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José Roberto Peters<br />
Rogerio Kiyosi Sato<br />
Maria Ligia Monteiro de Araujo<br />
Meu trauma de lavar carro vem do tempo em que meu pai<br />
resolveu comprar uma Kombi. Eu tinha meus 13 anos e aos<br />
sábados nossa missão — minha e de meus irmãos — era lavar o<br />
carro. Começávamos de manha e no começo da noite ainda não<br />
tínhamos terminado. Como era grande aquele carro. Uma vez<br />
decidimos caprichar e tiramos os bancos e cintos de segurança,<br />
que naquela época nem usávamos. No final do sábado colocamos<br />
novamente os cintos e os bancos. No domingo a família toda<br />
embarcou na kombi: pai e mãe na frente e as crianças — cinco<br />
ao todo — nos bancos do meio e de trás. Foi o meu pai acelerar e<br />
o banco do meio caiu. Quem disse que a gente tinha parafusado<br />
bem. Meu pai e minha mãe depois que viram que ninguém se<br />
machucou se afastaram um pouco. Anos depois ficamos sabendo:<br />
eles saíram de perto pra rir.<br />
Érika Stein<br />
Olá. eu sou a Érika. Na época da escola, o pai da minha amiga<br />
Fernanda tinha uma Kombi e levava nossas bicicletas dentro dela<br />
para andarmos no Parque da Cidade, em Brasília. Infelizmente,<br />
recentemente, roubaram a sua histórica Kombi. Mas meu sogro<br />
comprou uma Kombi um dia desses e ela faz a alegria da galera<br />
quando usamos. Diversão garantida! Vai deixar saudade essa<br />
Kombi.<br />
Eu sempre fui admirador da kombi, foi nela que aprendi a dirigir,<br />
e depois fazendo fretes por perto.e a seguir pequenas viagens<br />
sempre na kombi. A kombi sempre foi meu ganha pão, meu<br />
trabalho como freteiro. no ano de 2004 participei de um concurso<br />
para eleger o melhor motorista do brasil, venci, e é grato a kombi<br />
que me deu esta alegria pois tudo que aprendi no trânsito ,na<br />
vida a kombi estava do meu lado, tenho ela até hoje, para mim<br />
ela é muito importante!!!<br />
João Antonio Gomes de Pinho<br />
Hoje, aos 52 anos de idade, já sinto saudade da Kombi. Por<br />
minha família ser grande (somos 9 filhos) meu pai sempre teve<br />
uma Kombi. Uma vez, quando tinha 4 ou 5 anos de idade, meu<br />
pai saiu para o trabalho e, ao retornar, já estava com uma nova<br />
Kombi para a família. Eu todo feliz falava pra todo mundo que<br />
meu pai tinha 2 Kombis. Pronto, passou a ser meu novo apelido:<br />
2 Kombis.<br />
Rita Fidalgo<br />
Meu nome é Thomaz e já nem sei mais dizer quantas histórias já<br />
vivi numa Kombi. Conheci minha esposa em 1979 e daí pra frente<br />
nunca mais as abandonei nem a esposa e nem a Kombi. Ela me<br />
auxiliou em vários trabalhos de sucateiro a lotação. Criei meus<br />
2 filhos e viajamos por todo o país a bordo desta companheira.<br />
Agora já aposentado é com muita tristeza que recebo a notícia<br />
que ela não será mais fabricada. Comprei uma 2013 e como em<br />
todas as que já tive, a transformei num mini trailer que com certeza<br />
nos dará muitas alegrias.<br />
Nos anos 80, quando eu era criança, meu pai tinha dois carros: um<br />
Voyage preto e uma Kombi branca. Eu gostava muito do primeiro,<br />
porque naquela época criança podia andar solta no banco de<br />
trás, de joelhos, dando tchauzinho para o carro desconhecido que<br />
vinha logo em seguida. Mas foi na Kombi que eu descobri que<br />
estava crescendo, que não era tão mais criança. Como era uma<br />
versão de carga, eu andava no banco da frente, e aquilo era uma<br />
aventura e tanto! Mas até hoje lembro o dia em que consegui<br />
pular sozinha lá de trás (onde às vezes eu ficava brincando) para<br />
a frente. Foi uma conquista, como se tivesse escalado o Everest! Um<br />
dia que até hoje em dia faz parte daquela seleção de memórias<br />
soltas que todo mundo tem de quando era criança.<br />
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