15. Comunidade, escola, jornal escolar - Universidade Estadual do ...
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Se acrescentarmos a isso o fato de que há uma briga cada vez maior por espaço e<br />
visibilidade na mídia e, neste caso, no <strong>jornal</strong>, podemos conferir à <strong>escola</strong> e ao projeto<br />
“Repórter por Um Dia”, um papel protagonista na luta e conquista desse espaço.<br />
3 - A <strong>escola</strong> agenda a mídia<br />
Mas como a sociedade organizada ou não em movimentos sociais consegue a-<br />
cessar e, mais <strong>do</strong> que isso, publicar suas demandas nos meios de comunicação<br />
Se partirmos <strong>do</strong> pressuposto de que isso é possível, já deixamos de la<strong>do</strong> como<br />
premissa a ideia redutora que vê os meios de comunicação apenas como instrumentos<br />
manipula<strong>do</strong>res e os encaramos como instrumentos que também podem servir aos interesses<br />
de uma população, aos interesses sociais, legítimos de cidadãos.<br />
Manuel Chaparro (2003) fala que nos últimos tempos essa corrida por espaço<br />
nos meios de comunicação tem gera<strong>do</strong> o que ele chama de “revolução das fontes”, que:<br />
“deixaram de ser pessoas que detinham ou retinham informações. Passaram a<br />
ser produtoras ostensivas <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> da atualidade _ fatos, falas, saberes,<br />
produtos e serviços com atributos de notícias. Pensam, agem e dizem pelo<br />
que noticiam, exercitan<strong>do</strong> aptidões que lhes garantem espaço próprio nos<br />
processos <strong>jornal</strong>ísticos, nos quais agem como agentes gera<strong>do</strong>res de notícias,<br />
reportagens, entrevistas e até artigos. Para isso se capacitaram profissionalmente,<br />
aproprian<strong>do</strong>-se de habilidades técnicas <strong>do</strong> <strong>jornal</strong>ismo.” (p. 49)<br />
Importante também lembrar que para que grupos diversos consigam acessar os<br />
meios e ter atenção da população e de políticos para suas demandas, é preciso, mais <strong>do</strong><br />
que qualquer coisa, de participação, entendida, assim como Bordenave (1994), como<br />
uma necessidade fundamental <strong>do</strong> ser humano, inerente à sua natureza social, vista como<br />
o contrário da marginalidade e não apenas um instrumento para solucionar problemas.<br />
De que maneira os grupos participam Como compreendem a importância desse<br />
processo na vida pública A <strong>escola</strong> pode ter um importante papel nessa educação para a<br />
participação e exercício da cidadania.<br />
Cidadania entendida, segun<strong>do</strong> Resende (1992), como:<br />
“Um esta<strong>do</strong> de espírito e uma postura permanente que levam pessoas a agirem,<br />
individualmente ou em grupo, com objetivos de defesa de direitos e de<br />
cumprimento de deveres civis, sociais e profissionais. Cidadania é praticada