uma relação de amor e ódio<br />

pois odeio o modelo por ser espartano demais e sem detalhes de<br />

acabamento que deixariam seus donos mais confortáveis dentro<br />

dela já que passamos o dia todo dirigindo esse carrinho. Até<br />

investi um pouco no meu conforto, coloquei ar condicionado, vidro<br />

elétrico, central multimídia etc. ,no entanto acabamos criando um<br />

vínculo muito forte com a mesma pois fomos vivenciando muita<br />

coisa juntos. Meu modelo 2007 tinha muita história pra contar.<br />

Junto comigo, ela viu minha filhinha nascer levava-a para diversos<br />

lugares, trabalho ou lazer lá estava minha kombi, quase morri<br />

quando tive que trocar por uma modelo 2013, mas minha filhinha<br />

vivia dizendo papai seu carro está sangrando... rsrsrs. Era um<br />

vazamento no sistema de arrefecimento, e sim se estou satisfeito<br />

com meu novo carro digo que não pelos mesmos motivos do início<br />

do texto...mas é só questão de tempo para criar um novo vínculo<br />

com o novo velho carrinho!<br />

96<br />

97


Lupercio Barbosa de Souza<br />

Mauricio Luiz Bertoni<br />

Lupercio Barbosa de Souza<br />

Cheguei em São Paulo vindo da Bahia em 1960, com 12 anos<br />

de idade. Lá eu só tinha visto os jeeps e ouvia falar mum carro<br />

parecido com um bezouro, o fusca... e outro que era uma perua,<br />

acontece que perua eu conhecia e muito, e me perguntava como<br />

podia ser ele... já vim com essa curiosidade, aí perguntava para<br />

o meu irmão, que já estava aqui, a cada carro que passava se<br />

aquele era uma perua até que ele quis saber porque eu tanto<br />

fazia essa pergunta. Então passou a procurar uma perua para me<br />

mostrar. “Aí está a Kombi”, disse ele, e eu de imediato retruquei<br />

“Não é Kombi, é Perua!”. Coisas de Nordestinos naquela época,<br />

não conhecia quase nada... Seis anos depois já com 18 anos<br />

entrei em uma firma como vendedor de carnês, e com uma kombi<br />

66 viajei por todo o estado de São Paulo com uma equipe de<br />

9 homens... em 69 comecei a dirigir numa 67... e em 1994 aduiri<br />

minha primeira Kombi, uma 69, isso porque queria recuperar uma<br />

aí a tranformei na Xodó, comigo até hoje. 4 anos desmontada no<br />

fundo de minha casa, onde troquei tudo que fosse removível, e no<br />

final de 97 ela começou a rodar... zeradinha. 16 anos depois, ela<br />

enfeita minha garagem e está com 42 mil Km. E já ganhou três<br />

réplicas em madeira, feitas por mim, numa escala de 10.1.<br />

Paulo Silvio Pereira<br />

Tive uma Kombi ano 75, 0 Km, só foi alegria, ela tinha até um<br />

apelido, BOATE BISTECA, porque tinha um objeto de taxi com<br />

luz que eu apagava e ligava, piscando o objeto sucessivamente.<br />

Daí o apelido. O meu serviço com a Kombi azul e branca, era<br />

no transporte em uma Açucareira , no percurso de Quatá a<br />

Rancharia até a Açucareira, mais ou menos 60 Km por dia. Fomos<br />

para Camboriú-Sc, em família mais ou menos 9 pessoas, e foi<br />

uma delícia. Era muito espaço, minha proposta é não tirá-la de<br />

circulação e sim remodelá-la.<br />

Na época tinha uns 20 anos, que lembrança...<br />

Alan Vieira<br />

Minha primeira experiência com a Kombi, foi com os 09 anos de<br />

idade, quando meu pai levou os 4 filhos para a Guarapari. Foi<br />

um passeio e tanto, nós levamos camas dentro dela. A viagem foi<br />

tranquila. Na volta a Kombi começou dar um cheiro tipo de tomate<br />

frito rsrsr. Falei com meu pai , até que ele parou e foi verificar o<br />

motor do carro. Ele constatou que a bateria estava sem água, ai<br />

desceu um barranco onde tinha um córrego e buscou um pouco<br />

de água para completar a bateria. Foi muito legal esta viagem.<br />

Até hoje temos esta Kombi em casa, já velhinha e acabada fica<br />

parada no quintal. Que saudade...<br />

Quando era criança a Kombi sempre fez parte na minha vida. Era<br />

a van que me levava e trazia da escola, perua escolar. Tive um tio<br />

que até ganhou uma perua Kombi, em uma rifa. Infelizmente para<br />

ele, neste caso a perua era um animal com o nome Kombi, em<br />

homenagem ao veículo. O tempo foi passando, eu fui crescendo.<br />

Já não ia mais de Kombi para a escola, comecei a trabalhar. Então<br />

surgiu a oportunidade de dirigir a Kombi. Eram idas semanais<br />

de SP ao Guarujá com equipamentos, às vezes via Anchieta, às<br />

vezes via Imigrantes, às vezes voltando pela Mogi Bertioga. Hoje<br />

infelizmente não tenho mais essa oportunidade. Mas a lembrança<br />

fica viva, através de um amigo querido que fez este lindo trabalho<br />

da foto com uma peça de Kombi...<br />

98<br />

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Julio Cesar Cassemiro<br />

Boa tarde.... Minha história com a KOMBI é muito boa... Meu pai<br />

desempregado, passando por dificuldade em razão de ter perdido<br />

três safras seguidas de soja e milho, virou para minha mãe e disse<br />

que iria comprar uma KOMBI. Eu fiquei só prestando atenção no<br />

papo do meu pai, não gostei muito da idéia, contudo meu pai foi<br />

e comprou KOMBI antiga, não me recordo o ano (aquela KOMBI<br />

com porta traseira dupla). Sem falar que meu pai não entendia<br />

muito bem da manutenção da KOMBI pois este andava muito em<br />

estrada de terra. Vivia fundindo o motor por falta de manutenção<br />

do filtro de ar do motor. Sem falar nas madrugadas que meu pai<br />

ia trabalhar e a KOMBI não pegava, e eu tinha que ajudá-lo a<br />

empurrar, kkkk. Nessa hora de empurrar a KOMBI queria trocar<br />

de pai. E quando meu pai me levava no colégio de KOMBI, meus<br />

amigos sempre chegavam de carrão luxo, eu as vezes preferia ir<br />

a pé só para meus amigos não verem que eu estava chegando de<br />

KOMBI.<br />

Contudo essa KOMBI velha a qual quebrava, tinha vergonha de<br />

ser visto andando nela, foi quem pagou os estudos no colegial da<br />

minha irmã e meus estudos. Depois de muito trabalho conduzido<br />

pela KOMBI velha, foi possível comprar uma Kombi zero km e esta<br />

nova Kombi bem mais luxuosa foi quem pagou minha faculdade<br />

de DIREITO.<br />

O tempo passou e meu pai foi trocando a KOMBI todo ano por<br />

uma nova KOMBI... HOJE entendo que a KOMBI fez e faz parte<br />

da minha vida...tenho orgulho de falar que a KOMBI salvou minha<br />

vida, pois, era de lá que vinha meu sustento. Hoje depois de 18<br />

anos possuo o modelo KOMBI em minha família, tenho orgulho<br />

de ter uma KOMBI e andar nela... Sem falar na união da família,<br />

parece uma farofa carioca, todo mundo interagindo de uma só<br />

vez nos passeios de KOMBI, isso não tem preço... Sempre cabe<br />

a família e mais um amigo. Na categoria de utilitário não existe<br />

carro que aguente o batidão do dia a dia...<br />

AMO A KOMBI...<br />

Maribel Boff<br />

KOMBI, esta é minha paixão. Tenho miniaturas e um dia hei de ter<br />

uma de verdade. Meus filhos me perguntam “mãe, o que tu quer<br />

com uma coisa velha destas, só que falta tu andando de Kombi”.<br />

Eis que me pergunto, de onde vem esta paixão? Respondo:<br />

quando era criança, meu pai tinha um depósito de bananas e para<br />

fazer entregas comprou uma Kombi, apropriada na época para<br />

entrega de mercadorias. Fui crescendo e ela foi envelhecendo<br />

com a gente, foram tantas emoções. Ainda criança, quando<br />

meu time, Internacional ganhava, meu pai colocava eu e meu<br />

irmão atrás, com a bandeira na janelinha e saímos no centro da<br />

cidade para desfilar. Nossos passeios de fim de semana e férias,<br />

eram na nossa Kombi; conforme fomos crescendo e meu irmão<br />

começou a dirigir, era ela que nos levava pra sair. Nos domingos<br />

de Motocross lotávamos de amigos nossa companheira e lá<br />

íamos nós para mais um dia de pura diversão. Com o passar do<br />

tempo, a nossa Kombosa, como carinhosamente a chamávamos,<br />

foi envelhecendo, ficou fraquinha, não tinha mais forças para<br />

sua luta diária, então meu pai decidiu vendê-la. Quem disse<br />

que deixamos, não queríamos de maneira alguma nos separar<br />

da nossa companheira de tantos anos. Mas foi inevitável, meu<br />

pai precisava de uma carro mais eficaz para o trabalho. Pedimos<br />

então que ele esperasse irmos pra escola, pois não queríamos<br />

assistir sua partida. Enfim ela se foi, choramos muito, mas ela ficou<br />

pra sempre em nossos corações. Não deixem sua história morrer,<br />

não parem de fabricá-la, a Kombi faz parte da nossa história.<br />

Haydee Lopes Chaves<br />

Tive Kombi de 1981 a 2011. Meu marido era tetraplégico, então<br />

era o carro ideal para ele. Tiramos o banco do meio, adaptamos<br />

rampas e íamos para a estrada. Tínhamos uma pequena malharia,<br />

fabricávamos durante 6 dias e um dia por semana íamos para<br />

estrada, visitávamos uma, duas cidades, percorrendo as vezes 600<br />

km por dia. A Kombi nunca me deixou na mão, nunc a apresentou<br />

nenhum problema, saiamos e voltávamos sempre a noite, mas eu<br />

tinha uma confiança enorme na minha Kombi e só caia na estrada,<br />

afundava o pé e ela respondia direitinho . Tenho muita saudade<br />

dos tempos da Kombi. Era o transporte preferido pelos filhos,<br />

pois servia pra carregar todos os amiguinhos para as festinhas e<br />

ninguém queria ser deixado em casa primeiro, todos queriam dar<br />

uma volta na Kombi da tia Haydée. A minha Kombi era famosa e<br />

muito conhecida na cidade de Caçapava do sul, onde morávamos<br />

e eu fui professora. Meus alunos sempre aprontavam com a minha<br />

Kombi, como sequestra-la para irem aos bailes no interior, isto<br />

sem eu saber, pois eu não trancava, deixava-a aberta, porque se<br />

forçassem a fechadura sairia mais caro colocar fechadura nova<br />

do que somente abrir a porta e entrar, sem contar as vezes que eu<br />

entrava na Kombi de manhã cedo para ir lecionar e tinha algum<br />

bebum dormindo calmamente dentro dela, mas era só curar a<br />

ressaca e acordar uns quilômetros além de onde tinha começado<br />

a dormir. Estas são algumas das minhas historias com as duas<br />

Kombis que tive, uma de 1971, amarela, que era chamada de rayo-vac<br />

e uma branca, 1994, chamada ambulância. Era feliz e não<br />

sabia.<br />

Ronaldo Camillo Junior<br />

Meu pai começou no seguimento de transporte de passageiros<br />

com uma Corujinha em 1976, tenho até uma réplica que ganhei da<br />

minha esposa. Puxa vida vai deixar saudades... Fui feito em uma,<br />

aprendi a dirigir em uma, fui para escola durante anos em uma...<br />

bem queria ter uma dessa de comemoração...<br />

100<br />

101


Luiz Otávio Setembre de Oliveira<br />

Edinaldo Aparecido<br />

Lucas Gomes de Souza<br />

Nascemos juntos em 1957, me lembro de ter andado em uma no<br />

ano 1965, a chamavam de Cliper, me corrijam se eu estiver errado,<br />

me lembro de meu avô ter levado duas mulas para o sítio nesta<br />

época, nos anos 1972 lembro de meu pai ter feito uma viagem<br />

para o Paraná, numa Kombi com carroceria de madeira, nos anos<br />

1980 meu pai teve várias Kombis, beges e também na cor branca.<br />

Em 1981 ele me emprestava uma de suas Kombis e eu passeava<br />

com minha namorada na época, hoje esposa, e nós fomos para<br />

o nosso sítio e a Kombi encalhou, minha namorada ficou de pé<br />

sobre o para-choque traseiro para tracionar melhor as rodas<br />

traseiras, e conseguimos sair do atoleiro. Outro dia vi uma Kombi<br />

de 1957 toda original, parecia ter saído de uma concessionária, se<br />

eu tivesse mais recursos, compraria a última série para guarda-la<br />

para coleção. Deixará saudades esse veículo tão versátil e tão<br />

original conhecido no mundo inteiro.<br />

Eduardo Cuevas<br />

Lembro-me que desde criança andava em uma kombi, meu papai<br />

teve todos os modelos; passageiro, furgão, carroceria,baú e etc.<br />

Mas me apaixonei por ela quando dirigi uma em Natal-RN nos<br />

Correios, eles também sentirão falta delas! Adorei essa nova<br />

versão mais potente e refrigerado a água e novo motor! Então<br />

eu digo que a Kombi fez faz e sempre fará parte da minha vida!<br />

Grato! Eduardo Cuevas... de: Salvador-Bahia<br />

Eu já fui cobrador de lotação, e antigamente não existia essas Vans<br />

modernas de hoje em dia. Eu tinha 4 irmãos que já eram cobrador,<br />

eu só tinha 10 anos de idade, quando um dos motoristas foi buscar<br />

um dos meus irmãos para trabalhar, e todos os 4 já havia saído<br />

para trabalhar com outro perueiro, chamado na época, e eu saí e<br />

falei que todos já tinha saído, quando o motorista me perguntou,<br />

“voçê sabe passar troco?” eu respondi, “mais ou menos”. Ele me<br />

perguntou se eu queria trabalhar, e como minha mãe tinha saído<br />

para trabalhar, eu fui. Foi daí por diante que tomei gosto pelo<br />

trabalho e graças à Deus nunca mais parei de trabalhar, hoje<br />

tenho 32 anos e hoje sou encarregado de jardinagem. Um forte<br />

abraço, e obrigado pela oportunidade de contar um pouco da<br />

minha história em um Kombi, que chamavamos de Perua.<br />

Augusto Cesar Rizzato<br />

Pois bem, foi lá pelos anos de 1971. Como sempre alguém tinha<br />

que ter uma kombi em casa, e era justamente o sr. Mario Ariyoshi.<br />

Foi num fim de semana e estava lá a kombi a nos levar em um<br />

baile na região. Itaguajé era nosso ponto final e eis que apareceu<br />

uma curva e também muita areia pela nossa frente. Ai nem precisa<br />

dizer mais nada, a coitada quase zero km ficou de pernas para<br />

o ar como se tivesse culpa do mau motorista que na época nem<br />

habilitação tinha, coitado do Mário levou 2 anos de castigo sem<br />

dirigí-la novamente...<br />

Pois bem no final da década de 80 meu tio Dirceu comprou<br />

uma kombi na antiga Gaucha Car (maior concessionária VW<br />

da América Latina) que pertencia a um convento de Gravataí.<br />

Era uma kombi luxo 1975 última série antiga saia e blusa azul e<br />

branca, viajamos e me criei dentro dela e ali dentro dele projetei<br />

sonhos e concretizei alguns. A kombi para min sempre representou<br />

a união dos colegas e da família, kombi é mais que um carro é um<br />

estilo de vida..... Parabéns kombi pelos seus 56 anos de sucesso...<br />

Um grane abraço do seu amigao lucas souza....<br />

Ernani Boti Martinez<br />

O que dizer da Kombi? A primeira da família foi uma 73 que era<br />

o xodó do meu pai, durante muitos anos ela esteve na família,<br />

mas então veio a época das vacas magras e com tristeza meu<br />

pai foi obrigado a vendê-la para honrar com o sustento da casa.<br />

Todos sentíamos em vê-la ir embora mas ninguém como meu pai.<br />

Mas algum tempo depois chegou a 62, meio estranha com as<br />

setas dianteiras salientes mas logo nos apegamos a ela. Desta foi<br />

mais fácil a separação pois viria depois uma mais nova, e veio a<br />

80, mas descobrimos que esta havia sido severamente castigada<br />

pelo último dono e novamente foi embora. Por último, a 84 que<br />

ficou com meu pai até a nova despedida mas desta vez foi ele<br />

quem partiu, nos deixando a velha Suruana como ele a chamava.<br />

Aprendi a dirigir numa Kombi, quando desrespeitei pela primeira<br />

vez o horário de chegar em casa na minha adolescência foi nela<br />

que dormi, e que alegria quando nos dias de chuva meu pai ia<br />

me buscar na escola e trazia todos os garotos da nossa rua (e eu<br />

me sentindo o máximo no banco da frente. O que dizer da Kombi?<br />

Digo que a Kombi tem jeito de infância feliz, jeito de família, e<br />

lembranças do meu pai. A Kombi não era um veículo, era um<br />

membro da nossa família.<br />

José Augusto Alves da Silva<br />

Eu trabalhava numa papelaria e tínhamos uma Kombi bem antiga<br />

e por vezes ela abria a porta lateral. Eu vim com ela pra casa<br />

(moro na Zona Sul de São Paulo) para fazer uma entrega em Santo<br />

André no dia seguinte, logo cedo. Quando estava chegando em<br />

casa, a porta abriu. Eu parei, desci, fechei a porta e fui pra casa.<br />

Quando cheguei em casa, cadê a nota? Voltei lá onde a porta<br />

tinha aberto e a nota estava lá, por incrível que pareça. Foi sorte,<br />

pois já era tarde da noite, então ninguém havia passado lá, até<br />

eu voltar. Esta é apenas uma das histórias. Para vocês entenderem<br />

o por quê da importância pra mim é só citar que tenho quase 55<br />

anos e eu tinha 19 anos, ou seja, era novo de carta, e nada mais<br />

legal que dirigir, quando se é novo e o trânsito não era o caos que<br />

é hoje. Ela carregada de papel sulfite assentava no chão e era<br />

uma delícia dirigí-la.<br />

102<br />

103


Tiago Deangelo<br />

Joel Rosso<br />

Edilene Oliveira Gomes<br />

Sou de janeiro de 1980 e desde que eu me conheço por gente, me<br />

lembro do meu pai com uma Kombi 1969. Nela, meu pai levava<br />

um time de futebol da garotada da rua para jogar futebol, íamos<br />

para o litoral , interior paulista, Minas Gerais e também além de<br />

passeios e viagens, era com ela que meu pai sustentava os 3 filhos.<br />

Ela nunca nos largou na mão, exceto uma vez sentido Ilha Bela,<br />

mas até ai ok, porque passamos a noite dormindo dentro dela e<br />

pra mim e meu irmão foi uma baita aventura. Logo cedo juntou<br />

um pessoal e demos um tranco nela e voltamos numa boa. Muitos<br />

aprenderam a dirigir em um outro Volks, o fusca. Eu aprendi na<br />

veterana 69. No final ela foi aposentada e guardada no canto<br />

de uma antiga oficina do meu pai. Servia apenas para guardar<br />

algumas coisas, como ração para os cães, e algumas ferramentas,<br />

e assim eu entrava pra namorar dentro dela sem ser incomodado.<br />

A Kombi de fato fez parte da minha história.<br />

Treinamento de uma equipe de funcionários-jogadores. Lá pelos<br />

idos de 1996, na época em que trabalhava em uma cerâmica da<br />

nossa cidade, foi montado um time de vôlei para participar dos<br />

jogos regionais do Sesi.<br />

Como consequência deste movimento, nas noites de quinta feira<br />

sempre íamos treinar, e como veiculo de transporte, quem levava?<br />

A boa e velha Kombi da empresa. Sempre ia e voltava sem nunca<br />

dar problemas.<br />

Mas aconteceu que numa desta noites de treinamentos, por sinal,<br />

véspera de feriado, e como neste dia só haviam 2 jogadores e<br />

o material para ser lavado a treino, deixamos a Kombi de lado<br />

e fomos com a camioneta por pensar é mais ágil e pequena. E<br />

bingo, no meio do caminho fomos fazer uma curva e lá se foi o<br />

jogo de embreagem. E agora, véspera de feriado, tudo fechado<br />

(na época não tinha celular ainda), andamos, viramos e mexemos<br />

e achamos uma boa alma, com o qual enjambramos um reboque<br />

que nos trouxe de volta a empresa, mas saiu caro este retorno.<br />

Conclusão: Próximos treinos e jogos, VAMOS DE KOMBI, É MAIS<br />

CONFIÁVEL.<br />

Rony Locher<br />

Nos ídos dos anos 70, tive que vender meu Chevette, pois como<br />

estudante universitário, tive um acidente, contando com uma<br />

certa irresponsabilidade minha. Tentei me virar pra consertar o<br />

carro, mas não consegui mais pagar em dia as prestações do<br />

carro. Eu agora com 18 anos e a pé! Naquela época, trabalhava<br />

como vendedor numa empresa que fabricava terceiros-eixos para<br />

caminhões em Diadema-SP. Daí então tive o maior prazer da<br />

minha vida, pois a empresa tinha uma Kombi ano 70, saia verde e<br />

blusa branca, que atendia ao setor de compras. Fiz um acordo com<br />

a gerência, e ficava com a Kombi pela manhã, fazendo compras,<br />

e a tarde visitava meus clientes. Ela tinha um pequeno problema<br />

na caixa de cambio, e na terceira marcha, eu tinha que segurar a<br />

alavanca com a perna esquerda, nas subidas, para essa marcha<br />

não escapar. Essa fase minha com a Kombi marcou tanto a minha<br />

vida, que esse ano ainda, agora com 55 anos, consegui encontrar<br />

uma, de um convento de freiras no interior de São Paulo, super<br />

conservada e ano 1992, a qual depois de comprá-la, faço questão<br />

de postar uma foto; afinal são mais de 35 anos de um sonho<br />

finalmente realizado.<br />

Passei minha infância toda, a adolescência, até me casar, andando<br />

de Kombi.<br />

Meus pais não tinham como ir para o sítio deles nos finais de<br />

semana e o meu padrinho, Valter Costa, tinha uma Kombi e os<br />

levava, religiosamente, todo final de semana para ver os bois<br />

e trazer a feira da semana. Ele vendia uma e comprava outra,<br />

sempre com a placa com os números 1933, ano do seu nascimento.<br />

Mesmo eu tendo comprado um carrinho, ele não deixava que eu<br />

levasse meus pais e eu acabava indo com eles na Kombi.<br />

Quando casei, me mudei para Viçosa, MG, e ele trouxe todos os<br />

meus presentes de casamento e alguns móveis na gloriosa Kombi<br />

de luxo que tinha, com vidros verdes.<br />

Em várias outras vezes ele veio trazer meus pais até minha casa,<br />

de Kombi, e passava o dia conosco.<br />

Infelizmente ele não poderá comprar a última edição da amada<br />

Kombi, pois não está entre nós, mas a lembrança e a saudade<br />

dele e das Kombis ficarão para sempre em minha memória...<br />

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105


Roberto Luciano de Barros<br />

Fernando da Silva Trombelli<br />

Andre de Souza Melo<br />

Paulo Roberto Furlan<br />

No ano de 1992, meu avô tinha uma Kombi e meu pai com 21 anos,<br />

estava aprendendo a dirigir com ele. Na época eu tinha 3 anos e<br />

em uma certa tarde, fomos eu, meu pai e meu avô dar uma volta<br />

com a Kombi, afim de meu pai pegar experiência. Meu Pai e meu<br />

avô sentados a frente, e eu no último banco de trás. Estávamos<br />

em um passei gostoso, quando meu pai, teve a grande ideia de<br />

usar o freio com o pé esquerdo, o pé da embreagem. Logo, com<br />

a parada brusca, eu que não estava com cinto de segurança, fui<br />

parar quase no para-brisas. Lembro-me bem como se fosse hoje,<br />

minha cabeça ficou com um galo durante semanas.<br />

Na época formamos um time de futebol, chamado Atlético da<br />

Vila Santa Helena, em São Manuel. Nós íamos todos os domingos<br />

jogar nas fazendas, com perua kombi do Manuelão Santaren, já<br />

falecido. Durante a semana era táxi, e no sábado a noite íamos<br />

para Lençóis Paulista namorar. A perua kombi ficou marcado em<br />

nossas vidas e irá deixar muitas saudades em nossas infâncias.<br />

Flavia Scoz<br />

Bom minha história com a kombi veio desde quando eu ainda<br />

estava na barriga da minha mãe, nas diversas viagens que ela<br />

fazia com meu pai tios e avós a bordo de uma kombi STD 1974<br />

azul caiçara, que meu avô teve por mais de 20 anos, nessa foto<br />

a moça de vestido azul em pé ao lado esquerdo da foto é minha<br />

mãe, grávida de mim, ou seja já nasci andando de kombi.<br />

Meu avô sempre trabalhou com kombis, ele era motorista e fazia<br />

transportes de materiais e de pessoas a bordo de sua kombi, passei<br />

minha infância andando na kombi dele com ele e com meus tios<br />

e desde então sempre tive vontade de ter a minha, nesse ano de<br />

2013 que será o fim de produção da kombi no brasil, finalmente<br />

consegui comprar a minha, uma STD 1975 também azul caiçara<br />

igual a que meu avô tinha e que fez parte da minha infância, em<br />

2014 vou iniciar o projeto de restauração dela e já começar a<br />

ensinar a paixão por kombi para minhas 3 filhas e meu sobrinho<br />

que hoje tem 4 anos e não pode ver uma kombi na rua... rsrsrsrs.<br />

Se depender de mim e de minha família a kombi nunca será<br />

esquecida.<br />

Edvaldo Arce<br />

É com muito prestigio que venho contar um pouco da minha<br />

história com a Kombi. Eu tenho 30 anos e ando de kombi “só”<br />

há 29 anos. Meu avô aposentado da VW, tirou essa kombi 1985<br />

cabine dupla a álcool, carburação dupla e em perfeito estado...<br />

não vendemos ela por nada, muitas viagens para praia e chácara<br />

à bordo dela... praticamente já levou toda geração da minha<br />

família, inclusive minha filha com 5 anos de idade, chora para<br />

andar de Kombi, e olha que temos carro novo na garagem...fico<br />

muito feliz de meu avô, com 80 anos ainda dirigir sua Kombi e de<br />

boca cheia dizer que é o melhor carro que já teve.<br />

Bom kombi , minha Juju na minha vida foi sempre minha razão de<br />

viver. Minhas alegrias e algumas poucas tristezas (quando ia para<br />

a oficina, kkk), mas sempre digo que muito viajei, conheci lugares,<br />

me diverti graças aos ganhos que ela me proporcionou... devo<br />

muito à ela... ela foi ambulância, guincho, já transportei moto<br />

com pneu furado, cachorro(como na foto), doente para hospital.<br />

Até uma vez a recepcionista do hospital pediu para eu levar um<br />

doente para casa, pois, ele morava no mesmo bairro. Obrigado<br />

Volks... pela oportunidade de desfrutar desta maravilha por mais<br />

de 15 anos...<br />

Compramos uma Kombi há três dias. Depois de um pouco mais<br />

que um ano a pé, eu e meu noivo conseguimos um dinheiro, e<br />

decidimos juntos por uma Kombi. Ontem dirigi ela pela primeira<br />

vez, em direção a praia com os amigos se divertindo atrás. Ela é<br />

enorme e suas janelas parecem frames de um filme. Ela precisa<br />

de muitos reparos mas eu já amo cada partezinha de sua história<br />

que nem conheço. É oficialmente nosso primeiro carro, e sair com<br />

ela é sempre uma aventura, nunca sabemos o que vai acontecer,<br />

mas todos adoram quando paramos. Nossos planos é customizar<br />

ela toda e pegar a estrada numa viagem volta, porque acredito<br />

que nunca se volta o mesmo de uma viagem, ainda mais com uma<br />

kombi pra se contar histórias, porque nela cabe de tudo, cabem os<br />

amigos, cabe uma cama, cabem as minha roupas, os meus sonhos,<br />

nossos equipamentos de vídeo, meus trabalhos de arte, e todas as<br />

lembranças divertidas de cada peça pra contar pros amigos!<br />

106<br />

107


Elisete Rasera<br />

Wagner Barbosa de Goes<br />

Cleber Fonseca<br />

Minha historia com a kombi começa lá atras, em 1976. Meu<br />

pai tinha uma azul e branca, na época a luxo. Muitas viagens<br />

e acampamentos e nunca nos deixou na mão. Foi com ela que<br />

aprendi a dirigir. Nossos caminhos se desencontram até que em<br />

2001 fiquei desempregado e a única oportunidade foi o transporte<br />

alternativo (no rio, transporte de passageiros legalizado) e desde<br />

então dirijo kombi. Fico triste pelo final de uma amiga que nos<br />

últimos anos ajudou-me a trazer o sustento da minha casa.<br />

DESCANSE EM PAZ AMIGA.<br />

Valdenir Soares Lima<br />

tentativas a procura de um mecânico, encontramos um ajudante de<br />

mecânico em dom Eliseu-Pa, seu nome, Silvio, com muita disposição<br />

e otimismo ele finalmente descobriu o problema, era necessário fazer<br />

ajuste nas válvulas, o que foi feito depois de muitas tentativas até<br />

encontrar o ponto certo. Isso já era 3 horas da manhã, todos muitos<br />

cansados, as crianças enjoando, mas continuamos a viagem. Após<br />

chegarmos em salinas depois de 28 horas de viagem, dormindo e<br />

se alimentando dentro da Kombi. Estávamos exaustos mas com a<br />

certeza de ter alcançado nosso objetivo, o período em que ficamos<br />

não foi muito confortável mas quanto a Kombi nunca mais me deu<br />

problema, o erro maior foi procurar o mecânico errado. Hoje, sempre<br />

que reunimos os amigos e família pedem pra contarmos novamente<br />

essa historia. Hoje, lembramos com carinho desses momentos entre<br />

amigos. Essa mesma kombi me rendeu bons negócios.<br />

Durante os últimos 7 meses, a CNB War Kombi, nome dado<br />

carinhosamente por nossa torcida, foi o transporte oficial da<br />

equipe de League Of Legends do CNB e-Sports Club. Apesar de<br />

ser um carro simples, cativava e chamava muita atenção de todos<br />

por onde passávamos. Fez sucesso em nossas redes sociais e foi o<br />

1o veiculo personalizado de uma equipe de Esportes Eletrônicos<br />

no Brasil. Infelizmente, a Kombi será vendida e não teremos mais<br />

nosso Kombão que a cada ronco forte na subida, era um grito de<br />

emoção VAI Kombão!<br />

A kombi azul era a atração da Escola Primeiros Tempos nos idos<br />

de 1993 a 1995. Meninos e meninas, educadores e pais sempre<br />

tinham um bom motivo para “dar uma banda”. Passeios, eventos,<br />

cursos, copa do mundo de futebol, aniversários, tudo era motivo<br />

para andar de kombi. Obrigada aos educadores e pais que<br />

sempre confiaram o deslocamento de seus filhos na azulona...<br />

Minha historia é muito engraçada, comprei minha primeira Kombi<br />

em 2002, uma Kombi Karat, fui obrigado a trocar por outra mais<br />

velha por dificuldade financeira, peguei uma 1997. Pra minha<br />

surpresa, precisei fazer o motor dela. Recebi ela da oficina em uma<br />

sexta, o mecânico me garantiu que eu poderia viajar pra qualquer<br />

lugar, viajei na manhã de sábado rumo ao litoral salinas-Pa. 20 km<br />

após a saída ela começou a perder força, mas prossegui, 70 km<br />

depois ela perdeu totalmente a força, vários mecânicos mexeram<br />

nela sem conseguir êxito algum. Já ao entardecer trocaram a<br />

agulha do carburador por uma mais grossa, melhorou um pouco,<br />

resolvemos continuar a viagem. Detalhe, a saída era de imperatriz<br />

- Ma. Após 60 km já a noite começou novamente a perder força.<br />

Éramos 8 adultos e 4 crianças até então, todos ansiosos pra chegar<br />

na praia com pensamento positivo acreditando que conseguiríamos<br />

chegar. Foi um tempo de muita luta, o maior desafio era encontrar<br />

alguém que pudesse resolver nosso problema, depois de 12 horas de<br />

Olga Maria C. Ladeia David Camargo<br />

Lembro uma vez em que fui com minha turma de amigos pra<br />

um sítio, e na viagem uma amiga q estava com uma desilusão<br />

amorosa começou a cantar: ninguém me ama, ninguém me<br />

quer, ninguém me chama de meu amor o caminho todo e só esse<br />

trecho... a Kombi era branca e meio velhinha, mas só falar de<br />

Kombi lembro desse dia kkkk<br />

108<br />

109


Eduardo Silva<br />

Victor José Hackbarth<br />

Luiz Antonio Correia da Luz<br />

Três gerações de Kombis<br />

Tanto meu avô paterno, quanto meu avô materno eram felizes<br />

proprietários de Kombis. Meu avô paterno possuía uma Kombi<br />

luxo que usava para passeio, já meu avô materno fazia fretes.<br />

Sei que parece trágico, mas meu avô materno teve um infarto<br />

fulminante e morreu, em 2003, abraçado ao volante de sua<br />

Kombi. Todos falaram que ele morreu feliz, pois morreu fazendo o<br />

que gostava, dirigir sua Kombi.<br />

Meu pai, desde que eu era pequeno, tinha Kombi. Ele usava tanto<br />

para passear com a família, quanto para trabalhar. Ao todo, ele<br />

teve três kombis, mas a que mais me marcou, foi uma Kombi ano<br />

72.<br />

Quando andávamos em lugares desconhecidos, ela chamava mais<br />

atenção do que se estivéssemos com um disco voador. Também<br />

pudera, tratava-se de uma Kombi importada da Alemanha, com<br />

pintura saia e blusa (vermelho e branco), muito semelhante a edição<br />

50 anos que a VW lançou em 2007, porém, foi na década de 90 que<br />

meu pai tinha esta Kombi, quando as Kombis sequer tinham porta<br />

de correr. Já nossa kombosa, não tinha só porta de correr, tinha<br />

ar quente, corredor entre os bancos dianteiros, forração interna<br />

completa (como todas deveriam ser), desembaçador de vidros<br />

traseiros, e um motorzão de botar inveja a muito carro pequeno.<br />

Tenho algumas histórias para contar dessa Kombi, uma delas foi<br />

que, nas primeiras viagens nós achávamos que ela não passava<br />

de 70 km/h, no entanto, a 60 km/h ela ultrapassava todo mundo,<br />

é que seu velocímetro marcava em milhas. Até hoje, meu pai<br />

lamenta tê-la vendido, infelizmente os reveses da vida nos fazem<br />

tomar certas decisões que trazem este tipo de sentimento. Não<br />

sabemos direito como essa Kombi veio parar no Brasil, e já faz<br />

alguns anos que não a vejo rodando, possivelmente está na mão<br />

de algum colecionador.<br />

Este ano, 2013, minha família aumentou, nasceu minha terceira<br />

filha. Há muito tempo eu buscava um pretexto para comprar uma<br />

Kombi, e enfim tivemos o pretexto. Adquirimos, com muita sorte<br />

um Kombi 1998 azul, toda original e bem conservada. Sou o feliz<br />

terceiro dono da belezinha que tem até o manual de instruções<br />

e os carimbos da revisão. A azulona só sai pra passear e espero<br />

poder conservá-la até o fim de nossas vidas.<br />

A história da minha kombi começa em 2012, porém ela já e o<br />

carro mais amado aqui na minha casa, sendo que ainda tenho um<br />

fusca e uma brasília. Meus filhos e seus amigos adoram brincar<br />

dentro da kombi, ela é ano 1974 e onde passa chama a atenção.<br />

O primeiro carro de meu pai (Hélio Correia da Luz) foi uma Kombi<br />

1.961. Ele era chefe da Volkswagen em Umuarama. Alguns anos<br />

depois ele abriu uma oficina mecânica só da marca e ficou com<br />

esta Kombi até ficar toda enferrujada e velhinha. Depois teve seu<br />

segundo carro uma Kombi 1.975.<br />

Depois esta já estava bem velhinha de tanto ele viajar e comprei<br />

para ele de presente uma terceira Kombi ano 1.987. Eu dizia para<br />

ele que poderia comprar outro carro mas ele amava a Kombi<br />

e não aceitaria outro carro. Como sempre eu também gostava<br />

pois cresci e tive minha infância e juventude sempre andando de<br />

Kombi além de ter trabalhado de mecânico na oficina de meu Pai<br />

dos 10 anos até os meus 26 anos.<br />

Ele faleceu em 2.009 e em homenagem a ele comprei uma Kombi<br />

Zero em fevereiro de 2010 cuja placa numero 1.927 data do ano<br />

nascimento de meu Pai e a deixei bem equipada toda de luxo<br />

como meu Pai sempre fazia com a dele. Em 2.011 vendi esta Kombi<br />

para o Presidente do Clube da Kombi de Curitiba Dr. Ronaldo e<br />

agora acabei de comprar uma Kombi Safari ano 1.987 porque não<br />

consigo viver sem uma Kombi em minha garagem.<br />

Meu carro atual é uma Amarok e meus dois últimos foram o Jetta.<br />

Entretanto, nada se compara a Kombi pois amo por demais dirigir<br />

uma Kombi e agora que consegui adquirir uma Kombi Safari me<br />

sinto realizado. A memória de meu querido Pai continuará comigo<br />

em minhas muitas viagens que farei com esta Kombi Safari.<br />

110<br />

111


Rosemeire Fender Marques<br />

Márcio Trigueiro de Lucena<br />

Gilberto Pereira da Silva<br />

Eu gostaria de expressar a minha tristeza por não poder mais<br />

contar com esse veívulo tão util em minha vida, porque desde<br />

menina meu pai teve uma Kombi 1975 branca. Ele comprou para<br />

carregar a família e ir para a chácara que tinha em Parelheiros.<br />

Hoje ele já é falecido mas utilizou muito a kombi pois sem ela, não<br />

poderia levar tudo que precisava até então fui crescendo e vendo<br />

meu pai com a sua kombi. Eu me casei fui morar no litoral sul de SP<br />

na cidade de Iguape-Barra do Ribeira e lá segui minha vida junto<br />

ao meu marido e filhos onde até hoje tenho um pequeno comércio<br />

de onde tiro meu sustento. E vejam só em 1995 meu marido com<br />

uma kombi zero e eu fomos trabalhando com ela pois ele vai até<br />

SP pra fazer compras e ela nunca nos deixou na mão. Passaramse<br />

13 anos e meu marido em 2008 comprou outra kombi modelo<br />

atual, muito econômica e já estamos com ela há cinco anos e ela<br />

é tudo pra nós pequenos comerciantes ela nos leva aonde for,<br />

carrega tudo que preciso pra mercearia, leva os filhos , as malas<br />

e etc. Agora eu pergunto como vou ficar sem a kombi? Choro<br />

só de pensar que ela vai sair de linha, não acho justo pois ela<br />

é um veículo acessível de preço, boa de manutenção, está mais<br />

possante mudou muito de uns anos pra cá, quero lhes pedir não<br />

façam isso com a gente que depende desse utilitário tão útil para<br />

o povo brasileiro, procurem um jeito de não tirarem de circulação,<br />

por que a Volkswagen não mudou ou se atualizou nos acessórios<br />

de segurança, não é possível que não tenha uma alternativa para<br />

poder seguir em frente e não tirá-la do mercado.<br />

Eu contei minha história onde utilizo esse veículo chamado Kombi.<br />

Tenho ela no meu coração e sei que vou levar para sempre na<br />

minha vida preciso dela não façam isso por favor.<br />

Minha história com a Kombi começa no final dos anos 70, quando<br />

criança ainda lembro de uma viagem com toda a família de<br />

Anápolis/GO até São Paulo/SP, meu pai guiava uma Kombi 1966<br />

de luxo azul e branca (saia e blusa), eu e meus 3 irmãos ficávamos<br />

em um colchão adaptado no salão entre muitas brincadeiras e<br />

boas lembranças.<br />

Depois de adulto tive várias kombis devido a esta nostalgia que<br />

sinto até hoje, por fim, minha atual é uma 1975 de luxo vermelho rubi<br />

e branco pérola que está sendo restaurada minuciosamente. Sou<br />

“kombólatra” assumido, possuo vídeos de antigas propagandas,<br />

livros e diversas literaturas sobre o carro, tudo que eu faço tem<br />

um pouco desta minha paixão por Kombi. Tenho uma empresa<br />

que fabrica peças com design retrô e no mix de produtos ofereço<br />

um quiosque temático em fibra e vidro inspirada na frente de uma<br />

antiga Kombi corujinha.<br />

Assim vou vivendo eternamente grato a VW por ter concebido<br />

aquele que considero o melhor carro já inventado, assim<br />

termino minha história com um agradecimento amoroso há esta<br />

maravilhosa empresa.<br />

Luciano da Rocha Souza<br />

Hoje tenho 36 anos e na minha adolescência junto dos meus<br />

irmãos passamos uma noite na Kombi. Lembro que era verão e<br />

que estávamos em Bertioga na casa de praia e não conseguimos<br />

dormir pois tinha muitos pernilongos. Então meu tio falou “vamos<br />

dormir na Kombi” Fomos todos a beira do infinito. No mar, uma bela<br />

lua e ao amanhecer mais um belo raiar de sol. Foi maravilhoso.<br />

fica a dica pra você, que tem Kombi e coragem também conta.<br />

Você, Kombi, vai deixar saudades...<br />

Meu nome é Gilberto Pereira, e trabalho com uma Kombi<br />

transportando os alunos da Escola de Futebol do Corinthians na<br />

cidade de Hortolândia SP. È uma pena a Kombi estar saindo de<br />

linha, porque é um excelente carro para o transporte, nenhuma<br />

concorrente até hoje conseguiu um carro utilitário que chegue<br />

perto da versatilidade e potência da Kombi.<br />

Fico muito orgulhoso em ter participado da entrega de roupas e<br />

mantimentos aos desabrigados em Xerem Duque de Caxias, ali<br />

pude verificar como a Kombi é útil nos momentos bons e ruins.<br />

112<br />

113


Jose Alexandre de Oliveira Galvao<br />

Jose Alexandre de Oliveira Galvao<br />

Quando eu, por volta de 10 ou 11 anos de idade, o pai de um amigo<br />

e também ate hoje meu vizinho Sr. Elias, usava sua Kombi azul<br />

claro para vender de porta em porta frutas, legumes e verduras<br />

e nas folgas enchia de crianças para passearmos na represa<br />

Guarapiranga próximo ao nosso bairro. Durante um tempo eu<br />

saia com ele para ajudar nas vendas, era uma diversão para<br />

eu pegar o microfone e ao mesmo tempo de uma maneira seria<br />

anunciar os produtos! Ele até me dava uns trocados pelo trabalho.<br />

Sinto saudades de sua velha Kombi que depois foi substituída por<br />

uma mais nova.<br />

Melhor Amigo...virou Melhor Namorado! Esse ano compramos<br />

nosso apê e já estamos pensando em nosso casamento! =D Pelo<br />

carinho que tenho por essa Kombi, hoje me emocionei ao ver em<br />

uma revista o deslançamento dela e tive que vir contar minha<br />

história! Boa aposentadoria Kombi! =D<br />

Lucas José Freitas da Silva<br />

Amanda Machado<br />

Vou me casar por causa de uma Kombi!! No meu aniversário de<br />

2011, estava com um grupo de amigos comemorando em uma<br />

balada, quando fomos ir embora meu carro quebrou, como era<br />

de madrugada meus amigos sugeriram deixa-lo lá até o dia<br />

seguinte, mas como eu era muito apegada a ele fiz uma carinha<br />

triste com o veredito, e um amigo muito solicito se ofereceu para<br />

rebocá-lo com o carro do pai dele. Fomos então até a casa dele<br />

e fiquei surpresa ao ver que o carro do pai era uma Kombi, fui<br />

sentada na frente com ele e mais uma amiga, fomos bem próximos<br />

e conversando pelo caminho, rebocamos meu carro deixamos em<br />

casa, e como íamos comer um lanche e eu iria levar alguns amigos<br />

embora...acabamos fazendo isso com a Kombi...foi o fim de noite<br />

mais divertido que tive...e por causa disso acabei me dando conta<br />

que esse amigo tão solicito era mais que especial e começamos<br />

a namorar...hoje estamos juntos há 2 anos, graças á Kombi... o<br />

Meu primeiro carro uma Kombi ano 2004 tenho muitas historias<br />

boas pra contar sobre ela, se fosse contar passaria o dia todo. Tem<br />

6 anos que a tenho com muito orgulho de transportar aluno nesses<br />

anos todos. Já fiz viagens longas para outros Estados, morei na<br />

fazenda e ela sempre sendo a guerreira junto comigo. Sinto muito<br />

o fim da fabricação dessa peruinha desaforada e valente.<br />

114<br />

115


Rolando Vanucci<br />

TESTAMENTO<br />

Em 2007 eu vivia uma fase difícil. Tive de vender minha casa por<br />

um preço muito abaixo do mercado para poder pagar contas<br />

urgentes e, com o dinheiro que sobrou, decidi montar meu próprio<br />

negócio. Comprei uma Kombi 1997 para vender hot dog nas ruas<br />

de São Paulo.<br />

Um minuto depois dessa decisão, lembrei-me das massas com<br />

molhos deliciosos que faziam sucesso nas reuniões com amigos.<br />

Resolvi inovar e montei a primeira Kombi de massas de São Paulo,<br />

talvez do Brasil. Só não sabia que essa decisão, tomada em um<br />

momento de desespero e necessidade, mudaria totalmente minha<br />

vida.<br />

Como a legislação de São Paulo só regulamenta a venda de<br />

pastel e hot dog nas ruas, minha Kombi de massas só poderia<br />

funcionar em um local privado. Escolhi trabalhar com ela em<br />

Perdizes, o bairro em que cresci, no estacionamento da Selletta,<br />

loja de lingerie que fica no cruzamento da Av. Sumaré com a Rua<br />

Caiubi. Batizei a Kombi de Rolando Massinha.<br />

Tomei coragem e fui conversar com Dona Sueli, proprietária da<br />

Selletta. Ela ficou sensibilizada com a minha história e me permitiu<br />

parar a Kombi no estacionamento. Era uma troca: ela me deixava<br />

usar o ponto no período noturno e eu cuidava da loja enquanto<br />

ela estivesse fechada.<br />

O início foi difícil porque as pessoas achavam que era mais uma<br />

Kombi de hot dog. Durante os dois primeiros meses, não vendi<br />

uma massa sequer, mesmo trabalhando diariamente entre 18<br />

horas e 6 horas da manhã.<br />

Um dia, em uma matéria para o dia das crianças, o Fantástico falou<br />

da Kombi. Muita gente que havia visto a Kombi Rolando Massinha<br />

na avenida me reconheceu na TV e as coisas começaram a mudar.<br />

No início, eu fazia os molhos e terceirizava as massas. Mas há<br />

pouco mais de dois anos, com o sucesso da Kombi, comprei um<br />

ponto comercial e montei uma fábrica de massas. Desde então,<br />

passei a vender a massa e molho que produzo: são porções de<br />

430 gramas acompanhadas de queijo parmesão ralado e pão<br />

italiano. Como o produto é artesanal e de qualidade, a Kombi<br />

Rolando Massinha acabou ficando muito conhecido na região.<br />

A Kombi apareceu em muitas reportagens de rádio, TV, jornais,<br />

revistas e sites. Participo de eventos gastronômicos como O<br />

Mercado, Chefs na Rua, 12 Horas de Buteco, Feirinha Gastronômica<br />

e Virada Cultural, entre outros. Também faço eventos particulares,<br />

sociais ou corporativos, festivais de música, feiras e exposições.<br />

Para esses eventos, comprei outras duas Kombis.<br />

Além disso, aquela velha Kombi rendeu outros frutos: abri um<br />

restaurante, na Rua Cayowaa, 857, e uma loja delivery na Rua<br />

Homem de Melo, 960, ambas em Perdizes.<br />

No fim de novembro, mais uma Kombi vai para a rua: a Rolando<br />

Doguinho, em parceria com a Linguiçaria Real Bragança, empresa<br />

de uma amiga, a renomada chef Patricia Polato. Nosso hot dog<br />

será uma versão gourmet, com salsicha tipicamente alemã, molhos<br />

diferenciados e pão assado na hora em um forno instalado na<br />

Kombi, que ficará em frente ao Shopping Vila Olímpia.<br />

E em dezembro lançarei a Kombi Rolando Churrinho, que<br />

oferecerá churros gourmet. Ela vai ficar ao lado da Rolando<br />

Massinha, na Av. Sumaré.<br />

Minha história e minhas receitas estão no livro “Rolando Massinha<br />

- Uma história de vida, com uma receita de amor” (Editora Évora),<br />

lançado no dia 18 de novembro.<br />

Sou muito grato à Volkswagen, pois foi através da Kombi que<br />

dei a volta por cima e me tornei um empreendedor de sucesso.<br />

Poderia comprar qualquer van para fazer meu trabalho, mas amo<br />

a Kombi, não abro mão dela.<br />

116<br />

117


Noel Villa Bôas<br />

TESTAMENTO<br />

Marco Antonio Botelho<br />

Os meus primeiros 4 anos de vida foram marcados por uma Kombi<br />

bege 1970 que meu pai usou durante anos para trabalhar em seu<br />

sítio. Fazia de tudo com ela, do transporte de insumos à venda de<br />

porcos, até o passeio com a família após ser devidamente lavada!<br />

Com o passar dos anos, ela estava meio judiada, mas estava<br />

firme e forte no trabalho. Certa vez, ganhamos um gatinho e meu<br />

pai colocou-o dentro dela, porém o bichinho fugiu com a mesma<br />

velocidade que entrou só que pelo pequeno buraco de ferrugem<br />

do outro lado da porta! Uma pena não ter fotos dela, mas jamais<br />

a esqueceremos.<br />

de espoleta (na época muito usado pela garotada e realmente<br />

parecia de verdade) e sai dando tiro pra cima :<br />

- Cerveja grátis o caramba! Some daqui cambada de desocupados!<br />

Depois de passado o susto, eu e minha irmã caímos na gargalhada!<br />

ee saudades do kombao!<br />

Érico Pereira Corrêa<br />

LEONARDO DE SOUZA FERNANDES<br />

Década de 80, como milhares de crianças deste imenso Brasil,<br />

eu era mais um garoto trasportado em uma Kombi para escola.<br />

Naquela época não me dava conta da quantidade de crianças<br />

que iam e viam, eu me sentia especial!<br />

Meu pai, o sertanista Orlando Villas Bôas, tinha vários amigos<br />

alemães que moravam em São Paulo e, por intermédio deles,<br />

conheceu Wolfgang Sauer, presidente da Volkswagen. Em 1974,<br />

Sauer deu um grande presente ao meu pai: uma Kombi azul<br />

zero quilômetro equipada para viagens. O carro foi montado<br />

na fábrica da Volks especialmente para ele. Tem um tanque de<br />

combustível extra, bancos que viram camas, pia, armário com<br />

cabides e bloqueio do eixo traseiro.<br />

Meu pai usava o carro sempre que estava em São Paulo e também<br />

para viajar.. Ele adorava a Kombi, era muito cuidadoso com ela.<br />

Foi muitas vezes a Brasília, de onde pegava um avião da FAB para<br />

o Xingu, com a Kombi cheia de comida e remédios para serem<br />

distribuídos aos índios. Quando eu tinha 8 anos, viajamos para o<br />

Araguaia, acampando e dormindo na Kombi. Na adolescência,<br />

viajei muito com minha turma de amigos.<br />

Meu pai morreu em 2002 e a Kombi, que estava com quase<br />

100 mil quilômetros, ficou sob minha responsabilidade. Era o<br />

carro preferido dele, resolvemos guardá-lo. Hoje ela está em<br />

ótima companhia, sob os cuidados de um amigo da família que<br />

coleciona automóveis antigos.<br />

Bom, minha história com a kombi foi um tanto quanto hilária. Data<br />

de 1990; eu tinha um estabelecimento, um bar, em sociedade<br />

com minha irmã e necessitava de um veículo para transportar<br />

mercadorias. Compramos uma Kombi ano 1980, um tanto quanto<br />

sofrida. Uma certa noite, ao fechar o bar, carregamos a Kombi<br />

com algumas caixas de cerveja para levar pra casa, pois nosso<br />

depósito era muito pequeno para guardarmos todo estoque;<br />

ao virar uma curva fechada na asa norte, plano piloto onde<br />

morávamos, as portas da Kombi se abriram e com isso as caixas<br />

de cerveja saíram deslizando para a rua. Nisso, uma turma de<br />

adolescentes que estava na esquina, correreu na direção da<br />

Kombi gritando:<br />

- Cerveja de graça!<br />

Quando vi aquele bando de gente correndo na nossa direção<br />

não perdi tempo, levantei o banco da Kombi, peguei meu revolver<br />

Por quê? Respondo: Eu era o que morava mais longe e que ficava<br />

mais tempo dentro da perua, conversando com o Tio ou Tia do<br />

transporte escolar.<br />

Meu nome é Érico e hoje com 36 anos sempre que vejo uma<br />

Kombi com crianças, lembro do saudoso som e balanço da minha<br />

infância.<br />

118<br />

119


Fernando de Oliveira<br />

Compramos uma Kombi usada para reformar e fazer parte da<br />

nossa família: LaRoots, banda de reggae de Lajeado-RS! Hoje ela<br />

está na mecânica, passando por reformas profundas em motor,<br />

caixa, espaço interno e parte elétrica. Muitos irmãos ajudando a<br />

Maria Joana a seguir seu caminho espalhando as mensagens de<br />

paz e amor do reggae através da música!<br />

Em anexo, o cartaz do projeto de 2002. E nele também artes feitas<br />

para o meu blog usando a Kombi como objeto de desejo, que<br />

fazem parte de uma série de criações que brincam com carros e<br />

sapatos femininos! Artes que são uma homenagem de despedida.<br />

Emanoel Soares<br />

Luiz Paulo Araujo<br />

Duas em uma. E as artes em homenagem.<br />

Entre 1996 e 2006 dei aula de Publicidade em uma tradicional<br />

escola paulistana. E pra resumir: A escola tinha uma Kombi-faztudo<br />

que entre outras coisas servia para levar as meninas do time<br />

de handebol em competições. Um belo dia o motorista oficial da<br />

escola não apareceu e eu larguei a sala de aula pra dirigir a<br />

Kombi. Além da aventura toda, nascia definitivamente ali o meu<br />

amor pela Kombi(que antes era apenas um namoro, com direito<br />

a diversos flertes).<br />

Olá a todos! Tenho 23 anos e estou vivo hoje por causa de uma<br />

Kombi azul e branca que meu pai tinha. Foi nela que minha mãe, já<br />

sentindo as dores do parto, foi levada às pressas para o hospital.<br />

Segundo o médico, por pouco não nasci dentro da Kombi, mas se<br />

tivesse nascido não teria problema! Com certeza estaria aqui pra<br />

contar essa história. Um abraço! #KOMBIETERNA.<br />

Nasceu também uma ideia! Sugeri para o festival de artes na<br />

escola que todos os alunos deveriam criar peças de teatro com o<br />

título Aconteceu em uma Kombi. Com direito a pesquisa histórica<br />

sobre a querida Kombi e o uso dela como cenário geral para<br />

todos os grupos! Isso foi em 2002 e por problemas técnicos o<br />

festival não aconteceu. Porém, aquilo tudo mexeu com a escola de<br />

um jeito novo e especial, afinal todo mundo conhece a Kombi e já<br />

viu ao menos uma delas como ambulância, lotação, furgão, etc<br />

mas como cenário em um projeto educacional não! Durante muito<br />

tempo os alunos do Colégio Bilac na Praça da Árvore lamentaram<br />

não ter sido possível realizar o projeto todo. Porém, com certeza a<br />

Kombi ganhou novos admiradores naquele momento!<br />

120<br />

121


Ubirata Presseler<br />

Eduardo Cintra<br />

MAURICIO CESAR ALMEIDA<br />

Nos anos oitenta, trabalhei como motorista dos topógrafos em<br />

uma empresa chamada STE - Serviços Técnicos de Engenharia.<br />

Era a empresa de Engenharia que acompanhava a construção<br />

do asfalto entre Candelária-RS e Sobradinho-RS. A Kombi que eu<br />

dirigia era sempre a que estava mais limpa e brilhante, modéstia à<br />

parte. Um dia, chuvoso, voltando do trecho, desviei de uma poça<br />

d’água para evitar sujar minha Kombi. Só que eu não contava<br />

com a ajuda dos amigos que vinham na outra Kombi. Isso mesmo,<br />

eles passaram bem no meio da poça e o resultado foi um efeito<br />

semelhante a arte moderna na lateral da Kombi que eu estava<br />

dirigindo, sem contar com alguns respingos de água suja dentro<br />

do veículo. Para mim, foi um momento de muita tristeza, mas para<br />

os da outra Kombi deve ter sido o momento mais marcante da<br />

vida deles, pois conseguiram sacanear o cara que melhor cuidava<br />

da Kombi da empresa!<br />

Leonardo Franceschi<br />

Sou do sul, minha família é de origem italiana, minha bisavó veio<br />

da Itália pra trabalhar no Brasil, na roça.<br />

Tenho 18 anos, meu primeiro carro foi um VW Passat 1977 que<br />

estou reformando ainda. Meu Bisavô tinha uma VW Kombi que o<br />

vidro era dividido em dois. Na roça, antigamente, se tinha muitos<br />

filhos. Minha bisa tinha 13 filhos... Só com uma Kombi mesmo pra<br />

levar todo mundo pra Missa nos Domingos e pros churrascos na<br />

casa dos amigos quando carneava algum boi. Meu pai disse que<br />

achava que o vidro era dividido em dois porque um vidro era pra<br />

minha avó e um pro meu avo!!<br />

Minha primeira Kombi comprei em 1991, era uma 1975 com 3 portas<br />

por lado (conhecida como Lotação ). Comprei ela com problemas<br />

e fui restaurando e depois de uns 7 anos vendi. Acabei comprando<br />

uma alguns anos depois, mas já era uma furgão 94/95 que está<br />

comigo até hoje. Ambas usei para meu trabalho com eventos e<br />

sempre ouço que devo trocar por um VUC...Nem pensar...quero<br />

é mais duas...uma para deixar totalmente customizada e a outra<br />

para fazer par com a atual. Fora as miniaturas que coleciono.<br />

Era mais um réveillon e voltávamos da tradicional festa realizada<br />

em Angra dos Reis/RJ, quando na estrada o pneus traseiro direito<br />

da Kombi furou... Passado o susto, pois na época inexistiam pneus<br />

sem câmara, retomado o controle da direção, o pai do colega<br />

buscou um acostamento para realizarmos a troca do pneu.<br />

Durante o intervalo até a parada eu e mais 4 colegas elaboramos<br />

a estratégia de troca e, para surpresa de todos, a Kombi mal<br />

estacionou e como num pit-stop de fórmula 1, trocamos o pneu em<br />

poucos segundos...foi incrível !!!<br />

maria aparecida da silveira valente<br />

Eu tenho sim uma história, como têm também meus nove irmãos.<br />

Tenho quase 64 anos e sou a terceira filha de uma família de 10<br />

irmãos... Motivo mais que justo de ter sido adquirida uma Kombi<br />

para comportar tão nume família. Me lembro bem, era toda de<br />

uma cor só, clara, quase cor de manteiga. E não foi só essa alias,<br />

vieram outras, até que os filhos começaram a casar podendo<br />

então meu pai mudar para uma Variant.<br />

Eu, especialmente, além de desfrutar dos passeios em família,<br />

devo confessar que ao atingir meus 17 ou 18 anos , como todo<br />

adolescente, aproveitava momentos em que meu pai não ocupava<br />

a mesma, e tomava a direção da Kombi. Foi assim mesmo que a<br />

doce Kombi me ajudou a aprender a dirigir, não sem, naturalmente,<br />

alguns sustos e trapalhadas. Porém, foi nela mesma que plantei<br />

a raiz de meus futuros sonhos de sair pelo mundo dirigindo um<br />

automóvel. Por isso logo que vi esse site, me lembrei de como a<br />

Kombi foi importante para minha vida. E como ela prestou tantos<br />

serviços a um mundo inteiro de pessoas, acho justo que ela possa<br />

descansar!<br />

Pedro almeida<br />

Um dia, o tio Toniho (era o nome do kombeiro que me levava pra<br />

escola) me esqueceu na porta da escola e foi embora. Até hoje eu<br />

me lembro da traseira da Kombi se distanciando e eu pensando:<br />

“como eu vou embora agora?”<br />

renato arruda<br />

Houve uma época em que eu morava em São José do Rio Preto.<br />

Precisei de um veículo para trabalhar ,na oportunidade consegui<br />

comprar uma Kombi 82. Deixou muitas saudades, já que na<br />

ocasião eu a usava para trabalhar, acampar e fazer fretes. Enfim,<br />

foi uma das épocas que eu ganhei mais dinheiro! Eu posso dizer<br />

que sou louco por Kombis! A situação hoje em dia não ajuda<br />

muito, mas um dia terei uma outra!<br />

122<br />

123


Ernesto Rusche Junior<br />

Entre 1973 e 1994 fui proprietário de Fusca. Em 1995,eu e minha<br />

esposa, compramos uma Kombi furgão branca. Nossa filha era<br />

pequena e como sempre gostamos de viajar e acampar transformei<br />

a Kombi num pequeno Motor-Home. Fizemos diversas viagens<br />

aventurescas pelo Brasil, Chile e Argentina com esta Kombi. Eu a<br />

tenho até hoje e pretendo continuar com ela. Tenho muitas fotos<br />

em papel, das diversas aventuras pela Patagônia, Cordilheira dos<br />

Andes e Pantanal Matogrossense. Cada uma tem uma história<br />

mais empolgante que a outra. Quanto ao meu querido Fusca,<br />

infelizmente foi roubado. Mas,nossa Kombi-Home ainda está aí,<br />

para o que der e vier!<br />

André Luis Guimarães<br />

Três Gerações nas Kombis. Tudo começou com meus adoráveis<br />

pais. Meu pai, construtor de obras, comprou sua primeira Kombi<br />

em 1969. Era uma Kombi 1962, com 1200 cilindradas, 6 volts e<br />

sua cor original era cinza e branco. Era de luxo, toda forrada<br />

internamente e com acabamento externo com detalhes cromados.<br />

Nesta época, eu com apenas 5 anos, já desfrutava das aventuras<br />

em família, em Iguaba no litoral da Região dos lagos.<br />

Em 1970, meus pais compraram uma Kombi 1967, cor azul pastel,<br />

mais moderna e com motor de 1300 cilindrada, 12 volts e com 4<br />

janelas traseiras. (Infelizmente, não possuímos fotos desta Kombi).<br />

Em 1972, já com melhores condições, compraram uma Kombi 0<br />

km, onde daí em diante, foi só alegria. Sentíamos o cheirinho de<br />

Kombi nova e foram momentos inesquecíveis. Era uma com motor<br />

de 1500 cilindradas, 12volts, de luxo, vermelha e branca e com<br />

para choques brancos com garras tubulares. Nesta época eu já<br />

tinha 8 anos de idade. Foi ai que tive o privilégio de aprender a<br />

dirigir o primeiro carro da minha vida, na Kombosa 0 km.<br />

Em 1976, compramos uma Kombi nova 0 km. Já era uma com frente<br />

nova, 1600 cilindradas, azul e branca, também de luxo, com seu<br />

interior todo forrado e com frisos cromados nas laterais. Foi uma<br />

emoção muito grande, pois era lançamento da Kombi com frente<br />

nova, com maior espaço interno, uma grande visibilidade e seu<br />

sistema de frenagem muito melhor. Na época, meus pais, tinham<br />

casa na praia, onde me divertia muito dirigindo a kombosa. Em<br />

1980, compramos uma Kombi 0 km, sendo sua cor, verde indaiá e<br />

branco. Era feita por encomenda, pois estas eram escolhidas em<br />

catálogos. Era linda. Tinha calotas cromadas, carburação dupla e<br />

sistema de ar quente com moderno estofado.<br />

Mas o destino nos pregou uma peça, e em 1985, a nossa kombosa<br />

pegou fogo e não restou nada. O sistema de fiação da bateria<br />

fechou em curto com a carroceria, assim provocou perda total.<br />

Passamos então 12 anos sem dirigir kombis. Com a necessidade<br />

de trabalho no ramo de construção, decidi comprar uma kombosa<br />

1992, branca com motor mais moderno e possante. Eu e meu<br />

filhão, fomos personalizando a kombosa, com pintura bicolor<br />

(cinza e branco), som amplificado, sobre aros cromados e algumas<br />

coisinhas a mais. Todos da família curtem muito, pois, é e sempre<br />

será o melhor carro para todos os fins.<br />

Não é a toa que um mesmo modelo de carro possa passar por três<br />

gerações, e ainda ser muito querido.<br />

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Helvio Silva de Melo<br />

Tivemos kombi escolar por vários anos, as kombis da Tia Neyde<br />

em Juiz de Fora MG. Foram épocas cheias de histórias e momentos<br />

inesquecíveis que temos gravados em nossas memórias.<br />

Uma vez minha mãe, Neyde, emprestou-me uma das kombis para<br />

acamparmos. Chegando ao local, deparei com um gramado e<br />

areia por cima. Achei estranho mas coloquei a kombi estacionada<br />

ao lado de um bambuzal, à sombra. A noite descobri o porque<br />

daquela areia:<br />

Veio um pé dàgua , e eu já pensava em amarrar a kombi<br />

no bambuzal!!! , pois ficamos ilhados!. Hoje até rimos desses<br />

momentos, mas confesso-lhes, ainda sinto um friozinho na espinha!<br />

PAULO CUNHA<br />

Não sou, nem nunca fui proprietário de uma Kombi... Mas ela<br />

fez parte da minha infância, através de meu pai que sempre<br />

gostou deste veículo, para passear e para o trabalho, pois sempre<br />

teve padaria. Uma padaria na época grande para a cidade,<br />

Panificadora Cinelândia, aqui em Bauru, isto na década de<br />

setenta, encerrando as atividades em 81.... E como disse, sempre<br />

utilizando a KOMBI para fazer entregas do pão, que era na época<br />

produzido em nossa padaria e distribuída para as demais que<br />

existiam na época, em hospitais, no restaurante do trem que ia<br />

para Corumba.... E que saudade desta viagem de trem.... saudade<br />

do trem.... que o tempo levou..... Lembro também de quando<br />

pegava pãezinhos e distribuía em instituições de caridade da<br />

cidade, fazendo a felicidade de muitas pessoas sem condições.....<br />

Foram varias peruas Kombi, branca, amarela, marrom....saía de<br />

uma e comprava logo outra....Também vários anos: 71, 73, 74 , 75,<br />

sendo a ultima um modelo 76, branca.....<br />

Saudade das viagens de fim de ano onde toda a família se reunia<br />

em Galia para comemorar.... Fazíamos os assados, passávamos<br />

num sítio no caminho da rodovia SP 294, onde vendia frutas,<br />

abacaxis, melancias, laranja..... Era uma época de mesa farta...<br />

não tinha miséria.... e tudo que sobrava era distribuído para<br />

famílias pobres........ Saudade.....<br />

Cresci e em 94, ao trabalhar eu uma distribuidora da Gillette do<br />

Brasil, viajamos todo o interior do estado a bordo de um Kombi<br />

94... Foram dois anos de incansáveis viagens por todas as estradas<br />

do Estado de são Paulo... Mais uma vez vem a saudade..... e<br />

hoje quase vinte anos se passaram e a Kombi se vai.... Deixar<br />

saudade de um tempo, tempo que já não volta mais....com toda<br />

sua simplicidade, participou de uma vida muito boa, de nossa<br />

família.... Obrigado Kombi por fazer a felicidade de milhões de<br />

pessoas, inclusive a minha....<br />

SANTOS MARTINS CALDEIRA<br />

Residia em Pirapozinho (cerca de 20 km de distância de Presidente<br />

Prudente ) com 20 anos de idade passei no vestibular para<br />

administração de empresas na Toledo de Pres. Prudnte. Sabem<br />

como paguei meus estudos? Troquei meu carro, um Aero Willis 64,<br />

por uma Kombi Luxo vermelha e branca e nela eu, de motorista,<br />

levava comigo mais 10 pessoas que me pagavam o suficiente para<br />

a gasolina e para pagar a faculdade. Se não fosse a Kombi, eu<br />

nunca teria terminado a faculdade. Hoje, com 67 anos, graças a<br />

Kombi sou funcionário público estadual aposentado.<br />

Diego Rebelo<br />

A minha relação com a Kombi é desde a minha primeira infância.<br />

Eu ia e voltava do jardim de infância (na Tijuca, no Rio de Janeiro)<br />

em uma Kombi de segunda geração.<br />

Em 1997, com 6 anos de idade, eu via pela TV o comercial da<br />

terceira geração da Kombi. Um pouco mais velho (com uns 8<br />

anos de idade), eu gostava de passear de Kombi com o irmão da<br />

minha avó. Em 2002, uma Kombi me tirou do sufoco quando eu e<br />

minha tia voltamos da ilha de Paquetá e fomos deixados por um<br />

barqueiro em um lugar isolado perto de São Gonçalo.<br />

Atualmente, moro em Iguaba Grande, no litoral do RJ, onde o<br />

transporte público municipal é feito única e exclusivamente por<br />

Kombis. Apesar de possuir uma bicicleta motorizada, eu às vezes<br />

necessito pegar uma Kombi, principalmente quando estou levando<br />

uma carga grande. O próprio motor dessa bicicleta foi levado de<br />

perto dos correios (onde eu o peguei vindo da importadora) até a<br />

minha casa em um bagageiro de Kombi.<br />

David Philo<br />

Minha paixão pela Kombi começou em 1975, eu tinha então 4<br />

anos, meu pai comprou uma Kombi de para-brisa dividido , era<br />

branca , linda, usávamos para transportar mercadoria da nossa<br />

loja na 25 de março e para passear no fim de semana.<br />

Quando completei 9 anos, meu pai me ensinou a dirigir nela,<br />

adorava, com ela tivemos muitas alegrias, como todo carro ela<br />

também cansou. Meu Pai a levou para uma concessionária em<br />

Arujá , onde foi totalmente reformada, o Gerente da loja pediu<br />

para meu pai deixa-la para exposição, pois ficou como zero, e<br />

todos podiam admirar a nossa Kombi.<br />

Jonas Krummenauer Gonçalves<br />

Me lembro bem daquele ano de 1994, eu estava com 15 anos de<br />

idade na época, e a Kombi, foi o primeiro veículo que eu dirigi na<br />

minha vida. Nunca vou me esquecer daquela perua branca que<br />

era do mesmo ano, quase zero quilômetro, em que eu pude sentir<br />

a sensação de liberdade de estar dirigindo pela primeira vez sem<br />

apenas ficar olhando, como era até então.. Ficou marcado para<br />

mim isso, e sempre vou me lembrar da Kombi com carinho.<br />

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deusdedith ladislau hose aguiar<br />

Fábio de Cillo Pagotto<br />

ROBERTO BRAGA<br />

Em meados do ano de 1988, aproximadamente, eu trabalhava<br />

em uma empresa com vendas de armarinhos e transportava<br />

mercadorias para vendas na pronta entrega ,para ajudar nas<br />

despesas. Mas o mais interessante é que sou de São José do<br />

Rio Preto - São Paulo - e trabalhava no estado do Pará. Viajava<br />

uns 2,100 km (dois mil e cem quilometros)até começar as vendas<br />

na cidade de Santana do Araguaia ou Conceição do Araguaia,<br />

passando pelo sul do Pará, Redenção, Rio Maria e Xinguara,<br />

indo ate Maraba, Altamira, Uruara, na rodovia Tranzamazonica.<br />

Chegando no meu destino final, que é a cidade de Itaituba, às<br />

margens do Rio Tapajós, passando por balsas, pontes, desvios,<br />

atoleiros e muita poeira e barro, muita aventura! Toda viagem<br />

dava uma história, totalizando mais de 20.000 km em uma perua<br />

Kombi, por mais de noventa dias.<br />

poupou sua Kombi pois sabia que Catarina - nome dado a suas<br />

kombis - dificilmente o deixava na mão. Por isso, faça chuva ou<br />

faça Tsunami, ele saía com ela para tudo quanto é lado. Passamos<br />

momentos de pura emoção quando o volante quebrou e saiu da<br />

estria da direção. Problema? Lógico que não! Nada que um Grifo<br />

bem apertado na estria, vire o volante. Imagina eu com 10 anos<br />

vendo isso. rsrsrs<br />

Em fim, essa é só uma das histórias com as Kombis do meu pai.<br />

Hoje eu tenho uma Kombi Cabine Dupla na cor Bege, é lógico.<br />

Meu pai vive me falando que essa Kombi cabine dupla não sabe<br />

se quer ser Kombi ou pick-up. rsrsr<br />

A minha historia com a Kombi começou antes de eu nascer. Meu<br />

Pai comprou a Kombi Turismo exposta no 1 Salão do Automóvel<br />

em 1960! Viajamos com ela, nas mudanças de casa ela que<br />

trabalhava e era a primeira moradora e trabalhou muito. Nela<br />

aprendi a dirigir com 8 anos! Depois de 20 anos meu Pai ia<br />

vendê-la, não deixei e fiz uma restauração completa. Hoje é<br />

tratada como raridade e item de coleção e são meus filhos que<br />

querem passear na perua, e ainda escrevi um livro com a História<br />

da Kombi, da série Clássicos do Brasil pela Editora Alaúde, na<br />

qual ela é capa.<br />

IZIDIO DA CRUZ<br />

Ricardo Costa Andrade de Almeida<br />

Minha História com Kombi se inicia em minha infância. Meu pai<br />

sempre teve Kombi e até hoje tem uma 2011. A primeira foi uma<br />

luxo azul e branca que ele comprou de um cliente do banco onde<br />

trabalhava, no qual eu tenho uma vaga lembrança. Depois dela,<br />

veio uma sequencia de Kombis bege que eu me lembro muito<br />

bem, pois ali tive muitas histórias com meu pai. Meu pai usava<br />

muito a Kombi pq tínhamos um sítio que pra chegar não havia<br />

nenhum outro carro que chegava além dela.<br />

Já viu uma Kombi andando de lado numa descida, tipo drift?<br />

Pois é! Chuva+barro+descida= drift de Kombi. Meu pai nunca<br />

rafael d’andrea<br />

A Kombi foi o veículo que levou gerações de crianças para a<br />

escola. Eu particularmente e meus dois irmãos fizemos muita<br />

bagunça na Kombi azul da escolinha. Nunca vou me esquecer das<br />

musiquinhas que inventávamos para provocar o motorista. Meu<br />

irmão mais novo dormia sobre o motor junto com os pequeninos...<br />

nada mais anos 70 do que isto!<br />

Meu falecido sogro era diretor de um time de futebol amador e<br />

tinha uma Kombi, ano 1970 branca. Certa vez marcamos um jogo<br />

em outro município e não tínhamos condução para levar todos os<br />

atletas. Depois de muito pensar e procurar alguém que ajudasse a<br />

levar os jogadores, não encontramos ninguém. O jeito foi colocar<br />

a nossa família e mais os atletas dentro da Kombi. Rodamos 40<br />

quilômetros com 22 pessoas dentro da mesma, foi e voltou numa<br />

boa!<br />

Esta kombi é 1979 esta com 57.000 km. Ela era uma lanchonete.<br />

Eu e meu saudoso pai, Carmino Braga, compramos ela e a<br />

transformamos em um motorhome em 1983, nela colocamos um<br />

frigobar, microondas, tv digital 14, dvd, vaso químico, fogão duas<br />

bocas e forno. Eu viajei bastante, meu pai algumas vezes foi<br />

pescar com amigos e ele era um apaixonado por esta kombi!<br />

128<br />

129


Edson José de Azevedo<br />

A Kombi sempre fez parte da minha vida, proporcionando<br />

momentos inesquecíveis. Lembro-me como se fosse hoje dos<br />

tempos em que íamos com a velha Kombi ano 1968, azul marinho,<br />

acampar na praia. Ela pertencia ao meu tio João, que todo verão<br />

nos levava para acampar em Enseada, balneário de São Francisco<br />

do Sul, segunda cidade mais antiga do Brasil, vizinha de Joinville,<br />

Santa Catarina, cidade onde nasci e ainda moro.<br />

que era retirada de dentro dela e do bagageiro fixado no teto.<br />

Enquanto as mulheres cuidavam das bagagens e das crianças,<br />

nós montávamos a grande barraca marrom-laranja. À noite, a<br />

velha Kombi azul servia como dormitório. Os bancos traseiros<br />

do meio eram retirados para dar mais espaço para as crianças<br />

dormirem. Passávamos semanas acampados na praia tendo como<br />

companheira a velha Kombi azul.<br />

Era início da década de 1970, época da minha adolescência,<br />

quando ouvíamos Raul Seixas e começávamos a curtir os Secos e<br />

Molhados, banda que fez muito sucesso com Ney Matogrosso e<br />

sua trupe. Início do verão, férias escolares se aproximando e eu<br />

em contagem regressiva para embarcar na velha Kombi azul do<br />

tio João que nos levaria para acampar na praia da Enseada.<br />

Naquela época, as barracas de camping eram novidade por<br />

aqui, estavam caindo no gosto popular. Na temporada de verão,<br />

as areias da praia da Enseada ficavam repletas de barracas<br />

multicoloridas armadas ao longo da extensa faixa de areia.<br />

Hoje, meu tio João e muitos outros personagens dessa história<br />

já não estão mais entre nós. Aquelas crianças que se divertiam<br />

na areia da praia e nas águas do mar, cresceram, casaram e se<br />

tornaram pais. E nas areias da Enseada já não é mais permitido<br />

acampar. Mas ainda guardo na lembrança os bons tempos em<br />

que íamos com a velha Kombi azul dirigida pelo tio João acampar<br />

na praia.<br />

Fernando crucello<br />

Na velha Kombi azul, além da barraca e dos apetrechos de<br />

acampamento, das bolsas com roupas, comidas, louças e tudo o<br />

mais, iam, além do meu tio João que era nosso motorista, minha<br />

tia, meus três primos, eu, minha mãe, minha irmã, meu cunhado<br />

e meus quatro sobrinhos. Era uma verdadeira festa dentro da<br />

inesquecível Kombi azul que nunca nos deixou na mão.<br />

Quando a Kombi chegava ao local escolhido por meu tio para<br />

acamparmos e começávamos a descer, as pessoas que estavam<br />

na praia olhavam incrédulas ao ver tanta gente sair de dentro<br />

da velha Kombi azul 1968, além, é claro, de toda a bagagem<br />

Era dia 30 de dezembro de 2005 véspera de Réveillon. Uma<br />

amiga da família acabava de chegar no BRASIL/SP, vindo da<br />

Suíça num inverno de -20 Graus. Olhei para os meus irmãos e<br />

pensei: vamos passar o réveillon no RIO DE JANEIRO? Assim que<br />

que concordamos arrumamos as malas e peguei o meu carro. Ao<br />

parar na porta de casa meu irmão perguntou: “Você ta louco? Será<br />

que a KOMBI chega?” Respondi: “Ela vai e volta sem problema<br />

algum!” Demoramos de São Paulo ao RIO 5 horas e meia, a volta<br />

foi mais demorada 450km de muita chuva apenas 6 horinhas de<br />

viagem, muita história e muita curtição!<br />

Fernando Crucello<br />

130<br />

131


afael dandrea<br />

lucas Trança<br />

Meu nome é Lucas, tenho 32 anos e moro no interior de São Paulo<br />

em uma cidade chamada Franca. Minha história com a Kombi é<br />

um pouco diferente das muitas por ai, que geralmente contam de<br />

lembranças de quando criança, que o avô tinha uma etc etc etc.<br />

Comigo, a paixão foi não tão imediata assim. Para falar a verdade<br />

eu achava a Kombi horrível quando menino, morria de medo<br />

de andar em uma! Também né, com tantos apelidos q ela tinha<br />

como por exemplo: desintera família. Mas dai o tempo passou,<br />

eu fui crescendo e comecei a me interessar por carros antigos<br />

e adivinhem qual modelo que apareceu para eu terminar uma<br />

restauração? Isso isso isso, ela mesma, uma Kombi 1961 standard<br />

2 série cinza. Aí, amigo, foi paixão à primeira vista. Terminei a<br />

restauração, fiz algumas viagens com ela (Águas de Lindóia foi<br />

uma delas) e daí apareceu um negócio bom e me desfiz dela...<br />

Tenho saudades até hoje, mas nunca saiu de meus pensamentos a<br />

vontade de ter outra kombinha, e em janeiro de 2013 eu consegui<br />

achar uma muito boa, 1973 branca. O senhorzinho (dono) ainda<br />

dono me disse assim: “Tenho essa Kombi desde 1991, ela me<br />

ajudou a comprar minha casa e a criar meus filhos, essa Kombi<br />

me fez muito feliz... Hoje não posso andar mais nela porque eu<br />

tive um derrame, mas tenho certeza que você será muito feliz<br />

nela e conquistará muita coisa nela.” Comprei e a uso tanto para<br />

trabalhar quanto para me divertir e sempre que posso vou a<br />

cachoeiras com os amigos e a viagens com a namorada. Essa por<br />

enquanto é minha historia com a Kombi... E ao Sr Geraldo que me<br />

vendeu mando um recado: Ela já está e continuará me fazendo<br />

muito feliz.... Obrigado a todos que perderam um tempo lendo<br />

minha história!<br />

Alberto nascimento filho<br />

Tenho uma Kombi 1965 e foi mais que um sonho realizado poder<br />

comprá-la e fazer minha esposa aceitar também!!rs<br />

Sempre fui apaixonado por Kombis. Não que elas sejam bonitas,<br />

mas são sem dúvida senhoras interessantes. Sai de casa para<br />

comprar um carro de rodízio, quando passei pela loja e vi essa<br />

Kombi não resisti e comprei. Hoje estamos felizes (ambos) e as<br />

vezes saio com ela mesmo fora do rodízio, por puro prazer.<br />

Meu pai era mecânico e meu avô funileiro. Minha infância foi<br />

em uma oficina e, de todos os carros, a Kombi sempre foi minha<br />

preferida e eu sempre dizia que compraria uma quando crescesse.<br />

Meu pai teve uma 58 por muitos anos e depois teve outras. Vendo<br />

essa paixão passando de pai pra filho e depois pro neto, resolvi<br />

vender minha moto e ir atrás desse Pão Pulmann que me faz muito<br />

feliz!! E hoje poder olhar na minha garagem e ver uma Kombi 65,<br />

uma Variant 73 e um Fusca 74 me faz um cara de sorte!!<br />

132<br />

133


Maria do Carmo da Fonseca Brandão<br />

Ela chegava, era branquinha e muito asseada, um prazer ficar<br />

dentro dela, aspirando seu perfume de carro bem cuidado. Com<br />

pouco começamos a passear, a ir pra lugares antes distantes, da<br />

cidade. Até que um dia, paramos no alto de uma avenida. Ali<br />

começou minha longa história com a kombi. Abraçávamo-nos,<br />

beijávamo-nos, com sofreguidão... embora a pureza dos tempos<br />

e das idades. Passamos a ir mais longe, aos festivais de inverno<br />

de Ouro Preto. O frio terrível, nas voltas era preciso estacionar<br />

em qualquer cantinho, esperando que a neblina se dissipasse.<br />

Oh, como eu gostava daquela kombi branquinha, do calor que<br />

dela emanava.Um belo dia a kombi deixou de aparecer. Assim,<br />

do nada, sem que se falasse sobre o assunto. A cada uma que<br />

dobrava a esquina, meu coração se acelerava em batimentos<br />

extras. Mas não era ela, a minha kombi. Nunca mais foi. Durou<br />

o tempo que deveria durar. Da forma que chegou, foi-se. Numa<br />

manobra de classe, de um motorista impecável. Na memória,<br />

entretanto, jamais se apaga, uma vez que os momentos dentro<br />

nela fixaram-se como algo nobre - marca de um passado feliz<br />

e descontraído. Indestrutível. Como seu branco alvo, suas portas<br />

que corriam qual o tempo, seu espaço amplo, no qual cabiam as<br />

mais deliciosas expectativas e fantasias...<br />

Iza Porto de Oliveira<br />

Era o final do ano de 1978, quando saímos de Campina Grande-<br />

PB com destino a Santa Maria-RS. O plano era chegar a tempo<br />

de assistir o casamento da minha tia, irmã caçula de minha mãe.<br />

A Kombi papai adquiriu na Cavesa, com 4 anos de uso, comprada<br />

com o dinheiro da venda de um terreno que minha mãe, gaúcha<br />

de nascimento e paraibana por opção, ganhou num programa<br />

de rádio. Meu pai, até hoje não sei se por machêsa de paraibano<br />

ou empolgação da carta(CNH)recém conquistada há 04 meses,<br />

decidiu que levaria seus oito filhos e esposa de Kombi ao extremo<br />

sul do país. Detalhe: éramos oito filhos – o mais novo com 9 meses<br />

e o mais velho com 13 anos.<br />

Uma coisa interessante foi a preparação de armações quadradas<br />

de madeiras sob medida, que encaixavam no espaço entre os<br />

bancos, onde se apoiavam na horizontal os encostos desmontados,<br />

de forma que do pára-brisas traseiro até a divisória dos bancos<br />

dianteiros tudo era plano como um forno de padaria, onde nós<br />

dormíamos enfileirados, brincávamos e passávamos o tempo.<br />

No espaço embaixo dos bancos iam as panelas de pressão e<br />

todo tipo de bugiganga de viagem, fogareiro para as latas de<br />

feijoadas esquentadas nas clareiras à beira da estrada. Passando<br />

pela Bahia o odômetro marcava 49.999 km, daí meu pai entregou<br />

o volante pra minha mãe (que nunca dirigiu) pra ela alcançar os<br />

50.000 km.<br />

A cada saída para a estrada tínhamos quer contar “as cabeças”<br />

e fazer a chamada para certificar que estavam todos à bordo,<br />

o que não evitou que uma de minhas irmãs ficasse para trás em<br />

Jundiaí-SP – adormeceu no sofá da casa onde nos hospedamos<br />

enquanto meus pais se despediam dos anfitriões. Tivemos muitas<br />

aventuras nos 45 dias que durou essa gauchada. Cada um de nós<br />

guarda até hoje as lembranças daquela empreitada. Lembro do<br />

anoitecer na ponte Rio - Niterói, os cacaus maduros na beira das<br />

estradas baianas, as uvas dos japoneses no Paraná, a ventania<br />

que quase nos acidenta em Santa Catarina, da solidariedade de<br />

um guarda rodoviário em guiar aquele “Paraíba” até a saída de<br />

São Paulo. Nossa Kombi foi usada até como cavalo pra cercar<br />

uma vaca, que depois de morta e esquartejada foi levada no<br />

assoalho para ser assada para os convivas. Em São Gabriel-RS,<br />

meu irmão comprou sua primeira revista de Tex Willer – edição<br />

especial de natal. Até hoje temos uma coleção desta revista em<br />

casa, em torno de 100 exemplares. Lembro até do toca-fitas que<br />

meu pai ganhou de presente em Ijuí-RS.<br />

Já as lembranças de minha mãe são do tipo “ficar com o coração<br />

na mão” com tantas crianças soltas nos postos de gasolina, onde<br />

parávamos pra cozinhar e tomar banho. Meu irmão mais velho<br />

atropelou seu primeiro cachorro com ela, aos 13 anos. No retorno<br />

ela foi vendida, e pouco tempo depois se destruiu em um incêndio<br />

na garagem de seu novo dono. Ela passou rápido em nossas<br />

vidas, mas as lembranças que nos trouxe nos acompanham até<br />

hoje. E sempre rendem boas risadas quando nos encontramos em<br />

família.<br />

Claudio Marcelo Domingues<br />

Minha paixão pela Kombi ja vem há 19 longos anos.<br />

Sempre trabalhamos juntos, passamos noites à beira de estradas<br />

à espera de um socorro, mas nunca nos abandonamos, estivemos<br />

em todas as situações possíveis e o que mais me orgulho é de<br />

ter conquistado as poucas coisas que tenho na direção junto<br />

com ela... Minha Kombi é... meu carro de trabalho, meu carro de<br />

lazer, minha companhia na estrada, meu hobby. Minha Kombi é<br />

velhinha, de 1975, mas é minha paixão,e o meu maior sonho é<br />

restaurá-la para que fique comigo, não só por mais 19 ou 20 anos,<br />

mas enquanto eu tiver vida...<br />

Mike S<br />

My wife and I restored our 1975 Campmobile 13 years ago and in<br />

that time we have travelled over 30,000 miles together, camping,<br />

sightseeing and going to VW events. I have included a photo taken<br />

of us driving across the sea floor at low tide, near Ministers Island,<br />

New Brunswick. Through a moment of inattention we became<br />

stuck on a sandbar, but were freed after a lovely German family<br />

on holidays came to our rescue. The experience left us with new<br />

friends, and is just one example of how the VW bus brings out the<br />

best in people. Calypso, our camper, is a joyful, inseparable part<br />

of our lives and we look forward to many more miles and smiles<br />

together.<br />

134<br />

135


Otto JR<br />

Maurici Porfirio Schneider<br />

Durante 2 longos anos, 5 vezes por semana, eu ia e voltava do<br />

colégio numa Kombi escolar. Era a Kombi do Maurício. 17 pessoas.<br />

Isso mesmo, 17 pessoas todos os dias. E não eram crianças. Éramos<br />

adolescentes do ginásio e segundo grau. A matemática era: 3 na<br />

frente, 5 em cada banco e 4 no chiqueirinho. Olha, era um aperto<br />

só. Fora a bagunça, o calor na época do calor, o frio na época do<br />

frio. Hoje em dia, em 2013, parece mentira e é difícil acreditar que<br />

uma Kombi escolar trafegue com 17 pessoas diariamente, e olha<br />

que o colégio era longe, depois de recolher todos os alunos ainda<br />

era necessário pegar longas e movimentadas avenidas na Belo<br />

Horizonte do início dos anos 80. Mas a legislação na época era<br />

bem mais branda. Me lembro que numa época o Maurício inverteu<br />

os bancos atrás, colocou um de frente para o outro. E à partir daí<br />

comecei a passar mal todos os dias até o dia em que vomitei!!!<br />

Ganhei o privilégio de ir na frente, lugar garantido aos mais<br />

antigos, que não era o meu caso. E sempre quando voltava para<br />

trás eu passava mal. Até que descobri que o problema era andar<br />

de costas! Até hoje se eu andar de costas eu fico rapidamente<br />

enjoado! Aprendi na Kombi!!! rsrs Outra coisa que me lembro era<br />

como o meu pai ficava impressionado com a responsabilidade<br />

do Maurício e sua Kombi, nunca, nenhum dia ele e sua Kombi<br />

atrasaram ou deixaram de nos pegar. Bons tempos. Vamos em<br />

frente. Ainda vou ter a minha Kombi!!!!!<br />

Forte abraço a todos os amantes desse sensacional carro!!!<br />

Toda criança tem um sonho, uma paixão. Eu tinha meu sonho,<br />

minha paixão. Com apenas dois anos de idade, ganhei uma<br />

carona de um amigo de meu pai. Ele tinha uma Kombi ano 1972,<br />

ela era muito linda! Seus pneus novos com suas calotas brancas,<br />

sua cor era vermelha com branca, tinha radio AM/FM e lugares<br />

para nove pessoas. Eu queria ficar todo o tempo andando com<br />

aquela Kombi, mas a viagem era curta. Perguntei ao amigo de<br />

meu pai como ele conseguiu comprar aquele carro e ele me<br />

respondeu, falando com uma voz muito grossa: “Meu filho, com<br />

muito trabalho e honestidade”.<br />

Então fiquei pensando... Eu sou honesto só falta um trabalho.<br />

Comecei a trabalhar em uma oficina de automóveis, lavando as<br />

peças dos motores com muita atenção e cuidado, porque o meu<br />

patrão era muito brabo, mas eu queria ter meu emprego para<br />

poder um dia comprar uma Kombi. Certo dia apareceu um senhor<br />

muito educado e muito bem embarcado, estava com uma Kombi<br />

seminova, queria fazer uma pequena revisão, então deixou sua<br />

Kombi para ser feito o serviço. Meu patrão logo começou a fazer<br />

o trabalho solicitado e eu estava lá o tempo todo observando<br />

cada detalhe daquela Kombi. Tudo era tão perfeito, tudo tão lindo<br />

no seu interior, em seus detalhes, no motor.<br />

Eu estava adorando participar daquela revisão, então pedi para<br />

meu patrão se poderia lavar a Kombi no meu horário de folga,<br />

ele permitiu, mas não iria pagar pelo serviço, já que ele não foi<br />

solicitado pelo proprietário do carro, mas mesmo assim eu queria<br />

lavar para conhecer melhor a Kombi, fiquei duas horas limpando<br />

e apreciando cada detalhe, achava tudo tão perfeito, tudo tão<br />

bem conservado, até encontrei o manual do veiculo, ali estava um<br />

dos primeiros livros que li com toda atenção. Falava sobre todo<br />

o cuidado que deve ter com a Kombi, passo a passo, explicava<br />

tudo que uma pessoa teria que fazer quando surgisse alguma<br />

dúvida ou qualquer coisa parecida. Foi um dia tão bom pra mim,<br />

não sabia que poderia melhorar ainda. Quando o proprietário<br />

da Kombi chegou para buscar seu carro e viu que estava limpa,<br />

perguntou ao meu patrão quem havia feito o trabalho, meu patrão<br />

logo respondeu: “ foi o menino ali o senhor.” . Então fiquei trêmulo,<br />

porque achava que iria ganhar uma bronca, por fazer uma coisa<br />

que não tinha pedido. Aquele senhor veio se aproximando e<br />

perguntou educadamente: “Menino, porque fez este trabalho em<br />

minha Kombi?”<br />

“Senhor, não quero que fique zangado comigo, mas hoje foi o dia<br />

mais feliz da minha vida. Limpei sua Kombi e senti uma emoção<br />

muito forte, um conhecimento de cada detalhe que a Volkswagen<br />

ofereceu para seus clientes em segurança e conforto.” O homem<br />

se sentou do meu lado e me perguntou quanto queria pelo serviço,<br />

logo respondi:” nada, não senhor somente fez por gostar de sua<br />

Kombi”. Então ele me convidou para dar uma volta e me levar<br />

num lugar que jamais iria esquecer. Pedi a autorização para meu<br />

patrão e para meu pai.<br />

E lá fomos nós para o lugar tão especial. Era uma das revendedoras<br />

da Volkswagen, a Blusa em Blumenau. Conheci toda a loja do<br />

Sr. Jorge Boatim. Ele fez com que eu me sentisse a vontade, me<br />

mostrou sua loja com mais de vinte unidades das mais lindas<br />

Kombis já fabricadas.<br />

Fiquei tão emocionado que chorei, não conseguia me controlar,<br />

era muito especial para mim aquele momento. Fiz uma amizade<br />

muito grande com aquele senhor que me levou para conhecer a<br />

loja e dali em diante sempre lavava sua Kombi quando ele levava<br />

para fazer revisão. Esta foi minha historia que vivi com uma<br />

Kombi. Hoje tenho 43 anos e sou apaixonado por Kombi e com<br />

minha honestidade e meu trabalho, tenho uma ano 1990. Estou<br />

muito feliz, porque com ela faço um trabalho muito importante<br />

para as pessoas da minha comunidade e faço isso com maior<br />

amor e carinho, através de um sonho de criança.<br />

136<br />

137


Marcos Batista<br />

TERCIA CRISTINA DE LUCENA<br />

Quero narrar neste texto um pouco da história da minha Kombi,<br />

ou até mesmo a história da minha família. Em 1972 meu tio Walter<br />

comprou uma Kombi 0km, para seu comércio, ou melhor, para sua<br />

barraca na feira. Mas, após alguns meses, o tio Walter a colocou<br />

à venda, sendo então o maior interessado na Kombi o Meu tio<br />

Manoel que o chamávamos de tio Bebeu, e a assim o fez, a Com<br />

essa Kombi ele escreveu a sua história, buscou e levou por várias<br />

vezes os pais ao Pernambuco, socorreu e atendeu as necessidades<br />

da família e amigos. Com essa Kombi ele criou suas filhas, ajudou<br />

nos estudos das mesmas, forneceu o pão de cada dia para sua<br />

esposa Maria. Tudo isso por nada menos que 42 anos. Hoje, com<br />

muitas saudades do tio Bebeu, sou o dono dessa Kombi, pois ele<br />

faleceu há quatro meses e fui honrado pela minha tia Maria.<br />

Assim encerro minha história dessa Kombi que se mistura<br />

profundamente com a história da minha família.<br />

Maralice Fonseca<br />

No ano de 1976 meu pai possuía uma Kombi que utilizava em seu<br />

trabalho. Um dia estava indo buscar ração na fábrica e colocou<br />

o meu irmão de 3 anos na parte de trás da Kombi, levando-o<br />

consigo. Com a kombi em movimento o meu irmão, muito levado,<br />

abriu a porta por dentro, caindo no asfalto - o que meu pai nem<br />

notou. Vinha vindo atrás um caminhoneiro que viu meu irmão cair,<br />

parou o caminhão, o pegou e foi entregá-lo para o meu pai que<br />

já estava na fábrica. Meu pai se assustou muito com a situação,<br />

pois nem havia dado falta ainda do meu irmão. Foi um fato muito<br />

cômico que nunca nos esquecemos.<br />

Oi pessoal, a minha história com a Kombi vem desde a minha<br />

infância, porque meu pai sempre teve Kombi (uma branca, uma<br />

azul céu e outra azul Royal e como a nossa família era muito<br />

grande, para caber todo mundo aqui de casa, só a Kombi!). Cresci<br />

dentro de uma Kombi, muito feliz por sinal... Depois de muitos<br />

anos, inventamos de vender frutas e verduras para entrega em<br />

domicílio e o que nos salvou foi uma Kombi bem velhinha que meu<br />

namorado tinha...<br />

Saíamos no inicio da madrugada para comprarmos as frutas e<br />

verduras para vendermos e começarmos o nosso negócio. Passaram<br />

alguns anos, o namoro acabou e negócio acabou, mas a minha<br />

história com a Kombi continuava... Fui estagiar pela faculdade<br />

numa rádio famosa (Transamérica) e passei a dirigir novamente<br />

uma Kombi que serviria para promoções da rádio. Daí em diante,<br />

foram mais alguns anos neste emprego e sempre todo início de<br />

ano era de praxe trocar a Kombi na Locadora. Eu amava fazer<br />

isso, porque ela fazia parte de minha vida mesmo, era o nosso<br />

camarim, nossa pousada, nosso porto seguro. Depois disso, passei<br />

a alugar Kombi quando precisava viajar, até que, ano passado,<br />

meu marido trabalhou em uma empresa que disponibilizou pra<br />

ele trabalhar viajando uma Kombi zero, na cor prata... Pronto!<br />

Aí enlouqueci de vez e me apaixonei pela Kombi do trabalho do<br />

meu marido e pra qualquer lugar que íamos, pedia sempre pra<br />

ele ir com ela e esquecíamos a nossa Doblô em casa, por incrível<br />

que pareça...<br />

Eu gostava muito mais de andar de Kombi a andar de Doblô, que<br />

eu amava demais também, mas a Kombi tinha feito parte de minha<br />

vida toda né? Não tinha como esconder a minha paixão por ela<br />

e a cor prateada fez com que me apaixonasse ainda mais... Mas,<br />

infelizmente, meu marido saiu do emprego, perdemos a Kombi<br />

da empresa e por dificuldades financeiras tivemos que vender a<br />

Doblô e infelizmente hoje estamos com um carro de ano 1994 pela<br />

situação financeira que estamos, mas nunca me esquecerei da<br />

Kombi... Ela fez parte da minha vida inteirinha.<br />

Obrigada a todos vocês por me dar a oportunidade de narrar a<br />

minha história com esse carro maravilhoso e apaixonante que é<br />

a Kombi!<br />

sidnei costa Rogerio<br />

Em meados de 2005 comprei uma Kombi 1980, para o meu pai<br />

trabalhar, aí que vem a história. Me casei em 28 de dezembro de<br />

2005 e eu iria passar a minha lua de mel no Rio de Janeiro. Só um<br />

detalhe, não tinha mais passagem. Aí que veio a ideia do meu Pai<br />

“porque vocês não vão de kombi?”. De primeiro momento achei<br />

um absurdo e disse “ir para lua de mel de Kombi? Tô fora”. Mas<br />

não teve jeito, fui obrigado a ir de carro. Cheguei no Rio e foi uns<br />

dos passeios mais maravilhosos do mundo e vai ficar marcado no<br />

resto de minha vida. Por cima a lua de mel foi com uma galera<br />

animada todos de Kombi 80 em Pleno Rio de janeiro show de<br />

bola.<br />

Lourdete Maria Paiva Gonçalves<br />

A nossa Kombi foi batizada pelo nome de Buiuna. Ela veio de<br />

Imperatriz - Ma trazendo meu pai seu Tetê, minha mãe Dona<br />

Lurdiana, meu irmão Raimundo Antônio, um casal de cachorrinhos<br />

e toda a mudança que puderam trazer. Essa viagem foi uma saga,<br />

porque ela já era usada e deu muitos problemas nos facões. A<br />

nossa saudosa Buiuna nos deu muitas alegrias em Brasília e foi<br />

através dela que a família prosperou: tínhamos uma banca de<br />

ovos na Feira Permanente do Gama e também nos levou muitas<br />

vezes ao Vale do Amanhecer - Planaltina. Até hj nós lembramos<br />

da importância dessa amiga de todas as horas ...naquele tempo<br />

ela era muito necessária e todos a amavam.<br />

Antonio Miguel Morena Pires d Avila<br />

Tenho uma Kombi 1963 “azul calcinha”, como a turma chama, a<br />

mecânica não é mais a original e deve ter trabalhado muito na<br />

feira pois precisei colocar sobre cavaletes e tirar a bateria, caso<br />

contrario fugia para a feira! Tenho mais uma sucata de uma 1974,<br />

esta amarela, que utilizo como depósito, e mais duas capotas<br />

uma delas para o ganso nadar e a outra como bebedouro para a<br />

porcada. Pois e isso ai Kombi tem 1001 utilidade. Bye, bye.<br />

138<br />

139


Carlos Renato Caldas<br />

Era criança, meu tio tinha uma Kombi antiga, não me recordo o<br />

ano mas da década de 60. Sempre que tinha oportunidade, pedia<br />

a ele que fosse dar uma volta comigo. Meu pai não entendia, pois<br />

deixava de andar no seu Passatt 76, lançamento da época. Foi<br />

assim que começou minha paixão por elas.<br />

Após 40 anos consegui ter a minha, um modelo standard ano 1966,<br />

que passou por várias reformas e personalizações, hoje tenho<br />

três modelos todas do modelo split window. Quem é possuidor<br />

e apaixonado, sabe muito bem o prazer de dar uma voltinha ou<br />

uma viagem com esse utilitário, que vai deixar saudades.<br />

edison lavorenti<br />

Trabalhei com uma Kombi, por mais de quatro anos transportando<br />

frango, cheguei a colocar quase 2 mil quilos naquela coitada. ela<br />

ia devagar, mas ia. Só me deixava na mão quando eu esquecia<br />

de por gasolina. Pena que os carros bons acabam indo embora.<br />

Wandomberg Lima da Silva<br />

Eu me lembro muito bem, eu chorava muito, muito mesmo e meu<br />

pai não dava atenção eu queria muito mesmo mas meu irmão foi<br />

no meu lugar. Maria Fumaça, o nome da Kombi onde meu pai me<br />

ensinou uma lição que levo até então. Eu tinha 8 anos quando<br />

chorava para andar no banco da frente com meu pai, no entanto<br />

pela minha malcriação, meu irmão foi no meu lugar na volta. Meu<br />

pai pediu pra eu sentar na frente junto com ele na kombi e me<br />

falou:<br />

- As coisas se conquistam com educação, agora pode entrar na<br />

frente, foi a melhor viagem do mundo, nunca esqueci, e elas não<br />

pararam por aí, já vivi inúmeras. Kombi sempre fez parte da<br />

minha vida. :D<br />

Marcelo Viana<br />

Quando vim de São Paulo em 1982 tinha dez anos, chegando em<br />

Belo Horizonte comecei a conviver com meus primos. Então eles<br />

sempre iam para Abre Campo, uma cidade no interior, e meu Tio<br />

Chiquito enchia a kombi de crianças, filhos dele e sobrinhos. Era<br />

a melhor coisa do mundo, visitar a avó, brincar no cafezal, andar<br />

de carro de boi que saudades.<br />

Hoje tenho uma Kombi 1997, trabalho com ela em uma<br />

transportadora e hoje eu é que levo minhas sobrinhas para<br />

passear. Ninguém pode negar a kombi carregou o Brasil nas costas<br />

por muitos anos e hoje nada mais justo do que essa homenagem.<br />

Se estivesse ao meu alcance já estaria na garagem. Viva la Kombi.<br />

ERICO OLIVEIRA OLIVEIRA<br />

Meu pai comercializava carros usados e um dia ele apareceu com<br />

Kombi. Não me lembro o ano dela mas isto foi em 76/77. Foi amor<br />

à primeira vista, refiz o motor com poucos ajuste, botei um tkr,<br />

cara preta, que na época era um sonzão, com dois alto falantes<br />

nas portas dianteira e duas caixas de som no fundo. Rapaz,<br />

fiz sucesso com a turma. Todo mundo queria andar na Kombi.<br />

Sonzão do Led Zepellin nas alturas, Rolling Stones, Bob Marley,<br />

etc. As ”minas” piravam, altas festas ali dentro, no tempo em que<br />

se podia namorar dentro do carro. Inesquecível.<br />

Ricardo Akira Obayashi<br />

Conheci a Kombi com 10 anos de idade. E nunca mais esqueci. Até<br />

aquele dia nunca tinha imaginado pisar em uma kombi e passei a<br />

ir todos os dias de Kombi para a escola. Era uma azul clara, com<br />

o vidro dianteiro bipartido, duas fileiras de bancos voltadas pra<br />

frente e uma para trás (uma adaptação pra caber mais crianças).<br />

Era um momento muito legal. O motorista, a gente conhecia como<br />

tio Mauro e contava muitas estorias dele e de sua Kombi. A que<br />

mais me marcou foi quando ele usou a Kombi para carregar a<br />

bateria da banda Queen em um show que aconteceu em São<br />

Paulo em 1981. Adorava andar naquele carro, era uma sensação<br />

de liberdade e alegria tudo misturado! Além disso, o tio da Kombi<br />

sempre colocava o rádio (um AM) em uma estação pra ouvir as<br />

7 mais do dia, as 7 campeãs... Tenho muita vontade de ter uma<br />

Kombi e ainda vou ter uma pra viajar! A Kombi, pra mim é isso:<br />

liberdade! Obrigado pelas boas lembranças Kombi!<br />

Roberto Hausladen<br />

Meu pai tinha uma Kombi 75 azul. Viajávamos nas nossas férias<br />

de inverno, toda família, pai, mãe e nós, os quatro irmãos, com<br />

cortininha nos vidros da Kombi. As férias inesquecíveis de nossa<br />

infância foi uma que nós estávamos em São Joaquim/SC, uma<br />

das cidades mais frias do Brasil. A noite, aqueles pingos de gelo<br />

caindo em cima de nós, dormindo na nossa Kombi que não tinha<br />

forração . Tempos bons!<br />

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Alesson Galhardo<br />

Minha infância está ligada diretamente a Kombi azul e branca<br />

que meu avô tinha. Ele tinha um carinho enorme pela Kombi,<br />

mantinha ela em perfeito estado de conservação. Morávamos na<br />

roça, em um sitio no interior do RJ. Me lembro das viagens para<br />

a cidade com minhas tias e minha avó. Eu sempre viajava em pé,<br />

atrás do banco do motorista para ficar vendo meu avô dirigir a<br />

Kombi. Não importava quantas horas durasse a viagem. Quando<br />

íamos a igreja na cidade, minha avó levava na mala da kombi,<br />

bolos, suco e café para a ceia depois do culto. Meu avô usava a<br />

Kombi no trabalho também, ele transportava o carregamento de<br />

Aipim para o sitio, já que a nossa renda era da farinha feita nos<br />

barracões que tinham no sitio do meu avô. Resumindo a Kombi<br />

era essencial nas nossas vidas. Tanto para o pão de cada dia, mas<br />

também para o divertimento da família.<br />

Marcos Nipper<br />

Nós fazemos escolar pelo interior da cidade há mais de 12 anos<br />

e desde o começo sempre utilizamos a kombi, veículo muito<br />

resistente e econômico.<br />

Aprendi a dirigir em uma quando tinha de 12 para 13 anos.....<br />

Sempre vamos ser gratos a VW por nos proporcionar alegria<br />

pois são tantas histórias e aprendizados por trás dessa perua<br />

maravilhosa que nem sabemos como descrever.<br />

Podemos dizer com certeza que somos “kombimaníacos” e fãs<br />

dessa perua que vai deixar muitas saudades.<br />

Jefferson Pereira Costa<br />

A minha historia com a kombi começa em 1999, quando trabalhei<br />

nela como cobrador de transporte urbano. Aquela kombi de teto<br />

baixo, duas portas, lateral com tranca no meio, com seu jeito<br />

simples mas aguentando muito peso. A capacidade era de nove<br />

mas a gente chegava a levar doze pessoas e ela não reclamava,<br />

transportava com tranquilidade. Em dois mil e oito, já não era<br />

mais cobrador. Passei a exercer a profissão de motorista e o<br />

meu primeiro carro foi uma kombi com teto alto e radiador na<br />

frente, agora doze lugares trabalhando no sistema integrado de<br />

transporte de feira de Santana – Bahia, onde estou trabalhando<br />

até hoje. Um carro simples mas de muita serventia e o principal,<br />

manutenção barata. É um excelente carro, pena que vai sair de<br />

linha mas deixa um legado onde quase todas as pessoas ou já<br />

andaram ou já tiveram uma historia com ela (kombi)...<br />

Willians Maggi Junior<br />

Era uma vez minha querida Kombi 1986, seu nome era Doris e foi<br />

uma homenagem ao ônibus da banda Stillwaters do filme Almost<br />

Famous. Durante os anos 90 e 2000, nossa banda circulou pelos<br />

principais bares e festivais do país, nossa guerreira Doris encarou<br />

montanhas, estradas de terra, subidas intermináveis e milhares de<br />

kilometros de asfalto, sempre levando a banda CRIATUA e todos<br />

nossos equipamentos com muito conforto e segurança, criando<br />

um astral que só a Kombi pode proporcionar. Pelas janelas da<br />

Doris vimos o mundo passar e nunca nos esqueceremos da nave<br />

mãe. Verdadeira emoção movida a rock and roll e ótimas histórias<br />

que nunca serão esquecidas...<br />

ELENAI MIGUEL FRANCISCO<br />

Eu gosto muito de kombi ja tive kombi envidraçada que usei pra<br />

tranporte escolar. Depois usei transporte de pessoas para vários<br />

lugares da minha cidade que é Balneário Camboriu-SC. Agora<br />

tenho uma kombi de carroceria e leva muito peso mesmo ela é<br />

muito forte. Gostaria que a kombi voltasse a ser comercializada<br />

com uma outra cara com motor mais forte e direção hidráulica ou<br />

elétrica ,enfim amo kombi e não vou esquecê-la nunca.<br />

João Rosa Nunes junior nunes<br />

Me casei em 1987, estava desempregado, tinha uma grana e<br />

fiz festa. Viajei e quando voltei da lua de mel, fiz um balanço<br />

financeiro e tinha me sobrado algum dinheiro. Resolvi comprar<br />

uma Kombi do meu vizinho e trabalhar com ela. Comprei caixas de<br />

isopor e cerveja de latinha. Eu morava em Conceição de Macabu,<br />

RJ, próximo a Macaé. Fui vender cerveja na Praia, ganhei uma<br />

boa grana montei um restaurante e fiz entregas de marmitas.<br />

Nunca esquecerei de minha Kombi. Ela me ajudou muito estou<br />

triste por esta noticia.<br />

Marcio Gianocaro<br />

Eu Nunca tive uma Kombi, mas desde pequeno ia todos os dias<br />

numa perua escolar e sempre no famoso “chiqueirinho”, onde<br />

fica o estepe. Era muito gostoso, quase uma aventura com aquele<br />

barulho característico da Kombi que de vez em quando quebrava<br />

ou furava o pneu. Foram anos muito bacanas que não voltam<br />

mais .<br />

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Aquiles Duarte<br />

Ednaldo Campos<br />

Raimundo correa<br />

Sempre fui apaixonado pela Kombi, uma paixão tão grande que<br />

eu comprei uma ao meus 18 anos. Sou apaixonado pela marca,<br />

tive Golf, New Beetle, 3 Saveiros mas a que me rendeu uma estoria<br />

foi a famosa Kombi. Reformei por inteiro e pintei de verde oliva.<br />

Certo dia estava “dando uma banda” e encontrei um comboio do<br />

Exército Nacional. Ninguém entendeu nada. Um homem cabeludo<br />

com uma kombi cheia de som, rodas 17 no meio deles ... Até hj de<br />

certo eles se perguntam quem era aquele louco... Hj se tornou o<br />

símbolo da paz mas já lutou muito e ajudou a humanidade... Ela<br />

trabalhou muito hoje é hora de ela descansar e viajar. Foi judiada<br />

e hj é tratada com carinho. Obrigado Volkswagen, obrigado<br />

Kombi.<br />

Na década de 80 comecei a construir a sonhada casa de praia<br />

no belíssimo litoral norte paulista. Escolhido terreno, engenheiro<br />

equipe de pedreiros, nossos corações pulavam de alegria para<br />

finalmente iniciarmos a obra. Logo veio a decepção pois não<br />

havia materiais de construção que se faziam necessários e tudo<br />

tinha que ser comprado na capital, onde morávamos. Depois de<br />

muito pensar, vi (literalmente vi) uma Kombi diesel cabine dupla<br />

passando pela estrada. A alegria voltou. Comprei uma usada e<br />

cerca de 50 % da casa foi transportada nesta abnegada perua.<br />

Coloquei tantos azulejos, certa feita, que o peso fez com que<br />

a dianteira ficasse quase no ar e deu para sentir quase uma<br />

direção hidráulica. A coitadinha trabalhou tanto que depois da<br />

casa pronta, as crianças pediram para deixa-la no gramado da<br />

frente. Plantamos muitas flores e a cabine tornou-se o clubinho<br />

dos meninos...<br />

Carlos Magno Freitas<br />

Eu tive três Kombis e a última dela tinha um motor a álcool,<br />

de Santana 1.8 que era furgão, e eu utilizava para transportar<br />

verduras para o projeto social de 850 famílias carentes que hoje<br />

está parado pois depois de 3 anos de uso desta kombi ela trincou<br />

o chassis em três partes e não teve como recuperá-la para o<br />

projeto e por isso parou o projeto.<br />

Douglas Eduardi Ferreira de Castilho<br />

Nesse ano de 2013 comprei minha primeira Kombi, de modelo<br />

furgão e de 1990, comecei a usá-la pra transportar equipamentos<br />

de áudio, de 7 meses que estou com ela , já pude passar por<br />

muitas situações como por exemplo passar a madrugada<br />

inteira empurrando querendo dar tranco aonde tinha uma<br />

turma me ajudando a empurrá-la, irmãos, primos e amigos, uns<br />

empoleirados no pára-choque outros já no teto acenando lá no<br />

pára-brisa, sendo guinchado por outro carro e passando na<br />

frente de policia e tudo mais . Enfim tive que fazer o motorzinho<br />

dela inteiro, trocar as rodas e envelopá-la com a cara da minha<br />

empresa...de 7 meses pra cá o visual dela mudou bastante e<br />

aqui em Maringá – PR aonde moro ela é única e creio eu a mais<br />

chamativa, aonde passo sempre tem alguém olhando, tirando<br />

foto, perguntando sobre ela...<br />

No inicio dos anos 90 eu e meus familiares esta vamos indo a um<br />

batizado de uma sobrinha em Santa luzia MG e fomos na Kombi<br />

do meu cunhado só que a Kombi era muito velha e não tinha os<br />

bancos de passageiros então tivemos que sentar em tamburêtes<br />

(bancos de madeira), foi um passeio terrível porém muito divertido<br />

principalmente nas curvas!<br />

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Este livro assim como seu conteúdo são de propriedade única e exclusiva da Volkswagen (ou licenciados ou autorizados para a Volkswagen e estão protegidas por direito<br />

autoral). O conteúdo não pode ser copiado, reproduzido, distribuído, transmitido, exibido, mostrado, vendido, licenciado, ou explorado para qualquer que seja a finalidade,<br />

sem o consentimento prévio dos respectivos proprietários.<br />

A ordem das histórias foi feita de maneira aleatória para melhor diagramação e leitura.

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