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Influência do Stretching Global Activo na Flexibilidade da ... - APF

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Revista Portuguesa de Fisioterapia no Desporto<br />

ARTIGO ORIGINAL<br />

Influência <strong>do</strong> <strong>Stretching</strong> <strong>Global</strong> <strong>Activo</strong> <strong>na</strong> <strong>Flexibili<strong>da</strong>de</strong> <strong>da</strong> Cadeia<br />

Posterior e no Salto Vertical no Voleibol<br />

A<strong>na</strong> Luísa Oliveira 1 , Nuno Nogueira 2<br />

Licencia<strong>da</strong> em Fisioterapia pela Escola Superior de Saúde <strong>do</strong> Vale <strong>do</strong> Sousa 1<br />

Correspondência para: a<strong>na</strong>luisam.oliveira@sapo.pt<br />

Professor Adjunto <strong>na</strong> Escola Superior de Saúde <strong>do</strong> Vale <strong>do</strong> Sousa 2<br />

Resumo<br />

Introdução: Tor<strong>na</strong>-se ca<strong>da</strong> vez mais pertinente avaliar a influência <strong>do</strong> treino de flexibili<strong>da</strong>de <strong>na</strong> impulsão vertical.<br />

Objectivos: Verificar a influência <strong>do</strong> treino de <strong>Stretching</strong> <strong>Global</strong> <strong>Activo</strong> <strong>na</strong> flexibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> cadeia posterior, <strong>na</strong> flexibili<strong>da</strong>de a<strong>na</strong>lítica <strong>do</strong>s<br />

isquiotibiais e <strong>na</strong> impulsão vertical no voleibol.<br />

Meto<strong>do</strong>logia: Realizou-se um estu<strong>do</strong> quase-experimental com uma amostra de 28 voleibolistas, <strong>do</strong> sexo masculino e feminino, pertencentes<br />

ao escalão sénior <strong>do</strong> Clube Ala Nun’ Álvares, de Gon<strong>do</strong>mar, <strong>da</strong> Divisão A1 <strong>do</strong> Campeo<strong>na</strong>to Nacio<strong>na</strong>l. A amostra, escolhi<strong>da</strong> por<br />

conveniência, foi dividi<strong>da</strong> em <strong>do</strong>is grupos (com 7 elementos de ca<strong>da</strong> sexo), aleatoriamente, o grupo experimental que efectuou o treino<br />

de flexibili<strong>da</strong>de recorren<strong>do</strong> ao <strong>Stretching</strong> <strong>Global</strong> <strong>Activo</strong>, durante 8 sema<strong>na</strong>s, e o grupo controlo. Em to<strong>do</strong>s os atletas avaliou-se o Passive<br />

Knee Extension , à direita e à esquer<strong>da</strong>, a distância <strong>do</strong>s de<strong>do</strong>s ao chão e a impulsão vertical. Neste estu<strong>do</strong> utilizou-se um nível de<br />

significância de 0,05 e para análise <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s recorreu-se ao programa estatístico SPSS, versão 15.0.<br />

Resulta<strong>do</strong>s: Ao fim <strong>da</strong>s 8 sema<strong>na</strong>s, a média (desvio padrão) <strong>do</strong>s ganhos de flexibili<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s isquiotibiais foram de 9,14(5,14) graus à<br />

direita e 9,29(4,98) graus à esquer<strong>da</strong>, enquanto que <strong>na</strong> distância <strong>do</strong>s de<strong>do</strong>s ao chão foi de -2,07(1,69) cm e no Counter-mouvement Jump<br />

foi de 2,1(0,022) cm, sen<strong>do</strong> as diferenças encontra<strong>da</strong>s estatisticamente significativas.<br />

Conclusão: Com a utilização de um protocolo de treino de <strong>Stretching</strong> <strong>Global</strong> <strong>Activo</strong> obteve-se um aumento <strong>da</strong> flexibili<strong>da</strong>de <strong>na</strong> amostra<br />

em estu<strong>do</strong>, verifican<strong>do</strong>-se que esses ganhos influenciaram os ganhos de impulsão vertical.<br />

Palavras-chave: <strong>Flexibili<strong>da</strong>de</strong>, impulsão vertical, SGA, Isquiotibiais<br />

Abstract<br />

Introduction: The need to evaluate the influence of the stretching training in the vertical jump becomes each time more pertinent.<br />

Objectives: Verify the influence of Active <strong>Global</strong> <strong>Stretching</strong> training in the posterior chain flexibility, in the hamstrings a<strong>na</strong>lytical<br />

flexibility and in the vertical jump in volleyball.<br />

Metho<strong>do</strong>logy: A quasi-experimental study happened with 28 volleyball players, both sexs, seniors of the Clube Ala Nun’ Álvares, of<br />

Gon<strong>do</strong>mar, of the Division A1 of the Natio<strong>na</strong>l Championship. The sample, chosen by convenience, was divided in two groups (with 7<br />

elements of each sex), in a ran<strong>do</strong>mized order, the experimental group performed the stretching training appealing to Active <strong>Global</strong><br />

<strong>Stretching</strong>, during 8 weeks, and the group control. The athletes were evaluated in the Passive Knee Extension, on both sides, in the<br />

distance of the fingers to the ground and in the vertical jump. It was used a level of significance of 0,05 and for <strong>da</strong>ta a<strong>na</strong>lysis was used<br />

the statistical program SPSS, version 15.0.<br />

Results: After 8 weeks, the average (shunting line stan<strong>da</strong>rd) of the profits of hamstrings flexibility was of 9,14(5,14) degrees to the<br />

right and 9,29(4,98) degrees to the left, whereas in the distance of the fingers to the ground it was of -2,07(1,69) cm and in the Countermouvement<br />

Jump was of 2,1(0,022) cm, being the joined differences statistically significant.<br />

Conclusion: With the protocol of training of Active <strong>Global</strong> <strong>Stretching</strong> an increase of flexibility in the sample in study was gotten,<br />

verifying itself that these profits had influenced the profits of vertical jump.<br />

Key-Words: Flexibility, Vertical Jump, SGA, Hamstrings<br />

Introdução<br />

No voleibol, o salto vertical, juntamente com a estatura<br />

individual <strong>do</strong>s joga<strong>do</strong>res, é uma variável importante<br />

no desempenho <strong>do</strong>s atletas (Soares, 2002). No voleibol,<br />

o salto vertical, juntamente com a estatura individual<br />

<strong>do</strong>s joga<strong>do</strong>res, é uma variável importante no<br />

desempenho <strong>do</strong>s atletas (Soares, 2002).<br />

Os joga<strong>do</strong>res de voleibol são geralmente altos e com<br />

considerável força ab<strong>do</strong>mi<strong>na</strong>l e <strong>do</strong>s membros. A altura<br />

<strong>do</strong>s joga<strong>do</strong>res de alta competição varia entre os 1,90 e<br />

os 1,99 metros, sen<strong>do</strong> a altura média de 1,96 metros.<br />

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Revista Portuguesa de Fisioterapia no Desporto<br />

(Carvalho, Vieira & Carvalho, 2004). A força ab<strong>do</strong>mi<strong>na</strong>l<br />

e <strong>do</strong>s membros inferiores têm-se mostra<strong>do</strong> factores<br />

determi<strong>na</strong>ntes para o salto vertical. A força <strong>do</strong>s<br />

membros superiores, particularmente <strong>do</strong>s braços e <strong>do</strong>s<br />

ombros, aju<strong>da</strong> a aumentar a força ao longo <strong>da</strong> região<br />

<strong>do</strong> tronco, crian<strong>do</strong> uma postura sóli<strong>da</strong> para aju<strong>da</strong>r a<br />

maximizar a técnica de salto, a produção de força e a<br />

transferência de forças entre o quadrante inferior e o<br />

superior (Carvalho, 1999).<br />

Ten<strong>do</strong> em conta que, no voleibol, to<strong>do</strong>s os joga<strong>do</strong>res<br />

têm que obrigatoriamente passar pela zo<strong>na</strong> de ataque,<br />

tor<strong>na</strong>-se necessário que estes conquistem planos ca<strong>da</strong><br />

vez mais eleva<strong>do</strong>s, através <strong>da</strong> impulsão vertical, para<br />

executarem os procedimentos técnico-tácticos como<br />

o remate, o serviço, o bloco e o passe, com maior<br />

eficácia.<br />

Com efeito, o ganho de alguns centímetros <strong>na</strong> altura<br />

<strong>do</strong> salto vertical possibilita ao atacante uma leitura<br />

significativamente melhora<strong>da</strong> <strong>da</strong> organização <strong>do</strong> bloco<br />

e <strong>da</strong> defesa <strong>da</strong> equipa adversária (Soares, 2002).<br />

Existem alguns estu<strong>do</strong>s que demonstram que um<br />

ganho <strong>na</strong> flexibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> cadeia posterior proporcio<strong>na</strong><br />

um aumento de alguns centímetros no salto vertical.<br />

Davis, Ashby & McCale, (2005) compararam o efeito<br />

de três técnicas de stretching a<strong>na</strong>lítico nos isquiotibiais<br />

durante 4 sema<strong>na</strong>s e chegaram à conclusão que ambas<br />

aumentavam a flexibili<strong>da</strong>de e que, por sua vez, levavam<br />

a um aumento <strong>da</strong> performance <strong>do</strong> salto vertical.<br />

Também, Lee, Etnyre & Poindexter, (1989), num<br />

estu<strong>do</strong> com homens e mulheres <strong>da</strong>s equipas <strong>do</strong> Festival<br />

Olímpico <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, chegaram à conclusão<br />

que uma boa flexibili<strong>da</strong>de pode beneficiar o gesto <strong>do</strong><br />

salto vertical, levan<strong>do</strong> ao ganho de alguns centímetros<br />

no mesmo.<br />

Na eficácia <strong>do</strong> salto vertical, têm particular importância<br />

a força explosiva, a potência mecânica <strong>do</strong>s membros<br />

inferiores e a veloci<strong>da</strong>de inicial de saí<strong>da</strong>, pois quanto<br />

mais rápi<strong>do</strong> o atleta aban<strong>do</strong><strong>na</strong>r o solo, maior elevação<br />

atingirá o seu centro de gravi<strong>da</strong>de permitin<strong>do</strong>, assim,<br />

um maior alcance, em altura, no salto (Davis et al, 2005).<br />

Deste mo<strong>do</strong>, para o aumento <strong>da</strong> performance <strong>do</strong> salto<br />

vertical, contribuem, entre outros factores, a potência<br />

muscular e a flexibili<strong>da</strong>de.<br />

O treino de flexibili<strong>da</strong>de é específico de ca<strong>da</strong><br />

mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de desportiva e, para além de poder<br />

possibilitar uma eventual diminuição <strong>da</strong> incidência de<br />

lesões musculares e permitir relaxamento muscular,<br />

permite aumentar a veloci<strong>da</strong>de e a performance <strong>do</strong><br />

gesto desportivo (Alter, 1997). No voleibol, para<br />

aumentar a impulsão vertical, tem de existir uma boa<br />

flexibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> cadeia posterior, constituí<strong>da</strong><br />

principalmente pelos músculos <strong>da</strong> arca<strong>da</strong> <strong>do</strong> pé, tibial<br />

posterior, tricípete sural, isquiotibiais, glúteos e<br />

músculos espinhais (Grau, 2003), o que parece permitir<br />

um aumento <strong>da</strong> veloci<strong>da</strong>de e, por conseguinte, <strong>da</strong> altura<br />

<strong>do</strong> salto. Durante o salto, deve existir, também, um<br />

rácio de aproxima<strong>da</strong>mente 60% de força <strong>do</strong>s<br />

antagonistas em relação aos agonistas (Carvalho, Vieira<br />

& Carvalho, 2004). Em condições normais, o rácio I/<br />

Q é aproxima<strong>da</strong>mente 60%, mas se os isquiotibiais<br />

estiverem retraí<strong>do</strong>s, esse rácio é altera<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong><br />

necessária uma maior força por parte <strong>do</strong> quadricipede<br />

para realizar o movimento deseja<strong>do</strong>. Na prática, este<br />

facto leva a uma diminuição <strong>da</strong> eficácia <strong>do</strong> salto vertical.<br />

Assim, é mais adequa<strong>do</strong>, antes de tu<strong>do</strong> aumentar a<br />

flexibili<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s isquiotibiais, para permitir aumentar<br />

o rendimento <strong>do</strong> quadricipede (Grau, 2003; Souchard,<br />

2005).<br />

Segun<strong>do</strong> alguns autores, quer a flexibili<strong>da</strong>de, quer a<br />

força dependem de diversos factores. A flexibili<strong>da</strong>de<br />

depende <strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s antropométricas <strong>do</strong>s indivíduos,<br />

<strong>do</strong>s factores genéticos, <strong>da</strong> composição e mecânica<br />

muscular, <strong>da</strong> mecânica articular e ligamentar, <strong>da</strong><br />

composição corporal e de alguns factores hormo<strong>na</strong>is<br />

(Dias et al, 2005; Lamari, Marino, Cordeiro & Pellegrini,<br />

2007). A força, para além de depender <strong>da</strong> composição<br />

e mecânica articular, muscular e ligamentar, e <strong>da</strong><br />

composição corporal como a flexibili<strong>da</strong>de, depende<br />

ain<strong>da</strong> <strong>do</strong> tipo de contracção realiza<strong>do</strong> (concêntrica,<br />

excêntrica ou isométrica), <strong>do</strong> segmento corporal, <strong>do</strong><br />

sistema de alavancas, <strong>do</strong> tipo de movimento e <strong>da</strong><br />

proporção de massa corporal magra (Cureton, Collins,<br />

Hill & Mcelhannon 1998; Dias et al, 2005).<br />

Dentro <strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s para aumento <strong>da</strong> flexibili<strong>da</strong>de,<br />

encontram-se os a<strong>na</strong>líticos, tais como o alongamento<br />

estático, balístico, dinâmico e activo (Lee et al, 1989), e<br />

os globais nos quais se enquadra o conceito <strong>do</strong> <strong>Stretching</strong><br />

<strong>Global</strong> <strong>Activo</strong> (SGA), que é um méto<strong>do</strong> basea<strong>do</strong> nos<br />

princípios <strong>da</strong> Reeducação Postural <strong>Global</strong> (RPG),<br />

cria<strong>do</strong> por Philippe Souchard e que está dirigi<strong>do</strong> à<br />

prática desportiva (Souchard, 2005). O <strong>Stretching</strong> <strong>Global</strong><br />

<strong>Activo</strong> consiste em autoposturas de mo<strong>do</strong> a melhorar<br />

o rendimento muscular, assim como, prevenir lesões<br />

(Grau, 2003).<br />

O SGA tem cinco princípios básicos que o distinguem<br />

<strong>do</strong> alongamento convencio<strong>na</strong>l. Esses princípios são:<br />

os músculos existirem <strong>na</strong> forma de cadeias musculares,<br />

a tridimensio<strong>na</strong>li<strong>da</strong>de, o conceito <strong>do</strong> material<br />

viscoelástico, o trabalho muscular dever ser activo e a<br />

importância <strong>da</strong> respiração.<br />

Também Gloria Melián (2001) fala <strong>do</strong>s cinco princípios<br />

<strong>do</strong> SGA, fazen<strong>do</strong> a distinção entre o alongamento<br />

convencio<strong>na</strong>l e o stretching global activo. Segun<strong>do</strong> a<br />

autora, o alongamento convencio<strong>na</strong>l consiste em<br />

estiramentos segmentares, passivos, sem contracção,<br />

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Revista Portuguesa de Fisioterapia no Desporto<br />

enquanto que o SGA consiste no estiramento <strong>da</strong>s<br />

cadeias musculares, estiramentos activos, com<br />

contracção excêntrica e padrão respiratório.<br />

O SGA é, entre outros, um <strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s que inclui<br />

alongamentos globais provenientes de uma técnica de<br />

reeducação, neste caso, a reeducação postural global<br />

(Grau, 2003; Souchard, 2006).<br />

A flexibili<strong>da</strong>de é reconheci<strong>da</strong> como uma quali<strong>da</strong>de<br />

motora indispensável a qualquer tipo de desporto,<br />

inclusive o voleibol. A fisioterapia tem um papel<br />

importante <strong>na</strong> equipa técnica <strong>da</strong>s diferentes mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des<br />

desportivas, visto que poderá intervir <strong>na</strong> elaboração<br />

de programas de treino com o objectivo de aumentar<br />

o rendimento <strong>do</strong> atleta, prevenir lesões e desenvolver<br />

a máxima amplitude de movimento envolvi<strong>da</strong> <strong>na</strong>s<br />

habili<strong>da</strong>des motoras desportivas, melhoran<strong>do</strong>, assim,<br />

o gesto desportivo (Kraemer & Ratamess 2005).<br />

Os objectivos deste estu<strong>do</strong> foram verificar se o treino<br />

de SGA tinha influência <strong>na</strong> flexibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> cadeia<br />

posterior, <strong>na</strong> flexibili<strong>da</strong>de a<strong>na</strong>lítica <strong>do</strong>s isquiotibiais e<br />

<strong>na</strong> impulsão vertical no voleibolista.<br />

Meto<strong>do</strong>logia<br />

1. Tipo de Estu<strong>do</strong> e Selecção <strong>da</strong> Amostra<br />

Foi realiza<strong>do</strong> um estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> tipo quase-experimental.<br />

Foi escolhi<strong>da</strong> uma amostra, por conveniência, de 28<br />

voleibolistas, <strong>do</strong> sexo masculino e feminino,<br />

pertencentes ao escalão sénior <strong>do</strong> Clube Ala Nun’<br />

Álvares, de Gon<strong>do</strong>mar, <strong>da</strong> Divisão A1 <strong>do</strong> Campeo<strong>na</strong>to<br />

Nacio<strong>na</strong>l. A amostra foi dividi<strong>da</strong> em <strong>do</strong>is grupos (com<br />

7 elementos de ca<strong>da</strong> sexo), aleatoriamente, o grupo<br />

experimental que foi submeti<strong>do</strong> ao factor em estu<strong>do</strong>,<br />

o treino de flexibili<strong>da</strong>de recorren<strong>do</strong> ao SGA, e o grupo<br />

controlo, que não realizou o treino proposto.<br />

Para selecção <strong>da</strong> amostra utilizou-se como critérios de<br />

inclusão: os atletas terem i<strong>da</strong>des compreendi<strong>da</strong>s entre<br />

os 18 e os 28 anos porque a flexibili<strong>da</strong>de varia com o<br />

avanço <strong>da</strong> i<strong>da</strong>de e é entre estas i<strong>da</strong>des que a maior<br />

parte <strong>do</strong>s atletas se encontra em competição; os atletas<br />

terem to<strong>do</strong>s a mesma activi<strong>da</strong>de durante a duração<br />

<strong>do</strong> estu<strong>do</strong>, para que não existissem diferenças<br />

significativas <strong>na</strong> carga de treino entre eles, que pudessem<br />

inviabilizar os resulta<strong>do</strong>s; e os atletas comparecerem,<br />

regularmente, ao treino e jogarem regularmente, para<br />

que to<strong>do</strong>s os atletas tivessem as mesmas experiências<br />

de jogo. Os critérios de exclusão foram: os atletas terem<br />

sofri<strong>do</strong> lesões a nível <strong>do</strong>s membros inferiores e colu<strong>na</strong><br />

vertebral, nos últimos seis meses, porque poderia<br />

afectar os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>; os atletas terem falta<strong>do</strong><br />

ao treino mais que três vezes, porque se isso acontecesse<br />

poderia existir discrepância nos resulta<strong>do</strong>s; e os atletas<br />

realizarem outra activi<strong>da</strong>de desportiva, porque to<strong>do</strong>s<br />

os atletas deviam ter aproxima<strong>da</strong>mente a mesma carga<br />

de treino entre eles, para não inviabilizar os resulta<strong>do</strong>s.<br />

2. Ética<br />

Para a realização <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> foi pedi<strong>da</strong> autorização ao<br />

clube, e após o seu consentimento, to<strong>do</strong>s os<br />

intervenientes no estu<strong>do</strong> preencheram uma declaração<br />

de consentimento, segun<strong>do</strong> o modelo de Helsínquia.<br />

Informou-se os participantes de que poderiam<br />

aban<strong>do</strong><strong>na</strong>r o estu<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> entendessem, sem qualquer<br />

consequência para os mesmos. Também foram<br />

devi<strong>da</strong>mente informa<strong>do</strong>s sobre as condições <strong>do</strong><br />

estu<strong>do</strong>, procedimentos, objectivos e possíveis riscos.<br />

Os <strong>da</strong><strong>do</strong>s recolhi<strong>do</strong>s foram utiliza<strong>do</strong>s única e<br />

exclusivamente para este estu<strong>do</strong>, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> garanti<strong>da</strong><br />

a sua confidenciali<strong>da</strong>de.<br />

3. Instrumentos de recolha de <strong>da</strong><strong>do</strong>s<br />

Utilizou-se o goniómetro universal, uma fita métrica<br />

fixa<strong>da</strong> <strong>na</strong> parede e a bateria de testes AAHPER Youth<br />

Fitness Test (Reston, 1980).<br />

3.1. Vali<strong>da</strong>de e Fiabili<strong>da</strong>de <strong>do</strong> goniómetro universal<br />

O goniómetro universal é um instrumento de medi<strong>da</strong><br />

adequa<strong>do</strong> à medição <strong>da</strong>s amplitudes articulares <strong>da</strong>s<br />

diversas articulações corporais, sen<strong>do</strong>, por isso, um<br />

instrumento váli<strong>do</strong> para o seu efeito (Brosseau et al,<br />

2001).<br />

Quanto à fiabili<strong>da</strong>de, o goniómetro universal apresenta<br />

uma fiabili<strong>da</strong>de intra-observa<strong>do</strong>r eleva<strong>da</strong> atingin<strong>do</strong><br />

valores de ICC (coeficiente correlação intraclasse)<br />

médios <strong>na</strong> ordem <strong>do</strong>s 0,83 e uma fiabili<strong>da</strong>de interobserva<strong>do</strong>r<br />

mais baixa relativamente à anterior,<br />

varian<strong>do</strong> entre valores médios de ICC <strong>na</strong> ordem <strong>do</strong>s<br />

0,28 e 0,34 (You<strong>da</strong>s, Bogard & Suman, 1993; Bierma-<br />

Zeinstra, Bohnen & Ramlal, 1998).<br />

3.2. Vali<strong>da</strong>de e Fiabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> bateria de testes AAHPER<br />

Youth Fitness Test<br />

Esta bateria de testes é váli<strong>da</strong> para a<strong>na</strong>lisar testes de<br />

habili<strong>da</strong>des motoras, incluin<strong>do</strong> habili<strong>da</strong>des como o<br />

salto, em que se integram testes como o Countermouvement<br />

Jump, o Squat Jump, habili<strong>da</strong>des como a <strong>da</strong>nça,<br />

entre outras, e para a<strong>na</strong>lisar testes de corri<strong>da</strong>, como<br />

veloci<strong>da</strong>de, sen<strong>do</strong> muito utiliza<strong>da</strong> no voleibol (Perkins,<br />

1983).<br />

Quanto à fiabili<strong>da</strong>de, existem poucos estu<strong>do</strong>s sobre o<br />

assunto, basean<strong>do</strong>-se a maioria <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s <strong>na</strong> sua<br />

9


Revista Portuguesa de Fisioterapia no Desporto<br />

vali<strong>da</strong>de. Contu<strong>do</strong>, esta bateria de testes possui<br />

fiabili<strong>da</strong>de a nível <strong>da</strong> análise e avaliação <strong>do</strong>s diferentes<br />

itens que a compõem, embora essa fiabili<strong>da</strong>de varie<br />

consoante exista um ou mais observa<strong>do</strong>res (Marmis,<br />

Montoye, Cunningham & Kozar, 1969).<br />

4. Procedimento<br />

4.1.Medição <strong>do</strong> grau de flexibili<strong>da</strong>de<br />

Para medição <strong>do</strong> grau de flexibili<strong>da</strong>de utilizaram-se<br />

<strong>do</strong>is testes:<br />

a) o Passive Knee Flexion, no qual ca<strong>da</strong> atleta foi<br />

coloca<strong>do</strong> em decúbito <strong>do</strong>rsal com a cervical alinha<strong>da</strong><br />

e traccio<strong>na</strong><strong>da</strong>, o tronco alinha<strong>do</strong>, a lombar apoia<strong>da</strong> no<br />

chão e os pés em flexão <strong>do</strong>rsal (Dombroski, 2005).<br />

Em segui<strong>da</strong>, a coxo-femural e o joelho foram<br />

coloca<strong>do</strong>s a 90º de flexão, sen<strong>do</strong> esta posição manti<strong>da</strong><br />

através de uma barra estabiliza<strong>do</strong>ra (White,<br />

Allumbaugh, Ayotte & Macan, 2005), e foi realiza<strong>da</strong> a<br />

extensão máxima permiti<strong>da</strong> <strong>do</strong> joelho de forma passiva<br />

(Dombroski, 2005). Posteriormente, procedeu-se à<br />

medição <strong>da</strong> amplitude de movimento percorri<strong>da</strong> com<br />

o goniómetro universal, ten<strong>do</strong> como pontos de<br />

referência a linha média lateral <strong>do</strong> fémur que passa pelo<br />

grande trocanter e pelo côndilo lateral, a linha média<br />

lateral <strong>do</strong> perónio, em direcção ao maléolo lateral e<br />

fulcro sobre a região <strong>do</strong> côndilo lateral <strong>do</strong> fémur. O<br />

goniómetro partiu <strong>da</strong> posição de 90º, no entanto essa<br />

posição foi assumi<strong>da</strong> como zero, uma vez que se<br />

pretendeu medir a quanti<strong>da</strong>de de graus percorri<strong>do</strong>s<br />

desde 90º de flexão <strong>do</strong> joelho até à extensão máxima<br />

permiti<strong>da</strong>. Para este procedimento foram necessários<br />

<strong>do</strong>is fisioterapeutas, um para realizar o movimento de<br />

forma passiva e outro para executar a medição (White,<br />

Allumbaugh, Ayotte & Macan, 2005).<br />

b) o teste de flexibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> distância <strong>do</strong>s de<strong>do</strong>s ao<br />

chão, em que o indivíduo partiu <strong>da</strong> posição bipede, e<br />

tenta chegar com a ponta <strong>do</strong>s de<strong>do</strong>s <strong>da</strong>s mãos ao chão,<br />

ten<strong>do</strong> como fulcro a articulação <strong>da</strong> anca. Durante o<br />

teste foi ti<strong>da</strong> em conta a manutenção <strong>da</strong>s curvaturas<br />

<strong>da</strong> colu<strong>na</strong> vertebral, existin<strong>do</strong> um alinhamento entre o<br />

trágus e as vértebras de C7, D12 e S1, controla<strong>do</strong> pelo<br />

observa<strong>do</strong>r (Kapandji, 2001), sen<strong>do</strong> este o alinhamento<br />

referi<strong>do</strong> para flexibilizar to<strong>da</strong> a cadeia posterior<br />

(Souchard, 2005). Não se utilizou o teste de sit-andreach,<br />

pois este não permitiria manter este alinhamento<br />

durante o teste. Outro <strong>do</strong>s factores a ter em conta<br />

durante a realização <strong>do</strong> teste foi manter os joelhos em<br />

extensão. A progressão no teste, alcance <strong>da</strong> ponta <strong>do</strong>s<br />

de<strong>do</strong>s <strong>da</strong>s mãos ao chão, foi acompanha<strong>da</strong> pelo<br />

aumento <strong>da</strong> flexão <strong>da</strong> anca, que era a única articulação<br />

onde era permiti<strong>da</strong> a ocorrência de movimento, sen<strong>do</strong><br />

portanto, o fulcro <strong>do</strong> mesmo.<br />

A medição <strong>do</strong> grau de flexibili<strong>da</strong>de foi realiza<strong>da</strong> antes<br />

<strong>do</strong> treino com o SGA e após 4 e 8 sema<strong>na</strong>s, em ambos<br />

os grupos, para verificar se ocorreram alterações<br />

relativamente aos valores iniciais<br />

Treino de <strong>Flexibili<strong>da</strong>de</strong><br />

O treino, utilizan<strong>do</strong> o conceito <strong>do</strong> SGA, consistiu <strong>na</strong><br />

utilização de três posturas, manti<strong>da</strong>s durante 15 minutos<br />

ca<strong>da</strong>. As posturas realiza<strong>da</strong>s tiveram como objectivo<br />

estirar a cadeia posterior e foram realiza<strong>da</strong>s durante<br />

cerca de 45 minutos, duas vezes por sema<strong>na</strong>, durante<br />

oito sema<strong>na</strong>s. As posturas utiliza<strong>da</strong>s foram a posição<br />

de rã no chão (fig. 1), posição de rã no ar (fig. 2) e a<br />

posição de bailari<strong>na</strong> (fig. 3) (Souchard, 2006). É de<br />

salientar que antes <strong>da</strong> realização <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> foi feito um<br />

pré-treino para eluci<strong>da</strong>r os atletas sobre as componentes<br />

de ca<strong>da</strong> postura e procedimentos para a realização <strong>da</strong>s<br />

mesmas.<br />

Teste <strong>do</strong> Salto Vertical<br />

Figura 1: Posição de rã no chão<br />

Para medição <strong>do</strong> salto vertical utilizou-se o Countermouvement<br />

Jump (CMJ).<br />

Em primeiro lugar, colocou-se uma tira de tape <strong>na</strong><br />

parede para que fossem marca<strong>do</strong>s os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s<br />

saltos, e o terceiro de<strong>do</strong> <strong>da</strong> mão direita <strong>do</strong>s atletas foi<br />

marca<strong>do</strong> com a tinta de carimbo. O atleta, <strong>na</strong> posição<br />

de perfil junto à parede, partiu <strong>da</strong> posição bípede, com<br />

o tronco direito, as mãos <strong>na</strong>s ancas e os membros<br />

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Revista Portuguesa de Fisioterapia no Desporto<br />

Figura 2: Posição de rã no ar<br />

Figura 3: Posição de bailari<strong>na</strong><br />

inferiores em extensão. O indivíduo efectuou, então,<br />

semi-flexão <strong>do</strong>s joelhos até formar um ângulo de 90º<br />

de flexão <strong>do</strong> joelho, e de segui<strong>da</strong> um salto vertical<br />

máximo (Alves, 2006; Carazzato, Campelo & Gomes,<br />

1997).<br />

Durante a realização <strong>do</strong> salto o atleta marcou <strong>na</strong> parede<br />

a altura <strong>do</strong> salto, sen<strong>do</strong> considera<strong>da</strong> a melhor de três<br />

tentativas.<br />

O CMJ foi avalia<strong>do</strong> no início <strong>do</strong> treino de SGA e<br />

após 4 e 8 sema<strong>na</strong>s, para verificar se houve alterações.<br />

5. Procedimentos estatísticos<br />

Para caracterizar a amostra recorreu-se à análise <strong>da</strong><br />

estatística descritiva: média e desvio padrão.<br />

Para escolher os testes estatísticos apropria<strong>do</strong>s,<br />

verificou-se se a distribuição <strong>da</strong>s variáveis seguia uma<br />

distribuição que se aproximava <strong>da</strong> normal através <strong>do</strong><br />

teste de Shapiro-Wilk, devi<strong>do</strong> ao reduzi<strong>do</strong> tamanho<br />

amostral. Como não se verificou o pressuposto de<br />

normali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> distribuição, utilizaram-se testes nãoparamétricos.<br />

Para a análise de <strong>da</strong><strong>do</strong>s começou-se por fazer uma<br />

descrição <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s por grupos, o grupo<br />

experimental e o grupo controlo, recorren<strong>do</strong>-se a<br />

medi<strong>da</strong>s de tendência central (médias) e medi<strong>da</strong>s de<br />

dispersão (desvio padrão).<br />

Recorreu-se ao teste de Mann-Whitney para verificar<br />

se existiam diferenças estatisticamente significativas<br />

entre os grupos, no início <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>. Posteriormente,<br />

para avaliar a influência <strong>do</strong> SGA <strong>na</strong> flexibili<strong>da</strong>de e <strong>na</strong><br />

impulsão vertical, recorreu-se a uma análise<br />

emparelha<strong>da</strong> entre as diferentes medições, por grupos,<br />

recorren<strong>do</strong> ao teste de Wilcoxon. Para verificar se<br />

houveram ganhos durante o estu<strong>do</strong>, quer <strong>na</strong><br />

flexibili<strong>da</strong>de, quer no salto, e se esses ganhos foram<br />

significativos, recorreu-se ao teste de Mann-Whitney.<br />

Por último, para verificar a fiabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s medições,<br />

foi calcula<strong>do</strong> o coeficiente de correlação intraclasse<br />

(ICC).<br />

Para este estu<strong>do</strong>, foi utiliza<strong>do</strong> um nível de significância<br />

de 0,05. Os <strong>da</strong><strong>do</strong>s foram trata<strong>do</strong>s utilizan<strong>do</strong> o<br />

programa estatístico SPSS, versão 15.0.<br />

Estu<strong>do</strong> piloto<br />

Antes <strong>da</strong> realização deste estu<strong>do</strong>, realizou-se um estu<strong>do</strong><br />

piloto com sete atletas, com uma média de i<strong>da</strong>des de<br />

22,3 anos. To<strong>do</strong>s os atletas não tinham apresenta<strong>do</strong><br />

qualquer lesão a nível <strong>do</strong>s membros inferiores ou <strong>da</strong><br />

colu<strong>na</strong> vertebral, nos últimos seis meses.<br />

O estu<strong>do</strong> piloto foi realiza<strong>do</strong> com o intuito de testar a<br />

fiabili<strong>da</strong>de intra-observa<strong>do</strong>r <strong>do</strong>s testes utiliza<strong>do</strong>s para<br />

medir a flexibili<strong>da</strong>de e a impulsão vertical, que foram<br />

referi<strong>do</strong>s nos procedimentos.<br />

Para isso, foram realiza<strong>da</strong>s duas medições em ca<strong>da</strong><br />

indivíduo, e em ca<strong>da</strong> teste, sen<strong>do</strong> a segun<strong>da</strong> medição<br />

realiza<strong>da</strong> passa<strong>do</strong>s três dias <strong>da</strong> primeira medição.<br />

Nas medições de goniometria, <strong>do</strong> teste/re-teste,<br />

obteve-se uma correlação intraclasse (ICC = 0,991),<br />

com intervalo de confiança (IC 95% 0,973-0,998), o<br />

que indica uma boa fiabili<strong>da</strong>de intra-observa<strong>do</strong>r,<br />

segun<strong>do</strong> You<strong>da</strong>s et al (1993) e Bierma-Zeinstra et al<br />

(1998).<br />

Relativamente à medição <strong>da</strong> distância <strong>do</strong>s de<strong>do</strong>s ao<br />

chão, no teste/re-teste, foi obti<strong>da</strong> uma correlação<br />

intraclasse (ICC = 1), com intervalo de confiança (IC<br />

11


Revista Portuguesa de Fisioterapia no Desporto<br />

Tabela 1: Média (desvio padrão) <strong>da</strong>s medições iniciais obti<strong>da</strong>s nos diferentes testes realiza<strong>do</strong>s e respectivo valor de p obti<strong>do</strong> no<br />

teste de Mann-Whitney.<br />

Controlo Experimental Mann-Whitney (p)<br />

Passive Knee Extension<br />

à direita<br />

69,93(7,02)º 71,71(8,06)º 0,734<br />

Passive Knee Extension<br />

à esquer<strong>da</strong><br />

69,21(7,59)º 71,29(7,43)º 0,635<br />

Distância <strong>do</strong>s de<strong>do</strong>s ao<br />

chão<br />

17,14(5,78) cm 17,07(5,74) cm 0,839<br />

CMJ 92 (0,18) cm 90 (0,22) cm 0,406<br />

95% 0,999-1,000), o que demonstra uma excelente<br />

fiabili<strong>da</strong>de de medição.<br />

Por fim, <strong>na</strong> medição <strong>do</strong> CMJ, no teste/re-teste, obtevese<br />

uma correlação intraclasse (ICC = 0,982), com<br />

intervalo de confiança (IC 95% 0,907-0,997), o que,<br />

também, mostra uma boa fiabili<strong>da</strong>de <strong>na</strong>s medições.<br />

Resulta<strong>do</strong>s<br />

Caracterização <strong>da</strong> amostra<br />

A média (desvio padrão) <strong>da</strong>s i<strong>da</strong>des no grupo controlo<br />

era de 23,07 (2,98) anos e no grupo experimental era<br />

de 20,36 (2,27) anos. Relativamente à altura, a média<br />

(desvio padrão) no grupo controlo era de 1,73 (0,11)<br />

metros e no grupo experimental era de 1,80 (0,94)<br />

metros. No que respeita ao peso, a média (desvio<br />

padrão) no grupo controlo era de 66,86 (11,96) Kg e<br />

no grupo experimental era de 71,93 (10,53) Kg. Através<br />

<strong>do</strong> teste de Mann-Whitney, verificou-se que existiam<br />

diferenças estatisticamente entre os grupos relativamente<br />

à i<strong>da</strong>de (p=0,012) e à altura (p=0,044). Contu<strong>do</strong>, no<br />

que respeita á variável peso observou-se, através <strong>do</strong><br />

teste de Mann-Whitney, que não existiam diferenças<br />

estatisticamente significativas entre os grupos (p=0,194).<br />

Medições<br />

As medições realizaram-se antes <strong>do</strong> treino de voleibol<br />

<strong>do</strong>s joga<strong>do</strong>res, que se realizava ao fim <strong>da</strong> tarde, sempre<br />

à mesma hora. Quanto à sequência de medição,<br />

primeiro executaram-se os testes de flexibili<strong>da</strong>de e<br />

depois o de salto.<br />

Medições iniciais<br />

à direita e à esquer<strong>da</strong>, as médias <strong>do</strong> grupo controlo<br />

eram ligeiramente mais baixas que as <strong>do</strong> grupo<br />

experimental, enquanto que no caso <strong>da</strong> medição <strong>da</strong><br />

distância <strong>do</strong>s de<strong>do</strong>s ao chão e <strong>da</strong> impulsão vertical, as<br />

médias entre os grupos eram muito próximas. Através<br />

<strong>do</strong> teste de Mann-Whitney verificou-se que não existiam<br />

diferenças estatisticamente significativas (p>0,05) entre<br />

os grupos (tabela 1).<br />

Comparação entre as diferentes medições<br />

Ao comparar as diferentes medições, 1ª e 2ª medição,<br />

2ª e 3ª medição e 1ª e 3ª medição, verificou-se, através<br />

<strong>do</strong> teste não paramétrico de Wilcoxon para variáveis<br />

emparelha<strong>da</strong>s, que existiam diferenças estatisticamente<br />

significativas no grupo experimental (p


Revista Portuguesa de Fisioterapia no Desporto<br />

Tabela 2: Comparação entre as médias (desvio padrão) <strong>da</strong>s medições realiza<strong>da</strong>s nos diferentes testes e respectivo valor de p<br />

obti<strong>do</strong> no teste de Wilcoxon.<br />

Controlo<br />

Medição<br />

Passive Knee<br />

Extension à direita<br />

Passive Knee<br />

Extension à<br />

esquer<strong>da</strong><br />

Distância <strong>do</strong>s<br />

de<strong>do</strong>s ao chão<br />

Média (desvio padrão) Média (desvio padrão) Média (desvio<br />

padrão)<br />

CMJ<br />

Média (desvio<br />

padrão)<br />

1ª 69,93(7,02)º 69,21(7,59)º 17,14(5,78)cm 92(0,18)cm<br />

2ª 70,07(7,00)º 69,43(7,54)º 17,07(5,55)cm 92(0,18)cm<br />

Comparação<br />

entre a 1ª e 2ª<br />

medição<br />

Wicoxon p=0, 835 p=0, 819 p=0, 839 p=0,997<br />

1ª 71,71(8,06)º 71,29(7,43)º 17,07(5,74)cm 90(0,22)cm<br />

Experimental<br />

2ª 76,36(6,95)º 75,43(6,64)º 16,14(5,72)cm 91,3(0,21)cm<br />

Wilcoxon p=0,001 p=0,001 p=0,008 p=0,001<br />

Controlo<br />

2ª 70,07(7,00)º 69,43(7,54)º 17,07(5,55)cm 92(0,18)cm<br />

3ª 70,29(7,05)º 69,71(7,57)º 16,92(5,40)cm 92(0,18)cm<br />

Comparação<br />

entre a 2ª e 3ª<br />

medição<br />

Wilcoxon p=0, 819 p=0, 812 p=0, 807 p=0,997<br />

2ª 76,36(6,95)º 75,43(6,64)º 16,14(5,72)cm 91,3(0,21)cm<br />

Experimental<br />

3ª 80,86(7,18)º 80,57(7,55)º 15,00(5,25)cm 92,1(0,20)cm<br />

Wilcoxon p


Revista Portuguesa de Fisioterapia no Desporto<br />

Tabela 3: Média (desvio padrão) <strong>do</strong>s ganhos obti<strong>do</strong>s entre as diferentes medições e respectivo valor de p obti<strong>do</strong> no teste de<br />

Mann-Whitney.<br />

Ganhos<br />

obti<strong>do</strong>s <strong>na</strong> 2ª<br />

medição<br />

Passive Knee<br />

Extension à<br />

direita<br />

Média (desvio<br />

padrão)<br />

Passive Knee<br />

Extension à<br />

esquer<strong>da</strong><br />

Média (desvio<br />

padrão)<br />

Distância<br />

<strong>do</strong>s de<strong>do</strong>s<br />

ao chão<br />

Média<br />

(desvio<br />

padrão)<br />

CMJ<br />

Média (desvio<br />

padrão)<br />

Controlo 0,14(0,53)º 0,21(0,58)º -0,07(0,47)cm 0,4(0,005)cm<br />

Experimental 4,64(3,45)º 4,14(2,57)º -0,93(0,99)cm 1,3(0,016)cm<br />

Mann-Whitney p


Revista Portuguesa de Fisioterapia no Desporto<br />

É, ain<strong>da</strong>, de salientar que com a realização deste estu<strong>do</strong>,<br />

verificou-se que os ganhos de flexibili<strong>da</strong>de obti<strong>do</strong>s com<br />

o treino de SGA influenciaram os ganhos <strong>na</strong> impulsão<br />

vertical, o que foi possível observar através <strong>da</strong>s médias<br />

obti<strong>da</strong>s nos ganhos de salto, medi<strong>do</strong>s através <strong>do</strong> Countermouvement<br />

Jump, que acompanharam o aumento <strong>da</strong>s<br />

médias obti<strong>da</strong>s nos ganhos de flexibili<strong>da</strong>de. Segun<strong>do</strong><br />

Carvalho, Vieira & Carvalho (2004) o ganho de poucos<br />

centímetros são difíceis de alcançar e representam<br />

muitas vezes o ficar em vigésimo lugar ou ganhar uma<br />

me<strong>da</strong>lha. Contu<strong>do</strong>, não foi possível estabelecer uma<br />

correlação entre as variáveis flexibili<strong>da</strong>de e salto, visto<br />

que com a realização <strong>do</strong> teste de correlação de<br />

Spearman (não paramétrico) não se verificou o<br />

pressuposto de lineari<strong>da</strong>de entre elas, o que se poderia<br />

dever ao reduzi<strong>do</strong> tamanho amostral deste estu<strong>do</strong>.<br />

Os ganhos obti<strong>do</strong>s <strong>na</strong> flexibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> cadeia posterior<br />

ficaram a dever-se a diversos factores, entre os quais<br />

as proprie<strong>da</strong>des viscoelásticas (Grau, 2003). O<br />

comportamento viscoelástico implica uma combi<strong>na</strong>ção<br />

de proprie<strong>da</strong>des viscosas, onde a deformação é<br />

dependente <strong>da</strong> carga aplica<strong>da</strong>, <strong>do</strong> grau de amplitude e<br />

<strong>da</strong>s proprie<strong>da</strong>des elásticas (Grau 2003; Mélian 2001).<br />

Segun<strong>do</strong> alguns estu<strong>do</strong>s que utilizaram o stretching<br />

a<strong>na</strong>lítico e o SGA, é possível afirmar que os ganhos de<br />

flexibili<strong>da</strong>de influenciam os ganhos de impulsão vertical<br />

(Davis et al, 2005 & Lee et al, 1989). Davis et al (2005)<br />

consideram que o aumento de alguns centímetros <strong>na</strong><br />

impulsão vertical melhora a performance <strong>do</strong> salto,<br />

trazen<strong>do</strong> benefícios ao atleta em situações de jogo,<br />

como seja o remate ou o bloco. Também, segun<strong>do</strong><br />

Woolstenhulme, Griffiths, Woolstenhulme, Parcell,<br />

(2006) o treino de flexibili<strong>da</strong>de utilizan<strong>do</strong> o<br />

alongamento a<strong>na</strong>lítico, nomea<strong>da</strong>mente o alongamento<br />

balístico, demonstra aumentar a performance <strong>do</strong> salto<br />

vertical.<br />

No que diz respeito ao treino de flexibili<strong>da</strong>de<br />

recorren<strong>do</strong> ao SGA, Discry & Michel (2002)<br />

encontraram ganhos <strong>na</strong> impulsão vertical de cerca de<br />

10,08 cm, num estu<strong>do</strong> com duração de 4 sema<strong>na</strong>s. Os<br />

mesmos autores fizeram a comparação entre os treinos<br />

de stretching a<strong>na</strong>lítico e de SGA no ganho de impulsão<br />

vertical, verifican<strong>do</strong> que esses ganhos foram<br />

significativamente superiores nos indivíduos que<br />

realizaram o treino de SGA (Discry & Michel 2002).<br />

Comparativamente ao trabalho apresenta<strong>do</strong>, o estu<strong>do</strong><br />

realiza<strong>do</strong> por estes autores apresentou resulta<strong>do</strong>s<br />

superiores num menor espaço de tempo, no entanto<br />

não foi possível confrontar os <strong>do</strong>is estu<strong>do</strong>s, visto que<br />

no estu<strong>do</strong> destes autores não foram revela<strong>da</strong>s as<br />

características <strong>do</strong>s atletas, nem a periodici<strong>da</strong>de com<br />

que foi realiza<strong>do</strong> o treino em estu<strong>do</strong>, dizen<strong>do</strong> ape<strong>na</strong>s<br />

que eles não realizavam trabalho específico de<br />

flexibili<strong>da</strong>de.<br />

Contu<strong>do</strong>, existem estu<strong>do</strong>s contraditórios em relação à<br />

influência <strong>da</strong> flexibili<strong>da</strong>de sobre a impulsão vertical.<br />

Bradley, Olsen & Portas (2007) e Wallmann, Mercer &<br />

McWhorter (2005) realizaram um treino de flexibili<strong>da</strong>de<br />

a<strong>na</strong>lítica com o objectivo de verificar se este influenciava<br />

a impulsão vertical, e observaram que o treino de<br />

flexibili<strong>da</strong>de não teve qualquer efeito sobre a impulsão<br />

vertical. Segun<strong>do</strong> os mesmos autores, estes resulta<strong>do</strong>s<br />

poderiam dever-se ao facto <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s terem si<strong>do</strong><br />

transversais, não ten<strong>do</strong> existi<strong>do</strong> um perío<strong>do</strong> de<br />

seguimento.<br />

Outro <strong>do</strong>s aspectos a referir neste estu<strong>do</strong> é a relação<br />

entre a flexibili<strong>da</strong>de e a força. Segun<strong>do</strong> o conceito de<br />

flexibili<strong>da</strong>de global, o músculo é um elástico vivo, visto<br />

que o material elástico <strong>da</strong>s fibras musculares tem a<br />

capaci<strong>da</strong>de de se deformar e manter esses ganhos,<br />

entran<strong>do</strong> não só <strong>na</strong> deformi<strong>da</strong>de elástica, mas também<br />

<strong>na</strong> deformi<strong>da</strong>de plástica, uma vez que um alongamento<br />

realiza<strong>do</strong> num perío<strong>do</strong> mais longo tempo e com uma<br />

carga peque<strong>na</strong> leva a maiores ganhos de flexibili<strong>da</strong>de<br />

(Grau, 2003). O ganho de flexibili<strong>da</strong>de é importante<br />

no aumento <strong>da</strong> força <strong>do</strong> quadricipede, necessária para<br />

o salto vertical, visto que durante o salto, deve existir<br />

uma razão I/Q de cerca de 60% (Carvalho, Vieira &<br />

Carvalho, 2004), o que não acontece se os isquiotibiais<br />

estiverem retraí<strong>do</strong>s. Com a retracção <strong>do</strong>s isquiotibiais,<br />

essa razão é altera<strong>da</strong>, sen<strong>do</strong> necessária uma maior<br />

produção de força pelo quadricipede para realizar o<br />

movimento, diminuin<strong>do</strong> a performance <strong>do</strong> salto<br />

vertical. (Grau, 2003). Portanto, é mais adequa<strong>do</strong>,<br />

primeiro trabalhar a flexibili<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s isquiotibiais, para<br />

aumentar o rendimento <strong>do</strong> quadricipede (Grau, 2003).<br />

Hunter & Marshall (2002) estu<strong>da</strong>ram esta relação entre<br />

a flexibili<strong>da</strong>de e a força e verificaram que o rendimento<br />

<strong>do</strong> salto vertical aumentava com o treino de<br />

flexibili<strong>da</strong>de.<br />

É ain<strong>da</strong> de referir que no treino de flexibili<strong>da</strong>de<br />

a<strong>na</strong>lítico, os ganhos de flexibili<strong>da</strong>de iniciais são<br />

superiores aos <strong>do</strong> treino de SGA, em que os ganhos<br />

são superiores após um perío<strong>do</strong> de a<strong>da</strong>ptação (Discry<br />

& Michel 2002; Souchard 2005, 2006). Isto pode deverse<br />

ao facto de numa fase mais avança<strong>da</strong> <strong>do</strong> praticante,<br />

este já não reagir tão facilmente às cargas simples, como<br />

no início de ca<strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de de treino, visto que até ao<br />

alcance <strong>da</strong>s suas capaci<strong>da</strong>des funcio<strong>na</strong>is os ganhos são<br />

muito mais acentua<strong>do</strong>s <strong>do</strong> que após esse limite (Castelo,<br />

Barreto, Alves, Santos, Carvalho, Vieira, 1996).<br />

Ao longo <strong>da</strong> realização deste estu<strong>do</strong> encontraram-se<br />

algumas limitações, tais como a escassez de bibliografia<br />

sobre o tema. Ape<strong>na</strong>s foi encontra<strong>do</strong> um estu<strong>do</strong> que<br />

utilizasse o SGA como méto<strong>do</strong> de treino para ganho<br />

de flexibili<strong>da</strong>de. Outra limitação foi a dificul<strong>da</strong>de em<br />

encontrar testes para avaliar exclusivamente a<br />

flexibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> cadeia posterior, ten<strong>do</strong>-se encontra<strong>do</strong><br />

15


Revista Portuguesa de Fisioterapia no Desporto<br />

ape<strong>na</strong>s um teste para isso, o teste de flexibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong><br />

distância <strong>do</strong>s de<strong>do</strong>s ao chão. O tamanho amostral<br />

reduzi<strong>do</strong> também poderia ser considera<strong>do</strong> uma<br />

limitação, pois não permite a extrapolação <strong>do</strong>s<br />

resulta<strong>do</strong>s para a população em geral, assim como o<br />

uso de contraceptivos orais pelas participantes<br />

femini<strong>na</strong>s, que poderiam influenciar os ganhos de<br />

flexibili<strong>da</strong>de. A diferença entre as alturas <strong>do</strong>s grupos<br />

em t 0<br />

poderia ser outra limitação.<br />

Conclusão<br />

Conclui-se que um protocolo de flexibili<strong>da</strong>de global<br />

contribuiu para o aumento <strong>da</strong> flexibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> cadeia<br />

posterior <strong>do</strong>s atletas e <strong>da</strong> flexibili<strong>da</strong>de a<strong>na</strong>lítica <strong>do</strong>s<br />

isquiotibiais.<br />

É de referir que os ganhos de flexibili<strong>da</strong>de consegui<strong>do</strong>s<br />

com o treino de SGA, influenciaram os ganhos obti<strong>do</strong>s<br />

<strong>na</strong> impulsão vertical, o que foi verifica<strong>do</strong> através <strong>da</strong>s<br />

médias desses ganhos, visto que não foi possível<br />

estabelecer uma correlação entre as duas variáveis, pois<br />

não existia uma relação linear entre elas.<br />

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