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Edição 42 - Instituto de Engenharia

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Notícias da <strong>Engenharia</strong><br />

Foto aérea da planta <strong>de</strong> Piracicaba<br />

em beira <strong>de</strong> estrada.<br />

Uma das maiores preocupações<br />

da empresa é a tecnologia. Nos últimos<br />

anos, introduziu enormes modificações<br />

nos equipamentos <strong>de</strong> etanol<br />

e geração <strong>de</strong> vapor. A eficiência<br />

dos equipamentos cresceu 15% a<br />

20%, graças às inovações.<br />

“Há uma preocupação em oferecer<br />

ao mercado, produtos novos e<br />

mais eficientes e com custos mais<br />

competitivos. A construção <strong>de</strong> usinas<br />

sustentáveis também está em<br />

fase adiantada. Ou seja: toda a inquietação<br />

que o mercado externo<br />

tem tido, <strong>de</strong> que o etanol brasileiro<br />

não é sustentável, nós estamos tentando<br />

resolver e fazer com que a<br />

geração <strong>de</strong> poluentes seja a menos<br />

possível, que os operadores que trabalham<br />

na planta tenham conforto e<br />

segurança para trabalhar e que as<br />

usinas sejam rentáveis para que o<br />

investidor se sinta estimulado em investir”,<br />

concluiu.<br />

O segundo gran<strong>de</strong> projeto da empresa<br />

é fazer com que as usinas,<br />

além do etanol, do açúcar e da bioenergia,<br />

sejam produtoras <strong>de</strong> água<br />

potável, porque a cana, quando entra<br />

na usina nada mais é do que reservatório<br />

<strong>de</strong> água. Hoje esta água<br />

sai da indústria como um tipo <strong>de</strong><br />

efluente, subproduto utilizado para<br />

fertilização dos canaviais.<br />

As usinas <strong>de</strong> açúcar estão espalhadas<br />

por todo o Brasil: <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />

Amazônia, entrando pelo nor<strong>de</strong>ste,<br />

<strong>de</strong>scendo pela região centro-sul, até<br />

o Rio Gran<strong>de</strong> do Sul. Todas têm capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> co-geração, assim, é<br />

possível colocar energia em diversos<br />

pontos do Brasil, diminuindo a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> linhas <strong>de</strong> transmissão.<br />

Toda a energia produzida na usina<br />

Costa Pinto, do Grupo Cosan, em<br />

Piracicaba, é consumida na cida<strong>de</strong>.<br />

Tudo é jogado em re<strong>de</strong> e distribuído,<br />

Destilarias produzida pela Dedini<br />

barateando a custo.<br />

Com o corte cada vez mais mecanizado,<br />

a utilização do palhiço (a polpa<br />

da cana, as folhas que ficam na ponta<br />

da cana e algumas palhas) é fundamental,<br />

já que 70% do gomo da cana<br />

é água e açúcar e 30% são fibras. O<br />

palhiço também tem capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

geração <strong>de</strong> combustível. “De um caminhão<br />

<strong>de</strong> cana, que chega a uma indústria<br />

projetada e fabricada pela Dedini,<br />

é possível extrair etanol, se quiser<br />

açúcar e bio-eletricida<strong>de</strong>”, falou.<br />

A empresa também <strong>de</strong>senvolveu<br />

uma planta integrada <strong>de</strong> etanol e<br />

biodiesel. Já foram vendidas 10 <strong>de</strong><br />

biodiesel, não integradas, mas autônomas,<br />

que processam o óleo <strong>de</strong><br />

soja e fazem o combustível. Gran<strong>de</strong><br />

parte dos 2% mandatórios na mistura<br />

com o diesel sai <strong>de</strong> instalações<br />

que a Dedini forneceu (a partir <strong>de</strong> 3<br />

<strong>de</strong> julho, passa a ser 3%).<br />

A fábrica do Grupo Bertin, que<br />

produz biodisel há um ano também<br />

é da Dedini. É uma planta que tem<br />

capacida<strong>de</strong> para produzir 100 mil<br />

toneladas por ano <strong>de</strong> biodiesel, partindo<br />

do sebo do boi, pois este nada<br />

mais é do que um óleo. Tanto o sebo<br />

quanto o óleo, têm as mesmas características<br />

químicas. Fazendo-se<br />

mistura com álcool e um catalisador,<br />

obtém-se o biodiesel.<br />

IE<br />

Viviane Nunes<br />

<strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> abril 2008 nº <strong>42</strong><br />

19<br />

<strong>Engenharia</strong><strong>42</strong>.indd 19 4/4/2008 13:25:29

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