Edição 42 - Instituto de Engenharia

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Entrevista ter 7% de substituição, a Índia 10%. Sabemos que a longo e médio prazo, os grandes mercados serão os asiáticos, pois é lá que vai crescer o consumo per capta de combustíveis nos próximos anos. A construção destes mercados, passa pela construção de novos pólos produtores de cana-deaçúcar. Além do mercado de álcool, abre-se a possibilidade de serviços e tecnologia. Como a Unica vai trabalhar O que está sendo investido em termos de tecnologia Marcos Sawaya Jank - A idéia da Unica é que não vai existir mercado de álcool (exportação e importação) se não houver produção e consumo de álcool. O mercado se cria a partir do momento em que os países desenvolvem programa de produção e consumo de álcool. Para isto, o Brasil não pode se colocar como único supridor do mercado mundial. Os países não vão deixar de comprar petróleo, que é extremamente concentrado hoje, para comprar álcool de poucas fontes. A Unica apóia o desenvolvimento da produção e do consumo de álcool em todo o Mundo. Nós entendemos que se o mercado for liberado a contento, a produção de etanol de cana, em países em desenvolvimento, será uma enorme oportunidade e não uma ameaça, pois sabemos que o etanol de cana é mais produtivo, eficiente que o de milho ou de trigo ou de beterraba. Neste processo, temos que convencer os países a não só produzir e consumir bio-combustíveis, mas também comprar bio-combustíveis, principalmente dos países em desenvolvimento. Hoje há 20 países, no mundo fóssil, suprindo 200 países. Só de cana, há 96 produzindo. Os países poderiam perfeitamente aumentar sua produção, principalmente África e América Latina. O Brasil foi pioneiro não só no programa de álcool, pois tem álcool distribuído em todos os 36 mil postos do país, com pelo menos uma bomba deste combustível. Temos a maior frota flex do mundo. Em fevereiro, o consumo de álcool foi maior do que o de gasolina. Somos pioneiros e temos a melhor tecnologia para fazer açúcar, álcool e bio-eletricidade, por causa das indústrias de caldeiras, turbinas, instaladas em São Paulo. Tudo pode ser parte deste projeto. Qual a posição da Unica para a produção de açúcar e álcool para este ano Marcos Sawaya Jank - Ainda não temos esta projeção para 2008. Vamos montar a primeira projeção de produção e oferta de álcool no final de março. Vamos mostrar que se reduziu a queima em 2007. O que o senhor acha sobre a venda direta das usinas para o consumidor, o setor quer esta aproximação Em especial, o que o senhor acha da emenda do deputado Mendes Thame, (venda direta da usina de álcool hidratado para os postos revendedores ou mesmo para os consumidores finais) com este objetivo Marcos Sawaya Jank - Este projeto todo tem a ver com a aproximação com o consumidor, no sentido consumidor global. É um passo importante que o setor dá para estar próximo ao consumidor final, dos governos, da mídia, das Ongs. Pretendemos, com este projeto, dialogar muito mais com o nosso consumidor lá fora. Aqui, o comercio interno, não é objeto deste convênio. Mas é obvio que quando temos 85% sendo comercializado aqui, temos que estudar mecanismos que permitam que esta comercialização transcorra de maneira mais eficiente. O que a Unica vê na comercialização de álcool é a adulteração e a sonegação presentes nos postos de combustível. Então, houve todo um combate e nós achamos absolutamente necessário, mas isto por medidas que foram impostas pela ANP e pelo governo, causando um certo engessamento da comercialização de álcool. Hoje, a concentração das compras nas mãos de meia dúzia de grandes distribuidoras ficou muito flagrante. Nós entendemos que seria importante que houvesse medidas que aumentassem a liquidez do mercado de álcool. O mercado de álcool é um mercado quase pré-histórico, comparado com outras commodities, porque se compra e se vende álcool hoje pelo preço spot, não há mercado futuro, não há possibilidade dos agentes entrarem fazendo estoques, porque tem que passar por algumas companhias; nós não conseguimos chegar direto ao posto de combustível, portanto gostaríamos que este mercado tivesse mais liquidez. Não é só a venda direta a posto, mas são várias alternativas que estão sendo colocadas, para que aumente e liquidez, a presença de agentes, para que o mercado futuro se desenvolva, para que não haja tanta variação de preço nos períodos entre safras. Nós queremos reduzir a volatilidade ao longo do ano, que é muito grande, porque se produz álcool seis, sete meses ao ano, consumindo o produto em doze meses. Então, realmente precisaria haver um mecanismo para que outros agentes entrassem e nos ajudassem a fazer o carregamento dos estoques. Nós somos favoráveis a quaisquer ações que aumentem a liquidez e a presença de agentes na comercialização de álcool. Então a medida do Mendes Thame é positiva Marcos Sawaya Jank - É positiva, assim como outras que estão sendo colocadas. Achamos que temos uma chance de ouro neste momento para mudar, de vez, os mecanismos ligados à comercialização de álcool. Como se sabe, há um debate que foi colocado recentemente, que diz respeito à medida provisória 413, a taxação do álcool passa do distribuidor para o produtor, a taxação do PIS/Cofins. Então nos debates que vão existir nos próximos meses, no Governo, é muito importante que se chegue a um sistema de comercialização mais eficiente, como ocorre com o açúcar, com a soja e tantos outros produtos. Algo que permita a entrada de mais players no mercado, que dê a liquidez, que vai reduzir a volatilidade. A volatilidade de preços que existe hoje é das mais altas que se conhece e não interessa nem ao produtor, nem ao consumidor e nem ao governo. Temos que reduzi-la. IE 6 Instituto de Engenharia abril 2008 nº 42 Entrevista_3pg.indd 6 4/4/2008 13:18:38
Leitor Impunidade Uma das más leis já está prestes a funcionar, de forma discriminatória. Com efeito, a simples leitura dos jornais revela que idosos e deficientes físicos serão os primeiros motoristas a terem suas cartas de habilitação cassadas, sem nenhum exame de suas respectivas fichas pregressas, no que concerne a terem dado causa eventual à provocação de acidentes. Enquanto isso, irão prosseguir impunes os que trafegam pelos acostamentos, os que costuram nas estradas e nas vias urbanas, os motoqueiros que não respeitam as mas elementares leis de circulação, etc., etc. O que está matando, Sr. Presidente, é a impunidade e não as restrições que passarão a ser impostas a idosos, deficientes físicos, diabéticos e outros que, normalmente, trafegam dentro das leis e com responsabilidade. Engenheiro José Carlos Pellegrino Membro do CRE, CIPS Colocações Parabéns pelos editoriais recentes!! A Classe Tecnológica precisa mudar sua postura na sociedade. Engenheiro Roberto Lima Induscon Empreendimentos Parabéns No papel de engenheiro civil, membro do Conselho Consultivo do Instituto de Engenharia e deputado federal, quero dar os parabéns pelo artigo “Sobre interesses particulares e públicos”. Como parlamentar, saúdo a iniciativa e corroboro com a manifestação contrária ao projeto de criação da Obenc. Conte comigo nesta luta! Arnaldo Jardim Engenheiro Civil (Poli/Usp), vice-lider do PPS na Câmara Federal e membro do Conselho Consultivo do Instituto de Engenharia Artigo Parabéns pelo artigo (Espetáculos da Engenharia). Seria ótimo que a imprensa divulgasse. Engenheiro Marcos Geribello Atuação Parabéns por sua atuação à frente do Instituto. Antônio de Sousa Ramalho Presidente Sintraconsp (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo) Saudações Edemar, parabéns! Você tem coragem mesmo! E... sem papas na língua! A classe estava precisando disso! Helena Mendes Motocicletas Primeiramente, parabéns por sua administração, nesta sua gestão à frente do Instituto de Engenharia, principalmente pelas atitudes críticas-constritivas naquilo que nós engenheiros, obrigatoriamente, deveríamos estar participando, e um bando de curiosos políticos, usando a palavra Gestão, decidem irresponsavelmente sobre coisas que não têm a mesma condição técnica de se opinar! Lendo seu artigo, concordo plenamente, e me coloco à disposição, para contribuir e muito, no que tange às motos no trânsito. Em 1973, eu e mais três colegas de faculdade, fomos treinados pela Motor Honda CO, em pilotagem com segurança, para que nós depois treinássemos, os “bentevis”, lembra-se, as policias militares de diversos Estados brasileiros, a Polícia do Exército e o público geral, naquela época, dentro do Ibirapuera em frente ao café concerto. Este treinamento necessitava conceitos de Engenharia, por isto fomos contratados como estagiários, Posso te garantir, se metade do que aprendemos, e principalmente com a responsabilidade social dos fabricantes e “NÃO INTERFERÊNCIA BURRA E IRRESPON- SÁVEL DO GOVERNO”, ainda poderemos sugerir várias mudanças que irão contribuir e muito para a diminuição das mortes de “motoqueiros” e não de “motociclistas” em nosso trânsito maluco. Engenheiro L. Fernando Portella Diretor Intercomsult Instituto de Engenharia abril 2008 nº 42 7 Leitor42.indd 7 4/4/2008 13:19:01
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Page 3 and 4: Palavras do Presidente Rio Madeira:
Page 5: Entrevista “ A idéia da Unica é
Page 9 and 10: Opinião Pedágio Urbano: Solução
Page 11 and 12: Mesa Redonda Transporte aéreo no B
Page 13 and 14: Economia Que tal acabar com o IRPF
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Page 17 and 18: Notícias da Engenharia Indústria
Page 19 and 20: Notícias da Engenharia Foto aérea
Page 21 and 22: Cultura Museu da Língua Portuguesa
Page 23 and 24: Crônica Histórias Curiosas na Pro

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