baixar arquivo - Faculdade Novos Horizontes
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RESUMO<br />
O objetivo central desta pesquisa consiste em analisar como se processam as<br />
relações entre o exercício da função gerencial e a subjetividade de determinados<br />
gestores, a partir da perspectiva deles próprios, expressa nas falas dos sujeitos<br />
estudados. Como referencial teórico à abordagem, partiu-se da análise do complexo<br />
contexto contemporâneo, em que se destaca a centralidade das organizações.<br />
Realizou-se uma breve retrospectiva da função gerencial e discutiu-se a temática da<br />
subjetividade, no âmbito dos estudos organizacionais. Como metodologia de<br />
pesquisa, adotou-se a epistemologia qualitativa, proposta por Fernando González<br />
Rey. A partir de conversações com os cinco sujeitos de pesquisa (gestores do<br />
Banco do Brasil), analisaram-se as percepções desses gerentes em relação à<br />
articulação de suas histórias individuais com as respectivas carreiras e descrições<br />
singulares do cotidiano na função gerencial. Os temas tratados nas conversações<br />
individuais foram articulados, por meio de análise interpretativa, aos sentidos e aos<br />
significados singulares dos gerentes estudados, revelando-se, ainda que<br />
parcialmente, as subjetividades em questão. Articularam-se, ainda, as expressões<br />
de cada um dos sujeitos, elaborando-se uma síntese dos significados coletivos<br />
comuns e das diferenças percebidas em relação aos seguintes pontos: motivos para<br />
ingresso na organização, características pessoais relevantes para o exercício da<br />
função gerencial, cotidiano de trabalho, aspectos positivos e negativos do trabalho e<br />
impactos da função na vida pessoal dos gerentes. Foram identificados, também,<br />
aspectos da função gerencial (presentes com destaque na literatura especializada e<br />
nas políticas de gestão da organização) que não emergiram na fala dos<br />
entrevistados, tais como: competência profissional, ética, responsabilidade<br />
socioambiental, sustentabilidade, liderança, motivação, estresse e qualidade de vida<br />
no trabalho. Esse conjunto de não ditos constitui relevante achado de pesquisa, que<br />
merece posterior aprofundamento. Na relação indivíduo versus organização, para<br />
além dos evidentes efeitos decorrentes da lógica empresarial homogeneizante,<br />
parecem existir espaços, ainda que sutis, para a afirmação dos sujeitos, que, dessa<br />
forma, imprimem suas próprias marcas ao trabalho que realizam.<br />
Palavras-chave: Subjetividade. Gerente. Gerência. Empresa pública