Revista Setembro - Crefito
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SOCIAL<br />
10<br />
Estas crianças têm uma<br />
nova chance<br />
Pode ser que alguém acredite nisso, mas o que vimos<br />
na Casa Menino Jesus de Praga é muito mais que<br />
apenas sorte, eles tem muitos pais e padrinhos de<br />
coração, cheios de carinho e atenção. A retribuição<br />
deste amor fica clara na visita à CMJP. Imaginar as<br />
maldades que aquelas “crianças” (muitos já adolescentes<br />
e adultos) sofreram e pensar que conseguiram<br />
sobreviver pode ser sorte, destino e até milagre.<br />
Elas lutaram muito para chegar onde estão, não somente<br />
pelas patologias que apresentam desde o nascimento,<br />
mas também pela história que viveram, pois<br />
foram retiradas de famílias desestruturadas, vulneráveis,<br />
que as renegavam e, em alguns casos, eram abusadas<br />
e/ou sofriam maus tratos, até serem levados para<br />
este novo lar, onde encontram outros iguais a eles.<br />
São crianças de 0 a 15 anos com lesões cerebrais graves<br />
e problemas motores permanentes que gratuitamente<br />
recebem atendimento de fisioterapia, terapia<br />
ocupacional, assistência social, nutricionista, fonoaudiologia,<br />
pediatria, neurologia e enfermagem. Sete<br />
das 38 crianças frequentam a escola, cinco delas vão<br />
a escola especial e duas delas a escola regular.<br />
Acionados pelo Conselho Tutelar ou pela Vara de<br />
Família, eles passam por avaliações clínicas, para então<br />
serem acolhido na CMPJ, que passa a ter sua<br />
guarda da criança. Os familiares podem visitar as<br />
crianças pois a Casa não tem o objetivo de cortado<br />
o vínculo que existe entre eles, porém lá elas possuem<br />
direito a atendimento especializado.<br />
O presidente da instituição, Daltro Franceschetto,<br />
busca a preservação destas crianças, visto que elas são<br />
muito debilitadas, e por indicação do pediatra da casa,<br />
foi aconselhado a reforçar o atendimento fisioterápico<br />
respiratório com o objetivo de diminuir as internações.<br />
Segundo a fisioterapeuta Luciane Grissolia, que<br />
atua na casa há 9 anos, é possível prevenir através de<br />
tratamentos respiratórios. A equipe de fisioterapia<br />
conta com mais duas profissionais além de Luciane,<br />
a Caroline Basegio e a Dieine Bittencourt Mendes,<br />
cada uma delas é responsável por um turno. Segundo<br />
Daltro, desde que intensificaram o tratamento preventivo<br />
houve a redução de internações das crianças.<br />
Projeção da nova sede da CMJP<br />
JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012