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Estimativa 2012: Incidência de Câncer no Brasil

Publicação bienal do Instituto Nacional de Câncer (INCA) com informações atualizadas sobre o número de casos novos esperados de câncer, para os anos 2012 e 2013

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48<br />

Leucemias<br />

Para o <strong>Brasil</strong>, em <strong>2012</strong>, estimam-se 4.570 casos <strong>no</strong>vos <strong>de</strong> leucemia em homens e 3.940<br />

em mulheres. Esses valores correspon<strong>de</strong>m a um risco estimado <strong>de</strong> 5 casos <strong>no</strong>vos a cada 100<br />

mil homens e 4 a cada 100 mil mulheres (Tabela 1).<br />

Sem consi<strong>de</strong>rar os tumores da pele não mela<strong>no</strong>ma, a leucemia em homens é a quinta<br />

neoplasia mais frequente na região Norte (3/100 mil). Na região Nor<strong>de</strong>ste (4/100 mil), ocupa<br />

a oitava posição, na região Centro-Oeste (5/100 mil), a décima e, nas regiões Sul (6/100 mil) e<br />

Su<strong>de</strong>ste (5/100 mil), a 11ª. Para as mulheres, é a sétima mais frequente na região Norte (3/100<br />

mil) e a décima nas regiões Centro-Oeste (4/100 mil) e Nor<strong>de</strong>ste (3/100 mil), enquanto, nas<br />

regiões Su<strong>de</strong>ste (4/100 mil) e Sul (5/100 mil), é a 12ª e a 13ª mais inci<strong>de</strong>nte, respectivamente<br />

(Tabelas 4, 12, 22, 27 e 32).<br />

Comentário<br />

Foram estimados cerca <strong>de</strong> 351 mil casos <strong>no</strong>vos e 257 mil óbitos por leucemia <strong>no</strong><br />

mundo para o a<strong>no</strong> <strong>de</strong> 2008.<br />

A leucemia é uma doença que se origina a partir da série branca do sangue. Clínica<br />

e patologicamente, subdivi<strong>de</strong>-se em gran<strong>de</strong>s grupos. A primeira divisão está em suas<br />

formas agudas e crônicas. A leucemia aguda se caracteriza por um aumento rápido<br />

<strong>no</strong>s números <strong>de</strong> células imaturas do sangue, o que faz com que a medula óssea seja<br />

incapaz <strong>de</strong> reproduzir células sanguíneas saudáveis. Já a forma crônica da leucemia se<br />

caracteriza pelo aumento excessivo <strong>no</strong> número <strong>de</strong> células maduras a<strong>no</strong>rmais da série<br />

branca do sangue, levando meses ou até a<strong>no</strong>s para progredir. A segunda divisão diz<br />

respeito ao tipo <strong>de</strong> célula afetado pelas <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>ns, sendo assim caracterizada como do<br />

tipo linfoi<strong>de</strong> ou mieloi<strong>de</strong>.<br />

Por causa das diferenças <strong>no</strong> acesso ao tratamento, observa-se uma consi<strong>de</strong>rável<br />

variação entre populações com relação à sobrevida. Entre a população masculina dos<br />

Estados Unidos e da Europa Oci<strong>de</strong>ntal, a sobrevida em 5 a<strong>no</strong>s é <strong>de</strong> 43%; <strong>no</strong> Japão,<br />

observa-se uma sobrevida <strong>de</strong> 25%; na América do Sul, 24%; Índia, 19%; Tailândia,<br />

15%, e África subsaariana, 14%. Em crianças, em áreas com acesso a esses tratamentos,<br />

a sobrevida relativa em 5 a<strong>no</strong>s alcança 80%.<br />

Embora as causas para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> leucemia ainda não sejam bem<br />

conhecidas, existem evidências para alguns fatores <strong>de</strong> risco, como exposição à radiação<br />

ionizante, medicamentos utilizados em quimioterapia e exposição ocupacional ao<br />

benze<strong>no</strong>. Os primeiros indícios <strong>de</strong> que a exposição à radiação ionizante ocasionava<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> leucemia foram <strong>de</strong> estudos realizados após os bombar<strong>de</strong>ios <strong>de</strong><br />

Hiroshima e Nagasaki.<br />

<strong>Câncer</strong> do corpo do útero<br />

Esperam-se 4.520 casos <strong>no</strong>vos <strong>de</strong> câncer do corpo do útero para o <strong>Brasil</strong> <strong>no</strong> a<strong>no</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>2012</strong>, com um risco estimado <strong>de</strong> 4 casos a cada 100 mil mulheres (Tabela 1).

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