Caxuana Reflorestamento SA, SW - Rainforest Alliance
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Resumo Público de Certificação<br />
de<br />
<strong>Caxuana</strong> <strong>Reflorestamento</strong> <strong>SA</strong><br />
Certificado n o : <strong>SW</strong>-FM/COC-215<br />
Data da Certificação: 1 Dezembro 2002<br />
Data do Resumo Público: Novembro 2002<br />
Actualizado para incorporar os resultados do monitoramento anual 2003, 2004 e 2005<br />
Este documento foi elaborado de acordo com as regras do<br />
Forest Stewardship Council (FSC) e do Programa SmartWood.<br />
Nenhuma parte deste resumo deverá ser publicada separadamente.<br />
Certificador:<br />
SmartWood Program 1<br />
c/o <strong>Rainforest</strong> <strong>Alliance</strong><br />
665 Broadway, 5 th Floor<br />
New York, New York 10012 U.S.A.<br />
TEL: (212) 677-1900 FAX: (212) 677-2187<br />
Email: info@smartwood.org<br />
Website: www.smartwood.org<br />
Esta certificação foi feita com a colaboração do seguinte membro da Rede SmartWood:<br />
Instituto de Manejo e Certificação<br />
Florestal e Agrícola (IMAFLORA)<br />
Rua Chico Mendes, 185<br />
Caixa Postal 411, Piracicaba,<br />
SP, 13400.390 Brazil<br />
Phone: +55 19 34144015<br />
Fax: +55 19 34144015 ext. 229 or 227 (call first)<br />
Email: imaflora@imaflora.org<br />
1 O Programa SmartWood é implementado a nível mundial por organizações sem fins lucrativos membros da Rede<br />
SmartWood. A Rede é coordenada pela <strong>Rainforest</strong> <strong>Alliance</strong>, uma organização internacional sem fins lucrativos. A <strong>Rainforest</strong><br />
<strong>Alliance</strong> é a detentora legal da marca registrada SmartWood e sua logomarca. Todos os usos promocionais da logomarca<br />
SmartWood devem ser autorizados pela Rede SmartWood. A certificação SmartWood se aplica somente ao manejo florestal<br />
das operações certificadas e não a outras características da produção florestal (ex: performance financeira, qualidade dos<br />
produtos, etc.). O SmartWood é credenciado pelo Forest Stewardship Council (FSC) para a certificação de operações de<br />
manejo de florestas naturais, plantadas e de cadeias de custódia.
INTRODUÇÃO<br />
Para ser certificada pelo SmartWood, uma operação de manejo florestal deve ser submetida a uma avaliação de campo.<br />
Este Resumo Público sumariza as informações contidas no relatório inicial de avaliação, o qual é produzido com base<br />
nas informações coletadas durante a avaliação de campo. Auditorias anuais são realizadas com o objetivo de monitorar<br />
as atividades da operação de manejo florestal, para verificar os progressos quanto ao cumprimento das condições para a<br />
manutenção da certificação e para verificar o cumprimento dos padrões SmartWood. As informações atualizadas<br />
obtidas durante as auditorias anuais são anexadas ao Resumo Público.<br />
Este é o relatório de avaliação completa para fins de certificação florestal pelo Conselho de Manejo Florestal<br />
(FSC), solicitada pela <strong>Caxuana</strong> S.A <strong>Reflorestamento</strong> ao Imaflora 2 e ao SmartWood.<br />
Os objetivos desta auditoria foram:<br />
i) avaliar o modelo de manejo sócio-ambiental aplicado às áreas florestais da CAXUANA 3 ;<br />
ii) avaliar a conformidade da operação de manejo florestal (OMF) aos Princípios e Critérios do FSC<br />
específicos para o modelo de manejo sócio-ambiental aplicado, conforme rege as “Diretrizes Gerais<br />
SmartWood para a Avaliação do Manejo Florestal”, versão 2002, e;<br />
iii) identificar os possíveis aspectos pré-condicionantes e/ou condicionantes para certificação da unidade de<br />
manejo florestal (UMF) da empresa.<br />
O propósito do Programa SmartWood é reconhecer o bom manejo florestal, certificando as operações que se<br />
mostrem socialmente justas, ambientalmente corretas e economicamente viáveis. Para tanto, estabeleceu no<br />
Brasil uma parceria com o Imaflora para a condução de avaliações independentes. As OMF’s que conseguem a<br />
certificação FSC junto ao Programa SmartWood, estão autorizadas a usar o selo SmartWood na comercialização<br />
de seus produtos e nos anúncios ao público.<br />
Este documento contém os resultados de uma avaliação independente, conduzida por uma equipe de<br />
especialistas que representam o Imaflora e o Programa SmartWood de certificação florestal, mantido pela ONG<br />
norteamericana <strong>Rainforest</strong> <strong>Alliance</strong>.<br />
2<br />
O Imaflora - Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola é membro da Rede SmartWood. Os membros da Rede SmartWood<br />
colaboram com a <strong>Rainforest</strong> <strong>Alliance</strong> na implementação do Programa SmartWood. O Imaflora é o representante exclusivo do SmartWood<br />
Program e da SmartWood Network no Brasil.<br />
3 Neste documento, todas as referências a CAXUANA, exceto quando especificado, significam <strong>Caxuana</strong> S.A. <strong>Reflorestamento</strong> e seus<br />
responsáveis pelo manejo florestal realizado nas unidades da empresa.
1. SUMÁRIO GERAL<br />
1.1. Identificação do Empreendimento e Pessoa de Contato<br />
Operação de Manejo Florestal: <strong>Caxuana</strong> <strong>Reflorestamento</strong> S.A.<br />
Pessoa de Contato: Eduardo Fagundes Sortino<br />
Endereço: Rodovia BR 452, Km 205. Caixa Postal 07.<br />
CEP 38160-000 - Nova Ponte, MG, Brasil.<br />
Tel: (34) 3228 5500<br />
Fax: (34) 3228 4400<br />
E-mail: sortino@caxuana.com.br<br />
1.2. Histórico Geral<br />
A. Tipo de operação<br />
A Operação de Manejo Florestal (OMF) CAXUANA é uma empresa privada, de capital brasileiro, cuja Unidade de<br />
Manejo Florestal (UMF), é constituída por áreas próprias (7 propriedades em nome da CAXUANA <strong>Reflorestamento</strong>) e<br />
arrendadas, com responsabilidade do manejo por parte da CAXUANA (3 propriedades de Dorival Sortino e 4<br />
propriedades da “Fundação O Nazareno”).<br />
As florestas manejadas pela CAXUANA estão distribuídas em 5 municípios, Nova Ponte, Sacramento, Indianópolis,<br />
Uberaba e Patrocínio, todos no Estado de Minas Gerais, Brasil. O Manejo Florestal adotado e o seu Plano de Manejo<br />
Florestal (PMF) abrangem todas as 14 propriedades.<br />
A CAXUANA é uma organização agro-florestal e industrial, que maneja uma área total de 26.019,56 ha, contendo<br />
plantações florestais de Pinus Tropicais (Pinus caribea e P. oocarpa) e eucaliptos (em menor escala), mantém áreas<br />
de vegetação natural e também atividades agrícolas, com culturas de soja e milho.<br />
Sua unidade industrial e de armazenamento de comercialização de grãos está localizada no município de Nova Ponte<br />
– MG. A unidade industrial é composta de uma serraria, uma planta de re-manufatura, estufas para secagem da<br />
madeira, secadores e silos de armazenagem de grãos, oficinas de manutenção mecânica, restaurante e abriga<br />
também os escritórios administrativos da OMF.<br />
Com esta estrutura, a CAXUANA emprega cerca de 400 funcionários diretos e outros 600 indiretos, através de<br />
empresas prestadoras de serviços.<br />
B. Anos em operação<br />
Em Outubro de 1969, o Engº Dorival Sortino comprou a fazenda CAXUANA que iniciava as atividades de<br />
reflorestamentos com Pinus tropicais. Na época, o Triângulo Mineiro era uma região de muita importância ao governo<br />
federal, pois se pretendia formar, através de incentivos fiscais, um grande Pólo Florestal para instalação de indústrias<br />
de papel e celulose, as quais já haviam mostrado interesses em investimentos na região.<br />
A partir de 1970, houve novas compras de áreas na região, mais precisamente nos Municípios de Nova Ponte,<br />
Sacramento e Indianápolis.<br />
Até o final da década de 80 foram intensas as atividades de plantio e manejo das florestas de Pinus e Eucaliptos<br />
nesta parte do País, através do Incentivo Fiscal. Porém, após o estabelecimento dessas plantações, os esperados e<br />
planejados investimentos industriais não se concretizaram na região, deixando um grande Pólo Florestal sem a<br />
devida utilização.<br />
Passados alguns anos sem definição de uso para as plantações e a madeira estocada e ainda, sem o manejo<br />
adequado, as florestas começaram a declinar. Foi então, que a CAXUANA reformulou seus objetivos iniciais de uso<br />
da floresta e redirecionou seus esforços para utilização em serraria e beneficiamento de madeira sólida. Para tanto, a<br />
CAXUANA instalou, em 1996 uma serraria para madeira de Pinus, totalmente com recursos próprios. Houve<br />
Programa SmartWood e Imaflora - Relatório Auditoria Anual MF – CAXUANA 05 3
necessidade de investimentos elevados em treinamento e capacitação de pessoal, pois a região carecia de mão-deobra<br />
especializada para a operação industrial.<br />
A partir de 1998, a empresa ampliou sua capacidade em estufas de secagem de madeira, investindo também em<br />
uma planta de re-manufatura de madeira seca serrada. A busca pelo mercado consumidor de seus produtos ainda<br />
está em desenvolvimento e já resultam em aberturas de espaço na Europa, Ásia e América do Norte. Para o mercado<br />
regional, a CAXUANA estabeleceu parceiros para uso de todos os seus resíduos florestais, como: lenha, serragem,<br />
casca e cavacos para fins energéticos.<br />
Atualmente faz colheitas e reformas em aproximadamente 1.000 ha/ano de seus reflorestamentos, que totalizam<br />
cerca de 17,7 mil ha. Além das plantações, são mantidos aproximadamente 5,5 mil ha de áreas para conservação da<br />
vegetação natural e cerca de 2,6 mil ha de plantios agrícolas (conforme Quadro II, do item 1.3 B).<br />
C. Data da Certificação<br />
1 Dezembro 2002<br />
D. Latitude e longitude da operação<br />
Quadro I – Localização geográfica das propriedades que compõem a Unidade de Manejo Florestal<br />
Nome da Fazenda Localização Latitude Longitude<br />
Altitude média<br />
(n.m.m.)<br />
Vertente* Nova Ponte 19 o 14' 30" 47 o 46' 40" 990<br />
Furnas Indianópolis 18 o 53' 53" 47 o 50' 12" 980<br />
Brejão Nova Ponte 19 o 03' 49" 47 o 37' 30" 1000<br />
Santana Nova Ponte 19 o 28' 20" 47 o 44' 25" 990<br />
Horto <strong>Caxuana</strong> Sacramento 19 o 50' 34" 47 o 17' 47" 1160<br />
Triângulo Nova Ponte 19 o 14' 43" 47 o 44' 25" 980<br />
Jatobá Nova Ponte 19 o 17' 59" 47 o 42' 42" 1000<br />
Rio Claro Nova Ponte 19 o 20' 10" 47 o 44' 25" 980<br />
Boa Esperança Uberaba 19 o 16' 21" 47 o 49' 02" 970<br />
Boa Vista Nova Ponte 19 o 14' 10" 47 o 42' 07" 980<br />
Boa Esperança Nova Ponte 19 o 17' 26" 47 o 42' 07" 995<br />
<strong>Caxuana</strong> II Nova Ponte 19 o 20' 10" 47 o 46' 09" 950<br />
Córrego do Ouro Patrocínio 19º 11' 09" 47º 02' 44" (em mapeamento)<br />
Chapadão Patrocínio 19º 11' 24" 46º 58' 08" (em mapeamento)<br />
* Base administrativa da OMF.<br />
1.3. Sistema de Manejo Florestal<br />
A. Tipo de Floresta e história do uso da terra<br />
A Operação Florestal avaliada está inserida no ecossistema do Cerrado (Savana), entremeado por regiões de contato<br />
com a Floresta Estacional. A agricultura domina grande parte da paisagem desta região, sendo raras as áreas<br />
representativas do bioma original. O relevo plano contribui para a agricultura extensiva e para o cultivo florestal de<br />
essências exóticas.<br />
A CAXUANA realiza o manejo para fins madeireiros em suas florestas de pinus e eucalipto, utilizando parte de suas<br />
áreas para a realização da agricultura de soja e milho. Todas as áreas de floresta natural são manejadas para fins de<br />
conservação ambiental. Apesar do alto índice de degradação dos ecossistemas regionais, a fauna é abundante e<br />
pode ser observada utilizando como refúgio e para alimentação as áreas de cultivo agrícola e florestal.<br />
Programa SmartWood e Imaflora - Relatório Auditoria Anual MF – CAXUANA 05 4
Na época da aquisição das propriedades da CAXUANA (no final da década de 60 e início dos anos 70), muitas áreas<br />
haviam sofrido exploração madeireira.<br />
Com o advento dos incentivos fiscais, começaram as conversões das áreas naturais para plantações. Foram<br />
aproximadamente 10 anos de intensa conversão florestal em plantios comerciais de florestas embora a grande razão<br />
dos desmatamentos havidos nessa região tenha sido a abertura de áreas para uso na agricultura e pecuária.<br />
Com a frustração do estabelecimento do pólo industrial, os plantios florestais na região ficaram praticamente<br />
abandonados, sem um objetivo de manejo concreto.<br />
A partir de 1996, o Grupo <strong>Caxuana</strong> tomou a decisão de estabelecer uma serraria na unidade agroindustrial de Nova<br />
Ponte. Com isso, deu um impulso para traçar novos objetivos no manejo dos plantios florestais, visando a<br />
sustentabilidade do projeto florestal idealizado cerca de 30 anos antes. Atualmente, as áreas florestais da CAXUANA<br />
estão passando por um período de intensas experimentações, com o objetivo de conhecer as melhores técnicas de<br />
manejo para as espécies de pinus tropicais estabelecidas naquela região.<br />
B. Tamanho da Unidade de Manejo Florestal e áreas com florestas de produção em produção,<br />
conservação e/ou recuperação<br />
O uso do solo das propriedades administradas pela CAXUANA está configurado como apresentado no quadro II, a<br />
seguir:<br />
Quadro II – Distribuição do Uso do solo nas propriedades administradas pela CAXUANA.<br />
ÁREA DE ÁREA<br />
LOCALIZAÇÃO<br />
ÁREA PRODUTIVA (ha) INFRA-<br />
CONSERVAÇÃO (ha) TOTAL<br />
ESTRUTURA<br />
Plantação Uso<br />
Fazenda Título Município<br />
(ha) **<br />
Áreas<br />
APP´s (ha)<br />
Florestal Agrícola*<br />
Naturais<br />
Vertente Próprio Nova Ponte 1.992,63 87,26 33,66 10,90 2.124,45<br />
Furnas Próprio Indianópolis 4.053,05 245,38 498,05 140,16 4.936,64<br />
Brejão Próprio Nova Ponte 695,04 44,27 81,11 27,92 848,34<br />
Santana Próprio Nova Ponte 1.241,01 56,96 262,12 42,41 1.602,5<br />
Horto <strong>Caxuana</strong> Próprio Sacramento 416,73 12,48 142,35 15,63 587,19<br />
Córrego d Ouro Próprio Patrocínio 1517,56 1517,56<br />
Chapadão Próprio Patrocínio 801,98 801,98<br />
Subtotal Próprio 8.398,46 446,35 3336,83 237,02 12.418,66<br />
Triângulo Arrendamento Nova Ponte 1.887,06 92,92 8,01 1.987,99<br />
Jatobá Arrendamento Nova Ponte 1.610,32 68,95 1.679,27<br />
Rio Claro Arrendamento Nova Ponte 3.272,02 1.504,36 180,43 191,85 37,72 5.186,38<br />
Boa Esperança Arrendamento Uberaba 709,08 31,09 76,93 10,26 827,36<br />
Subtotal Nazareno 7.478,48 1.504,36 373,39 276,79 47,98 9.681,00<br />
Boa Vista Arrendamento Nova Ponte 243,23 22,63 105,98 18,50 390,34<br />
Boa Esperança Arrendamento Nova Ponte 517,10 26,68 543,78<br />
<strong>Caxuana</strong> II Arrendamento Nova Ponte 1.055,78 1.002,25 102,61 675,52 149,62 2.985,78<br />
Subtotal Sortino 1.816,11 1.002,25 151,92 781,5 168,12 3.919,9<br />
453,12 (42,75)<br />
0<br />
Total Geral 17.693,05 2.506,61 971,66 4.395,12 453,12 26.019,56<br />
TOTAL % 68,00% 9,63% 3,73% 16,89% 1,74% 100%<br />
(*) Conceitualmente, a área de produção agrícola não faz parte da UMF.<br />
(**) Compreende carreadores, aceiros, redes elétricas e edificações.<br />
Programa SmartWood e Imaflora - Relatório Auditoria Anual MF – CAXUANA 05 5
Para a Certificação Florestal, a UMF a ser considerada terá 23.512,95 ha.<br />
C. Corte permitido anual e/ou colheita anual coberta pelo Plano de Manejo<br />
A OMF realizou um inventário florestal completo nas áreas de plantios florestais com vistas à definição de uma<br />
prognose de produção florestal para os próximos 21 anos. Os resultados conformam o Plano Plurianual de Madeira<br />
(PPA21). Este plano tem como estratégia abastecer a indústria (serraria e energia) e o mercado consumidor, levando<br />
em consideração o volume de madeira produzido nas florestas em suas variações quanto aos sortimentos, e também<br />
a capacidade instalada de processamento na planta industrial da CAXUANA.<br />
O PPA21, demonstra que a produção florestal nas áreas manejadas pela CAXUANA pode suportar uma colheita de<br />
até 455.000 m 3 anuais. Entretanto, em estimativas realizadas para os próximos quatro anos, a colheita realizada não<br />
deverá ultrapassar os 380.000 m 3 anuais.<br />
D. Descrição geral dos objetivos e detalhes do plano de manejo e sistemas<br />
A CAXUANA tem como objetivo econômico do seu manejo florestal, a produção de toras de pinus tropicais (Pinus.<br />
caribaea var. hondurensis, P.caribaea var. caribaea e P. oocarpa) em aproximadamente 17,7 mil ha, para o<br />
abastecimento de sua unidade industrial em Nova Ponte – MG. O manejo de áreas de vegetação natural, além de<br />
consistir em uma exigência legal, tem sido uma grande preocupação da OMF ao longo de sua história no triângulo<br />
mineiro. Recentemente foram adquiridos 2.320 ha de áreas que serão manejadas exclusivamente para fins de<br />
conservação dos ecossistemas da região. Com estas, a CAXUANA contabiliza uma área coberta por campos e<br />
cerrados de aproximadamente 4,8 mil ha.<br />
O departamento florestal é o responsável pelo treinamento, acompanhamento e atualização do plano de manejo.<br />
Esta estrutura recebe o apoio dos departamentos de controladoria, assistência jurídica, financeiro, suprimentos e<br />
transporte, informática, estradas e manutenção mecânica para o desenvolvimento das atividades do sistema de<br />
produção florestal, de manejo das relações sociais e de ações ambientais.<br />
O sistema de produção adotado pode ser resumido em:<br />
• Produção de mudas - Realizada em viveiro próprio, com capacidade de produção de 500 mil mudas/ mês,<br />
porém com produção efetiva anual de 2,3 milhões de mudas (4,5 meses). O viveiro de espécies nativas<br />
tem uma capacidade de produção de 80.000 mudas/ano para recomposição de áreas degradadas e<br />
programas de enriquecimentos ambientais da CAXUANA. O sistema de produção é a pleno sol, com<br />
bandejas suspensas, tubetes plásticos, irrigação automatizada, substrato a base de casca de Pinus e<br />
sementes melhoradas, adquiridas de diversas fontes.<br />
• Preparo de terreno - áreas de implantação: combate à formiga, análise de solo, subsolagem (com ou sem<br />
adubação química), 1 semana antes capina química pré-plantio (pré-emergente), rondas sistemáticas de<br />
combate à formiga; em áreas de reforma, passagem de rolo-faca, limpeza manual, rebaixamento de tocos.<br />
• Plantio - subsolagem e adubação de base (280 kg 6-30-6 + micro), plantio de 1,667 mudas / ha com<br />
"chuxo" ou coveamento, capina química, irrigação com 2 a 3 l de água por planta, repasse combate formiga<br />
segundo dia após plantio (com polvilhamento), caso não chova, nova irrigação depois de 3 a 5 dias.<br />
• Tratos Culturais - combate formiga (30 dias, isca), capinas químicas e/ou mecanizadas iniciam a partir da<br />
necessidade (por infestação) 45 dias após o plantio. Em áreas de maiores infestações por ervas invasoras<br />
(normalmente, áreas de implantação), podem ser realizadas 2 a 3 capinas (químicas) e 1 mecanizada,<br />
anualmente; áreas de reforma com 1 a 2 capinas químicas e uma mecanizada anual, até os 3-4<br />
anos;combate à formiga anualmente ou quando necessário. Consumo de iscas = 0,5 k/ha/ano Herbicidas<br />
2,5/3,5 l/ aplicação. São realizadas fertilizações com NPK + micro-nutrientes e aplicação de calcário em<br />
áreas que não foram corrigidas no plantio.<br />
• Intervenções na floresta - desbastes em florestas adultas (sistemático na 5 a e 11 a linha e seletivo, 25%<br />
das árvores, árvores < 16 cm diâmetro). 18 % em volume.<br />
• Colheitas - as toras dos desbastes e do corte final que apresentem diâmetros acima de 16 cm são<br />
consumidas pela indústria, havendo um aproveitamento de diâmetros menores para energia na própria<br />
industria ou vendidas em toretes ou cavacos a terceiros. A derrubada das árvores é executada com<br />
motosserra bem como o desgalhamento das árvores de bordadura e de galhos mais grossos. A maioria<br />
Programa SmartWood e Imaflora - Relatório Auditoria Anual MF – CAXUANA 05 6
das árvores é desgalhada com machados pelo(s) ajudante(s) do motosserrista (equipe de 1 motosserra + 2<br />
ajudantes).<br />
1.4. Contexto Ambiental e Socioeconômico<br />
As características ambientais da região em que se insere a UMF da CAXUANA são descritas como segue:<br />
Clima: tropical quente úmido com inverno frio e seco (AW, segundo classificação de Köppen).<br />
Temperatura média anual<br />
22,6ºC<br />
Temperatura média das máximas 29,9ºC<br />
Temperatura média das mínimas<br />
17,5ºC<br />
Umidade relativa do ar média 68%<br />
Precipitação pluvial anual<br />
1.474,0mm<br />
Deficiência hídrica<br />
De abril a setembro<br />
(em torno de 600 mm)<br />
Excedente hídrico<br />
Janeiro e fevereiro<br />
(cerca de 200 mm)<br />
Relevo: Planalto Arenítico-Basáltico da Bacia do Paraná, com topografia plana ou ligeiramente ondulada.<br />
Geologia: formado por rochas sedimentares, basicamente arenito, do período cretáceo de formação Bauru.<br />
Solos: arenosos e argilosos com predominância do latossolo vermelho escuro distrófico e latossolo roxo distrófico, de<br />
diferentes graus de fertilidades.<br />
Hidrografia: pertence à Bacia do rio Paranaíba, destacando-se no contexto da UMF o rio Araguari e o rio Claro.<br />
Ecossistema: a flora é típica de cerrados, um ecossistema brasileiro que lembra as "savanas africanas" e ocorre em<br />
regiões tropicais. Caracterizado por uma incidência grande de gramíneas e árvores esparsas, o cerrado possui<br />
também áreas de grotões e veredas com vegetação mais desenvolvida. Muitas plantas nativas do cerrado são<br />
utilizadas na alimentação ou têm aplicação medicinal, como o Ipê, Fruta-do-lobo, Jacarandá do Campo, Paina do<br />
Campo, Peroba do Campo, Indaiá, Piqui, Para-tudo, Caiapiá, entre outras. A fauna do cerrado se caracteriza por<br />
pouca diversidade de espécies, apresentando animais de maior porte que necessitam de áreas mais extensas para<br />
sua sobrevivência. Podem ser citados, por exemplo, o Lobo Guará, Tamanduá, Ema, várias aves de rapina (Gaviões,<br />
Corujas, Urubu-rei), Tucano, Tatu, entre outros.<br />
A região do triângulo mineiro, como é conhecida essa porção sudoeste do estado de Minas Gerais, é tida como uma<br />
das mais promissoras do setor agropecuário brasileiro. Destaca-se pela localização, por estar em média a 500 km dos<br />
maiores centros político-financeiros do País, como Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Também é<br />
servida de ampla malha de distribuição rodo-ferroviária, contando ainda com dois aeroportos.<br />
Nova Ponte é um município localizado à parte oriental do chamado triângulo mineiro, em média à 70 km das duas<br />
maiores e mais importantes cidades do triângulo, Uberaba e Uberlândia. A atividade econômica predominante é a<br />
agropecuária. A economia do município está baseada no plantio de soja, milho, café, frutas e hortaliças, avicultura,<br />
pecuária de corte e leite e no plantio de pinus. O setor madeireiro, apesar de ocupar uma área de aproximadamente<br />
10% do município, é responsável por 50% da arrecadação municipal. A Agricultura local é altamente tecnificada e<br />
apresenta um dos maiores índices de produtividade do Estado.<br />
A sede do município foi deslocada há 7 anos devido à construção da Usina Hidrelétrica Nova Ponte (CEMIG), o que<br />
deu à nova sede uma infra-estrutura urbana mais moderna e planejada, onde são tratados 100% de esgoto e da água<br />
e há ligações de água em 100% das residências.<br />
A população do município é predominantemente urbana, 6.787, de um total de 9.480 habitantes (IBGE, 2000). A<br />
cidade conta com 8 escolas, 1 hospital e postos de saúde, 2 bancos, clube, estádio de futebol, linhas de ônibus<br />
diárias para as principais cidades da região e está voltando-se para o desenvolvimento do ecoturismo.<br />
A CAXUANA é uma empresa reconhecidamente forte e respeitada pelo seu pioneirismo no desenvolvimento<br />
agropecuário e florestal na região. Atualmente o Grupo <strong>Caxuana</strong> é responsável por inúmeras obras sociais e de infraestrutura<br />
para o município de Nova Ponte, sendo a comunidade de Nova Ponte a maior beneficiada por esta<br />
interação social.<br />
Programa SmartWood e Imaflora - Relatório Auditoria Anual MF – CAXUANA 05 7
1.5. Produtos obtidos e Cadeia de Custódia<br />
A matéria prima florestal da OMF é composta de:<br />
i) toras e toretes de pinus tropicais (Pinus caribea var caribea, P. caribea var hondurensis, P. oocarpa)<br />
oriundas de florestas próprias, plantadas em terras de propriedade da empresa ou arrendadas, destinada<br />
para a serraria, (ao picador para produção de energia e para venda no caso da lenha e dos toretes para<br />
celulose);<br />
ii) toras e lenha de eucaliptos (Eucalyptus spp) provenientes das cercas vivas e plantios experimentais,<br />
destinadas ao tratamento preservativo em autoclave e para venda no caso da lenha.<br />
Os produtos manufaturados pela Unidade Industrial e vendidos são:<br />
i) madeira serrada, cortes, painéis e molduras;<br />
ii) madeira autoclavada, em roliços ou serrados.<br />
iii) Cavacos, serragem e casca de resíduos florestais.<br />
A. Certificado de Cadeia de Custódia<br />
As unidades de processamento industrial da CAXUANA estão localizadas dentro da UMF, especificamente na<br />
Fazenda Vertente, em Nova Ponte. Há a entrada exclusiva de matéria prima própria, proveniente das áreas objeto<br />
desta avaliação. Todas as cargas deixam as áreas de colheita acompanhadas de documentação de origem (ficha de<br />
transporte e romaneio de carga). Esses dados são checados na entrada e a carga é pesada, medida e encaminhada<br />
ao pátio para processamento.<br />
No processo primário as toras desclassificadas por deficiência na qualidade são comercializadas ou enviadas para o<br />
picador para a transformação em cavacos que alimentarão a unidade de produção de energia ou produtos para<br />
venda. Todos esses dados são registrados.<br />
As toras que entram na serraria são encaminhadas para uma das duas linhas de produção em função do seu<br />
diâmetro (16 a 20 cm para a linha shiffer e >20cm, linha link). Foram observados controles diários da produção do<br />
descascador, de estoque de madeira no pátio, de alimentação das linhas de processo primário (serraria/picador)<br />
estoque e venda de toras desclassificadas.<br />
Da mesma forma, existem controles de volumes de madeira em fase de secagem (pátio e estufas). A madeira seca,<br />
climatizada e classificada é depositada em armazém, com controle de estoques. As vendas de madeira serrada são<br />
registradas. De acordo com a programação industrial, a madeira serrada e seca é encaminhada à re-manufatura,<br />
para a produção de cortes sem nós, painéis e molduras, sendo então embalada e armazenada até a sua venda e<br />
expedição. Todas as fases são controladas e registradas.<br />
Todos os dados da produção são consolidados mensalmente em uma planilha de controle de entradas, rendimentos<br />
e saídas de estoques.<br />
B. Espécies e Volumes cobertos pelo Certificado<br />
Nos quadros III e IV, a seguir, estão apresentados os produtos e os respectivos volumes de produção em cada<br />
processo:<br />
Quadro III – Volume de produção florestal (m³ sólidos com casca)<br />
Ano<br />
Toras de<br />
Pinus<br />
(venda)<br />
Serraria<br />
(Link+Schiffer)<br />
Lenha<br />
(venda)<br />
Picador<br />
(energia)<br />
Toras de<br />
Eucalipto<br />
(Autoclave)<br />
Total<br />
2000 266 101.445 22.941 80.154 207 205.013<br />
2001 507 67.294 26.403 74.190 50 168.443<br />
Programa SmartWood e Imaflora - Relatório Auditoria Anual MF – CAXUANA 05 8
2002* 3.482 92.432 91.232 150.880 251 338.277<br />
2003* 4.749 100.625 - 237.626 210 343.210<br />
2004* 3.989 100.625 - 199.886 280 304.780<br />
2005* 1.550 100.625 - 275.825 350 378.350<br />
2006* 2.970 100.625 - 274.405 350 378.350<br />
(*) Previsão<br />
Quadro IV - Volume de produtos processados (m 3 ).<br />
TIPO DE PRODUTO 2000 2001 2002* 2003* 2004*<br />
Processo Primário<br />
Cavacos para energia (picador) 169.651,24 160.000,00 219.455,46 270.000,00 270.000,00<br />
Madeira serrada (re-manufatura) 12.895,84 8.007,55 6.519,57 7.000,00 7.500,00<br />
Madeira Serrada (pallets) 7.254,00 4.064,44 8.358,77 11.000,00 12.000,00<br />
Total processo primário 189.801,08 172.071,99 234.333,80 288.000, 00 289.500, 00<br />
Re-manufatura<br />
Blanks 1.685,45 947,66 1.980,00 2.300,00 2.500,00<br />
Painéis 946,43 2.065,47 3.864,50 4.000,00 4.500,00<br />
Molduras 188,28 199,36 443,43 600,00 800,00<br />
Total re-manufatura 2.820,16 3.212,49 6.287,93 6.900,00 7.800,00<br />
(*) Previsão<br />
C. Produção Certificada (base 2002)<br />
A CAXUANA trabalha exclusivamente com madeira produzida em sua Unidade de Manejo Florestal. Toda a<br />
produção, florestal e industrial será certificada.<br />
• Toras, toretes ou cavacos de Pinus e eucalipto para venda : 245.795 m³<br />
• Cavacos da serraria: 219.455 m³<br />
• Madeira serrada: 8.359 m³<br />
• Madeira re-manufaturada: 6.288 m³<br />
• Madeira autoclavada: 35,0 m³<br />
D. Descrição da capacidade atual e planejada de processamento coberta pelo certificado<br />
A planta industrial é composta de controle de entradas (balança), pátio de toras, descascador, picador de cavacos,<br />
linhas de serraria (Link e Schiffer), pátio de madeira úmida, bateria de estufas de secagem, armazém para<br />
climatização, classificação e armazenagem de madeira seca e linhas de re-manufatura (com linha de cortes, colagem<br />
e moldureira).<br />
A indústria trabalha em um turno de 8 horas, podendo dobrar a sua capacidade de produção.<br />
Existe uma linha de madeira autoclavada, hoje trabalhando com roliços de eucalipto. A empresa planeja produzir linha<br />
de madeira serrada autoclavada de pinus, para uso em decking e fencing. Há também planos futuros para a<br />
instalação de uma indústria de móveis.<br />
2. PROCESSO DE AVALIAÇÃO DE CERTIFICAÇÃO<br />
Programa SmartWood e Imaflora - Relatório Auditoria Anual MF – CAXUANA 05 9
2.1. Datas da Avaliação<br />
Quadro V – Síntese cronológica do processo de avaliação para a certificação florestal da CAXUANA<br />
Datas (2002) Fatos<br />
17-maio Lançamento da Consulta Pública.<br />
Trabalhos de auditoria.<br />
Apresentação da equipe de auditoria à gerência da CAXUANA.<br />
Revisão de materiais.<br />
24 a 28 –<br />
Saídas a Campo / entrevistas.<br />
junho<br />
Coleta de material em escritório<br />
Planejamento com a equipe da CAXUANA para o dia seguinte.<br />
Reunião e discussões diárias da equipe de avaliação (noite).<br />
01/jul a 23/ago Elaboração do relatório<br />
29/agosto Envio da versão preliminar do relatório para a OMF.<br />
23/setembro Devolução do relatório preliminar pela OMF com observações<br />
23- set a 01-out Elaboração da versão final do relatório de certificação<br />
04 a 18 - out Revisão Independente (peer review)<br />
18 a 25 – out Recebimento dos relatórios peer-review com incorporação de comentários e respostas.<br />
04 a 15 – nov. Revisão e comentários preliminares do SmartWood.<br />
18 nov Verificação de Pré-condições<br />
Envio do relatório com recomendação de certificação ao escritório central do SmartWood<br />
22- novembro para revisão final e decisão de certificação (Decision Memo); Elaboração de contrato de<br />
certificação e assinaturas pela <strong>Rainforest</strong> <strong>Alliance</strong> e CAXUANA<br />
A ser definida Data da Certificação<br />
2.2. Equipe de Avaliação e Revisão Independente<br />
Equipe de avaliação<br />
• Lineu Siqueira Jr. - Engenheiro Agrônomo, consultor florestal nacional e internacional, tendo participado<br />
como líder de equipe em numerosos processos de certificação florestal no Brasil e exterior, com 30 anos de<br />
experiência profissional. É Gerente do Programa de Certificação Florestal Imaflora/SmartWood e Assessor<br />
para Plantações do Programa SmartWood para a América do Sul.<br />
• Heidi Cristina Buzato de Carvalho - Socióloga, Mestre em Ciências Florestais; consultora, realizou<br />
diversos trabalhos na área social do Manejo Florestal na região sul, com ampla experiência em processos<br />
de certificação Imaflora/SmartWood.<br />
• Flavio Murillo Machado Guiera - Engenheiro Florestal, técnico do Imaflora no Programa de Certificação<br />
Florestal. Com especialidade em Plantações Florestais e na implantação de Sistemas de Gestão Ambiental<br />
em empresas florestais. Participou de diversas avaliações Imaflora/SmartWood para certificação de<br />
plantações florestais.<br />
• Lineu Henrique Wadouski - Engenheiro Florestal – consultor em Silvicultura e Economia Florestal, com 25<br />
anos de experiência profissional voltada particularmente para os plantios florestais no Brasil. Participou<br />
como auditor de diversas avaliações de certificação do manejo florestal pelo processo Imaflora/SmartWood.<br />
Revisores Independentes<br />
• Giovanni De Alencastro - Engenheiro Florestal, consultor, especialista em meio ambiente e na<br />
implementação e manutenção de sistemas de gerenciamento ambiental; Possui ampla experiência em<br />
processos de certificação SmartWood/Imaflora em plantações florestais no Brasil e no exterior.<br />
• Kusum Verônica Toledo - Socióloga e Educadora Ambiental. Pesquisadora especialista em aspectos e<br />
impactos socioambientais em unidades de conservação desde 1988 e em operações de manejo florestal;<br />
Consultora do Programa de Certificação Florestal Imaflora/SmartWood com participação em avaliação<br />
Programa SmartWood e Imaflora - Relatório Auditoria Anual MF – CAXUANA 05 10
completa para fins de certificação FSC; Atua junto ao grupo de trabalho para a certificação do turismo no<br />
Brasil em parceria WWF/SOS/<strong>Rainforest</strong> <strong>Alliance</strong>; especialmente impactos socioambientais.<br />
2.3. Processo de Avaliação<br />
Durante a fase de avaliação de campo, como parte de um processo normal de processos de certificação SmartWood<br />
a equipe conduziu os seguintes passos.<br />
• Análise pré-avaliação – A documentação previamente enviada pela CAXUANA foi analisada no sentido<br />
de obter uma base mínima de informações sobre o histórico, as atividades, o organograma e localização e<br />
o processo produtivo da operação florestal.<br />
• Seleção de Sítios – Juntamente com os responsáveis pelo manejo florestal da CAXUANA, a equipe<br />
revisou a documentação enviada pela empresa e de posse dos mapas e das informações sobre as frentes<br />
de trabalho foram selecionados os sítios a serem visitados.<br />
• Entrevistas e verificações de campo – No primeiro dia de avaliação, houve uma reunião entre os<br />
auditores do Imaflora/SmartWood e os responsáveis pela UMF da CAXUANA, quando foram apresentadas<br />
as mais importantes questões e dúvidas da empresa e dos auditores da certificação. Foi realizada uma<br />
apresentação geral das atividades da empresa e a partir dos mapas e informações existentes sobre o<br />
manejo florestal, foi possível planejar mais detalhadamente as atividades de campo. Os auditores<br />
passaram a avaliar os itens específicos de suas áreas e entrevistar pessoal pertinente. No final de cada dia<br />
de trabalho a equipe de avaliação se reuniu para a análise dos dados observados e para definir as<br />
atividades do dia seguinte.<br />
• Discussão interna dos resultados e apresentação preliminar dos resultados – Foi realizada uma<br />
reunião da equipe para discussão dos pontos-chave observados na avaliação. Após obtenção de um<br />
panorama da adequação da operação em relação aos padrões do FSC, foi apresentado à direção da<br />
empresa um resumo dos pontos positivos e negativos encontrados na avaliação.<br />
• Elaboração do relatório de avaliação – O relatório de avaliação foi realizado em um período de 60 dias<br />
após o término do trabalho de campo. Durante esse período de elaboração de relatório, a equipe<br />
responsável continuou conduzindo entrevistas com partes interessadas e realizando ajuste de dados com<br />
a OMF.<br />
• Revisão do relatório pelos revisores independentes e operação candidata – Para esta revisão foram<br />
indicados dois revisores independentes, especialistas na área ambiental e social, e que, no entanto,<br />
possuem a tarefa de analisar a consistência e a coerência das análises em cada P&C.<br />
• Verificação de pré-condições – foi realizada uma reunião em 18 de novembro de 2002, na sede do<br />
IMAFLORA na qual participaram Flavio Guiera, como representante do IMAFLORA e da equipe de<br />
avaliação, e José Zani Filho como representante da CAXUANA. Nesta ocasião foram apresentadas todas<br />
as ações tomadas para o cumprimento das pré-condições por parte da operação candidata. No item 3.3<br />
estão apresentadas as conclusões sobre a verificação das pré-condições.<br />
• Decisão de certificação – A decisão de certificação foi tomada pelo Escritório Central do Programa<br />
SmartWood. Isto foi feito após a revisão dos comentários efetuados no relatório final pela OMF, pelos<br />
revisores independentes (peer review) e da análise das conclusões sobre o cumprimento das précondições<br />
apontadas.<br />
Quadro VI. Sumário das Áreas Florestais Visitadas pela Equipe de Avaliação SmartWood<br />
Propriedade/ Site Visitado<br />
Faz. Vertente<br />
Faz Furnas, Projeto Indaiá<br />
Operações/atividades<br />
Colheita Florestal. Viveiro, Áreas de preservação permanente e<br />
conservação do Rio Claro, área de exploração de cascalho<br />
Operações de colheita e transporte e áreas de conservação<br />
Plantios florestais (pinus), com adubação NPK + Micro e Plantação<br />
com 2 anos<br />
Áreas de arrendamento; P. oocarpa (25 anos); desbaste seletivo (15<br />
anos); (plantios jovens)1, 2, 3, 4, 6 anos; experimentos adubação 4<br />
tratamentos; áreas de conservação.<br />
Operações de silvicultura, área conservação.<br />
Programa SmartWood e Imaflora - Relatório Auditoria Anual MF – CAXUANA 05 11
2.4. Diretrizes/Normas Utilizadas<br />
Para esta avaliação foram consideradas as Diretrizes Gerais SmartWood para Avaliação do Manejo Florestal<br />
(versão 2000), em conjunto com os Padrões para Certificação de Florestas Plantadas do Grupo de Trabalho do<br />
FSC no Brasil (versão 7.0 de março de 2001)<br />
2.5. Processo de consultas e resultados<br />
O propósito da estratégia de consulta com partes interessadas (stakeholders) para essa avaliação foi a seguinte:<br />
1) Assegurar que o público está consciente e informado sobre o processo de avaliação e os seus<br />
objetivos:<br />
2) Auxiliar a equipe de avaliação de campo identificando tópicos potenciais; e,<br />
3) Fornecer oportunidades para que o público possa discutir e agir quanto às evidências da<br />
avaliação.<br />
Esse processo não é apenas uma notificação às partes interessadas, devendo ser uma interação detalhada e com<br />
significância com as partes interessadas. A finalização da fase de visitas de campo não interrompe o processo de<br />
interação com as partes interessadas. Mesmo após a decisão de certificação, o Programa SmartWood receberá, a<br />
qualquer hora, comentários sobre operações certificadas e tais comentários podem fornecer bases para auditorias<br />
de campo..<br />
Consulta pública - pré-avaliação<br />
Antecedendo a avaliação de campo, foi elaborado um documento público de consulta às partes interessadas,<br />
sendo distribuído por e-mail, FAX e correios. Através do banco de dados do Imaflora, contato com a OMF<br />
candidata e consulta a organizações, ou agências, formadores de um potencial grupo de interesses, foi elaborada<br />
uma lista inicial de stakeholders (partes interessadas) de âmbito local, regional e nacional, a qual foi composta por<br />
55 pessoas/entidades. Essa lista também forneceu à equipe uma base para selecionar pessoas para entrevistas<br />
(pessoalmente, por telefone ou e-mail). Para todos eles foi enviado o referido documento público e questionários<br />
para consulta, dos quais não foram obtidas respostas formais. Como próximo passo, no caso da efetivação da<br />
certificação da operação, uma cópia do resumo executivo deste relatório também deverá enviada para as pessoas<br />
consultadas 4 .<br />
Tópicos Identificados através dos Comentários de Consultados e Reuniões Públicas<br />
Foi realizada uma reunião pública no dia 26/06/2002, no salão da Câmara Municipal de Nova Ponte, onde<br />
estiveram presentes 13 pessoas.<br />
As atividades de consultas a partes interessadas foram organizadas para dar aos participantes a oportunidade de<br />
fornecer seus comentários de acordo a categorias gerais de interesses, baseados nos critérios da avaliação. A<br />
tabela abaixo sumaria os pontos que foram identificados pela equipe de avaliação baseado em entrevistas<br />
especificas e/ou comentários em reunião pública, com uma breve discussão a cada um.<br />
Quadro VII: Comentários de Partes Interessadas<br />
Princípio FSC Comentários Resposta do <strong>SW</strong><br />
1. A comunidade não tem conhecimento<br />
sobre o processo de certificação da<br />
CAXUANA.<br />
2. A comunidade e o poder público<br />
afirmaram que a empresa cumpre a<br />
P1: Compromisso com<br />
o FSC / Cumprimento<br />
Legal<br />
1. A equipe procurou esclarecer o que é<br />
um processo de certificação e porque a<br />
CAXUANA requisitou a visita do<br />
IMAFLORA.<br />
4 Anexo I: lista de pessoas e entidades contatadas no processo de consulta pré-avaliação. Nenhuma das pessoas ou entidades tem<br />
responsabilidade sobre os resultados do processo de certificação.<br />
Programa SmartWood e Imaflora - Relatório Auditoria Anual MF – CAXUANA 05 12
P2: Posse, Direitos de<br />
Uso &<br />
Responsabilidades<br />
P3 – Direitos dos Povos<br />
Indígenas<br />
P4: Relações com a<br />
Comunidade & Direito<br />
dos Trabalhadores<br />
P5: Benefícios da<br />
Floresta<br />
P6: Impactos<br />
Ambientais<br />
legislação ambiental, trabalhista e fiscal.<br />
A comunidade não conhece nenhum caso<br />
de conflito pelo uso da terra e sabe que a<br />
empresa não compra áreas de pequenos<br />
produtores rurais.<br />
A região em que está situada a operação<br />
não apresenta indícios de populações<br />
indígenas ou tradicionais, que<br />
eventualmente pudessem possuir algum<br />
direito de uso de recursos.<br />
A comunidade conhece os benefícios<br />
sociais que o Grupo <strong>Caxuana</strong> oferece<br />
para o município, porém sente falta de<br />
um maior conhecimento das atividades<br />
produtivas da empresa.<br />
Houve comentários favoráveis sobre a<br />
arrecadação de impostos, geração de<br />
empregos e cuidados da empresa com a<br />
conservação das áreas de mananciais,<br />
principalmente do Rio Claro.<br />
Houve comentários sobre a conversão<br />
florestal ocorrida nos últimos 30 anos por<br />
produtores agropecuários e pelas<br />
empresas florestais, inclusive a<br />
CAXUANA e seus efeitos sobre a<br />
biodiversidade.<br />
P7: Plano de Manejo A comunidade não conhece o plano de<br />
manejo da CAXUANA como está<br />
estabelecido.<br />
P8: Monitoramento &<br />
Avaliação<br />
P9: Manutenção de<br />
Florestas de Alto Valor<br />
de Conservação<br />
Não houveram comentários.<br />
Foi comentado que a comunidade tem o<br />
Rio Claro como uma área de Alto Valor<br />
Para Conservação.<br />
Não necessária<br />
Não necessária<br />
P10 - Plantações Mesmo que o princípio 6. Vide princípio 6.<br />
* Floresta de Alto Valor de Conservação<br />
3. RESULTADOS, CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÔES<br />
3.1. Discussão Geral das Evidências<br />
Quadro VIII - Evidências por Princípio do FSC<br />
Foi esclarecido ao público que a<br />
empresa certificada deve ser pró-ativa<br />
com relação às demandas da<br />
sociedade e aos impactos do seu<br />
manejo, além de que, a relação com a<br />
comunidade deve ser estreitada e<br />
fortalecida. A empresa teve ciência<br />
dessa manifestação e a equipe<br />
apresentou condições e<br />
recomendações a esse respeito.<br />
Não necessária<br />
Foi esclarecido que todas estas ações<br />
foram realizadas com base nas<br />
políticas públicas existentes na época,<br />
porém as empresas certificadas devem<br />
assumir compromissos de recuperação<br />
e manutenção, no mínimo, das áreas<br />
exigidas na legislação em vigor.<br />
Foi esclarecido que a empresa<br />
certificada deverá disponibilizar um<br />
resumo de seu plano de manejo a<br />
qualquer parte interessada.<br />
Não necessária<br />
Foi comentado que a empresa<br />
certificada deve em conjunto com a<br />
comunidade e com outros atores tais<br />
como o poder público, ONG’s, etc,<br />
realizar consultas para a determinação<br />
da existência de uma FAVC* na UMF.<br />
Princípio /Área Temática Pontos Fortes Fragilidades<br />
P1: Compromisso com<br />
o FSC / Cumprimento<br />
• A empresa está empenhada em cumprir<br />
com a legislação aplicável e com os P&C<br />
• Há necessidade de implantar o plano<br />
de recuperação ambiental e<br />
Programa SmartWood e Imaflora - Relatório Auditoria Anual MF – CAXUANA 05 13
Legal<br />
P2: Posse, Direitos de<br />
Uso &<br />
Responsabilidades.<br />
P3 – Direitos dos Povos<br />
Indígenas<br />
P4: Relações com a<br />
Comunidade & Direito<br />
dos Trabalhadores<br />
do FSC.<br />
• Constata-se a preocupação dos<br />
responsáveis pelo manejo, de estar em<br />
conformidade com a legislação em todas<br />
as suas atividades.<br />
A posse e uso da terra são legítimos e<br />
não existem contestações sobre o direito<br />
de propriedade e uso das áreas que<br />
compõem a UMF da <strong>Caxuana</strong>.<br />
Não aplicável. A região em que está<br />
situada a operação não apresenta<br />
indícios de populações indígenas ou<br />
tradicionais, que eventualmente<br />
pudessem possuir algum direito de uso<br />
de recursos.<br />
Os responsáveis da OMF tem uma forte<br />
responsabilidade social, que abrange a<br />
comunidade de Nova Ponte, amparados<br />
pela Fundação Nazareno para o<br />
desenvolvimento das ações sociais.<br />
Os trabalhadores, os empreiteiros e a<br />
comunidade têm um bom conceito da<br />
empresa com relação à oportunidade de<br />
trabalho e benefícios gerados para a<br />
região.<br />
As condições sanitárias e ambientais do<br />
local de trabalho são boas.<br />
Os funcionários próprios possuem<br />
diversos benefícios, como casa,<br />
educação, alimentação, convênios<br />
médicos subsidiados.<br />
regularização das áreas de Reserva<br />
Legal preservação segundo as<br />
exigências legais.<br />
• A empresa não formulou um<br />
compromisso explícito para com o FSC<br />
nas Políticas da empresa e divulgação<br />
em todos os níveis, incluindo<br />
contratados e fornecedores.<br />
• A OMF carece de uma análise mais<br />
profunda da legislação ambiental<br />
brasileira e também dos Tratados<br />
Internacionais aplicáveis nas Políticas<br />
da Empresa (OIT, CITES)<br />
• Para adequação da OMF a este<br />
princípio foram apontadas: a Précondição<br />
#1, do Quadro IX (já<br />
cumprida e encerrada) e as<br />
condições #1 e 2, do Quadro X.<br />
Há necessidade de regularizar os<br />
registros de propriedade das novas<br />
áreas adquiridas, em nome da OMF,<br />
bem como adequar os contratos de<br />
arrendamento e comodato existentes.<br />
Para esta deficiência foi apontada a<br />
Condição #3 do Quadro X.<br />
Há uma sensível diferença entre<br />
funcionários próprios e de terceiros, em<br />
diversos aspectos de relações<br />
trabalhistas. Neste aspecto, denota-se<br />
as deficiências de treinamento,<br />
monitoramento dos acidentes do<br />
trabalho e da qualidade da alimentação<br />
e quantidade de água em campo.<br />
A subcontratação de empresas para<br />
realização de algumas atividades<br />
florestais não está seguindo as regras<br />
adotadas para as empresas<br />
diretamente contratadas.<br />
Há necessidade de uma análise de<br />
impactos sociais do empreendimento,<br />
bem como um programa de<br />
acompanhamento;<br />
A comunidade não possui um<br />
conhecimento mais profundo das<br />
atividades da empresa.<br />
Há uma informalidade nas<br />
comunicações com a comunidade.<br />
Falta uma política interna que<br />
contemple os impactos de possíveis<br />
mudanças que venham a interferir<br />
sobre seu quadro funcional.<br />
Para adequação da OMF a esse<br />
Programa SmartWood e Imaflora - Relatório Auditoria Anual MF – CAXUANA 05 14
P5: Benefícios da<br />
Floresta<br />
P6: Impactos<br />
Ambientais<br />
O processamento está adequado, com<br />
um bom aproveitamento e não há<br />
desperdícios.<br />
Os programas para Conservação de<br />
água, solo, fauna e flora, estão muito bem<br />
estruturados em uma base de dados.<br />
Há análise de riscos ambientais das<br />
atividades/operações;<br />
A OMF não faz uso das queimadas para<br />
qualquer fim.<br />
As bases cartográficas da OMF suportam<br />
todo o planejamento ambiental da UMF.<br />
Os critérios de conservação da diversidade<br />
biológica e de recuperação foram<br />
embasados em estudos e observações da<br />
ecologia do ecossistema.<br />
P7: Plano de Manejo O plano de manejo está bem estruturado<br />
em documentos claros e objetivos.<br />
A base cartográfica é um suporte utilizado<br />
de forma coerente de atualizada.<br />
As experimentações em andamento<br />
estão sendo monitoradas e avaliadas por<br />
meio de inventários periódicos.<br />
P8: Monitoramento &<br />
Avaliação<br />
A Cadeia de Custódia possui<br />
rastreabilidade completa.<br />
Os controles e o sistema de<br />
monitoramentos existentes possuem<br />
relatórios consolidados para as análises<br />
gerenciais.<br />
princípio foram apontadas as<br />
Condições # 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12,<br />
13 e 14, constantes do Quadro X.<br />
A comunidade não tem acesso, falta<br />
um programa de "abertura controlada"<br />
à comunidade;<br />
O projeto está estreitando a sua base<br />
florestal com o uso de apenas uma<br />
espécie, o que pode constituir um risco.<br />
Existem fortes recomendações da<br />
certficadora para que a OMF estude<br />
meios para equalizar as questões<br />
abordadas neste princípio.<br />
Há necessidade de uma avaliação de<br />
impactos ambientais que forneça<br />
parâmetros qualitativos e quantitativos.<br />
Falta um tratamento dos dados<br />
existentes sobre fauna/flora, e<br />
levantamentos de sítios de valor à<br />
conservação;<br />
Há deficiências na sinalização para<br />
alertar sobre a proibição de caça e<br />
pesca, e também das orientativas em<br />
caminhos florestais internos e rodovias<br />
perto de áreas de exploração.<br />
Falta um programa de colheita que<br />
defina a área máxima de corte em<br />
talhões contíguos.<br />
Exitem algumas deficiência no<br />
armazenamento de produtos perigosos,<br />
como combustíveis e agro-químicos;<br />
Há necessidade da implantação de um<br />
programa de diminuição do uso de<br />
herbicidas e agroquímicos em geral;<br />
Para a adequação da OMF a este<br />
princípio foram apontadas as condições<br />
15, 16, 17, 18 19 e 20, do Quadro IX, e<br />
ainda, fortes recomendações no intuito<br />
de reduzir o risco de futuras ações<br />
corretivas nos temas.<br />
Não existe um resumo (documento<br />
síntese) do Plano de Manejo;<br />
Não foi constatado um treinamento dos<br />
funcionários quanto ao conteúdo do<br />
plano de manejo.<br />
Para a adequação da OMF a este<br />
princípio foi apontada a Pré-condição<br />
#2, do Quadro X, (já cumprida e<br />
encerrada) e a condição #5, do Quadro<br />
IX, além de recomendações.<br />
Falta um plano de monitoramento das<br />
variáveis ambientais e sociais, fauna<br />
flora, solo, água, relações trabalhistas<br />
com terceiros;<br />
Necessidade de incorporação de<br />
resultados dos monitoramentos no<br />
resumo público do PMF.<br />
Não há um sistema de identificação do<br />
Programa SmartWood e Imaflora - Relatório Auditoria Anual MF – CAXUANA 05 15
P9: Manutenção de<br />
Florestas de Alto Valor<br />
de Conservação<br />
P10 - Plantações<br />
Identificação das áreas do Rio Claro<br />
como área de Alto Valor, com programas<br />
de conservação;<br />
Identificação de espécies da fauna<br />
ameaçadas de extinção;<br />
O bom estado de conservação de áreas<br />
de captação de bacias hidrográficas<br />
Os benefícios das plantações florestais<br />
da caxuana são indiscutíveis em uma<br />
região de forte vocação agrícola.<br />
As áreas flrestais da OMF fornecem um<br />
equilíbrio à paisagem, e aos valores<br />
ecológicos da região.<br />
Os esforços em cumprir com o objetivo<br />
principal do manejo são evidentes,<br />
contudo a qualidade da floresta adulta<br />
plantada ainda sugere uma condução<br />
cuidadosa na abordagem deste tema.<br />
material certificado (toras e toretes) que<br />
deixa o campo em direção à indústria.<br />
Para adequação da OMF a este<br />
princípio foi apontada a Pré-condição<br />
#3 do Quadro IX (já cumprida e<br />
encerrada), e apontadas as Condições<br />
# 15, 20, 21 e 22, do Quadro X.<br />
Falta uma proposta de ações para a<br />
manutenção dos valores identificados<br />
como de alto valor para conservação.<br />
Para a atuar sobre as fragilidades deste<br />
princípio a OMF dverá cumprir com a<br />
Condição # 21, apontada no Quadro X.<br />
Falta um programa de colheita que<br />
defina a área máxima de corte em<br />
talhões contíguos.<br />
Há necessidade da implantação de um<br />
programa de diminuição do uso de<br />
herbicidas e agroquímicos em geral;<br />
Há necessidade de realizar o<br />
monitoramento das áreas externas às<br />
plantações visando o controle da<br />
dispersão.<br />
A OMF deve realizar os monitoramentos<br />
de impactos ambientais e sociais.<br />
Para a adequação da OMF a este<br />
princípio foram apontadas as<br />
Condições # 11, 15, 16, 18, 20 e 21,<br />
conforme apresentado no Quadro X.<br />
3.2. Decisão de Certificação<br />
Baseado numa revisão detalhada de campo, análises e compilação de evidências encontradas por essa equipe do<br />
Programa SmartWood, a CAXUANA S.A. REFLORESTAMENTO está recomendada a receber a certificação conjunta<br />
FSC/SmartWood para Manejo Florestal e Cadeia de Custódia (FM/COC) por ter completado com sucesso as précondições<br />
listadas. A CAXUANA deverá também ser exigida a cumprir as condições para manutenção da certificação<br />
que estão descritas abaixo, em seus respectivos prazos.<br />
A CAXUANA passará por auditorias locais anualmente, sendo exigido que permaneça em conformidade com os<br />
princípios e critérios do FSC, como poderá vir a ser definido em normas regionais desenvolvidas pelo SmartWood ou<br />
pelo FSC. Auditores do Programa SmartWood estarão revisando a OMF anualmente, em visitas programadas ou ao<br />
acaso, para garantir a continuidade no bom desempenho do manejo florestal e o cumprimento das condições<br />
descritas neste relatório.<br />
3.3. Pré-condições, Condições e Recomendações.<br />
Pré-condições: Foram apontadas 03 Pré-condições para que a CAXUANA possa ser certificada.<br />
Quadro IX. Pré-condições de Certificação.<br />
# Pré-condições de Certificação<br />
1 A CAXUANA deverá assumir internamente e externamente o seu<br />
compromisso com os princípios e critérios do FSC, formalizando-o em<br />
documento escrito e tornando-o público para todos os funcionários e<br />
Refere-se<br />
ao<br />
Critério<br />
1.6<br />
Programa SmartWood e Imaflora - Relatório Auditoria Anual MF – CAXUANA 05 16
outras partes envolvidas com o manejo florestal da CAXUANA<br />
(prestadores de serviço, fornecedores, clientes, comunidade, entidades<br />
civis locais e regionais).<br />
2 A CAXUANA deverá apresentar um documento síntese de seu plano de<br />
manejo que satisfaça as necessidades internas no entendimento das<br />
suas diretrizes, onde deverão constar os elementos principais que<br />
caracterizem o manejo florestal adotado pela empresa. Este documento<br />
deverá ser utilizado pelas pessoas chaves pela sua implementação e<br />
estar disponível às partes interessadas que o solicitem.<br />
3 A empresa deverá apresentar um sistema de identificação das cargas<br />
que são transportadas das fazendas que compões a Unidade de Manejo<br />
até a Unidade Industrial.<br />
7.4<br />
8.3<br />
Cumprimento de pré-condições<br />
Todas as pré-condições apontadas no Quadro IX, acima, foram cumpridas integralmente pela operação<br />
candidata, conforme declarações do responsável técnico pelo manejo florestal da CAXUANA, bem como os<br />
documentos apresentados ao Imaflora. Devido aos resultados apresentados, bem como a baixa complexidade<br />
para o cumprimento das pré-condições, a equipe auditora julgou desnecessária uma visita a campo para sua<br />
verificação.<br />
Segue um resumo das ações de cumprimento das pré-condições de acordo com a reunião realizada na sede<br />
do IMAFLORA em 18 novembro de 2002, da qual resultou o encerramento das pré-condições apontadas, como<br />
segue nos os esclarecimentos abaixo.<br />
Pré-condição 1<br />
Resultados:<br />
A OMF apresentou um documento formalizando seu compromisso com o FSC e seus Princípios e critérios.<br />
Apresentou também, um “Projeto de Divulgação Interna e Externa do FSC” elaborado pelo Comitê Interno FSC.<br />
Este projeto visa divulgar, conscientizar e envolver os funcionários e a comunidade local e do entorno, com os<br />
benefícios e as responsabilidades geradas pela certificação florestal FSC.<br />
Os objetivos de cada ação descrita neste documento estão claros e possuem um cronograma de implantação.<br />
Há uma cópia da documentação apresentada nos arquivos do IMAFLORA.<br />
Conclusão: Pré-condição cumprida e encerrada.<br />
Pré-condição 2<br />
Resultados:<br />
A CAXUANA elaborou um resumo do seu plano de manejo, tendo veiculado este documento interna e<br />
externamente conforme consta na sua lista de distribuição apresentada. Este resumo contém os elementos<br />
essenciais do plano diretor da Operação Florestal, sendo ilustrado e de linguagem apropriada para o<br />
entendimento das diretrizes gerais que norteiam as atividades do manejo sócio-ambiental promovido.<br />
O resumo do plano de manejo da CAXUANA já está disponível para as partes interessadas e será<br />
disponibilizado no site do IMAFLORA juntamente com o resumo público desde relatório.<br />
Segundo as declarações do responsável técnico pelo manejo florestal da empresa, este material será a base<br />
do material para as apresentações e do marketing da <strong>Caxuana</strong> S.A. <strong>Reflorestamento</strong>.<br />
Conclusão: Pré-condição cumprida e encerrada.<br />
Pré-condição 3<br />
Resultados:<br />
Programa SmartWood e Imaflora - Relatório Auditoria Anual MF – CAXUANA 05 17
O sistema de identificação de material certificado foi apresentado para aprovação pelo IMAFLORA. Foram<br />
apresentados os seguintes modelos de identificação:<br />
- Placas para serem colocadas nos carreadores ao longo das estradas e rodovias.<br />
- Placas ou adesivos para serem colocados nas portas dos caminhões de transporte de madeira do campo<br />
e/ou laterais das cargas.<br />
- Adesivos para identificação dos produtos comercializados pela empresa.<br />
- Placas informativas distribuídas nos diversos ambientes de trabalho e da serraria.<br />
- Placa para ser fixada na Sede dos Parques Florestais para identificação da propriedade e da floresta.<br />
- Modelo de carimbo ou selo adesivo para identificar a nota fiscal da madeira certificada.<br />
Conclusão: Pré-condição cumprida e encerrada.<br />
De acordo com as constatações acima apresentadas, a equipe de verificação considerou todas as précondições<br />
cumpridas e encerradas.<br />
Quadro X. Condições para a manutenção da certificação.<br />
# Condições para a Manutenção da Certificação Prazo<br />
1 A empresa deverá apresentar um documento de compromisso,<br />
mostrando o seu planejamento para a reposição da Reserva Legal<br />
exigida e os prazos assumidos para alcançá-la.<br />
2 Realizar a análise dos tratados e acordos internacionais aos quais<br />
o Brasil é signatário, com atenção aos requerimentos aplicáveis às<br />
suas atividades e dando conhecimento aos funcionários próprios e<br />
terceiros.<br />
3 Apresentar as alterações nos contratos de arrendamento e<br />
comodato quanto aos prazos de vigência, com cessão de direitos e<br />
responsabilidades do manejo a favor da <strong>Caxuana</strong> <strong>Reflorestamento</strong><br />
e apresentar as matrículas no Registro de Imóveis das duas<br />
propriedades adquiridas no Município de Patrocínio.<br />
4 A empresa deverá garantir que as frentes de trabalho das<br />
empresas terceirizadas tenham caixa de primeiros socorros.<br />
5 A empresa deverá garantir o treinamento de funcionários das<br />
empresas terceirizadas e implantar um sistema de controle da<br />
realização e eficiência dos treinamentos.<br />
6 Implantar um sistema de monitoramento dos acidentes de trabalho<br />
nas frentes de trabalho das empresas terceirizadas, consolidando<br />
dados e informando à alta administração da empresa.<br />
7 A empresa deverá exigir o cumprimento da legislação trabalhista<br />
em todas as atividades contratadas e monitorar os resultados,<br />
consolidando dados e informando à alta administração da empresa.<br />
6<br />
meses<br />
6<br />
meses<br />
6<br />
meses<br />
6<br />
meses<br />
6<br />
meses<br />
6<br />
meses<br />
6<br />
meses<br />
8 Intensificar a sinalização nas áreas de manejo. 6<br />
meses<br />
9 A empresa deverá manter acompanhamento sobre a 6<br />
disponibilidade de água potável para os trabalhadores e a meses<br />
qualidade da alimentação dos trabalhadores terceirizados.<br />
10 A CAXUANA deverá realizar um estudo para identificar, qualificar e<br />
quantificar as diferenças existentes entre os seus trabalhadores<br />
próprios e os de atividades terceirizadas. Adicionalmente, com base<br />
nos resultados deste estudo, deverá propor mecanismos através<br />
dos quais, ao longo do tempo, sejam diminuídas as diferenças<br />
entre os trabalhadores próprios e terceirizados.<br />
11 Elaborar e implantar um programa de avaliação e monitoramento<br />
de impactos sociais da operação florestal sobre a comunidade<br />
local, incorporando-o ao plano de manejo.<br />
12<br />
meses<br />
12<br />
meses<br />
Refere-se<br />
ao<br />
Critério<br />
1.1<br />
1.3<br />
2.1<br />
4.2<br />
4.2 / 7.3<br />
4.2<br />
4.2<br />
4.2<br />
4.2<br />
4.2 /<br />
4.12<br />
4.4 /<br />
4.11 /<br />
10.8<br />
Programa SmartWood e Imaflora - Relatório Auditoria Anual MF – CAXUANA 05 18
12 Implantar um programa de comunicação da empresa com a<br />
comunidade, que inclua o registro das ocorrências e os<br />
encaminhamentos dados pela empresa.<br />
13 A CAXUANA deverá apresentar os dispositivos de controle, através<br />
dos quais terá conhecimento dos fatos e garantirá que os<br />
trabalhadores das empresas de serviços contratadas estão<br />
dialogando e resolvendo as suas queixas junto aos seus<br />
empregadores.<br />
14 Definir e elaborar uma política interna, extensiva às empresas<br />
terceirizadas, que indique os procedimentos a serem adotados no<br />
caso de haver transformações no quadro de funcionários na OMF.<br />
15 Reavaliar os impactos ambientais relacionados às atividades<br />
florestais, fornecendo parâmetros quantitativos e qualitativos, bem<br />
como as medidas de controle associadas.<br />
16 Apresentar um programa de colheita que defina a área máxima de<br />
intervenção (corte raso) permitida em talhões contíguos, com base<br />
em critérios ecológicos e econômicos adequados à escala e<br />
intensidade do manejo florestal. Adicionalmente, localizar as áreas<br />
de intervenção de acordo com as definições apresentadas no<br />
PPA21.<br />
17 A CAXUANA deverá adequar as instalações para armazenamento<br />
dos produtos perigosos, de acordo com as normas técnicas<br />
recomendadas pela legislação associada.<br />
18 A empresa deverá realizar estudos visando a diminuição do nível<br />
de utilização de agrotóxicos, especialmente herbicidas,<br />
substituindo, sempre que possível, a eliminação do matocompetição<br />
por métodos não químicos.<br />
19 A CAXUANA deverá elaborar e implementar (realização de<br />
simulações) procedimentos de atendimento a emergências para os<br />
casos de acidentes com produtos perigosos.<br />
20 A CAXUANA deverá elaborar e implementar um programa de<br />
monitoramento das áreas externas às plantações que estão sendo<br />
invadidas por regeneração de pinus, visando o seu controle e<br />
eliminação.<br />
21 Implantar um plano de monitoramentos das operações florestais,<br />
que contenha, além dos controles já existentes (inventário, controle<br />
da colheita e rendimentos, entre outros), a análise de variáveis<br />
ambientais como presença de espécies indicadoras da fauna e<br />
flora, fertilidade e conservação do solo, qualidade da água, grau de<br />
conservação de remanescentes florestais nativos, controle da<br />
dispersão de pinus em áreas naturais, e também aspectos sociais.<br />
Os monitoramentos deverão avaliar a eficácia das medidas<br />
tomadas para a manutenção dos valores de FAVC existentes. Os<br />
resultados dos monitoramentos deverão ser consolidados em<br />
relatórios que possam nortear as decisões da empresa.<br />
22 A empresa deverá comprovar a utilização dos resultados de seu<br />
novo Plano de Monitoramento nas revisões do Plano de Manejo,<br />
incorporando os seus resultados no resumo a ser disponibilizado ao<br />
público interessado.<br />
12<br />
meses<br />
6<br />
meses<br />
12<br />
meses<br />
12<br />
meses<br />
12<br />
meses<br />
12<br />
meses<br />
12<br />
meses<br />
12<br />
meses<br />
12<br />
meses<br />
12<br />
meses<br />
24<br />
meses<br />
4.4<br />
4.7 / 4.8<br />
/ 4.12<br />
4.11<br />
6.1 / 6.5<br />
/ 6.11 /<br />
8.1 /<br />
10.8<br />
6.1 /<br />
10.2<br />
6.6<br />
6.6 /<br />
10.6 /<br />
10.7<br />
6.7<br />
6.9 / 8.1<br />
/ 10.7<br />
8.1 / 8.2<br />
/ 8.4 /<br />
9.3 / 9.4<br />
/ 10.8<br />
8.4 / 8.5<br />
Recomendações: A equipe de avaliação faz 08 recomendações para melhorias no manejo florestal adotado.<br />
Estas ações não têm caráter obrigatório, embora possam se tornar condições caso venha a ser comprovada<br />
a sua efetiva necessidade em futuras avaliações de monitoramento.<br />
Quadro XI. Recomendações da equipe de avaliação à OMF candidata.<br />
# Recomendações Refere-se<br />
Programa SmartWood e Imaflora - Relatório Auditoria Anual MF – CAXUANA 05 19
1 Recomenda-se que a empresa faça um acompanhamento do número de<br />
pessoas de fora da região que está trabalhando nas empresas terceirizadas,<br />
acompanhando o percentual que representam dentro do quadro de<br />
trabalhadores ligados ao manejo.<br />
2 Recomenda-se que seja implantado um mecanismo interno para relações<br />
com a comunidade, identificando uma pessoa ou departamento que fique<br />
como referência dentro da empresa, divulgando a existência desse<br />
mecanismo à comunidade.<br />
3 Recomenda-se que a CAXUANA implante um programa de interação com a<br />
comunidade, com o objetivo mostrar o seu desempenho florestal, social e<br />
ambiental.<br />
4 É recomendável que a OMF incentive as empresas prestadoras de serviço<br />
que seja lançado o total dos pagamentos (incluindo produtividade) nas folhas<br />
de pagamento de seus funcionários.<br />
5 Recomenda-se a criação de programas de educação ambiental e observação de<br />
animais silvestres, como parte de um programa de abertura gradual e controlada<br />
para as comunidades do entorno.<br />
6 Recomenda-se adicionar à planilha de aspectos e impactos ambientais os<br />
impactos sociais, uma vez que estes também são parte integrante do<br />
ambiente em que se desenvolve o manejo.<br />
7 Recomenda-se a sinalização com proibição da caça e pesca. Essa<br />
sinalização deveria ter função educativa.<br />
8 Recomenda-se elaborar um Manual de Práticas de Corte e Segurança nas<br />
operações de exploração e distribui-los a todos os envolvidos, inclusive a<br />
supervisão.<br />
9 Recomenda-se elaborar um Manual de Práticas e Normas Ambientais da<br />
CAXUANA para distribuição a todos os trabalhadores, com ênfase quanto a<br />
conservação das áreas de Preservação Permanente, controle da caça,<br />
pesca e incêndios florestais.<br />
10 Recomenda-se que os estudos sobre a presença da fauna e conservação de<br />
florestas e ambientes naturais remanescentes sejam realizados através de<br />
convênios com Universidades ou entidades similares locais/regionais.<br />
11 Recomenda-se que a CAXUANA busque parcerias para a administração e<br />
conservação das áreas das Fazendas Córrego do Ouro e Chapadão.<br />
12 Recomenda-se que a empresa faça estudos para a implantação de RPPN´s<br />
em áreas de importância ecológica, tais como “Projeto Rio Claro”.<br />
ao<br />
Critério<br />
4.1<br />
4.5<br />
4.6<br />
4.8<br />
5.5<br />
6.1<br />
6.2<br />
7.3<br />
7.3<br />
8.1 / 9.4<br />
9.1 / 9.4<br />
9.1 / 9.4<br />
Monitoramento Anual 2003; <strong>Caxuana</strong> <strong>Reflorestamento</strong> <strong>SA</strong>, <strong>SW</strong>-<br />
FM/COC-215<br />
1.1 Processo de Monitoramento<br />
A. Ano do monitoramento: 2003<br />
B. Data e itinerário do monitoramento:<br />
Dia 01- Visita aos escritórios, reuniões com gerência, revisão de documentos e visitas às áreas de<br />
manejo (Parques florestais: Nova Ponte, Patrocínio e Santana). Foram realizadas entrevistas<br />
trabalhadores próprios e com prestadores de serviço;<br />
Programa SmartWood e Imaflora - Relatório Auditoria Anual MF – CAXUANA 05 20
Dia 02 - Visitas e entrevistas com stakeholders, auditoria da cadeia de custódia e reunião de<br />
fechamento.<br />
C. Equipe de monitoramento:<br />
Heidi Cristina Buzato de Carvalho – Socióloga, Mestre em Ciências Florestais; consultora,<br />
realizou diversos trabalhos na área social do Manejo Florestal de plantações florestais na<br />
região sul/sudeste, com ampla experiência em processos de certificação<br />
Imaflora/SmartWood.<br />
Flavio Murilo Machado Guiera – Engenheiro Florestal, Auditor para processos de certificação<br />
FSC de Manejo Florestal e Cadeias de Custódia. Coordenador da Certificação FSC para<br />
Manejo de Plantações Florestais do PCF Imaflora/SmartWood.<br />
D. Aspectos gerais:<br />
Este relatório refere-se ao monitoramento do ano 1 da certificação da UMF sob<br />
responsabilidade da CAXUANA S/A - REFLORESTAMENTO. Previamente à visita de campo o<br />
relatório de avaliação completa para a certificação do empreendimento foi revisado e<br />
também a documentação enviada para comprovação do cumprimento das Condições<br />
apontadas para a manutenção da certificação. A auditoria de campo foi realizada nos dias<br />
01 e 02 de abril de 2004 e teve como principais atividades:<br />
- reunião com responsáveis pelo manejo florestal na sede da OMF, em Nova Ponte - MG;<br />
– revisão de documentos (manuais operacionais, mapas, programas);<br />
- visita as áreas de manejo. Atividades presenciadas: derrubada, arraste e transporte de<br />
toras, manutenção florestal.<br />
- entrevistas com prestadores de serviço e funcionários da <strong>Caxuana</strong>;<br />
- reunião de encerramento com a equipe de responsáveis pela administração das florestas<br />
da <strong>Caxuana</strong>.<br />
E. Metodologia aplicada:<br />
Avaliação do sistema de manejo<br />
A equipe de auditoria realizou visitas em campo para avaliar o desempenho das atividades<br />
de manejo em relação àquele apresentado nos relatórios anteriores. Conduziu entrevistas<br />
com os responsáveis pelo manejo, funcionários, prestadores de serviços do<br />
empreendimento florestal madeireiro e com as partes interessadas que compõem a<br />
comunidade onde se insere a UMF. A equipe verificou a situação das condições apontadas<br />
no relatório final de certificação, ressaltando durante a reunião de fechamento os pontos<br />
fortes e a fragilidades do sistema de manejo. As Ações Corretivas, descritas no item 1.3, a<br />
seguir, também foram abordadas no encerramento da auditoria.<br />
Programa SmartWood e Imaflora - Relatório Auditoria Anual MF – CAXUANA 05 21
Locais visitados<br />
• Parque Florestal Santana (talhões 04; 13; 12; 10) derrubada, baldeio e transporte.<br />
• Parque Florestal Nova ponte (Talhões 304; 308; 309) baldeio; carregamento; transporte.<br />
• Parque Florestal Patrocínio – entrevista com trabalhadores; APP’s (áreas de preservação<br />
permanentes)<br />
F. Mudanças na operação (se aplicável):<br />
Foram realizadas algumas alterações no organograma da equipe florestal, com a<br />
contratação da engenheira para a silvicultura e o deslocamento do engenheiro.<br />
G. Pessoas consultadas:<br />
Pessoas entrevistadas<br />
Eduardo Sortino<br />
José Zani Filho<br />
Marina<br />
Maurício R. Gorenstein<br />
Organização / função<br />
Diretor Geral - CAXUANA<br />
Gerente Agroflorestal – CAXUANA<br />
RH – CAXUANA<br />
Planejamento e meio ambiente – CAXUANA<br />
H. Documentação revisada:<br />
• Relatório de Condições de 6 meses para manutenção da certificação da <strong>Caxuana</strong> S/A.<br />
• Relação das áreas do processo de averbação das fazendas do Grupo <strong>Caxuana</strong><br />
• Programa para divulgação dos tratados e acordos internacionais aplicáveis<br />
• Arrendamento de áreas para plantios de florestas<br />
• Monitoramentos das caixas de primeiros socorros das empresas terceirizadas<br />
• Programa de treinamento e desenvolvimento para nossos colaboradores internos e externos<br />
• Monitoramento de acidentes de trabalho em empresas terceirizadas<br />
• Programa de controle das atividades terceirizadas em relação ao cumprimento da legislação<br />
trabalhista.<br />
• Sinalização de campo<br />
• Monitoramento do fornecimento de água potável aos funcionários<br />
• Dispositivos de controle e solução das queixas dos colaboradores de empresas terceirizadas<br />
junto aos empregadores<br />
• Normas e procedimentos de segurança na operação de motosserras e práticas adotadas na<br />
colheita florestal.<br />
• Relatório de condições de 1 ano para manutenção da certificação da <strong>Caxuana</strong> S/A.<br />
• Projeto de monitoramento de impactos ambientais nos parques florestais.<br />
• Procedimentos para controle de resíduos da oficina mecânica<br />
Programa SmartWood e Imaflora - Relatório Auditoria Anual MF – CAXUANA 05 22
• Procedimentos de emergência para gasolina, graxas e óleos.<br />
• Procedimentos de emergências por contato com materiais perigosos<br />
• Plano de colheita<br />
• Programa de educação ambiental<br />
• Monitoramento da aplicação de herbicidas<br />
• Armazenamento de defensivos agrícolas<br />
• Procedimentos para controle dos padrões de qualidade de água da estação de tratamento de<br />
esgoto<br />
• Plano de eliminação da regeneração de pinus em áreas externas às plantações<br />
• Monitoramento ambiental (relação de animais observados e de sementes de espécies arbóreas<br />
coletadas)<br />
1.2 Evidências Gerais e Conclusões do Monitoramento<br />
A CAXUANA S/A – REFLORESTAMENTO apresentou uma performance satisfatória em todos o itens<br />
avaliados. Isto é atestado pelo sumário do cumprimento das condições apontadas na avaliação<br />
principal e pelas declarações nas entrevistas de campo com a comunidade e com trabalhadores.<br />
Constata-se que a reformulação do manejo florestal da empresa para os novos projetos de<br />
implantação, adotados desde a retomada as atividades florestais anteriormente à certificação, vem<br />
surtindo resultados promissores no desenvolvimento e na proteção florestal. Novos métodos de<br />
baldeio e carregamento foram incorporados erradicando-se o baldeio com caminhões toco e<br />
carregamento manual.<br />
O planejamento da colheita para estabelecimento de mosaicos nos plantios florestais também está<br />
sendo implementado.<br />
Na questão ambiental a empresa desenvolveu um programa de educação ambiental com visitações<br />
aos funcionários e familiares às áreas de interesse na UMF, tais como viveiros, lagos,<br />
reflorestamentos e no Rio Claro. Também uma rotina de observação e registro de fauna foi<br />
implementado e ainda, das espécies arbóreas onde são coletadas sementes para reprodução no<br />
viveiro da empresa. Sente-se falta de um programa ambiental mais voltado para a qualificação e<br />
quantificação dos impactos ambientais das atividades de manejo da <strong>Caxuana</strong>, assim como<br />
monitoramentos que sejam embasados por objetivos claros e justificados para as medições<br />
realizadas. Para tanto a equipe de avaliação solicita as CAR’s #04/2003 e 05/2003, visando<br />
estruturar um mecanismo de análise de impactos significativos nas diferentes esferas do manejo<br />
(social, ambiental e econômica) para estabelecimento de medidas de controle específicas e que sejam<br />
alvo de um monitoramento contínuo, além de uma avaliação crítica dos seus resultados.<br />
Diversos monitoramentos realizados têm servido de base para melhorias no manjo da <strong>Caxuana</strong>. Não<br />
se constata resultados muito elaborados, visto as recentes medições e levantamentos realizados. As<br />
intenções da CAXUANA vão além de simplesmente coletar dados. A definição de indicadores de<br />
monitoramento que forneça respostas sobre a interação do manejo das plantações e das áreas de<br />
conservação, das relações água/solos/planta, os ecossistemas locais e a fauna, entre outras, é um<br />
objetivo perseguido com o plano de monitoramentos.<br />
Os aspectos trabalhistas, utilização de herbicidas, contatos da comunidade, entre outros, são<br />
aspectos que vêm sendo trabalhados a partir das análises gerenciais dos resultados.<br />
Programa SmartWood e Imaflora - Relatório Auditoria Anual MF – CAXUANA 05 23
Ainda existem algumas deficiências no programa de auditorias internas dos prestadores de serviços<br />
por não contemplar aqueles contratados por clientes da <strong>Caxuana</strong> e que atuam na UMF. Para tal,<br />
aplica-se a CAR #02/2003. O que se constata é que falta um programa de monitoramentos<br />
integrador, consolidado em um único documento e que derive das análises de impactos ambientais<br />
sociais de seu manejo e de outros estudos e levantamentos. No sentido de melhorar este plano de<br />
monitoramentos a equipe de avaliação solicita a CAR #05/2003.<br />
Se detecta que a empresa possui programas sociais tanto internamente aos seus funcionários como à<br />
comunidade de nova ponte, através das Casas Fraternais O Nazareno. Entretanto estes serviços e<br />
benefícios não têm sido auferidos aos funcionários dos prestadores de serviços. A equipe de<br />
avaliação julga que não há razão para excluir tais colaboradores dos seus programas sociais. Neste<br />
aspecto aplica-se a CAR #01/2003.<br />
Outra fragilidade se relaciona aos pagamentos realizados aos operadores de máquina (tratores e<br />
gruas) com base em produtividades. A <strong>Caxuana</strong> deve exigir e monitorar o cumprimento legal<br />
trabalhista por parte das empresas de serviços quanto aos pagamentos dos totais devidos pelos<br />
vencimentos desta categoria. Para tanto, a equipe de avaliação solicita a implementação da CAR #<br />
03/2003.<br />
Com base nas observações de campo, entrevistas e revisão da documentação apresentada a equipe<br />
de avaliação recomenda a manutenção do certificado <strong>SW</strong>-FM/COC-215 para a CAXUANA S/A –<br />
REFLORESTAMENTO, na contingência de cumprir satisfatoriamente com as ações corretivas listadas<br />
no item 1.3.b, abaixo.<br />
1.3 Status das Condições e Ações Corretivas (CARs)<br />
A. Sumário do Cumprimento das Condições<br />
CAR/condição Status Nova CAR<br />
Cond. # 01 Cumprida<br />
Cond. # 02 Parcialmente Cumprida CAR #01/2003<br />
Cond. # 03 Cumprida<br />
Cond. # 04 Cumprida<br />
Cond. # 05 Cumprida<br />
Cond. # 06 Cumprida<br />
Cond. # 07 Parcialmente Cumprida CAR #02/2003<br />
Cond. # 08 Cumprida<br />
Cond. # 09 Cumprida<br />
Cond. # 10 Parcialmente Cumprida CAR #03/2003; Recomendação<br />
Cond. # 11 Parcialmente Cumprida CAR #05/2003<br />
Cond. # 12 Cumprida<br />
Cond. # 13 Cumprida<br />
Cond. # 14 Cumprida<br />
Cond. # 15 Não Cumprida CAR #04/2003<br />
Cond. # 16 Cumprida<br />
Programa SmartWood e Imaflora - Relatório Auditoria Anual MF – CAXUANA 05 24
Cond. # 17 Cumprida<br />
Cond. # 18 Cumprida<br />
Cond. # 19 Cumprida<br />
Cond. # 20 Cumprida<br />
Cond. # 21 Parcialmente Cumprida CAR #05/2003<br />
B. Sumário de novas CARs solicitadas nesta auditoria.<br />
CAR #01/2003<br />
A <strong>Caxuana</strong> deverá incluir os trabalhadores terceirizados em seus programas sociais e de<br />
treinamentos.<br />
VENCIMENTO: 15/12/2004.<br />
CAR # 02/2003<br />
A empresa deverá incluir as empresas de serviços dos seus clientes de madeira em pé em seus<br />
mecanismo de verificações periódicas do cumprimento legal trabalhista e condições de<br />
segurança no trabalho.<br />
VENCIMENTO: 15/12/2004.<br />
CAR #03/2003<br />
A empresa deverá exigir de seus prestadores de serviços que os pagamentos da produção<br />
realizados aos operadores de máquinas sejam discriminados em holerite.<br />
VENCIMENTO: 15/12/2004.<br />
CAR #04/2003<br />
Apresentar um método estruturado de avaliação dos impactos ambientais, que seja aplicável<br />
em escala operacional (nível de talhão) e que incorpore parâmetros quantitativos e qualitativos<br />
de análise. As medidas de controle aplicadas devem ser monitoradas quanto à sua eficácia.<br />
VENCIMENTO: 15/12/2005.<br />
CAR #05/2003<br />
A CAXUANA deverá elaborar um documento estruturado que contenha o plano de<br />
monitoramentos de indicadores sociais, ambientais, econômicos e técnicos (operacionais) do<br />
manejo florestal, definindo a profundidade e periodicidade das análises de campo. Os itens a<br />
constar deste plano deverão ter embasamento justificado em análises consistentes (matriz de<br />
causa/efeito, levantamentos, pesquisas, etc) e que explicitem os objetivos da coleta dos dados<br />
de tais indicadores.<br />
VENCIMENTO: 15/12/2005.<br />
Monitoramento Anual 2004; <strong>Caxuana</strong> <strong>Reflorestamento</strong> <strong>SA</strong>, <strong>SW</strong>-<br />
FM/COC-215<br />
Programa SmartWood e Imaflora - Relatório Auditoria Anual MF – CAXUANA 05 25
1.1 Auditores e qualificações:<br />
• Antonio Carlos Antiqueira, Engenheiro Florestal, Consultor Independente, com experiência de 30 anos em<br />
planejamento e manejo florestal de florestas plantadas e nativas, especialista em sistemas de colheita florestal<br />
mecanizada; trabalha há 4 anos como auditor na certificação florestal FSC, tanto em florestas nativas como<br />
plantações, inclusive como auditor líder.<br />
• Heidi Cristina Buzato, Socióloga, Mestre em Ciências Florestais com experiências em trabalhos<br />
com comunidades tradicionais. Trabalha há 5 anos como auditora em processos de<br />
certificação FSC tendo participado de auditorias de manejo de plantações florestais e florestas<br />
nativas em todo o Brasil.<br />
1.2 Cronograma da Auditoria<br />
Data<br />
Localização /Sítios<br />
principais<br />
02/02/2005 Hotel em Nova<br />
Ponte<br />
03/02/2005 Escritório da<br />
empresa<br />
03/02/2005 Visitas a campo<br />
Parque Florestal<br />
Nova Ponte<br />
04/02/2005 Visita a campo<br />
Parque Florestal<br />
Nova Ponte<br />
Principais atividades<br />
Leitura de relatórios de auditoria e monitoramento e<br />
planejamento do monitoramento.<br />
Entrevistas verificando o andamento da certificação<br />
e resolução de CARs anteriores.<br />
Visita a atividades de colheita.<br />
Entrevista de funcionários de campo.<br />
Análise de condições de estradas.<br />
Visita a atividade de desbaste.<br />
Visita a atividade de aplicação de herbicidas.<br />
Entrevista com pessoal de Recursos Humanos e<br />
Segurança do Trabalho.<br />
04/02/2005 Escritório da<br />
empresa<br />
Reunião final com a Administração da empresa,<br />
apresentando pontos fortes e fracos do<br />
monitoramento realizado.<br />
Número total de pessoas-dia utilizadas na auditoria:4<br />
= número de auditores participando 2 multiplicado pelo total de dias gastos na auditoria 2<br />
1.3 Estratégia de verificação<br />
Em virtude de uma decisão judicial em meados de 2004, a empresa foi obrigada a não mais trabalhar com empresas<br />
prestadoras de serviço (terceiros) nas atividades de colheita. Definimos então analisar profundamente como fora<br />
executada esta alteração, planejando conhecer como a empresa a programara e executara, e saber das reações dos<br />
funcionários através de entrevistas realizadas durante as atividades operacionais, desta vez concentradas no Parque<br />
Florestal Nova Ponte.<br />
UMF<br />
ou<br />
Sitio auditado<br />
Justificativa para seleção<br />
Grupo de UMF a que<br />
pertence e numero de<br />
UMF-s no grupo<br />
Programa SmartWood e Imaflora - Relatório Auditoria Anual MF – CAXUANA 05 26
Parque Florestal Nova Ponte<br />
Escritórios<br />
As atividades operacionais do manejo florestal<br />
estavam ali concentradas 01<br />
Revisão de documentos, entrevistas e<br />
discussões.<br />
01<br />
1.4 Processo de Consultas a Partes Interessadas (Stakeholder)<br />
Não houve processo de consulta. A empresa tem trabalhado com atividades sociais, em busca de<br />
melhoria de qualidade de vida das pessoas das comunidades vizinhas. Há anos a empresa vem<br />
promovendo a manutenção de creches infantis, cursos profissionalizantes e casa para ajuda a<br />
idosos. Não houve qualquer manifestação contrária à empresa por parte de nenhum ator social,<br />
local, regional ou nacional.<br />
A questão de algum significado ocorrida durante o ano de vigência da última auditoria, foi a<br />
absorção da mão-de-obra utilizada na colheita, antes terceirizada. Esse processo ocorreu de<br />
maneira interna, envolvendo a empresa e seus prestadores de serviço, sem participação de<br />
sindicatos ou outras entidades.<br />
De acordo os depoimentos de trabalhadores entrevistados, o processo foi transparente tendo a<br />
empresa agido de forma justa com os trabalhadores e prestadores de serviço.<br />
1.5 Mudanças aos Padrões<br />
Não ocorreram mudanças aos padrões desde a última avaliação. Para a condução dessa auditoria<br />
e na avaliação/auditoria anterior foram utilizadas as Diretrizes Genéricas SmartWood adaptadas<br />
com o padrão para plantações florestais no Brasil (versão 8.0) em processo de aprovação pelo FSC<br />
Internacional<br />
2. EVIDÊNCIAS DA AUDITORIA E RESULTADOS<br />
Encontramos uma empresa extremamente organizada, com grande quantidade de dados em<br />
arquivos, decorrentes de monitoramentos internos, efetuados sistematicamente pela <strong>Caxuana</strong>.<br />
Por exemplo, os vigias das 05 unidades florestais, denominadas pela empresa como Parques<br />
Florestais, diariamente têm que fazer um percurso diferente, a cavalo, com objetivo principal de<br />
observar se algo anormal acontece em sua área florestal. Além do aspecto de vigilância, estes<br />
funcionários, anotam as ocorrências de animais desde meados do ano de 2.000, conforme<br />
demonstrado no “Relatório Parcial dos Animais Observados nos Parques Florestais da <strong>Caxuana</strong>”<br />
do Projeto instalado pela empresa “Bicho do Mato”. Informações de quantidade de iscas, mão-deobra<br />
gasta em cada operação a nível de talhão, consumo de produtos químicos, combustíveis,<br />
etc., estão arquivados na empresa. A existência de convênios com Faculdades Integradas de<br />
Patrocínio – Minas Gerais, possibilita que alunos e professores desta instituição possam<br />
enriquecer seus conhecimentos nas áreas ambientais e atendam as demandas da empresa. O<br />
planejamento da produção florestal baseado na capacidade de abastecimento com madeira<br />
própria e não com base na capacidade de vendas dos produtos da fábrica, possibilita um<br />
ordenamento florestal sustentável. Todos os funcionários utilizam-se dos EPIs recomendados a<br />
cada uma das funções do campo.<br />
Programa SmartWood e Imaflora - Relatório Auditoria Anual MF – CAXUANA 05 27
Nas operações de colheita, principalmente na derrubada de árvores, ainda há riscos de acidentes<br />
graves. Há necessidade de atenção imediata da administração da <strong>Caxuana</strong> promovendo<br />
treinamentos específicos para a operação de derrubada, que levem em conta aspectos de<br />
ergonomia, distâncias mínimas entre os trabalhadores, placas de aviso de locais com derrubada<br />
de árvores.<br />
A empresa tem trabalhado com atividades sociais, em busca de melhoria de qualidade de vida das<br />
pessoas das comunidades. Manutenção de creches, cursos profissionalizantes, ajuda a idosos,<br />
são atividades normais da empresa há um bom tempo, sendo importante definir indicadores que<br />
a auxiliarão a avaliar os resultados obtidos com estes trabalhos.<br />
Por decisão judicial, a estender-se a todo o Estado de Minas Gerais, as atividades de colheita das<br />
empresas florestais, como a <strong>Caxuana</strong>, são consideradas “atividades-fim” da empresa, sendo<br />
vetada a sua terceirização. Com isso toda a mão-de-obra da colheita (antes terceirizada) foi<br />
contratada diretamente pela empresa. A empresa também reverteu a terceirização na área de<br />
silvicultura, contratando os trabalhadores da mesma forma como fez com a colheita. Todos os<br />
trabalhadores tiveram a oportunidade de ser contratados pela <strong>Caxuana</strong>, embora o nível de adesão<br />
tenha ficado em torno de 40% do total dos funcionários dos prestadores de serviços.<br />
2.1 Mudanças na gestão florestal da OMF<br />
Não houve mudanças significativas na gestão florestal da <strong>Caxuana</strong>. Como destaque, houve a<br />
contratação, no início do ano, de mais 02 Engenheiros Florestais, sendo: um engenheiro para o<br />
cargo de supervisor de silvicultura e outro como Eng. Trainee para acompanhar os trabalhos de<br />
colheita, pesquisa e treinamento de operadores de colheita.<br />
2.2 Tópicos sobre Partes Interessadas<br />
Não houve declarações relevantes para a auditoria.<br />
2.3 Cumprimento com Ações Corretivas aplicáveis<br />
A sessão abaixo descreve as atividades da Operação Certificada para cumprir cada uma das CARs<br />
aplicáveis estabelecidas durante avaliações anteriores. Para cada CAR está apresentada uma<br />
evidência , acompanhada da descrição de seu estado atual usando as seguintes categorias. Falhas<br />
para completar as CARs podem resultar em suspensão ou terminação de um certificado<br />
SmartWood. A seguinte classificação é usada para indicar o estado de uma CAR:<br />
Estado das CAR’s<br />
Encerrada<br />
Aberta<br />
Definição<br />
A Operação Certificada completou satisfatoriamente a CAR,<br />
resolvendo a não conformidade especificada.<br />
A Operação Certificada não completou a CAR; ainda existe a não<br />
conformidade especificada.<br />
CAR N o : 01/2003 Referencia ao padrão: Maior Menor:<br />
Não Conformidade:<br />
Programa SmartWood e Imaflora - Relatório Auditoria Anual MF – CAXUANA 05 28
Ação Corretiva: A <strong>Caxuana</strong> deverá incluir os trabalhadores terceirizados em seus programas sociais<br />
e de treinamentos.<br />
Prazo para completar a ação corretiva: 15/12/2004<br />
Evidências da Auditoria: Como foi relatado acima, a <strong>Caxuana</strong> transformou as atividades de colheita<br />
e silvicultura, antes terceirizadas, em atividade própria, contratando os trabalhadores dessas<br />
atividades, incluindo-os em todos os seus programas sociais, benefícios e nos treinamentos que<br />
hoje realiza. Parte das atividades de transporte e baldeio ainda são realizadas por terceiros, os<br />
quais são monitorados pela <strong>Caxuana</strong> nos aspectos legais, operacionais e segurança do trabalho.<br />
Em relação aos treinamentos, foi constatado que a empresa realiza um treinamento de integração<br />
em que o trabalhador é informado sobre diferentes temas relacionados às práticas e normas da<br />
empresa, além de treinamento de primeiros socorros e combate a incêndio para trabalhadores<br />
específicos (brigada contra incêndios, membros da CIPA).<br />
Considera-se essa CAR encerrada, embora a auditoria tenha levantado a necessidade de<br />
capacitação dos trabalhadores próprios em questões de segurança do trabalho (CAR N o 01/2004)<br />
Estado: Encerrada<br />
N o da CAR: N/A<br />
CAR N o : 02/2003 Referencia ao padrão: Maior: Menor:<br />
Não Conformidade:<br />
Ação Corretiva: A empresa deverá incluir as empresas de serviços dos seus clientes de madeira em<br />
pé em seus mecanismos de verificações periódicas do cumprimento legal trabalhista e condições<br />
de segurança no trabalho.<br />
Prazo para completar a ação corretiva: 15/12/2004<br />
Evidências da Auditoria: A <strong>Caxuana</strong> eliminou, não tem e não mais utilizará esta modalidade de<br />
negócio.<br />
Estado: Encerrada<br />
N o da CAR: N/A<br />
CAR N o : #03/2003 Referencia ao padrão: Maior: Menor:<br />
Não Conformidade: O pagamento da produção era feito em separado, sem o recolhimento de FGTS,<br />
INSS e outros, com prejuízos ao trabalhador.<br />
Ação Corretiva: A empresa deverá exigir de seus prestadores de serviços que os pagamentos da<br />
produção realizados aos operadores de máquinas sejam discriminados em holerite.<br />
Prazo para completar a ação corretiva: 15/02/2004<br />
Evidências da Auditoria: Essa CAR referia-se aos trabalhadores da colheita que agora são<br />
funcionários da empresa. A empresa não utiliza a prática do pagamento por produção.<br />
Estado: Encerrada<br />
N o da CAR: N/A<br />
CAR N o : 04/2003 Referencia ao padrão: Maior: Menor:<br />
Não Conformidade: Não havia controle da eficácia ou eficiência do monitoramento<br />
Ação Corretiva: Apresentar um método estruturado de avaliação dos impactos ambientais, que<br />
sejam em escala operacional (nível de talhão) e que incorpore parâmetros quantitativos de análise.<br />
As medidas de controle aplicadas devem ser monitoradas quanto à sua eficácia.<br />
Prazo para completar a ação corretiva: 15/12/2004<br />
Programa SmartWood e Imaflora - Relatório Auditoria Anual MF – CAXUANA 05 29
Evidências da Auditoria: foram apresentados os projetos de Monitoramento Ambiental, Operacional<br />
e Social das atividades florestais da <strong>Caxuana</strong>, atendendo plenamente a ação corretiva solicitada.<br />
Estado: Encerrada.<br />
N o da CAR: N/A<br />
CAR N o : 05/2003 Referencia ao padrão: Maior: Menor:<br />
Não Conformidade:<br />
Ação Corretiva: A <strong>Caxuana</strong> deverá elaborar um documento estruturado que contenha o plano de<br />
monitoramentos de indicadores sociais, ambientais, econômicos e técnicos (operacionais) do<br />
manejo florestal, definindo a profundidade e periodicidade das análises de campo. Os itens a<br />
constar deste plano deverão ter embasamento justificado em análises consistentes (matriz de<br />
causa/efeito, levantamentos, pesquisas, etc.) e que expliquem os objetivos da coleta dos dados de<br />
tais indicadores.<br />
Prazo para completar a ação corretiva: 15/12/2004<br />
Evidências da Auditoria: a empresa tem uma enormidade de dados coletados há vários anos, com<br />
periodicidade e profundidade necessárias para um acompanhamento de suas operações, resultados<br />
obtidos e os impactos resultantes. A empresa realiza monitoramentos “antes, durante e depois” de<br />
cada uma das atividades programadas. Em relação aos aspectos sociais, a empresa também possui,<br />
além de uma forte atuação, um grande número de informações. O “Plano de Monitoramentos”foi<br />
estruturado conforme o exigido.<br />
Estado: Encerrada<br />
N o da CAR: N/A<br />
2.4 Novas ações corretivas solicitadas como resultado desta auditoria<br />
CAR N o : 01/2004 Referencia ao padrão: 4.2 Maior: Menor:<br />
Não Conformidade: Foram constatadas operações de derrubada de árvores e manuseio das árvores<br />
sem os cuidados necessários para evitar acidentes. Fato 1: durante uma derrubada, um dos<br />
ajudantes de motosserrista desgalhava outras árvores em uma distância considerada de risco; Fato<br />
2: um operador de motosserra estava traçando a árvore em toras ao mesmo tempo que um dos<br />
auxiliares estava desgalhando a mesma árvore. Ao traçar a árvore deslocou-se e quase atingiu a<br />
perna do auxiliar. Fato 3. durante deslocamento com veículo da empresa em estrada interna da<br />
Unidade Nova Ponte, em uma área de desbaste, quase fomos atingidos por uma árvore, derrubada<br />
na estrada. É necessário sinalização ou interrupção do transito, evitando situações de risco.<br />
É necessário que a empresa implante programa de treinamento operacional envolvendo questões<br />
técnicas e de segurança do trabalho. Esse programa deve ser elaborado baseado na análise das<br />
necessidades operacionais e de segurança do trabalho, garantindo a qualidade das operações e a<br />
segurança dos trabalhadores durante as mesmas.<br />
Ação Corretiva: A <strong>Caxuana</strong> deverá elaborar e implantar imediatamente um programa de<br />
capacitação dos funcionários e adoção de medidas visando ter maior segurança nas atividades de<br />
colheita e no trânsito de veículos e pessoas em suas áreas de colheita.<br />
Prazo para completar a ação corretiva: 03 Meses.<br />
CAR N o : 02/2004 Referencia ao padrão: 4.2 Maior: Menor:<br />
Programa SmartWood e Imaflora - Relatório Auditoria Anual MF – CAXUANA 05 30
Não Conformidade: Os princípios de ergonomia não estão sendo utilizados nas operações de<br />
colheita. Os ajudantes de motosserristas movimentavam as toras de forma incorreta e a posição do<br />
motosserristas em trabalho também está errada.<br />
Ação Corretiva: elaborar e implantar programa (com cronograma de seguimento) para adoção de<br />
técnicas operacionais respeitando os princípios da ergonomia para todos os funcionários.<br />
Prazo para completar a ação corretiva: Até a próxima auditoria anual<br />
CAR N o : #03/2004 Referencia ao padrão: 7.2 Maior: Menor:<br />
Não Conformidade: A empresa ainda não definiu a periodicidade de revisão (com base nos<br />
monitoramentos efetuados) de seu plano de manejo.<br />
Ação Corretiva: Estabelecer prazo para as revisões do plano de manejo.<br />
Prazo para completar a ação corretiva: Até a próxima auditoria anual<br />
CAR N o : 04/2004 Referencia ao padrão: 4.4; Maior: Menor:<br />
Não Conformidade: A empresa tem uma significativa ação social, principalmente no município de<br />
Nova Ponte, além de proporcionar uma série de benefícios aos seus funcionários. A sociedade local<br />
reconhece o seu trabalho. A empresa já apresentou um estudo dos impactos gerados nas<br />
comunidades locais.<br />
A empresa também coleta informações sobre a fauna com funcionários próprios devidamente<br />
treinados (vigilantes das fazendas). Através de convênios com Universidade da região está<br />
levantando e identificando a flora existente. Está negociando o monitoramento dos recursos<br />
hídricos também com a Universidade. A empresa tem um plano de monitoramentos das operações<br />
florestais completo. É importante que a <strong>Caxuana</strong> estabeleça indicadores ambientais e sociais para<br />
melhor avaliar as ações de sua atividade sobre o ambiente e comunidades.<br />
Ação Corretiva: Estabelecer indicadores ambientais e sociais a serem acompanhados e os objetivos<br />
a serem alcançados pela empresa.<br />
Prazo para completar a ação corretiva: Até a próxima auditoria anual.<br />
CAR N o : 05/2004 Referência ao padrão: COC 5.2; Maior: Menor:<br />
Não Conformidade: Conforme nova regulamentação do FSC, a partir de 1 de julho de 2005, todas<br />
as empresas certificadas deverão substituir as suas etiquetas de identificação de produtos<br />
certificados por novas etiquetas desenvolvidas pelo FSC. A documentação de embarque também<br />
deverá respeitar as novas declarações sugeridas pelo Programa SmartWood.<br />
Ação Corretiva: A empresa deverá substituir as suas etiquetas de identificação de produtos pelas<br />
novas etiquetas desenvolvidas pelo FSC.<br />
Prazo para completar a ação corretiva: a partir de Julho/2005<br />
CAR N o : 06/2004 Referência ao padrão: COC 1.3; Maior: Menor:<br />
Não Conformidade: Não existe nenhum documento que liste os grupos de produtos FSC.<br />
Ação Corretiva: Elaborar e manter uma listagem dos produtos certificados, especificando as<br />
espécies de madeira utilizadas e os fatores de aproveitamento da madeira.<br />
Prazo para completar a ação corretiva: A ser verificada na próxima auditoria.<br />
Programa SmartWood e Imaflora - Relatório Auditoria Anual MF – CAXUANA 05 31
2.5 Observações da Auditoria<br />
Observação<br />
Referência<br />
1. Ampliação dos canais internos de diálogo 4.7<br />
2.6 Decisão da Auditoria<br />
Os auditores consideram que a empresa manteve desempenho certificável. A mais grave (CAR<br />
#01) trata de questões de segurança dos trabalhadores da colheita, que podem ser resolvidas de<br />
imediato, apenas com maior supervisão e orientação básica dos princípios básicos da operação de<br />
derrubada, aos funcionários de campo. A CAR #02 trata do uso de técnicas de ergonomia na<br />
movimentação de toras e do uso da motosserra, que também se soluciona com treinamento<br />
específico. A empresa, recentemente realizou o trabalho de treinamento na unidade fabril e já<br />
contratara uma empresa especializada para realizar estudos na área florestal e implantar práticas<br />
adequadas às diferentes atividades florestais. A CAR #03 é simplesmente definir de quanto em<br />
quanto tempo a empresa irá revisar o plano de manejo, em função de resultados obtidos do<br />
monitoramento. A CAR #04 trata da definição dos indicadores ambientais, que possibilitem uma<br />
análise das ações do manejo, que possam impactar, positivamente ou negativamente, a flora, a<br />
fauna e os recursos hídricos. A empresa, apesar de há um bom tempo coletar informações que<br />
podem se tornar indicadores ambientais, não tinha devidamente esclarecida o que eram os<br />
indicadores e quais os objetivos de se ter os indicadores, tanto ambientais como os sociais (CAR<br />
#05). Os auditores em reunião específica no segundo dia de auditoria esclareceram devidamente<br />
os objetivos dos indicadores. A empresa considera-se agora, com condições de definir os<br />
próprios indicadores, a serem acompanhados.<br />
ANEXO I: Lista de sítios visitados<br />
Núcleo ou Compartimento Subcompartimento<br />
Auditor Descrição do sítio/ Foco da auditoria<br />
UMF<br />
Nova Ponte Talhão 368 Heidi/Antiqueira Derrubada / Operação com riscos<br />
Nova Ponte Talhão 280 Heidi Derrubada/ Carregamento/ônibus de<br />
trabalhadores<br />
Nova Ponte Viveiros Antiqueira Atividades de rotina<br />
Nova Ponte Antiqueira Aplicação de herbicida<br />
Escritórios Heidi/Antiqueira Revisão de documentos e discussões<br />
Programa SmartWood e Imaflora - Relatório Auditoria Anual MF – CAXUANA 05 32
Monitoramento Anual 2005; <strong>Caxuana</strong> <strong>Reflorestamento</strong> <strong>SA</strong>, <strong>SW</strong>-<br />
FM/COC-215<br />
1. Processo de Auditoria<br />
1.1 Auditores e qualificações:<br />
• Antonio Carlos Antiqueira, Engenheiro Florestal, Consultor Independente, com<br />
experiência de 33 anos em planejamento e manejo florestal de florestas plantadas e<br />
nativas, especialista em sistemas de colheita florestal mecanizada; trabalha há 4 anos<br />
como auditor na certificação florestal FSC, tanto em florestas nativas como plantações,<br />
inclusive como auditor líder.<br />
• Karla Rocha Antiqueira, Engenheira Florestal. Possui experiência empresarial com<br />
planejamento, silvicultura e inventário florestal em reflorestamento de grande porte na<br />
região sul, sudeste e norte do Brasil. Atua como auditora há 3 anos em avaliações e<br />
auditorias de certificação Imaflora/SmartWood.<br />
1.2 Cronograma da Auditoria<br />
Data Localização /Sítios principais Principais atividades<br />
06/02/06<br />
Escritório da empresa<br />
Parque Florestal Nova Ponte<br />
Entrevistas com gestores verificando o andamento da<br />
certificação e resolução de CAR’s anteriores;<br />
Visitas ao viveiro, às atividades de silvicultura, estradas, APP’s;<br />
Entrevista com trabalhadores.<br />
Entrevista com gestores do RH;<br />
Escritório da empresa<br />
Visitas às atividades de silvicultura, colheita, baldeio e<br />
07/02/06 Parque Florestal Nova Ponte<br />
transporte, estradas, APP’s;<br />
Parque Florestal Santana<br />
Entrevista com trabalhadores.<br />
08/02/06 Casas Fraterno Entrevistas com gestores e educadores.<br />
Entrevista com advogada da empresa;<br />
Escritório da empresa<br />
Visitas às atividades de baldeio e transporte, entrevista com<br />
08/02/06 Parque Florestal Araxá<br />
trabalhadores;<br />
Fábrica<br />
Processo de Coc da fábrica.<br />
Apresentação dos pontos fortes e fracos constatados na presente auditoria,<br />
para a administração da empresa.<br />
Número total de pessoas-dia utilizadas na auditoria: (06)<br />
= número de auditores participando 2 multiplicado pelo total de dias gastos na auditoria 3<br />
1.3 Estratégia de verificação<br />
Análise de documentos: os documentos e relatórios foram analisados anteriores ao início da auditoria a fim de se obter<br />
uma base mínima de informações sobre a situação atual da empresa com relação às CAR’s e prazos apontados para a<br />
manutenção de sua certificação;<br />
Seleção de sítios: juntamente com os responsáveis pelo manejo florestal da <strong>Caxuana</strong>, a equipe analisou os mapas e as<br />
frentes de trabalho em andamento, selecionando os sítios a serem visitados. Foram priorizados os sítios onde as<br />
atividades foram recém realizadas e aquelas onde as atividades estavam em pleno funcionamento, para poder abranger<br />
as entrevistas com os trabalhadores, nas áreas de silvicultura, colheita e conservação.<br />
Entrevistas com os trabalhadores e partes interessadas: a equipe de auditoria conduziu entrevistas com os responsáveis<br />
pelo manejo e funcionários das empresas terceirizadas. Avaliação de campo: Foram visitados os Parques Florestais<br />
cobrindo diversas atividades contempladas no escopo da certificação (vide ANEXO I);<br />
Programa SmartWood e Imaflora - Relatório Auditoria Anual MF – CAXUANA 05 33
Discussão interna dos resultados: a equipe de auditoria reuniu-se para formular um panorama geral do desempenho do<br />
empreendimento, listando as fragilidades e as melhorias detectadas durante o monitoramento.<br />
Apresentação preliminar dos resultados: foi convocada uma reunião com os responsáveis pela<br />
OMF para o encerramento da auditoria de campo e apresentação dos seus resultados<br />
preliminares. Os pontos positivos e negativos observados foram ressaltados. E as melhorias que<br />
deverão ser feitas para a manutenção da certificação e para o próximo monitoramento.<br />
1.4 Processo de Consultas a Partes Interessadas (Stakeholders)<br />
Foram efetuadas entrevistas com funcionários da OMF e outras partes interessadas com a<br />
finalidade de averiguar o cumprimento de diferentes itens da norma.<br />
1.5 Mudanças aos Padrões<br />
Na condução dessa auditoria adotou-se como referência o Padrão Interino SmartWood para<br />
Plantações no Brasil, de janeiro de 2006, em processo formal de consulta e aprovação, disponível no<br />
endereço www.imaflora.org.<br />
2 EVIDÊNCIAS DA AUDITORIA E RESULTADOS<br />
2.1 Mudanças na gestão florestal da OMF<br />
Não houve mudanças significativas na gestão florestal da <strong>Caxuana</strong>.<br />
O Engenheiro Gustavo Dobner dos Santos, há um ano trabalhando na empresa assume a<br />
responsabilidade pelo programa de certificação florestal. O consultor florestal José Zani Filho<br />
atenderá a <strong>Caxuana</strong> uma semana por mês a partir de agora.<br />
2.2 Tópicos sobre Partes Interessadas<br />
Não houve contribuições significativas durante o processo de consulta a partes interessadas.<br />
Não foram observados conflitos, disputas ou reclamações por parte de vizinhos, moradores próximos<br />
ou da sociedade em geral.<br />
Ao contrário, a OMF possui uma inserção social significativa nas comunidades locais, recebendo<br />
em geral comentários positivos.<br />
2.3 Cumprimento com Ações Corretivas aplicáveis<br />
A sessão abaixo descreve as atividades da Organização Certificada visando o cumprimento das Condições ou CARs<br />
estabelecidas durante avaliações anteriores. Falhas no cumprimento das CARs podem resultar em suspensão ou<br />
cancelamento de um certificado SmartWood. Para cada CAR solicitada são apresentadas as evidências de auditoria e a<br />
descrição de seu estado atual, em conformidade com as categorias da tabela a seguir:<br />
Encerrada<br />
Aberta<br />
Categorias<br />
Estado das CAR<br />
Explicação<br />
A Operação Certificada completou satisfatoriamente a CAR, resolvendo a não<br />
conformidade especificada.<br />
A Operação Certificada não completou a CAR; ainda existe a não conformidade<br />
especificada.<br />
CAR #01/2004 Referencia ao padrão: 4.2. Maior: Menor:<br />
Programa SmartWood e Imaflora - Relatório Auditoria Anual MF – CAXUANA 05 34
Não Conformidade: foram constatadas operações de derrubada de árvores e manuseio das árvores sem os cuidados necessários para<br />
evitar acidentes. Fato 1: durante uma derrubada, um dos ajudantes de motosserrista desgalhava outras árvores em uma distância<br />
considerada de risco; Fato 2: um operador de motosserra estava traçando a árvore em toras ao mesmo tempo em que um dos auxiliares<br />
estava desgalhando a mesma árvore. Ao traçar, a árvore deslocou-se e quase atingiu a perna do auxiliar. Fato 3: durante deslocamento<br />
com veículo da empresa em estrada interna da Unidade Nova Ponte, em uma área de desbaste, quase fomos atingidos por uma árvore,<br />
derrubada na estrada. É necessário sinalização ou interrupção do transito, evitando situações de risco.<br />
É necessário que a empresa implante programa de treinamento operacional envolvendo questões técnicas e de segurança do trabalho.<br />
Esse programa deve ser elaborado baseado na análise das necessidades operacionais e de segurança do trabalho, garantindo a qualidade<br />
das operações e a segurança dos trabalhadores durante as mesmas.<br />
Ação Corretiva: a <strong>Caxuana</strong> deverá elaborar e implantar imediatamente um programa de capacitação dos funcionários e adoção de<br />
medidas visando ter maior segurança nas atividades de colheita e no trânsito de veículos e pessoas em suas áreas de colheita.<br />
Prazo para completar a ação corretiva: 03 Meses.<br />
Evidências da Auditoria: a empresa elaborou e implantou um programa de capacitação dos funcionários no qual foram realizados:<br />
laudo de vistorias das operações de derrubada e manuseio de árvores; manual de treinamento para operador de motosserra e ajudante de<br />
motosserra e conteúdo da apresentação de treinamento; cronograma de execuções de treinamentos na colheita; registros dos<br />
treinamentos realizados. Durante as visitas a campo foi evidenciada uma maior segurança nas atividades e no trânsito de veículos nas<br />
áreas de colheita, encerrando esta CAR. Porém para acompanhar a evolução na segurança do trabalho dos operadores de motosserra e<br />
ajudantes florestais aplica-se a CAR#02/2005.<br />
Estado: encerrada.<br />
N o da CAR (se aplicável): CAR#02/2005.<br />
CAR#02/2004 Referencia ao padrão: 4.2. Maior: Menor:<br />
Não Conformidade: os princípios de ergonomia não estão sendo utilizados nas operações de colheita. Os ajudantes de motosserristas<br />
movimentavam as toras de forma incorreta e a posição do motosserristas em trabalho também está errada.<br />
Ação Corretiva: elaborar e implantar programa (com cronograma de seguimento) para adoção de técnicas operacionais respeitando os<br />
princípios da ergonomia para todos os funcionários.<br />
Prazo para completar a ação corretiva: até a próxima auditoria anual.<br />
Evidências da Auditoria: a empresa teve um bom desempenho na elaboração de um plano de ação para ergonomia na colheita<br />
florestal. Esse programa contou com a contratação da consultoria IMETTRE que realizou uma ótima avaliação ergonômica na colheita<br />
florestal. O trabalho serviu de base para alterações no sistema de colheita, visando menor movimentação de madeira pelas equipes de<br />
colheita manual.<br />
Estado: encerrada.<br />
N o da CAR (se aplicável): N/A.<br />
CAR#03/2004 Referencia ao padrão: 7.2. Maior: Menor:<br />
Não Conformidade: a empresa ainda não definiu a periodicidade de revisão (com base nos monitoramentos efetuados) de seu plano de<br />
manejo.<br />
Ação Corretiva: estabelecer prazo para as revisões do plano de manejo.<br />
Prazo para completar a ação corretiva: Até a próxima auditoria anual.<br />
Evidências da Auditoria: a empresa, com base nos monitoramentos efetuados, estabeleceu periodicidade às revisões de seu plano de<br />
manejo.<br />
Estado: encerrada.<br />
N o da CAR (se aplicável): N/A.<br />
CAR#04/2004 Referencia ao padrão: 4.4. Maior: Menor:<br />
Não Conformidade: a empresa tem uma significativa ação social, principalmente no município de Nova Ponte, além de proporcionar<br />
uma série de benefícios aos seus funcionários. A sociedade local reconhece o seu trabalho. A empresa já apresentou um estudo dos<br />
impactos gerados nas comunidades locais.<br />
A empresa também coleta informações sobre a fauna com funcionários próprios devidamente treinados (vigilantes das fazendas).<br />
Através de convênios com Universidade da região está levantando e identificando a flora existente. Está negociando o monitoramento<br />
dos recursos hídricos também com a Universidade. A empresa tem um plano de monitoramentos das operações florestais completo. É<br />
importante que a <strong>Caxuana</strong> estabeleça indicadores ambientais e sociais para melhor avaliar as ações de sua atividade sobre o ambiente e<br />
comunidades.<br />
Ação Corretiva: estabelecer indicadores ambientais e sociais a serem acompanhados e os objetivos a serem alcançados pela empresa.<br />
Prazo para completar a ação corretiva: até a próxima auditoria anual.<br />
Evidências da Auditoria: a <strong>Caxuana</strong> estabeleceu os indicadores ambientais e sociais e apresentou os objetivos a serem alcançados<br />
com esses indicadores. Os indicadores ambientais são: freqüência de observação do Lobo Guará e Tamanduá Bandeira; Consumo de<br />
herbicida (glifosato) e isca formicida (sulfluramida); e freqüência de ocorrência de focos de incêndios florestais. Já os indicadores<br />
sociais são: nível de escolaridade; auxílio educação; utilização da casa São Francisco de Assis pela comunidade local; pesquisas de<br />
satisfação com os colaboradores com relação aos benefícios oferecidos; índices de acidente de trabalho por departamento; rotatividade<br />
de funcionários na empresa/área; e visita aos afastados por acidentes ou doenças. Para o ano de 2006 a <strong>Caxuana</strong> está desenvolvendo<br />
mais alguns indicadores sociais: ergonomia e acidente de trabalho (indústria e colheita florestal); ergonomia e consultas médicas<br />
(indústria e colheita florestal); índices de aproveitamento e empregabilidade nos cursos ministrados na Unidade de Apoio Mãos<br />
Unidas; e tempo de casa.<br />
Estado: encerrada.<br />
N o da CAR (se aplicável): N/A.<br />
Programa SmartWood e Imaflora - Relatório Auditoria Anual MF – CAXUANA 05 35
CAR#05/2004 Referência ao padrão: COC 5.2. Maior: Menor:<br />
Não Conformidade: conforme nova regulamentação do FSC, a partir de 1° de julho de 2005, todas as empresas certificadas deverão<br />
substituir as suas etiquetas de identificação de produtos certificados por novas etiquetas desenvolvidas pelo FSC. A documentação de<br />
embarque também deverá respeitar as novas declarações sugeridas pelo Programa SmartWood.<br />
Ação Corretiva: a empresa deverá substituir as suas etiquetas de identificação de produtos pelas novas etiquetas desenvolvidas pelo<br />
FSC.<br />
Prazo para completar a ação corretiva: a partir de Julho/2005.<br />
Evidências da Auditoria: a empresa substituiu suas etiquetas de identificação pelas novas desenvolvidas pelo FSC, e as mesmas já<br />
foram aprovadas pelo IMAFLORA/<strong>SW</strong>.<br />
Estado: encerrada.<br />
N o da CAR (se aplicável): N/A.<br />
CAR#06/2004<br />
Referência ao padrão: STD 40 004 (Parte 1:<br />
Requisitos do Sistema de qualidade) COC<br />
1.3.<br />
Maior:<br />
Menor:<br />
Não Conformidade: não existe nenhum documento que liste os grupos de produtos FSC.<br />
Ação Corretiva: elaborar e manter uma listagem dos produtos certificados, especificando as espécies de madeira utilizadas e os fatores<br />
de aproveitamento da madeira.<br />
Prazo para completar a ação corretiva: a ser verificada na próxima auditoria.<br />
Evidências da Auditoria: foi elaborada uma lista especificando as espécies de madeira utilizadas e os fatores de aproveitamento por<br />
produto<br />
Estado: encerrada.<br />
N o da CAR (se aplicável): N/A.<br />
2.4 Novas ações corretivas solicitadas como resultado desta auditoria<br />
CAR#01/2005 Referencia ao padrão: 1.1. Maior: Menor:<br />
Não Conformidade: alterações na Legislação florestal estadual exigem que se tenha Licença Ambiental para cada uma das áreas em<br />
manejo florestal, apesar do setor Jurídico da empresa estar tomando as providências para regularização desta pendência junto aos órgãos<br />
ambientais, a OMF não possui todas as suas áreas regulamentadas.<br />
Ação Corretiva: a OMF deve apresentar um cronograma de adequação e um relatório que informe a situação de cada uma das fazendas<br />
da empresa quanto ao Licenciamento Ambiental.<br />
Prazo para completar a ação corretiva: a ser verificada na próxima auditoria.<br />
CAR#02/2005 Referencia ao padrão: 4.2. Maior: Menor:<br />
Não Conformidade: durante a vistoria de campo na colheita constatou-se que o número de linhas de plantio deixadas como segurança<br />
entre as equipes de corte (1 motosserrista e 2 ajudantes) não é suficiente para evitar algum tipo de acidente relacionado à queda das<br />
árvores, principalmente envolvendo o segundo ajudante.<br />
Ação Corretiva: a OMF deverá rever, em seus procedimentos, o número ideal de linhas de árvores que devem ser no mínimo duas vezes<br />
a altura das árvores mais altas e implantar como medida de segurança.<br />
Prazo para completar a ação corretiva: a ser verificada na próxima auditoria.<br />
CAR#03/2005 Referencia ao padrão: 4.2. Maior: Menor:<br />
Não Conformidade: a <strong>Caxuana</strong> apresentou um bom trabalho de avaliação ergonômica na colheita florestal seguido de plano de ação e<br />
programa de reforço alimentar. A empresa não apresentou a mesma preocupação e não desenvolveu o mesmo estudo ergonômico para as<br />
atividades de silvicultura.<br />
Ação Corretiva: estender o trabalho de ergonomia realizado para as atividades de colheita florestal às atividades de silvicultura. Dentre<br />
as atividades visitadas no campo, a empresa deverá observar atentamente para a operação de plantio, que exige uma posição de<br />
arqueamento constante da coluna dos funcionários.<br />
Prazo para completar a ação corretiva: a ser verificada na próxima auditoria.<br />
CAR#04/2005 Referencia ao padrão: 4.5. Maior: Menor:<br />
Não Conformidade: há falhas na comunicação entre a empresa e os trabalhadores no campo, principalmente relatadas na área de<br />
silvicultura. Os trabalhadores não são esclarecidos com relação aos salários e benefícios recebidos. Falta um canal mais efetivo para<br />
encaminhamento e retorno de queixas do pessoal de campo.<br />
Ação Corretiva: definir e implantar um canal de recebimento e retorno de queixas do campo que possa atender a falha de comunicação<br />
que vem ocorrendo entre a empresa e os trabalhadores de modo geral.<br />
Prazo para completar a ação corretiva: a ser verificada na próxima auditoria.<br />
CAR#05/2005 Referencia ao padrão: 4.7 e 8.1. Maior: Menor:<br />
Programa SmartWood e Imaflora - Relatório Auditoria Anual MF – CAXUANA 05 36
Não Conformidade: o sistema de monitoramento realizado pela <strong>Caxuana</strong> não assegura o cumprimento da legislação na questão de<br />
pagamentos de funcionários de terceiros prestadores de serviço. Há evidências do pagamento da produção fora do holerite e horas extras<br />
trabalhadas não pagas, e consequentemente o não recolhimento dos encargos devidos.<br />
Ação Corretiva: a OMF deve criar e implementar um sistema de monitoramento de terceiros prestadores de serviço, incluindo<br />
procedimentos, auditorias de campo e registros, apresentando os resultados e medidas corretivas adotadas e as irregularidades existentes<br />
em conformidade com a legislação trabalhista.<br />
Prazo para completar a ação corretiva: a ser verificada na próxima auditoria<br />
CAR#06/2005 Referencia ao padrão: 4.7. Maior: Menor:<br />
Não Conformidade: os motoristas do transporte de madeira da prestadora de serviço Mizza não possuem transporte de volta para Nova<br />
Ponte quando seus caminhões ficam retidos na portaria da fábrica aguardando para serem descarregados.<br />
Ação Corretiva: implantar sistema junto aos transportadores de madeira que garanta o transporte adequado de motoristas para suas<br />
cidades no final do turno de trabalho.<br />
Prazo para completar a ação corretiva: a ser verificada na próxima auditoria.<br />
CAR#07/2005 Referencia ao padrão: 5.3. Maior: Menor:<br />
Não Conformidade: existe desperdício de madeira no campo relacionado ao descarte da sapata das árvores que são largadas como<br />
resíduos no campo. O aproveitamento máximo possível da árvore derrubada deve ser adotado. Normalmente o não aproveitamento total<br />
de madeira sempre está diretamente relacionado a limitações de equipamentos utilizados na industrialização da madeira – limitações<br />
quanto ao diâmetro máximo e mínimo, forma da tora, comprimento da tora, etc. Na maioria das vezes a troca ou adaptação de<br />
equipamentos da indústria aumentam o aproveitamento da madeira. Para tanto, estudos cuidadosos devem ser realizados para avaliação<br />
econômica e operacional visando aproveitamento máximo de cada árvore derrubada.<br />
Ação Corretiva: a OMF deve realizar um estudo de viabilidade operacional e econômica de uso das sapatas das árvores que são<br />
largadas em campo.<br />
Prazo para completar a ação corretiva: a ser verificada na próxima auditoria.<br />
CAR#08/2005 Referencia ao padrão: 6.5. Maior: Menor:<br />
Não Conformidade: foi detectado na APP entre os talhões 34 e 35 do Parque Santana, uma área manuseada de forma indevida que<br />
acarretou na formação de uma voçoroca em constante aumento dentro da APP.<br />
Ação Corretiva: a OMF deve investigar quais foram os procedimentos indevidos que causaram o problema, revisa-los/corrigi-los e<br />
estabelecer procedimentos de recuperação de áreas degradadas, usando a referida área como projeto piloto de recuperação.<br />
Prazo para completar a ação corretiva: a ser verificada na próxima auditoria.<br />
CAR#09/2005 Referencia ao padrão: 8.3 e COC 5. Maior: Menor:<br />
Não Conformidade: apesar da indústria só trabalhar com madeira própria e toda dentro do escopo da certificação, ou seja, madeira<br />
100% certificada, ainda assim se faz necessário a identificação nas notas fiscais emitidas no campo, do código de certificação FSC.<br />
Ação Corretiva: acrescentar nas notas fiscais oriundas do campo o código de certificação FSC.<br />
Prazo para completar a ação corretiva: a ser verificada na próxima auditoria.<br />
2.5 Observações da Auditoria<br />
Observação<br />
OBS#01/2005: recomenda-se que a OMF elabore um plano de ação em caso de haver a<br />
necessidade de dispensa de mão-de-obra em quantidades consideráveis, como, por exemplo<br />
no caso de mecanização da colheita.<br />
OBS#02/2005: recomenda-se que a OMF realize um estudo de viabilidade de utilização de<br />
diâmetros superiores a 38 cm pela fábrica, otimizando assim o uso da madeira.<br />
Referência<br />
4.6.<br />
5.3.<br />
2.6 Decisão da Auditoria<br />
A <strong>Caxuana</strong> <strong>Reflorestamento</strong> S.A. vem buscando manter o compromisso e o desempenho do manejo florestal<br />
praticado em sua UMF com relação aos padrões de certificação FSC. A auditoria anual do Imaflora/<strong>SW</strong> recomenda,<br />
portanto, a manutenção da certificação para a <strong>Caxuana</strong> <strong>Reflorestamento</strong> S.A., desde que sejam cumpridas as CARs<br />
solicitadas nos prazos determinados.<br />
Programa SmartWood e Imaflora - Relatório Auditoria Anual MF – CAXUANA 05 37
ANEXO I: lista de sítios visitados<br />
Núcleo ou UMF Compartimento Auditor Descrição do sítio/ Foco da auditoria<br />
Parque Nova Ponte Viveiro<br />
Antiqueira<br />
Karla<br />
Parque Nova Ponte Talhão 388<br />
Antiqueira<br />
Karla<br />
Parque Nova Ponte Talhão 711<br />
Antiqueira<br />
Karla<br />
Parque Nova Ponte Talhão 08 Karla<br />
Parque Santana Talhão 13 Karla<br />
Parque Santana Talhões 34, 35, 40 Karla<br />
Parque Nova Ponte Talhão 26<br />
Antiqueira<br />
Karla<br />
Parque Nova Ponte<br />
Antiqueira<br />
Talhão 617<br />
Projeto Leal<br />
Karla<br />
Parque Nova Ponte<br />
Projeto Araxá<br />
- Karla<br />
Casa São Francisco<br />
Cidade Nova Ponte<br />
de Assis<br />
Antiqueira<br />
Unidade Mãos Karla<br />
Unidas<br />
- Produção de mudas;<br />
- Depósito de produtos químicos;<br />
- Entrevista com trabalhadores.<br />
- Plantio de mudas;<br />
- Entrevista com trabalhadores.<br />
- Experimento com Eucalyptus grandis e<br />
urophylla.<br />
- Aplicação de herbicida com bomba<br />
costal;<br />
- Entrevista com trabalhadores.<br />
- Adubação manual;<br />
- Entrevista com trabalhadores;<br />
- Demarcação e estado das APP’s;<br />
- Conservação de estradas.<br />
- Colheita florestal;<br />
- Entrevista com trabalhadores.<br />
- Baldeio e transporte florestal;<br />
- Entrevista com trabalhadores.<br />
- Baldeio e transporte florestal;<br />
- Entrevista com trabalhadores.<br />
- Trabalho com a comunidade local.<br />
Parque Nova Ponte Escritório Antiqueira - Entrevista com gestores da empresa.<br />
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