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Alexandre Carleti<br />
Giovana Hardy<br />
Quando casei com minha esposa Branca, ela me mostrou uma<br />
foto da kombi do pai dela e ela no colo de sua avó, daquele<br />
dia em diante tive uma ideia e consegui concretizar, comprei uma<br />
kombi antiga e fiz igualzinha a foto. Minha esposa ficou super<br />
emocionada quando viu a kombi parada na frente de casa. Ai<br />
contei pra ela que era uma homenagem para meu sogro e para<br />
minha esposa que amo muito.<br />
Olha o Kombão.<br />
Ao ver o anúncio publicitário não tive como resistir às memórias<br />
que fervilharam em minha mente. A Kombi fez parte de minha<br />
vida há mais ou menos uns 40 anos (ser mulher me impede a<br />
números precisos kkkk). Naquela época, em nossa família foi uma<br />
Kombi por ano. As cores eram aquelas verde gelo, azul... gelo,<br />
bege.....gelo (cores geladeira). Meu pai era comerciante e nelas<br />
levava sempre o que tinha de mais valor, a família e forma de<br />
mantê-la.<br />
Ouvi dizer de muitas peripécias minhas, certa vez abri a porta<br />
com a Kombi em movimento e minha mãe me salvou segurando<br />
pela roupa. Ainda bem que não andávamos a mais que 80km por<br />
hora. Depois passamos a brincar de dirigir a Kombi com aquele<br />
volante imaginário enorme e todos os passageiros balançando de<br />
um lado para o outro.<br />
Meu pai mudou os negócios outros carros de outras marcas foram<br />
adquiridos. Estudei e quando me formei voltei a me encontrar com<br />
a Kombi, agora um pouco mais moderna. Nesta época, ao final de<br />
todas as tardes ouvia “olha o Kombão” eram os meninos e meninas<br />
de rua de Goiânia que atendidos na unidade de referência iriam<br />
ser transportados para a casa de referência noturna.<br />
Muitas vezes íamos cantando músicas românticas e hip-hops<br />
do momento. Outras atendíamos emergências as quais nossos<br />
companheiros de viagem alegres se envolviam por circunstâncias<br />
da vida que levavam. Nossa, neste momento me recordo das visitas<br />
que fazíamos às famílias deles. As ruas horríveis da periferia nos<br />
fazia subir no para choques traseiro para facilitar a tração das<br />
rodas. Foi muito bom, pura aventura. Hoje fico apreensiva com<br />
a despedida da Kombi, porque ela é importantíssima na vida de<br />
minha irmã, significa liberdade e autonomia.<br />
Todos os dias ela vai para a APAE, numa Kombi-98, que ela<br />
personifica e tem tanto ciúme que não pode imaginar que<br />
estou falando da Kombi neste momento. Aqui, a Kombi se torna<br />
imprescindível por não precisar de maiores adaptações para os<br />
deficientes cadeirantes entrarem ou saírem, a porta é ampla o<br />
bastante e a altura permite mais mobilidade que os “micro” usados<br />
largamente. Esta Kombi é tão especial na vida de minha irmã, que<br />
apesar de muito depreciada é esperada todos os dias com muita<br />
ansiedade e como mais uma possibilidade.<br />
A Kombi nunca foi arrojada nem sofisticada mas promoveu<br />
aventuras e relacionamentos interpessoais de uma vida. Valeu<br />
Kombão!<br />
Jarbas Rigotto<br />
Com orgulho, já dirigi essa maravilha. Na verdade é muito<br />
divertido dirigir ela. Desde 1993 até 2003, em uma vinícola na<br />
serra gaúcha, algumas vezes carregávamos com vinho até a altura<br />
das janelas. A Kombi 85, meio judiadinha, e com motor 1600, pois<br />
o motor anterior fundiu em razão da vovózinha ter sido forçada<br />
a levar um reboque pesado de Caxias do Sul - RS a Santana do<br />
Livramento - RS.<br />
Uma viagem desgastante de mais de 700 km. Mas voltando ao<br />
que ia contar. Não raro ela era carregada com caixas e caixas<br />
de um dos melhores vinhos e eu levava até Gramado - RS para<br />
algumas lojas. Que aventura de viagem. Curvas fechadas, à noite,<br />
às vezes com chuva e frio (e sem aquecimento algum brrrr), subida<br />
de serra e não tinha como passar de 60km/h. Mas ela ali, firme e<br />
silenciosa, afinal a carga abafava o barulho típico do motor.<br />
Ouvindo alguma música no rádio Bosch LD243 .Já na volta era<br />
alegria. o ronco do motor em alta rotação para subir outros<br />
trechos da serra, curvas fechadas e a Kombi firme. Feliz de quem<br />
tem ou teve uma! Vá com Deus! Volte sempre!<br />
Rudmar Mendes Mariz Filho<br />
No ano de 1995, meu padrasto adquiriu uma Kombi 1989 à álcool<br />
que nos levava para todos os lugares, uma vez ele converteu<br />
a Kombi para gasolina e pouco tempo depois precisou viajar,<br />
quando fomos pegar ele no aeroporto eu esqueci da convenção<br />
e disse que a Kombi era à álcool, resultado deu um certo prejuízo,<br />
mas não deixou ninguém a pé, completando a viagem de volta<br />
pra casa.<br />
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