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Estimativa 2012: Incidência de Câncer no Brasil

Publicação bienal do Instituto Nacional de Câncer (INCA) com informações atualizadas sobre o número de casos novos esperados de câncer, para os anos 2012 e 2013

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crus, e <strong>de</strong> antioxidantes estão associados com a diminuição do risco <strong>de</strong> câncer do<br />

esôfago.<br />

<strong>Câncer</strong> do ovário<br />

Estimam-se 6.190 casos <strong>no</strong>vos <strong>de</strong> câncer do ovário para o <strong>Brasil</strong> <strong>no</strong> a<strong>no</strong> <strong>de</strong> <strong>2012</strong>, com<br />

um risco estimado <strong>de</strong> 6 casos a cada 100 mil mulheres (Tabela 1).<br />

Sem consi<strong>de</strong>rar os tumores da pele não mela<strong>no</strong>ma, o câncer do ovário é o sétimo mais<br />

inci<strong>de</strong>nte na maioria das regiões, com um risco estimado <strong>de</strong> 8 casos <strong>no</strong>vos a cada 100 mil mulheres<br />

na região Sul, 7 a cada 100 mil na região Su<strong>de</strong>ste, 6 por 100 mil na região Centro-Oeste e<br />

4 por 100 mil na região Nor<strong>de</strong>ste, enquanto, na região Norte (2/100 mil), é o oitavo mais<br />

frequente (Tabelas 4, 12, 22, 27 e 32).<br />

Comentário<br />

A mais recente estimativa mundial apontou que ocorreriam 225 mil casos <strong>no</strong>vos<br />

<strong>de</strong> câncer do ovário <strong>no</strong> a<strong>no</strong> <strong>de</strong> 2008, com um risco estimado <strong>de</strong> 6,3 casos a cada 100 mil<br />

mulheres. As mais altas taxas <strong>de</strong> incidência foram observadas nas partes oci<strong>de</strong>ntal e<br />

<strong>no</strong>rte da Europa e na América do Norte. Entretanto, a incidência permanece estável.<br />

O fator <strong>de</strong> risco mais importante para o <strong>de</strong>senvolvimento do câncer do ovário é<br />

a história familiar <strong>de</strong> câncer da mama ou do ovário. Mulheres que já <strong>de</strong>senvolveram<br />

câncer da mama e são portadoras <strong>de</strong> mutações <strong>no</strong>s genes BRCA1 e BRCA2 possuem<br />

um risco aumentado para <strong>de</strong>senvolver câncer do ovário. Outra condição genética que<br />

também tem um risco aumentado para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ssa neoplasia é o câncer<br />

do cólon hereditário não polipoi<strong>de</strong> (síndrome <strong>de</strong> Lynch). Outros fatores <strong>de</strong> risco são<br />

a terapia <strong>de</strong> reposição hormonal pós-me<strong>no</strong>pausa, o tabagismo e a obesida<strong>de</strong>. Além<br />

disso, alguns estudos reportam uma relação direta entre o <strong>de</strong>senvolvimento do câncer<br />

ovaria<strong>no</strong> e a me<strong>no</strong>pausa tardia.<br />

Outra questão importante para o câncer do ovário é a presença <strong>de</strong> endometriose<br />

(doença inflamatória frequente durante a vida reprodutiva da mulher). Os fatores <strong>de</strong><br />

risco para a endometriose são semelhantes aos do câncer do ovário. Além da parte<br />

hormonal, essa doença causa um estado crônico <strong>de</strong> inflamação, o que também po<strong>de</strong><br />

contribuir para o <strong>de</strong>senvolvimento da neoplasia. Estudos sugerem que o risco <strong>de</strong> câncer<br />

do ovário dobra em mulheres portadoras <strong>de</strong>ssa doença em comparação com as que<br />

não a têm.<br />

A prevenção <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> neoplasia é limitada pelo conhecimento <strong>de</strong> suas causas,<br />

além da falta <strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> técnicas para diagnósticos precoces. Não existem<br />

evidências <strong>de</strong> que o rastreamento do câncer seja suficientemente efetivo para a<br />

população. Geralmente, os diagnósticos são feitos <strong>de</strong> forma ocasional ou quando o<br />

tumor já apresenta sintomas que indicam uma doença mais avançada.

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