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15. Comunidade, escola, jornal escolar - Universidade Estadual do ...

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to<strong>do</strong>s os dias, em to<strong>do</strong>s os lugares, em diferentes situações, com variadas finalidades.<br />

Não se pode confundir cidadania com atos isola<strong>do</strong>s e eventuais<br />

protestos e reinvindicações, muitas vezes justos, porém efêmeros”. (p. 67)<br />

Importante destacar também que a <strong>escola</strong> pode reforçar a educação para a cidadania<br />

quan<strong>do</strong> mostra que ela não se resume à possibilidade de transformação da realidade<br />

apenas no momento <strong>do</strong> voto, mas nas ações cotidianas.<br />

Cerquier-Manzini também ressalta que só existe cidadania se existe a reivindicação<br />

da apropriação <strong>do</strong>s espaços, da garantia <strong>do</strong>s direitos em prol de uma sociedade melhor.<br />

“Mas o primeiro pressuposto dessa prática é que esteja assegura<strong>do</strong> o direito de<br />

reivindicar os direitos, e que o conhecimento deste se estenda cada vez mais a toda a<br />

população”. (2010, p.13)<br />

Complementan<strong>do</strong> essa afirmação, recorremos novamente a Bordenave (1994)<br />

quan<strong>do</strong> afirma que a participação permite um processo de desenvolvimento de consciência<br />

crítica e, por isso mesmo, de transformação de pessoas passivas em ativas e críticas,<br />

poden<strong>do</strong> chegar a conquistar o poder.<br />

Isso tu<strong>do</strong> tem resulta<strong>do</strong>s mais positivos e a qualidade da participação é maior<br />

quan<strong>do</strong> os cidadãos aprendem a conhecer a sua realidade, participan<strong>do</strong> a partir de vivências,<br />

porque “só se aprender a participar, participan<strong>do</strong>” (Bordenave, 1994, p.73) e,<br />

na medida em que grupos vão intensifican<strong>do</strong> o debate acerca de problemas locais, precisarão<br />

cada vez mais <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio <strong>do</strong>s meios e de técnicas de comunicação grupal, segun<strong>do</strong><br />

Bordenave.<br />

A nosso ver, inclusive, ao propor aos alunos que escrevam um <strong>jornal</strong> ten<strong>do</strong> como<br />

tema questões ligadas ao cotidiano de Itahum, fazen<strong>do</strong> com que entrem em contato com<br />

seus mora<strong>do</strong>res, a <strong>escola</strong> está possibilitan<strong>do</strong> que os alunos sejam educa<strong>do</strong>s para a cidadania.<br />

Isso porque passam a compreender melhor um cotidiano que nem sempre acompanham,<br />

já que cada aluno vive uma realidade e, portanto, problemas e questões próprias.<br />

E, o único meio que têm acesso mais frequentemente – com algumas poucas exceções<br />

– a TV – não veicula a realidade local. Além disso, eles nunca haviam li<strong>do</strong> um<br />

<strong>jornal</strong> antes de entrarem no projeto. E, retoman<strong>do</strong> Bordenave, sem informação e diálogo<br />

não pode haver participação.<br />

Aprendizagens

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