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BIOECONOMIA - Revista O Papel

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Coluna Gestão Empresarial<br />

POR RICARDO ZIBORDI<br />

MODELAGEM MATEMÁTICA E ESTATÍSTICA<br />

Modelo “VISA” – Visão, Investigação, Simulação e Ação!<br />

Figura 1<br />

Figura 2<br />

Ver com clareza um processo, suas variáveis associadas,<br />

investigar quais são suas correlações, suas<br />

dependências umas com as outras, simular uma ação,<br />

testar o que pode ocorrer depois de colocá-la em prática<br />

e só, então, agir sobre esse processo. Essa é a<br />

nossa proposta no modelo VISA de negócios.<br />

Fica claro que entender um fenômeno para poder<br />

atuar sobre ele é a prática ideal, característica de<br />

uma gestão perfeita. No entanto, na prática temos<br />

um universo complexo, e as informações geradas nem<br />

sempre refletem os fenômenos.<br />

Com a evolução tecnológica ficou muito barato armazenar<br />

dados, e essa queda de preço continuará! Logo,<br />

acumular dados será uma tendência natural. Agora temos<br />

alguns problemas: como trabalhar com todos esses dados<br />

Como utilizá-los de forma útil Como reduzir o tem-<br />

po de análise, uma vez que a sofisticação de análises vem<br />

a partir do aumento de armazenamento de variáveis<br />

Veja a Figura 1, que nos apresenta a evolução do<br />

preço (em dólares) da unidade megabyte de armazenamento<br />

de informações. Lembre-se que 1MB equivale a<br />

um livro de 250 páginas, aproximadamente.<br />

Para iniciar um procedimento para aplicar o modelo<br />

VISA, não podemos negligenciar as complexidades da<br />

estruturação dos dados e também sua integridade. Geralmente<br />

em um banco de dados, é necessário selecionar<br />

o que interessa, pré-processar (organizar), transformar<br />

em informações interpretáveis, reconhecer padrões/<br />

correlações e gerar conhecimento através do modelo<br />

VISA. É esse processo que mostra a Figura 2.<br />

Essa prática, muito pouco utilizada nas organizações,<br />

aplica uma série de detalhes que fazem toda a diferença,<br />

pois geralmente quem modela os bancos de dados<br />

não se preocupa com os modelos de análise que poderão<br />

ser utilizados futuramente. Se um banco de dados<br />

for bem modelado, esse trabalho pode ser simplificado.<br />

Especificamente, no que diz respeito a reconhecer<br />

padrões e correlações, entendemos ser esse processo o<br />

coração do modelo de análise dos resultados. É relativamente<br />

simples reconhecer correlações entre duas variáveis.<br />

Como o foco deste texto é evidenciar o conceito<br />

do método, vamos lançar mão de exemplos simplistas e<br />

didáticos, conforme a seguir.<br />

Imagine uma indústria que produz ventiladores como<br />

principal produto e demais itens similares. É relativamente<br />

fácil identificar a correlação entre duas variáveis<br />

quaisquer. Podemos analisar no banco de dados do ERP<br />

dessa empresa que o modelo de ventilador A12 tem um<br />

aumento nas encomendas e começa a faltar no estoque<br />

de alguns distribuidores. A empresa já esperava esse<br />

efeito, devido à sazonalidade do produto, em função do<br />

verão que se inicia. Há, portanto, a correlação entre a<br />

data do ano e o aumento produtivo.<br />

Apesar de a correlação ser conhecida e o PCP da empresa<br />

já contar com esse aumento de demanda, nota-se<br />

um atraso nas entregas. Dessa forma, conclui-se que, aparentemente,<br />

o aumento de produção não está resolvendo!<br />

Outras variáveis começam a ser verificadas, e nota-se<br />

28 <strong>Revista</strong> O <strong>Papel</strong> - março/March 2012

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