1 trigésima quarta sessão solene da segunda sessão legislativa ...

Temos muitos valores novos que precisam ser compreendidos, bem tratados. E muitos valores antigos que
precisam ser repaginados e recolocados para os nossos jovens, para os nossos filhos.
Estou com uma neta agora de um ano e dois meses, e fico pensando qual a linguagem que usarei quando
precisar conversar com ela sobre as coisas que aprendi, sobre as coisas em que acredito, sobre as coisas que acho
que precisa ouvir para poder ter o seu percurso, o seu caminho. Isso se faz em grande escala com toda a nossa
juventude, com todos os nossos irmãos, com todos os nossos filhos e netos deste Brasil e deste mundo afora.
Portanto, a presença da Maçonaria deve cada vez mais se aproximar desta linguagem: o que falamos, por
que falamos, para quem falamos e como é que somos ouvidos. Esta é uma questão em relação à qual precisamos
estar sempre atentos.
Por fim, para não me alongar, além do que já me alonguei, faço um chamamento para este momento do
nosso Estado. Vivenciamos grandes movimentos e grandes momentos no Estado do Espírito Santo nesta última
década que nos encantou, nos encanta e nos dá segurança e sustentação. Mas existem muitos desafios e muitas
ameaças que são enfrentadas por nós no Congresso, pela Assembleia, pelas câmaras municipais, pelos prefeitos que
vão assumir no próximo dia 1. o de janeiro. Os prefeitos assumirão sob uma condição financeira muito difícil em
todas as prefeituras. Eles assumirão pensando em como navegar ainda com turbulências, cujo tamanho não sabem.
Devemos nos movimentar e acompanhar. Então é preciso que estejamos atentos e sempre prontos à luta para
defendermos aquilo que nos é caro, que nos é importante, aquilo que temos conquistado, especialmente dentro de
valores republicanos, valores morais e valores éticos como, por exemplo, a solidariedade que não pode deixar de
estar ao nosso lado.
Portanto, a todos os Senhores o meu fraterno abraço. Que o Grande Arquiteto do Universo continue
conosco! (Palmas)
O SR. CERIMONIALISTA – (SÉRGIO SARKIS FILHO) – Neste momento, fará uso da palavra o
Doutor Naeme José de Sá, representando o Grão-Mestre Estadual Adjunto do Grande Oriente do Brasil no Espírito
Santo, que irá convidar as ordens paramaçônicas do Grande Oriente.
O SR. NAEME JOSÉ DE SÁ – (Sem revisão do orador) - Excelentíssima Deputada Luzia Toledo,
Excelentíssimo Senhor Deputado Lelo Coimbra, em nome do qual cumprimento todos os Senhores Deputados
presentes; sereníssimo Grão-Mestre das Grandes Lojas do Estado do Espírito Santo, irmão Aides Bertoldo da Silva;
poderoso irmão José Renato Valadares, Presidente da poderosa Assembleia Legislativa Estadual Maçônica;
poderoso irmão Carlos Fernandes de Paula, Deputado da soberana Assembleia Legislativa Federal Maçônica;
poderoso irmão Jorge Luís Soares, Secretário Estadual das entidades paramaçônicas; poderoso irmão Moacir
Gonçalves Primo, Secretário Estadual de Gabinete do Grande Oriente do Brasil-ES; demais autoridades maçônicas;
veneráveis irmãos; Senhoras e Senhores.
Antes da minha fala, peço permissão para que a Senhora Paula Maria Melo Jacques, fundadora do primeiro
Departamento Feminino do Grande Oriente do Brasil em 1959, venha à tribuna para nos falar sobre o
Departamento Feminino.
A SR. a PAULA MARIA MELO JACQUES – (Sem revisão da oradora) - Excelentíssima Mesa, meus
cunhados, minhas cunhadas, o que tenho que falar é muito simples: como já foi dito, em 1959, nós, mulheres de
maçons, íamos para a Maçonaria com os nossos filhos e ficávamos no salão distraindo as crianças e esperando
nossos maridos. Daí, então, surgiu a ideia de passar filmes ou fazer algum atrativo que nos distraísse.
Naquela época, o Senhor Alcy Ribeiro da Costa era o Venerável da Loja, pensando sempre, com essa ideia
de admirar as mulheres, que elas poderiam fazer alguma coisa. Dessa perspectiva surgiu o Departamento Feminino
do Grande Oriente do Brasil no Espírito Santo, fundado em 1959. Desde a fundação fizemos muitas coisas, entre
elas a farmacinha; cuidamos da inauguração da Casa Menina; tomamos conta do patronato com cento e cinquenta
meninos – algo difícil de lidar, mas conseguimos – e, além disso, fizemos vários trabalhos de assistência social.
Consideramos que fizemos muita coisa boa.
Como todos os presentes sabem, a partir desses anos vivenciados, hoje vejo os frutos. Quando vou ao
Município de Cachoeiro do Itapemirim, vejo como o Departamento Feminino está. E a cada dia que passa, está
melhorando.
Esta noite, nesta Assembleia Legislativa, vi todas essas mocinhas presentes nesta Sessão Solene em
homenagem à Maçonaria. Em tudo acredito- não sei bem como expressar- que é resultado da entrada do
Departamento Feminino como mulher. Devido a isso, foi permitida a entrada da mulher na Maçonaria, se assim
posso dizer.
Muito obrigada. Espero que minhas cunhadas continuem com esse trabalho maravilhoso. Tudo que os
presentes ouviram falar, já conheço há muito tempo. Quase virei maçom também, de tanto que admiro a
Maçonaria. Desejo a todos uma boa noite! (Muito bem!)
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